terça-feira, 25 de agosto de 2015

Estado Islâmico destrói mosteiro construído há 1.500 anos



No local ficava o santuário destinado ao Santo Elian de Homs que todos os anos atraia centenas de fiéis católicos. O mosteiro de Mar Elian, construído há 1.500 anos na cidade de Al Quariatain, na Síria, foi destruído pelos terroristas do Estado Islâmico (EI) que fizeram questão de destruir a igreja.

O espaço profanado abrigava a re-exumação dos restos do santo católico Elian de Homs, morto pelos romanos em 285. A igreja era um dos centros mais importantes do país e sua estrutura foi toda destruída.

Por conta do santuário dedicado ao Santo Elian de Homs, todos os anos, no dia 9 de setembro, milhares de peregrinos seguiam para a igreja do Mar Elian, cerimônia que aconteceu por séculos. Por sua importância, o mosteiro foi restaurado diversas vezes.

O responsável pela igreja é padre sírio-católico Jacques Murad que foi sequestrado no mês de maio, muito provavelmente pelos próprios terroristas do EI. O religioso era conhecido por ajudar não apenas os cristãos, mas os muçulmanos perseguidos pelos extremistas islâmicos. Ele foi raptado quando separava mantimentos para levar aos refugiados.

O sequestro do padre não foi o primeiro dos jihadistas, em 29 de julho de 2013 o padre italiano Paolo Dall’Oglio foi sequestrado enquanto visitava Raqqa. Ele liderava o monastério de Mar Musa e até hoje não há informações sobre ele.


Mosteiro de Mar Elian destruído

Os sequestros tem sido uma das armas dos terroristas, no início de agosto pelo menos de 230 civis foram sequestrados em Raqqa, cidade considerada um ponto estratégico na estrada que leva até Palmira – cidade que desde maio está nas mãos do EI.

O mosteiro de Mar Elian também não é o primeiro monumento histórico destruído pelo Estado Islâmico, os terroristas já destruíram outros dois mausoléus em Palmira e há rumores de que a cidade toda fora destruída. Palmira é considerada Patrimônio Mundial da Humanidade.

O objetivo dos terroristas é derrubar tudo que não se encaixar na visão do islã, mas parte da história dos muçulmanos e outras vertentes também são alvos dos jihadistas. Um exemplo é a mesquita de Al-Arbain, local de sepultamento de 40 figuras importantes do islã, que foi explodida pelos terroristas no ano passado. Com informações R7

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