Em 21/02/2010
A cada 26 segundos,
chore por uma criança sul-africana, pequena e indefesa. A cada 26 segundos,
lamente pelas meninas sul-africanas despetalas do mundo da delicadeza. A cada
26 segundos, emudeça ou grite diante de tamanho horror e tristeza.
A cada 26 segundos acontece um estupro na África do Sul. São mulheres e homens, incluindo crianças e bebês sendo violentados em ritmo de epidemia.
O sonho de Nelson Mandela das pessoas compreenderem que foram feitas para viver como irmãos é ignorado a cada 26 segundos.
A cada 26 segundos no palco da Copa do Mundo de 2010 não se comemora um gol, chora-se um estupro.
Enquanto muitos torcerão pelos seus times, uma legião de meninas continuará sendo estuprada segundo a crença de que fazer sexo com uma virgem pode curar o homem da AIDS.
Impossível aplaudir o fair-play dentro de campo quando do lado de fora estupros corretivos são praticados contra mulheres homossexuais e detentos com AIDS são obrigados a estuprar companheiros desobedientes.
Será difícil gozar de estádios que custaram alguns bilhões de dólares sabendo que ao término dos 90 minutos de cada partida haverá duzentas e tantas novas vítimas de violência sexual.
Chocado? Pois parece que nem o mundo nem a África estão preocupados com isso.
Basta lembrar-se do participante de uma versão africana do Big Brother que estuprou uma interna e defendeu sua atitude dizendo: “Bem, isto é a África”.
Que África é essa que detém o maior índice de estupros do mundo? Que África é essa em que uma menina de apenas uma semana de vida é estuprada?
É uma África onde um em cada quatro homens assume já ter estuprado alguém.
É uma África onde apenas 7% dos estupros denunciados resultam em condenação e 90% das vítimas se calam.
A África que está prestes a receber camisas de diferentes cores e escudos é a mesma que força suas mulheres a usarem uma camisinha com farpas chamada Rape-aXe.
Ideais de masculinidade? Questões culturais? Bruxarias? Tensões políticas? Caos social?
Tão inexplicável quanto o estupro é a banalização que cresce em torno dele.
A anfitriã da próxima Copa sofre uma derrota a cada 26 segundos.
Depois da questão racial, a África do Sul precisa de um novo Mandela que chame para si a batalha contra essa tragédia sexual.
Enquanto isso não acontece...
A cada 26 segundos, reze pelas crianças sul-africanas feridas em sua inocência.
A cada 26 segundos, aterrorize-se com a força bruta sem clemência.
A cada 26 segundos, chore de impotência.
Daniel Campos é poeta, escritor, jornalista pós-graduado em Comunicação Criativa pela ABJL e autor do portal de poesia e literatura www.danielcampos.biz/
A cada 26 segundos acontece um estupro na África do Sul. São mulheres e homens, incluindo crianças e bebês sendo violentados em ritmo de epidemia.
O sonho de Nelson Mandela das pessoas compreenderem que foram feitas para viver como irmãos é ignorado a cada 26 segundos.
A cada 26 segundos no palco da Copa do Mundo de 2010 não se comemora um gol, chora-se um estupro.
Enquanto muitos torcerão pelos seus times, uma legião de meninas continuará sendo estuprada segundo a crença de que fazer sexo com uma virgem pode curar o homem da AIDS.
Impossível aplaudir o fair-play dentro de campo quando do lado de fora estupros corretivos são praticados contra mulheres homossexuais e detentos com AIDS são obrigados a estuprar companheiros desobedientes.
Será difícil gozar de estádios que custaram alguns bilhões de dólares sabendo que ao término dos 90 minutos de cada partida haverá duzentas e tantas novas vítimas de violência sexual.
Chocado? Pois parece que nem o mundo nem a África estão preocupados com isso.
Basta lembrar-se do participante de uma versão africana do Big Brother que estuprou uma interna e defendeu sua atitude dizendo: “Bem, isto é a África”.
Que África é essa que detém o maior índice de estupros do mundo? Que África é essa em que uma menina de apenas uma semana de vida é estuprada?
É uma África onde um em cada quatro homens assume já ter estuprado alguém.
É uma África onde apenas 7% dos estupros denunciados resultam em condenação e 90% das vítimas se calam.
A África que está prestes a receber camisas de diferentes cores e escudos é a mesma que força suas mulheres a usarem uma camisinha com farpas chamada Rape-aXe.
Ideais de masculinidade? Questões culturais? Bruxarias? Tensões políticas? Caos social?
Tão inexplicável quanto o estupro é a banalização que cresce em torno dele.
A anfitriã da próxima Copa sofre uma derrota a cada 26 segundos.
Depois da questão racial, a África do Sul precisa de um novo Mandela que chame para si a batalha contra essa tragédia sexual.
Enquanto isso não acontece...
A cada 26 segundos, reze pelas crianças sul-africanas feridas em sua inocência.
A cada 26 segundos, aterrorize-se com a força bruta sem clemência.
A cada 26 segundos, chore de impotência.
Daniel Campos é poeta, escritor, jornalista pós-graduado em Comunicação Criativa pela ABJL e autor do portal de poesia e literatura www.danielcampos.biz/
Osvaldo Aires
Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80
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