sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Filme e Entrevista com Josias Teófilo: Jardim das Aflições


Atualmente, o cineasta e jornalista Josias Teófilo, recifense radicado em Brasília, está na Virgínia (Estados Unidos), filmando o documentário O Jardim das Aflições, sobre Olavo de Carvalho. A intenção do diretor assim se descreve: “É principalmente fazer um registro histórico e artístico que revele o nosso personagem (Olavo) na sua real dimensão”. (Na foto que ilustra esta matéria, Josias Teófilo está com a máquina fotográfica pendurada ao pescoço, ao lado de Olavo de Carvalho e o produtor Matheus Bazzo)
É um fato inegável que Olavo de Carvalho tem cada vez mais influência na conscientização da direita brasileira. Josias fala um pouco sobre essa influência:
Olavo exerce uma influência enorme não só em mim, mas em toda a minha geração, ainda que muitos prefiram esconder essa influência por vaidade e pretensão de “pensar com os próprios miolos”. O fato é que ele nos deu um instrumental para interpretar o Brasil de hoje assim como Gilberto Freyre deu um instrumental para interpretar o Brasil de ontem. Ele é incontornável para quem quer ao mesmo tempo entender a situação em que se encontra o país e alterar as coisas como estão.
Sobre seu interesse pela obra do autor, Josias diz:
Surgiu em 2009 quando uma amiga me mostrou os videos do curso de história da filosofia dele. Fiquei fascinado com profundidade da abordagem, e comecei a consultá-lo para várias questões que tinha, através de pesquisa no site. Durante muitos anos eu li Olavo por assim dizer secretamente, pois não me sentia a vontade de compartilhar as opiniões que desenvolvi no meio cultural que vivia, inteiramente de esquerda.
Ele também concorda com Olavo de Carvalho em relação à valorização da alta cultura como elemento fundamental para nos libertar da tirania esquerdista:
O que eu espero é especificamente um retorno à valorização da alta cultura que já existiu no Brasil. Durante anos a esquerda manteve um mito de que o melhor do Brasil é a cultura popular, e foi escanteando a alta cultura. Veja você, o país que produziu Heitor Villa-Lobos, Guerra Peixe, Marlos Nobre, compositores eruditos da mais alta qualidade, só valoriza Caetano Veloso, Tom Zé, Chico Buarque. Basta observar quantos livros e documentários temos sobre estes, e quantos temos sobre aqueles. Isto é um absurdo! A libertação que eu vejo em Olavo de Carvalho é simplesmente a do conhecimento: ele nos mostrou uma série de autores, incentivando a publicação destes, escrevendo sobre eles. Com a oxigenação que produziu na cultura ao introduzir esses autores, nos mostrou alternativas para esse conceito ideologizado de cultura que nos foi imposto por todos os meios oficiais.
O questionei se haveria uma atual revolução de direita. Josias não concorda:
Não acho que esteja havendo uma revolução de direita. Está havendo simplesmente um movimento de oposição – ainda sem identidade e atordoado –, que é resultado principalmente dos erros do PT. Gosto do termo revolução no sentido em que usou Chesterton.
Atualmente há uma campanha de crowdfunding para o documentário. Mesmo sem angariar todos os recursos almejados (mas já está quase lá), os trabalhos já começaram. Josias explica a escolha pelo crowdfunding, bem como a rejeição de qualquer verba estatal:
Seria impossível fazer um filme sobre Olavo de Carvalho com dinheiro do Estado, e ainda por cima seria incoerente com o seu pensamento. Optamos então por financiar o filme através daqueles que querem vê-lo e sem um centavo de dinheiro do estado e estamos conseguindo. Em breve começaremos as filmagens, mesmo não tendo conseguido todos os recursos.
Eu não poderia deixar de questioná-lo desta forma: “No ambiente cultural, as pessoas estão olhando torto para você?”. Eis a resposta:
Estão sim, e ainda vão olhar muito torto pra mim quando o filme sair. No entanto, eu noto que a esquerda está se destruindo entre si. O recente caso dos cineastas pernambucanos Lírio Ferreira e Claudio Assis, que foram vetados de um cinema no Recife depois de uma intervenção desagradável num debate do filme Que horas ela volta? demonstra isso. De modo que não estão tendo muito tempo de vir encher meu saco. E, depois de umas respostas que dei no Facebook a uns comentários desagradáveis, nunca mais falaram nada que eu saiba. Mas não é só na esquerda que estão me olhando torto: na direita também tem, e não são poucas. E alguns dos alunos importantes do Olavo parecem fingir que o filme não existe, o que é uma pena.
Ao final, o questionei sobre as expectativas de lançamento e distribuição de O Jardim das Aflições. Leia:
São muito boas porque nós temos um imenso público em potencial. Vamos primeiro enviar para festivais internacionais, depois para os nacionais, e só depois vamos distribuir para os cinemas. Por fim, colocaremos o DVD à venda. Mas isso tudo só vai acontecer se as pessoas doarem para a realização completa do filme.
Para contribuir cliquem no site do filme, mais especificamente na seção Faça Parte


O Jardim das Aflições entrevista Flavio Morgenstern



Publicado em 25 de ago de 2015

Entrevista feita em junho de 2015.


Nela, Flávio fala sobre o novo livro, que saiu pela Editora Record, sobre a oposição e o pensamento conservador no Brasil, e, principalmente, sobre a influência e a importância de Olavo de Carvalho no atual contexto brasileiro.

Documentário O Jardim das Aflições: www.ojardimdasaflicoes.com.br

Entrevista: Josias Teófilo
Vídeo e captação: Matheus Bazzo
Edição: Mauro Ventura

Conferência sobre o livro "O Jardim das Aflições" de Olavo de Carvalho



Publicado em 1 de mar de 2015

Conferência da Rádio Vox com Olavo de Carvalho sobre o relançamento de seu livro "O Jardim das Aflições".

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