quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

INOVAÇÃO/TECNOLOGIA - Steve Jobs - Nostalgia de Futuro. A Mensagem de Vida

Qui, 06 de Outubro de 2011 14:50 Escrito por Luigino Bruni

                                                
"Por Luigino Bruni. Com Considerações de Osvaldo Aires"


O fundador da Apple e da Pixar nos deixou hoje aos 56 anos

São, sobretudo, três as grandes mensagens que esse homem extraordinário nos deixa.

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Apple co-founder Steve Jobs


A primeira: as grandes inovações na economia estão sempre ligadas às pessoas: não são os recursos, o dinheiro, a tecnologia: são as pessoas que fazerm as grandes inovações: Steve Jobs foi capaz de fazer coisas grandes porque era uma grande pessoa, não porque tinha grandes recursos ou meios. Isso nos recorda que a economia vai para frente quando existem pessoas que enxergam mais longe, vendo coisas diferentes. As grandes inovações nascem de olhares diversificados sobre o mundo e, portanto, das pessoas.

A segunda mensagem que nos deixa Steve Jobs é que não é verdade que as empresas são de sucesso quando respondem às necessidades dos consumidores: essa ideia que as empresas e os seus produtos devem responder às necessidade das pessoas é meio ultrapassada, estática e, sobretudo não é verdadeira para as inovações realmente importantes: ninguém precisava do Ipad e do Iphone. Steve Jobs com a sua empresa os criou antes que se tornassem necessidade, inventou símbolos e criou sonhos, mensagens e estilos de vida. As grandes empresas que fazem inovações verdadeiras são capazes de fazer algo que ninguém pensou antes, que não estava nem mesmo entre as necessidades não expressas. Um empresário como Jobs “viu” algo e depois fez com que a realidade se tornasse aquilo que ele já tinha visto: é isso que os verdadeiros empresários tem em comum com os grandes artistas ou os grandes cientistas.

A terceira mensagem deixada por Jobs, no meu modo de ver, é um grande hino à vida: se olharmos as últimas coisas que disse “os anos mais lindos e mais brilhantes estão diante de nós, não atrás de nós... ”. Era um homem muito doente, estava morrendo e no entanto, olhava para frente. Aos jovens dizia: “tenham sempre fome de vida”: as pessoas grandes, capazes de coisas grandes, nunca são nostálgicas, olham sempre mais longe e pensam que o futuro é melhor do que o passado mesmo em tempos de crise: são capazes de grande otimismo e de agregar ao redor desse otimismo grandes projetos. Também hoje os empresários que movem o mundo são empresários otimistas, aptos para o futuro, convictos que "o mais lindo ainda tenha que começar”.

Resumindo, Steve Jobs nos mostra que as grandes inovações econômicas tornam-se também grandes inovações civis: os seus produtos e a filosofia que imbutiu neles, mudaram a vida das pessoas, a relação com o espaço, com a música, a criatividade. Foram muito mais que “bons produtos“, empurraram para frente as fronteiras e as estacas da vida civil. Toda grande inovação é sempre uma inovação civil que aumenta a liberdade, as oportunidades, as capacidades das pessoas. Ele nos recorda que a economia é vida, que a empresa é um trecho de vida em comum que funciona quando é expressão de criatividade, de paixão, de desejo de futuro: nada mais, mas também nada menos que vida.
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Eu ainda acrescento que empresariar é um modo de construir, mesmo que seja um pequeno “mundo” melhor...

Creio que Steve Jobs seja um ótimo modelo de empreendedor civil, que faz uma economia para o bem comum, uma economia que justamente por ser realmente inovadora é amiga da cidade, das pessoas. Sem esse tipo de empreendedor não acontece o bem comum. Eis porque Steve Job nos deixa uma pungente nostalgia de futuro.

De uma forma bem oriental ele diz: A morte é a maior invenção da vida.


Olimpia Pinheiro
Consultora Executiva
(91)8164-1073
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CRECI-PA/AP 6312

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