Alguns leitores têm me enviado mensagens "informando" o que os recursos autorizados pelo SALIC não seriam recursos públicos porque correspondem a uma autorização para captação junto a empresas privadas. Ora, se os recursos não são públicos, mas das empresas, por que haveria necessidade de autorização de um órgão federal? Os recursos são públicos, sim, provenientes dos impostos, e deles o Estado abre mão para fins culturais. O que não pode é receber sucessivas autorizações para captar financiamentos e, depois, ir ao gabinete da presidente da República proporcionar a mais constrangedora exibição de puxa-saquismo da história da imprensa brasileira.
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Se você eventualmente assiste o programa do Jô Soares já viu o suficiente para saber que ele se tornou, nos últimos meses, um ativista de esquerda e um militante petista.
Com o nível de informação e formação que tem - ninguém pode qualificá-lo como um retardado ou desinformado - sua recente posição política não podia decorrer de convicção intelectual. Tinha que haver outra razão. Ninguém se apaixona pela presidente Dilma assim, de sopetão. Não agora. Não em 2015.
A explicação me veio por e-mail com prova documental. Jô Soares é diretor da montagem da peça Troilo e Cressida, de W. Shakespeare, que obteve recursos de R$ 1,957 milhões no programa Salic (Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura) do Ministério da Cultura. Segundo o próprio Jô, na apresentação do projeto, que pode ser examinado aqui, " a peça tem um caráter político, e apresenta uma discussão ética sob aqueles que detêm o poder. No ponto de vista do diretor o espetáculo dialoga perfeitamente com o nosso tempo". A temporada terá 24 apresentações no Estado de São Paulo.
Agora está tudo explicado.
Recebido há pouco de um leitor, que menciona outras três peças de Jô com recursos da mesma fonte:
Prezado Percival, a respeito do súbito encantamento do Jô Soares por Dilma, verifiquei que a peça que você mencionou - Troilo e Cressida - não é a única peça do Jô financiada com dinheiro público, pois encontrei pelo menos outras três.
1) Três Dias de Chuva - Temporada São Paulo e Viagens. Valor aprovado: R$ 1.393.001,60. Direção: Jô Soares.
2) Histeria. Valor aprovado: R$ 2.260.400,00. Direção: Jô Soares.
3) Os Reis do Riso. Valor aprovado: R$ 1.919.400,00. Direção: Jô Soares.
Fontes:1)http://novosalic.cultura.gov.br/cidadao/dados-projeto?idPronac=501eac548e7d4fa987034573abc6e179MTcwODE3ZUA3NWVmUiEzNDUwb3RT
2)http://novosalic.cultura.gov.br/cidadao/dados-projeto?idPronac=501eac548e7d4fa987034573abc6e179MTkwODA1ZUA3NWVmUiEzNDUwb3RT
3)http://novosalic.cultura.gov.br/cidadao/dados-projeto?idPronac=501eac548e7d4fa987034573abc6e179MTg5NjQxZUA3NWVmUiEzNDUwb3RT
Fontes:1)http://novosalic.cultura.gov.br/cidadao/dados-projeto?idPronac=501eac548e7d4fa987034573abc6e179MTcwODE3ZUA3NWVmUiEzNDUwb3RT
2)http://novosalic.cultura.gov.br/cidadao/dados-projeto?idPronac=501eac548e7d4fa987034573abc6e179MTkwODA1ZUA3NWVmUiEzNDUwb3RT
3)http://novosalic.cultura.gov.br/cidadao/dados-projeto?idPronac=501eac548e7d4fa987034573abc6e179MTg5NjQxZUA3NWVmUiEzNDUwb3RT
Fonte: http://www.puggina.org/imagem-comentada/205
Dupla imaginosa
“No tempo de Dom Pedro II, houve um projeto, se eu não me engano do Barão de Mauá, também, de atravessar o país com ferrovias. E um conselheiro falou para ele, para o imperador: ‘Não é muito caro, porque tem que ter trilho para ir e trilho para voltar’. E aí, ele não seguiu em frente o projeto”.
Jô Soares, ao reiterar na conversa com Dilma Rousseff que também gosta de torturar a história do Brasil recordando episódios que não aconteceram.
Pavio curto e meiguice
“Você é pavio curto?”
Jô Soares, na conversa com Dilma Rousseff, ensinando que homens gentis, quando confraternizam com a presidente da República, devem usar a expressão “pavio curto” no lugar de mal-educada, grosseira, casca grossa e outros termos bem mais precisos.
“Jô, eu acho que eu sou… eu sempre digo isso, eu sou uma mulher dura no meio de homens meigos. Os homens são meigos e as mulheres são duras”.
Dilma Rousseff, explicando que é dura porque convive com homens meigos.
“Você acha que — eu sempre digo isso, mas todo mundo me diz que não. Eu acho que há uma certa dose de machismo em algumas afirmações que eu vejo e essa é uma, de ser pavio curto. Isso, eu acho que surpreende mais em uma mulher do que em um presidente homem. Você não acha que há uma – eu não estou dizendo que tudo seja uma coisa de machismo, mas enfim…”
Jô Soares, aproveitando a chance para dar uma aula de meiguice.
Pra rir ou pra chorar?
“Acontece que a seca produz duas coisas ruins. Primeiro, aumenta o preço dos alimentos, porque tem seca, e aumenta também a tarifa de energia. Eu não controlo a seca. O que eu posso fazer é reagir à seca. E nós reagimos à seca. Infelizmente, você vai ter um pico de inflação. Você tem um pico de preços determinados pela inflação e, também… aliás, pela inflação, pela seca, tanto de alimentos como de energia, e também o dólar”.
Dilma Rousseff, ensinando a Jô Soares que o governo não tem como baixar a taxa de inflação que não para de subir por culpa de três poderosos conspiradores: a seca, o dólar e a própria inflação.
A palavra ‘corrupção’ não aparece entre as mais de 9 mil desperdiçadas por Jô Soares e Dilma na conversa de comadre ufanista
Pelos padrões da TV, 70 minutos são uma eternidade — e foi essa a duração da conversa entre Dilma Rousseff e Jô Soares. Sobrou tempo até para o diálogo de hospício reproduzido abaixo, transcrito da íntegra da entrevista publicada pelo Portal do Planalto:
Jô Soares: Presidente, a gente não falou ainda, mas é fundamental que a gente fale. Em 2012 você mudou o comando da Petrobras. É que você já pressentia que havia algo de podre no reino do petróleo?
Presidenta: Olha, ô Jô, quero te dizer o seguinte: eu não tinha…Não eram pessoas da minha confiança. Quando você sobe ao governo, você coloca as pessoas da sua confiança. Bom, a Petrobras não é um barquinho que você vira rapidamente, não é? Então, passou um ano e eu troquei a diretoria toda e coloquei uma diretoria da minha confiança, foi isso que eu fiz.
Jô Soares: Agora, o pré-sal, eu cheguei a lamber uma pedra do pré-sal…
Presidenta: Eu te mostrei ela.
Jô Soares: É, ficou de me mandar uma e não mandou.
Presidenta: Vou mandar, vou mandar. Prometi, agora eu vou mandar.
Jô Soares: Não, porque agora prometeu no ar. Tem cheiro de querosene, não é?
Presidenta: É.
Jô Soares: E eu lambi e senti que tinha gosto de sal, mas eu acho que foi a minha imaginação. A pedra está aí, não, não é? Deve estar no…
Presidenta: Não, a pedra está no Planalto.
Jô Soares: É uma pedrona.
Presidenta: Uma pedra.
Jô Soares: Tem gente que não sabe que o pré-sal já está funcionando, com mais de 500 mil barris/dia.
Presidenta: Bem mais. O pré-sal…
Jô Soares: Já me perguntaram quando é que vai funcionar o pré-sal. Quando funcionar, o preço do petróleo vai estar tão baixo que não vai mais compensar. Eu queria que você explicasse um pouco sobre isso, porque isso é uma falta de informação em vários níveis, porque as pessoas acham: “Ah, isso aí não vai dar em nada, o pré-sal não vai dar em nada”. Não têm ideia de que já está produzindo.
Presidenta: Olha, para você ter uma ideia dessa questão: não só está produzindo, como a Petrobras ganhou o “Oscar” na área de… este ano, a Petrobras ganhou o Oscar na área de óleo e gás.
O besteirol acima consumiu quase 400 das mais de 9 mil palavras ditas em parceria por Jô e Dilma. Mas na montanha de consoantes e vogais não aparecem uma única vez expressões inevitáveis numa entrevista com a presidente do Brasil do Ano da Graça de 2015. Corrupção, por exemplo. Ou Petrolão. Ou pelo menos escândalo.
Até bebês de colo e índios de tribos isoladas hoje associam a Petrobras a essas palavras — além de roubalheira, ladroagem e outras bem menos gentis. A entrevistada, previsivelmente, tentou driblar todas. O entrevistador, lastimavelmente, também. Dilma mentiu em todas as respostas. Jô não contestou nenhuma.
Ele sabe que a estatal foi saqueada por uma quadrilha parida pelo padrinho Lula e amamentada pelo governo Dilma. Achou mais relevante contar que já lambeu uma pedra do pré-sal. Ele sabe que o maior esquema corrupto da história engoliu bilhões de dólares. Preferiu celebrar milhares de barris imaginários.
Foi assim que o que deveria ter sido uma entrevista acabou virando conversa de comadre ufanista.
1º - Tesoureiro de Dilma repassou R$ 16 milhões a gráfica fantasma de dois irmãos de Kennedy Alencar (aqui)
2º - JÔ SOARES E SEU SÚBITO ENCANTAMENTO POR DILMA ROUSSEFF. QUANTO CUSTA ESSE AMOR?
(aqui)
3º - ALGUNS SITES COMUNISTAS NO BRASIL E NO MUNDO - "BLOGS SUJOS" (aqui)
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)
Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook
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