A National Geographic Traveler escolheu 13 lugares incríveis para você conhecer em 2012, de cidades a regiões remotas e surpresas divertidas.
Islândia - Convergência harmônica
Vestígio final da última Era do Gelo, esse país-ilha do Atlântico Norte encerra um mundo próprio de vales profundos, fiordes espetaculares, abismos monumentais, praias de areia negra, cachoeiras impressionantes e geleiras silenciosas. As erupções vulcânicas mais recentes nos lembram de que a Islândia ainda é um país em formação, com cenários mutantes que até os islandeses continuam a descobrir.
Três anos de recuperação econômica tornaram o país mais acessível, com os preços ao consumidor geralmente atrelados ao euro. Essa volta a um estilo mais modesto se baseia numa tradição milenar de determinação e resistência - a mesma que preservou uma das línguas vivas mais antigas e produz aquela que talvez seja a energia mais limpa do planeta. (Andrew Evans)
Vestígio final da última Era do Gelo, esse país-ilha do Atlântico Norte encerra um mundo próprio de vales profundos, fiordes espetaculares, abismos monumentais, praias de areia negra, cachoeiras impressionantes e geleiras silenciosas. As erupções vulcânicas mais recentes nos lembram de que a Islândia ainda é um país em formação, com cenários mutantes que até os islandeses continuam a descobrir.
Três anos de recuperação econômica tornaram o país mais acessível, com os preços ao consumidor geralmente atrelados ao euro. Essa volta a um estilo mais modesto se baseia numa tradição milenar de determinação e resistência - a mesma que preservou uma das línguas vivas mais antigas e produz aquela que talvez seja a energia mais limpa do planeta. (Andrew Evans)
Dresden, Alemanha - A volta por cima
Quando o rio Elbe, em Dresden, transbordou no verão de 2002, o Albertinum - um galpão transformado em espaço cultural que abriga uma coleção de arte de 450 anos - foi duramente atingido. Enquanto a enxurrada invadia o local a uma velocidade de 56 litros/minuto, o diretor Martin Roth organizou uma verdadeira corrente humana com funcionários e voluntários para tirar as pinturas e proteger as estátuas no porão do prédio.
Oito anos depois, o museu reabriu e ganhou um detalhe extra: uma "arca" flutuante sobre o jardim de inverno do prédio, protegendo a coleção até da enchente mais devastadora.
Esse é apenas um exemplo que como Dresden se recupera de catástrofes que poderiam acabar com outras cidades - mas uma volta por cima não acontece sem uma base sólida e rica. Como Roth diz: "Tinha que haver algo mais para permitir essa recuperação, e Dresden tem essa capacidade".
A cidade viu o seu auge no início do século XVII, quando os reis da Saxônia gastaram sua fortuna para transformar sua capital na "Florença do Elbe". Entretanto, em fevereiro de 1945, dois dias de bombardeios britânicos e norte-americanos destruíram praticamente todo o centro de Dresden e mataram milhares de civis.
Quase 70 anos depois, a cidade ressurge como um dos principais destinos turísticos da Alemanha. A Frauenkirche ("Igreja de Nossa Senhora"), obra-prima barroca projetada por George Bahr, foi reconstruída a partir dos destroços em 2005 e hoje se destaca no centro histórico, cuidadosamente reconstruído, que também abriga meia dúzia de museus de classe internacional: do Albertinum e da Old Masters Picture Gallery, com seus Vermeers e Ticianos, até o Museu Alemão da Higiene - inesquecível, apesar do nome estranho. (Andrew Curry)
Quando o rio Elbe, em Dresden, transbordou no verão de 2002, o Albertinum - um galpão transformado em espaço cultural que abriga uma coleção de arte de 450 anos - foi duramente atingido. Enquanto a enxurrada invadia o local a uma velocidade de 56 litros/minuto, o diretor Martin Roth organizou uma verdadeira corrente humana com funcionários e voluntários para tirar as pinturas e proteger as estátuas no porão do prédio.
Oito anos depois, o museu reabriu e ganhou um detalhe extra: uma "arca" flutuante sobre o jardim de inverno do prédio, protegendo a coleção até da enchente mais devastadora.
Esse é apenas um exemplo que como Dresden se recupera de catástrofes que poderiam acabar com outras cidades - mas uma volta por cima não acontece sem uma base sólida e rica. Como Roth diz: "Tinha que haver algo mais para permitir essa recuperação, e Dresden tem essa capacidade".
A cidade viu o seu auge no início do século XVII, quando os reis da Saxônia gastaram sua fortuna para transformar sua capital na "Florença do Elbe". Entretanto, em fevereiro de 1945, dois dias de bombardeios britânicos e norte-americanos destruíram praticamente todo o centro de Dresden e mataram milhares de civis.
Quase 70 anos depois, a cidade ressurge como um dos principais destinos turísticos da Alemanha. A Frauenkirche ("Igreja de Nossa Senhora"), obra-prima barroca projetada por George Bahr, foi reconstruída a partir dos destroços em 2005 e hoje se destaca no centro histórico, cuidadosamente reconstruído, que também abriga meia dúzia de museus de classe internacional: do Albertinum e da Old Masters Picture Gallery, com seus Vermeers e Ticianos, até o Museu Alemão da Higiene - inesquecível, apesar do nome estranho. (Andrew Curry)
Vulcões Virunga - O coração verde e explosivo da África
Talvez em nenhum outro lugar do mundo a natureza criativa e destruidora dos vulcões seja mais óbvia do que na cadeia de vulcões Virunga, na África central. Localizada ao longo da fronteira entre Ruanda, Uganda e a República Democrática do Congo, a cadeia de oito vulcões é uma das regiões mais ativas da Terra e um verdadeiro paraíso com gorilas, chimpanzés, elefantes e outras espécies. Nos três países, as paisagens oferecem visões do paraíso e do inferno.
No Congo, o topo do Nyiragongo é um verdadeiro chamariz, mas é melhor checar a situação no país antes de ir. Quem termina a caminhada de cinco horas até o cume do vulcão é recompensado com a visão do maior lago de lava do mundo. Vale a pena passar a noite no local para conferir o espetáculo de luz e som produzido pela cratera. (Molly Feltner)
Talvez em nenhum outro lugar do mundo a natureza criativa e destruidora dos vulcões seja mais óbvia do que na cadeia de vulcões Virunga, na África central. Localizada ao longo da fronteira entre Ruanda, Uganda e a República Democrática do Congo, a cadeia de oito vulcões é uma das regiões mais ativas da Terra e um verdadeiro paraíso com gorilas, chimpanzés, elefantes e outras espécies. Nos três países, as paisagens oferecem visões do paraíso e do inferno.
No Congo, o topo do Nyiragongo é um verdadeiro chamariz, mas é melhor checar a situação no país antes de ir. Quem termina a caminhada de cinco horas até o cume do vulcão é recompensado com a visão do maior lago de lava do mundo. Vale a pena passar a noite no local para conferir o espetáculo de luz e som produzido pela cratera. (Molly Feltner)
Costa Brava - O litoral criativo da Espanha
Os barcos amarelos, vermelhos e brancos boiando preguiçosos na água poderiam pertencer a qualquer trecho do litoral mediterrâneo; já o urso polar que os vigia significa apenas uma coisa: que estamos em Costa Brava, onde nasceu Salvador Dalí - um dos maiores excêntricos da arte, originário dessa parte da Catalunha, no nordeste da Espanha. Seus ovos gigantes, as fontes de cisnes e relógios derretidos foram inspirados nessa região ensolarada.
A cidade medieval de Girona transborda criatividade durante seu festival anual de primavera, o Temps de Flors, quando criações florais surpreendentes cobrem a escadaria da catedral e instalações de arte enchem as praças e pátios da cidade. O vilarejo pesqueiro de Calella de Palafrugell é um recanto cheio de charme, com restaurantes e belas casas à beira mar. (Abigail King)
Os barcos amarelos, vermelhos e brancos boiando preguiçosos na água poderiam pertencer a qualquer trecho do litoral mediterrâneo; já o urso polar que os vigia significa apenas uma coisa: que estamos em Costa Brava, onde nasceu Salvador Dalí - um dos maiores excêntricos da arte, originário dessa parte da Catalunha, no nordeste da Espanha. Seus ovos gigantes, as fontes de cisnes e relógios derretidos foram inspirados nessa região ensolarada.
A cidade medieval de Girona transborda criatividade durante seu festival anual de primavera, o Temps de Flors, quando criações florais surpreendentes cobrem a escadaria da catedral e instalações de arte enchem as praças e pátios da cidade. O vilarejo pesqueiro de Calella de Palafrugell é um recanto cheio de charme, com restaurantes e belas casas à beira mar. (Abigail King)
Muskoka, Ontário - Belas paisagens interioranas
A apenas duas horas de carro do agito de Toronto, a impressão que se tem ao chegar a Muskoka, na província de Ontário, é a de entrar num outro mundo. Há várias gerações as famílias que ali vivem fazem questão de preservar a natureza numa área de 6,4 mil quilômetros quadrados que inclui quase 14 mil quilômetros de litoral, 17 cidadezinhas e vilarejos históricos e incontáveis cachoeiras e lagos enfeitados pelos picos do Parque Provincial Algonquin ao leste e pelas ilhas do Parque Nacional Georgian Bay Islands a oeste.
Há muito que se fazer, mas nada que deva ser programado: bate-papo com os amigos, churrasco, céu estrelado, jogos de tabuleiro nas tardes chuvosas... ah, e pé descalço o dia inteiro. (Keith Bellows)
A apenas duas horas de carro do agito de Toronto, a impressão que se tem ao chegar a Muskoka, na província de Ontário, é a de entrar num outro mundo. Há várias gerações as famílias que ali vivem fazem questão de preservar a natureza numa área de 6,4 mil quilômetros quadrados que inclui quase 14 mil quilômetros de litoral, 17 cidadezinhas e vilarejos históricos e incontáveis cachoeiras e lagos enfeitados pelos picos do Parque Provincial Algonquin ao leste e pelas ilhas do Parque Nacional Georgian Bay Islands a oeste.
Há muito que se fazer, mas nada que deva ser programado: bate-papo com os amigos, churrasco, céu estrelado, jogos de tabuleiro nas tardes chuvosas... ah, e pé descalço o dia inteiro. (Keith Bellows)
Omã - Oásis perfumado
Enquanto os países vizinhos não param de erguer arranha-céus e centros de convenções na Península Árabe, Omã prefere construir um teatro de ópera e fazer jardins entre os prédios brancos de Mascate. O sultão Qaboos deu origem à renascença moderna do país quando subiu ao poder, em 1970, montando centenas de escolas e hospitais e aumentando a quilometragem de ruas pavimentadas de dez para quase seis mil.
Grande parte das atrações de Omã foi criada para o viajante abastado: os hotéis mais sofisticados da capital, por exemplo, têm heliportos, e iates lotam o litoral. É fácil esquecer que o mar é o Arábico e não o Mediterrâneo.
Os mais aventureiros podem explorar a Reserva Natural das Ilhas Daymaniyat, melhor local para mergulhos na península, sobre pedras que mais parecem uma paisagem lunar sobre águas azuis e de onde se pode ver tartarugas marinhas e peixes. Ali, até os mochileiros podem alugar um carro e se aventurar pelas estradas bem cuidadas do sultão. As mulheres podem dirigir, ao contrário da Arábia Saudita, numa paisagem desértica pontilhada por fortes nas encostas das colinas ou um e outro oásis oferecendo uma piscina de água fresca.
O aroma de olíbano paira sobre o país há séculos. (Omã é o principal produtor dessa resina, também chamada de incenso, e de mirra desde os tempos bíblicos). Nos bazares, (ou souqs), a fumaça paira no ar como um nevoeiro perfumado. Perto da porta de entrada de quase toda casa ela queima numa cumbuca de argila, dando as boas-vindas aos visitantes. (Meghan Miner).
Enquanto os países vizinhos não param de erguer arranha-céus e centros de convenções na Península Árabe, Omã prefere construir um teatro de ópera e fazer jardins entre os prédios brancos de Mascate. O sultão Qaboos deu origem à renascença moderna do país quando subiu ao poder, em 1970, montando centenas de escolas e hospitais e aumentando a quilometragem de ruas pavimentadas de dez para quase seis mil.
Grande parte das atrações de Omã foi criada para o viajante abastado: os hotéis mais sofisticados da capital, por exemplo, têm heliportos, e iates lotam o litoral. É fácil esquecer que o mar é o Arábico e não o Mediterrâneo.
Os mais aventureiros podem explorar a Reserva Natural das Ilhas Daymaniyat, melhor local para mergulhos na península, sobre pedras que mais parecem uma paisagem lunar sobre águas azuis e de onde se pode ver tartarugas marinhas e peixes. Ali, até os mochileiros podem alugar um carro e se aventurar pelas estradas bem cuidadas do sultão. As mulheres podem dirigir, ao contrário da Arábia Saudita, numa paisagem desértica pontilhada por fortes nas encostas das colinas ou um e outro oásis oferecendo uma piscina de água fresca.
O aroma de olíbano paira sobre o país há séculos. (Omã é o principal produtor dessa resina, também chamada de incenso, e de mirra desde os tempos bíblicos). Nos bazares, (ou souqs), a fumaça paira no ar como um nevoeiro perfumado. Perto da porta de entrada de quase toda casa ela queima numa cumbuca de argila, dando as boas-vindas aos visitantes. (Meghan Miner).
Londres - Mais rápida, mais alta, mais forte
Da última vez que Londres foi a sede das Olimpíadas, em 1948, os moradores ainda viviam à base de rações de suprimentos, não havia dinheiro para construir novos estádios e muitas atletas tiveram que dormir na caserna em Richmond Park. O país pode estar entrando numa nova era de austeridade, mas pelo menos desta vez está gastando quinze bilhões de dólares para embelezar a capital para os Jogos de 2012.
Grande parte desse valor foi investido no decadente East End, onde os estádios substituíram edifícios abandonados e galpões desativados. Um novo bondinho vai cruzar o Tâmisa, oferecendo uma perspectiva fascinante do cenário da cidade - e, se ficar pronto a tempo para os Jogos, vai poder levar os passageiros das provas de ginástica olímpica e jogos de basquete em North Greenwich ao judô e à esgrima em Docklands.
"Fiz uma pintura que mostra como Londres deveria desenvolver a região leste - e é fascinante ver que ela está se tornando realidade graças as Olimpíadas", diz a arquiteta Zaha Hadid, que projetou o centro aquático, que tem a forma de uma onda. A prefeitura transformou 245 hectares de solo contaminado num dos maiores parques urbanos do Reino Unido, com jardins, mercados e cafés convivendo em harmonia com brejos (wetlands) que servem de habitat para centenas de espécies.
Uma frota de balsas Water Chariots novinha em folha vai transportar os turistas ao longo dos canais de East London até o Parque Olímpico. A 6 km/hora, as embarcações não batem nenhum recorde de velocidade, mas as paisagens e a música a bordo são bem melhores que as do metrô.
Os ingressos para muitos eventos esportivos já estão esgotados, mas haverá centenas de eventos culturais gratuitos durante todo o verão. O Festival de Londres 2012 vai transformar o país inteiro num palco gigantesco, desde a riqueza das produções shakespearianas em Stratford-upon-Avon até uma instalação de arte inspirada no futebol em plena floresta escocesa. David Hockney, Leona Lewis e Philip Glass são alguns dos nomes que também vão se apresentar na cidade.
A agenda já está praticamente lotada, mas não se surpreenda se o seu momento olímpico mais memorável for aquele que você não planejou - afinal, como Zaha Hadid diz: "Londres sempre inspirou o imprevisível". (Rachel Howard)
Da última vez que Londres foi a sede das Olimpíadas, em 1948, os moradores ainda viviam à base de rações de suprimentos, não havia dinheiro para construir novos estádios e muitas atletas tiveram que dormir na caserna em Richmond Park. O país pode estar entrando numa nova era de austeridade, mas pelo menos desta vez está gastando quinze bilhões de dólares para embelezar a capital para os Jogos de 2012.
Grande parte desse valor foi investido no decadente East End, onde os estádios substituíram edifícios abandonados e galpões desativados. Um novo bondinho vai cruzar o Tâmisa, oferecendo uma perspectiva fascinante do cenário da cidade - e, se ficar pronto a tempo para os Jogos, vai poder levar os passageiros das provas de ginástica olímpica e jogos de basquete em North Greenwich ao judô e à esgrima em Docklands.
"Fiz uma pintura que mostra como Londres deveria desenvolver a região leste - e é fascinante ver que ela está se tornando realidade graças as Olimpíadas", diz a arquiteta Zaha Hadid, que projetou o centro aquático, que tem a forma de uma onda. A prefeitura transformou 245 hectares de solo contaminado num dos maiores parques urbanos do Reino Unido, com jardins, mercados e cafés convivendo em harmonia com brejos (wetlands) que servem de habitat para centenas de espécies.
Uma frota de balsas Water Chariots novinha em folha vai transportar os turistas ao longo dos canais de East London até o Parque Olímpico. A 6 km/hora, as embarcações não batem nenhum recorde de velocidade, mas as paisagens e a música a bordo são bem melhores que as do metrô.
Os ingressos para muitos eventos esportivos já estão esgotados, mas haverá centenas de eventos culturais gratuitos durante todo o verão. O Festival de Londres 2012 vai transformar o país inteiro num palco gigantesco, desde a riqueza das produções shakespearianas em Stratford-upon-Avon até uma instalação de arte inspirada no futebol em plena floresta escocesa. David Hockney, Leona Lewis e Philip Glass são alguns dos nomes que também vão se apresentar na cidade.
A agenda já está praticamente lotada, mas não se surpreenda se o seu momento olímpico mais memorável for aquele que você não planejou - afinal, como Zaha Hadid diz: "Londres sempre inspirou o imprevisível". (Rachel Howard)
Guatemala - O mundo maia moderno
Todo ano, inúmeros turistas passam pelas ruínas de importantes cidades maias: Chichen Itza (México), Tikal (Guatemala), Caracol (Belize) e Copan (Honduras). As pirâmides e as lápides valem a visita, principalmente Tikal, no meio da selva, mas a verdade é que a civilização maia não desapareceu há tempos. Seu apogeu pode ter passado, mas milhões de pessoas e sua cultura continuam bem, obrigado, principalmente nas terras altas do oeste da Guatemala.
O lugar mais interessante dessa região é Chichicastenango, uma cidadezinha a três horas de carro da Cidade da Guatemala, onde mais de 95 por cento do povo é indígena. Todas as quintas e domingos, vendedores maias levam suas mercadorias nas costas para o mercado de Chichi antes do amanhecer e vendem tecidos de cores brilhantes, máscaras de madeira de dar medo, milho amarelo e roxo, colares, legumes e verduras arrumados num verdadeiro labirinto. A fumaça vinda das grelhas perfuma as vielas estreitas e há tantas mulheres fazendo tortilhas, que mais parece que estão aplaudindo alguém em pé.
Em dias de festival, só o que se ouve em Chichi são os fogos de artifício; há procissões de santos - muitos maias adotaram o Cristianismo, mesmo mantendo os rituais tradicionais - e dança dos conquistadores ao som da marimba para reviver a História. No "palo volador," um poste alto de madeira, homens vestidos de macaco ou onça giram em círculos sobre a praça. (Michael Shapiro)
Todo ano, inúmeros turistas passam pelas ruínas de importantes cidades maias: Chichen Itza (México), Tikal (Guatemala), Caracol (Belize) e Copan (Honduras). As pirâmides e as lápides valem a visita, principalmente Tikal, no meio da selva, mas a verdade é que a civilização maia não desapareceu há tempos. Seu apogeu pode ter passado, mas milhões de pessoas e sua cultura continuam bem, obrigado, principalmente nas terras altas do oeste da Guatemala.
O lugar mais interessante dessa região é Chichicastenango, uma cidadezinha a três horas de carro da Cidade da Guatemala, onde mais de 95 por cento do povo é indígena. Todas as quintas e domingos, vendedores maias levam suas mercadorias nas costas para o mercado de Chichi antes do amanhecer e vendem tecidos de cores brilhantes, máscaras de madeira de dar medo, milho amarelo e roxo, colares, legumes e verduras arrumados num verdadeiro labirinto. A fumaça vinda das grelhas perfuma as vielas estreitas e há tantas mulheres fazendo tortilhas, que mais parece que estão aplaudindo alguém em pé.
Em dias de festival, só o que se ouve em Chichi são os fogos de artifício; há procissões de santos - muitos maias adotaram o Cristianismo, mesmo mantendo os rituais tradicionais - e dança dos conquistadores ao som da marimba para reviver a História. No "palo volador," um poste alto de madeira, homens vestidos de macaco ou onça giram em círculos sobre a praça. (Michael Shapiro)
Grécia - Beleza antiga
Patrick Leigh Fermor, o ardoroso filelenista que morreu em junho, sabia que para conhecer a Grécia de verdade é preciso se afastar da gratificação imediata dos resorts praianos. Caminhando pelos desfiladeiros de Roumeli e as montanhas de Mani, Leigh Fermor descobriu uma terra de beleza forte e tradições profundas. Ele acabou se estabelecendo em Kardamyli, um vilarejo no sul do Peloponeso, que esperava que continuasse "inacessível demais e com atrações de menos para um dia ser ameaçado pelo turismo".
Felizmente, ele tinha razão. Enquanto algumas ilhas sofrem com o desenvolvimento irregular - e o país enfrenta sua pior crise econômica na história moderna - o rústico interior da Grécia mantém seu encanto praticamente inalterado. Colher cogumelos em Épiro, observar os pelicanos rosa levantarem voo sobre o Lago Prespa, ouvir as vozes etéreas nos monastérios de Meteora (como o Roussanou, na foto)... ainda há bolsões na Grécia que parecem parados no tempo. Você só tem que saber procurar.
Patrick Leigh Fermor, o ardoroso filelenista que morreu em junho, sabia que para conhecer a Grécia de verdade é preciso se afastar da gratificação imediata dos resorts praianos. Caminhando pelos desfiladeiros de Roumeli e as montanhas de Mani, Leigh Fermor descobriu uma terra de beleza forte e tradições profundas. Ele acabou se estabelecendo em Kardamyli, um vilarejo no sul do Peloponeso, que esperava que continuasse "inacessível demais e com atrações de menos para um dia ser ameaçado pelo turismo".
Felizmente, ele tinha razão. Enquanto algumas ilhas sofrem com o desenvolvimento irregular - e o país enfrenta sua pior crise econômica na história moderna - o rústico interior da Grécia mantém seu encanto praticamente inalterado. Colher cogumelos em Épiro, observar os pelicanos rosa levantarem voo sobre o Lago Prespa, ouvir as vozes etéreas nos monastérios de Meteora (como o Roussanou, na foto)... ainda há bolsões na Grécia que parecem parados no tempo. Você só tem que saber procurar.
Belfast, Irlanda do Norte - Uma capital de ambições titânicas
Descobrir-se na companhia de um dos chefs do R.M.S. Titanic é apenas uma das surpresas que Belfast tem a oferecer. "Barney" é o guia da caminhada Belfast Bred, uma caçada aos ingredientes e à herança culinária dessa cidade da Irlanda do Norte que construiu o Titanic. O centenário de sua viagem inaugural - dez de abril de 2012 - dá a Barney a chance de dividir o orgulho que Belfast tem do "palácio flutuante" e exibir a capital que está se redefinindo perante os olhos do mundo.
Várias regiões da cidade se recuperaram desde que Belfast superou The Troubles ("problemas"), as três décadas de violência que culminaram com o Acordo da Sexta-Feira Santa, em 1998. O local de nascimento do Titanic, no rio Lagan, agora se chama Titanic Quarter. Uma atração de US$ 152 milhões será inaugurada em abril, com exposições audiovisuais, imagens subaquáticas dos restos do navio e um passeio que recria o percurso através dos estaleiros de 1911 para contar sua história. O local, novinho em folha, dá para as rampas Harland e Wolff, de onde o Titanic partiu para a fatídica viagem para Nova York.
Se for fã de esportes e estiver disposto a se divertir, junte-se ao público em Casement Park para assistir ao futebol gaélico ou ao hurling, uma fusão acelerada de hóquei e lacrosse. Depois, reabasteça no Mourne Seafood Bar, que tem seus próprios viveiros de frutos do mar em Carlingford Lough. Barney ficaria orgulhoso. (Julianna Gilling)
Descobrir-se na companhia de um dos chefs do R.M.S. Titanic é apenas uma das surpresas que Belfast tem a oferecer. "Barney" é o guia da caminhada Belfast Bred, uma caçada aos ingredientes e à herança culinária dessa cidade da Irlanda do Norte que construiu o Titanic. O centenário de sua viagem inaugural - dez de abril de 2012 - dá a Barney a chance de dividir o orgulho que Belfast tem do "palácio flutuante" e exibir a capital que está se redefinindo perante os olhos do mundo.
Várias regiões da cidade se recuperaram desde que Belfast superou The Troubles ("problemas"), as três décadas de violência que culminaram com o Acordo da Sexta-Feira Santa, em 1998. O local de nascimento do Titanic, no rio Lagan, agora se chama Titanic Quarter. Uma atração de US$ 152 milhões será inaugurada em abril, com exposições audiovisuais, imagens subaquáticas dos restos do navio e um passeio que recria o percurso através dos estaleiros de 1911 para contar sua história. O local, novinho em folha, dá para as rampas Harland e Wolff, de onde o Titanic partiu para a fatídica viagem para Nova York.
Se for fã de esportes e estiver disposto a se divertir, junte-se ao público em Casement Park para assistir ao futebol gaélico ou ao hurling, uma fusão acelerada de hóquei e lacrosse. Depois, reabasteça no Mourne Seafood Bar, que tem seus próprios viveiros de frutos do mar em Carlingford Lough. Barney ficaria orgulhoso. (Julianna Gilling)
Panamá - País das maravilhas ecológico
Praticamente uma ponte entre continentes, o Panamá, cuja extensão máxima de uma costa à outra é de apenas 82 quilômetros, apenas parece insignificante. O Canal do Panamá, que se beneficia da geografia do país para se tornar uma passagem marítima essencial, vai crescer e ganhar dois novos grupos de eclusas, um do lado do Pacífico e outro, no Atlântico, para cargueiros gigantescos (de 13 mil contêineres ou mais) a partir de 2014 - e a capital colonial já começa a se modernizar com novos hotéis que pipocam pelo centro e regiões turísticas.
No Panamá, tanto a natureza como a cultura indígena são riquíssimas. No Parque Nacional Soberanía, nas terras baixas ao lado do canal, ouvem-se os gritos dos bugios e a "conversa" dos tucanos. A cidade de Boquete, de clima mais ameno, fica à sombra do vulcão mais alto do país. Mulheres da tribo embera pintam o corpo e criam colares elaborados. No Parque Nacional Coiba, onde apenas 40 visitantes podem passar a noite, mergulhadores dividem as águas limpíssimas com pesquisadores e tubarões-baleia.
Praticamente uma ponte entre continentes, o Panamá, cuja extensão máxima de uma costa à outra é de apenas 82 quilômetros, apenas parece insignificante. O Canal do Panamá, que se beneficia da geografia do país para se tornar uma passagem marítima essencial, vai crescer e ganhar dois novos grupos de eclusas, um do lado do Pacífico e outro, no Atlântico, para cargueiros gigantescos (de 13 mil contêineres ou mais) a partir de 2014 - e a capital colonial já começa a se modernizar com novos hotéis que pipocam pelo centro e regiões turísticas.
No Panamá, tanto a natureza como a cultura indígena são riquíssimas. No Parque Nacional Soberanía, nas terras baixas ao lado do canal, ouvem-se os gritos dos bugios e a "conversa" dos tucanos. A cidade de Boquete, de clima mais ameno, fica à sombra do vulcão mais alto do país. Mulheres da tribo embera pintam o corpo e criam colares elaborados. No Parque Nacional Coiba, onde apenas 40 visitantes podem passar a noite, mergulhadores dividem as águas limpíssimas com pesquisadores e tubarões-baleia.
Peru - A próxima fronteira gastronômica
Há várias razões para visitar o Peru: para explorar as ruínas de Machu Picchu, um dos melhores locais do mundo para se ver pássaros raros, ou caminhar por alguns dos desfiladeiros mais profundos do planeta. Mesmo com isso em mente, quando chegar lá com fome, vai achar que essas atividades servem só de aperitivo para o prato principal: a gastronomia. Das florestas tropicais do nordeste ao platô árido que corta o sul, o Peru tem a sorte de ter uma biodiversidade incrível - e isso acaba se refletindo na sua culinária.
Há muito tempo os peruanos se gabam (e com razão) de sua cozinha, mas, de repente, parece que o mundo inteiro também descobriu isso. Em 2008, o chef mais famoso do país, Gaston Acurio, fundou o Mistura, um festival gastronômico em Lima que se tornou um dos principais eventos do setor na América do Sul. Seu restaurante, o La Mar, é uma cevicheria de Lima que só serve almoço. (Elaine Glusac)
Há várias razões para visitar o Peru: para explorar as ruínas de Machu Picchu, um dos melhores locais do mundo para se ver pássaros raros, ou caminhar por alguns dos desfiladeiros mais profundos do planeta. Mesmo com isso em mente, quando chegar lá com fome, vai achar que essas atividades servem só de aperitivo para o prato principal: a gastronomia. Das florestas tropicais do nordeste ao platô árido que corta o sul, o Peru tem a sorte de ter uma biodiversidade incrível - e isso acaba se refletindo na sua culinária.
Há muito tempo os peruanos se gabam (e com razão) de sua cozinha, mas, de repente, parece que o mundo inteiro também descobriu isso. Em 2008, o chef mais famoso do país, Gaston Acurio, fundou o Mistura, um festival gastronômico em Lima que se tornou um dos principais eventos do setor na América do Sul. Seu restaurante, o La Mar, é uma cevicheria de Lima que só serve almoço. (Elaine Glusac)
Mongólia - Hovsgol indomável
Se você busca uma conexão com o mundo selvagem, esse é o seu lugar. Hovsgol é a mais setentrional das 21 províncias da Mongólia, fazendo fronteira com a Rússia e dividindo com ela a taiga siberiana (floresta de coníferas subártica). O líquen verde e laranja empresta cor a desfiladeiros de três mil metros, enquanto rios sagrados (que, segundo a lenda, nunca congelam) desembocam nos lagos cercados de montanhas geladas.
Só agora Hovsgol está se abrindo aos viajantes que chegam para pescar e soltar o taimen, o gigantesco salmão siberiano conhecido como "lobo do rio" que vive nos rios da região. Há aqueles que preferem cavalgar os pôneis mongóis para encontrar os tsaatan, pequenos grupos de criadores de renas nômades que vivem em acampamentos e seguem o Xamanismo.
Aliás, a existência desses homens se mistura à paisagem: um não vive sem o outro. Eles precisam da terra por causa das renas, essencial para as comunidades por causa do queijo, do leite, do transporte. Os animais são soltos para comer e se exercitar duas vezes por dia - e o som de seus cascos lembra os estalos de um incêndio que se espalha pela taiga.
Os espíritos dos ancestrais dos tsaatan também precisam da floresta, pois eles acreditam que suas almas continuam vivas nos animais ou fundidas às árvores, montanhas e rios.
Um turismo organizado e consciente pode salvar essa região, valorizando a paisagem e preservando a taiga para as próximas gerações.
The New York Times News Service/Syndicate - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times.
Se você busca uma conexão com o mundo selvagem, esse é o seu lugar. Hovsgol é a mais setentrional das 21 províncias da Mongólia, fazendo fronteira com a Rússia e dividindo com ela a taiga siberiana (floresta de coníferas subártica). O líquen verde e laranja empresta cor a desfiladeiros de três mil metros, enquanto rios sagrados (que, segundo a lenda, nunca congelam) desembocam nos lagos cercados de montanhas geladas.
Só agora Hovsgol está se abrindo aos viajantes que chegam para pescar e soltar o taimen, o gigantesco salmão siberiano conhecido como "lobo do rio" que vive nos rios da região. Há aqueles que preferem cavalgar os pôneis mongóis para encontrar os tsaatan, pequenos grupos de criadores de renas nômades que vivem em acampamentos e seguem o Xamanismo.
Aliás, a existência desses homens se mistura à paisagem: um não vive sem o outro. Eles precisam da terra por causa das renas, essencial para as comunidades por causa do queijo, do leite, do transporte. Os animais são soltos para comer e se exercitar duas vezes por dia - e o som de seus cascos lembra os estalos de um incêndio que se espalha pela taiga.
Os espíritos dos ancestrais dos tsaatan também precisam da floresta, pois eles acreditam que suas almas continuam vivas nos animais ou fundidas às árvores, montanhas e rios.
Um turismo organizado e consciente pode salvar essa região, valorizando a paisagem e preservando a taiga para as próximas gerações.
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Abraço a sucesso a todos nós.
Olimpia Pinheiro
Consultora Executiva
(91)8164-1073
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CRECI-PA/AP 6312
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