segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Alexandre o Grande e o Cavalo Bucéfalo





Alexandre o Grande e o Cavalo Bucéfalo

Ainda mancebo, Alexandre assistiu à negociação do pai por conta de um cavalo. Filipe II recusara pagar 13 talentos pelo animal, visto que ninguém o conseguia montar. O príncipe lamentou a atitude do pai em dispensar tão imponente animal. Lançou um desafio a todos os presentes de que poderia domar o cavalo.

Filipe II irritou-se com a intromissão do filho, que pôs em causa experientes cavaleiros, considerando um afronto aos mais velhos a censura do mancebo. Mas Alexandre insistiu que poderia domar aquele animal. O rei decidiu apostar com o filho, pronto para que se lhe fosse dada uma lição pela prepotência.

O episódio tornar-se-ia uma grande página na biografia de Alexandre. Usando da inteligência, o príncipe aproximou-se e agarrou o animal pelo freio, apercebera-se que o cavalo sentia-se atormentado com a própria sombra, por isto voltou-o contra o sol. Acariciou-o com as mãos, pronunciando-lhe palavras dóceis, até acalmá-lo. Subitamente montou o animal, sem lhe bater, correndo toda a brida.

Ao ver o príncipe em cima do animal, todos à volta temeram por sua sorte. Angustiado, Filipe II manteve-se calado. Com espanto viu Alexandre montar o animal com destreza e inteligência, sendo aplaudido por todos. Diante do feito do filho, o rei abraçou-o e beijou-o, dizendo-lhe que procurasse outro reino, porque a Macedônia não lhe bastava, não lhe podia conter as ambições.

Alexandre tomou o cavalo para si. Era Bucéfalo. O animal acompanhar-lhe-ia por toda uma vida, marcando como um símbolo da presença de seu dono nas batalhas que iria travar. Bucéfalo morreria, segundo algumas versões, envenenado, segundo outras, de velho, em 326 a.C., pouco tempo antes do próprio dono. Inconsolável com a perda do seu velho companheiro, Alexandre erigiu às margens do rio Hidaspes, local onde o animal morreu, a cidade de Bucéfala, em memória ao seu cavalo.

Ao domar Bucéfalo, Alexandre demonstrou cedo o seu caráter intrépido e destemido, associado à inteligência e à estratégia. Montado no animal, romperia praticamente todas as fronteiras do seu tempo, conquistando para si um colossal império.

Este trecho da história é um exemplo que fará muitos pensarem na forma com que enfrentam os desafios. Eu vejo muitos aqui continuando a tentar domar os seus cavalos e cometendo os mesmos erros dos domadores anteriores. Com isto se gera o medo, a discórdia e o negativismo que ninguém deve se aproximar de tal cavalo pois é indomável. 

Alexandre sabia usar a inteligência e a força, que aprendamos o quanto antes pois as duas medidas tem de ser tomadas pra salvarmos o nosso país. Pensem nisto.

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