CINEMA - "Fúria de Titãs" (2010) Uma mulher forte
Rosamund Pike nunca viu "Fúria de Titãs" (2010) _ nem no cinema, nem na TV.
Só quando surgiu a oportunidade de interpretar Andrômeda na sequência do filme é
que a atriz resolver assistir ao DVD.
"Sem dúvida, eu tinha que ver antes de começar a filmar", diz ela. "O lapso
de tempo entre a história dos dois é de dez anos, o que, a meu ver, me dá
liberdade para recriar Andrômeda da minha própria maneira... mas é claro que é
interessante ver como a franquia começou, seus objetivos. Mesmo que o diretor,
Jonathan Liebesman, tenha uma visão totalmente diferente, é bom saber contra o
que está se rebelando."
Com estreia marcada para o dia trinta de março, "Fúria de Titãs 2" se
concentra mais uma vez em Perseu (Sam Worthington), que, depois de derrotar
heroicamente o monstruoso Kraken e salvar Andrômeda no filme original, tenta
levar uma vida simples de pescador e criar o filho, Helius _ sem sucesso, pois
os deuses voltam a guerrear e o inferno ameaça a vida terrena mais uma vez.
Além de Worthington, "Fúria de Titãs 2" também conta com Liam Neeson no papel
de Zeus e Ralph Fiennes como Hades. Alexa Davalos, que encarnou Andrômeda, a
princesa de Argos, foi substituída por Rosamund Pike, promovida a rainha. A
atriz de 33 anos é mais conhecida por seu trabalho em "Um Novo Dia Para Morrer"
(2002), "Orgulho e Preconceito" (2005), "Substitutos" (2009) e "O Retorno de
Johnny English" (2011).
"Essa é uma história muito rica num território que é uma verdadeira mina de
ouro", afirma a estrela, falando por telefone de sua casa em Londres. "Acho que
quando se mescla uma história humana com a exploração de um mundo
multidimensional, não tem como errar. Quando vou ao cinema, quero vivenciar
alguma coisa fora do meu dia-a-dia. Um história de fundo humano, se poderosa,
pode ser uma experiência fantástica também, mas ver um filme de fantasia
mesclado com emoção, na telona, é uma experiência fantástica."
A Andrômeda de Rosamund é dura na queda, mas também majestosa e carismática.
Porém, a atriz explica que não se preocupou muito com a parte "real" da coisa,
pois acredita que um ator interpretando um monarca convence mais pela
interpretação de seus súditos que qualquer outra coisa.
"É como se eles tivessem que se esforçar para lhe dar credibilidade de rei ou
rainha", ela defende. "De que adianta ter um título real se o povo não lhe dá o
devido respeito? Nesse filme, Andrômeda aparece em sequências de batalha e sua
soberania se revela na forma como seus súditos a tratam, como reagem a ela, como
se espelham nela e a seguem para a batalha. Deixo que esses elementos cuidem de
si mesmos porque tinha a ajuda das roupas, do visual, dos extras e de todos
esses detalhes."
CREDIT: Photo by Jay Maidment. Copyright 2012 Warner
Bros.
"Por isso, preferi trabalhar mais sua face guerreira e a humana", ela
prossegue. "Assisti a vários filmes de guerra, desses que retratam generais que
andam lado a lado com seus soldados e têm uma relação pessoal com cada um deles.
São homens que podem falar à multidão, mas o fazem de uma forma muito humana.
Podem fazer um discurso inflamado de convocação para a guerra e depois virar
para um deles e dizer: 'Como vai a sua família?'. Era isso que eu queria para a
Andrômeda."
Grávida de seu primeiro filho, Rosamund descreve Andrômeda como o papel mais
exigente em termos físicos que já assumiu até hoje _ e faz questão de frisar que
já fez vários filmes de ação, mas nada que se comparasse ao trabalho que
executou em "Fúria de Titãs 2".
"Percebi que não é só uma questão de se preparar para as cenas de luta", ela
explica, "mas também se sentir e criar uma imagem de guerreira em cada uma
delas, haja luta ou não. Andrômeda tem que ser uma mulher confiante. Meu ponto
de partida foi analisar o primeiro filme e questionar como uma mulher que teve
que ser resgatada e quase morreu agiria dez anos depois".
"Ali dá para ver que os pais dela era péssimos e que a vaidade e arrogância
de sua mãe quase destruíram a cidade e fizeram Andrômeda se sacrificar a Kraken.
É claro que Perseu lhe salvou a vida, mas acho que quando isso acontece você
fica eternamente grata à pessoa, tem uma ligação muito especial com ela, sim,
mas, por outro lado, fica esperta para não ter que passar pela mesma coisa
novamente. Afinal de contas, é uma posição de fraqueza para um líder e eu queria
que Andrômeda fosse mais tipo Henrique V, que foi para a batalha com seus
súditos."
"Jonathan e Sam foram ótimos nesse aspecto", ela acrescenta. "Estavam de olho
em mim o tempo todo. Outra coisa é o fato de ter que fazer pose para convencer.
Acho que o importante é simplesmente ser. Eu queria Andrômeda ao natural, que
ela pudesse ficar parada sem ter que dar a impressão que é uma nobre ou uma
guerreira. Acho que é assim que você convence o público de sua força."
Rosamund confessa um último objetivo.
"A Andrômeda é uma personagem maravilhosa", a atriz elogia. "Ela amadureceu.
Eu queria ser exemplo para as garotinhas, como uma verdadeira heroína. A meta
dela nesse filme não é conquistar ninguém. Embora haja uma química forte entre
Andrômeda e Perseu, ela quer conquistar seu respeito mais do que seu
coração."
(Ian Spelling é redator freelancer de Nova York.)
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Olimpia Pinheiro
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