Médico vivia em
Assunção e pode ser transferido para o Brasil nesta terça-feira
POR ANTÔNIO WERNECK,
THIAGO HERDY E LEONARDO GUANDELINE
19/08/2014 15:24 /
ATUALIZADO 19/08/2014 17:29
Médico Roger
Abdelmassih vivia no Paraguai - Edilson Dantas / Agência O Globo
SÃO PAULO e RIO - Foi
preso na tarde desta terça-feira o médico Roger Abdelmassih. A prisão ocorreu
por volta de 13h perto da escola onde o médico ia deixar os filhos junto com a
mulher Larissa, no Paraguai, e foi confirmada pela Polícia Federal (PF), em
Brasília. Em nota, a PF diz que a prisão aconteceu em parceria com a Secretaria
Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad).
Abdelmassih vivia em
Assunção, capital do Paraguai, com a mulher e dois filhos gêmeos, de três anos
— um menino e uma menina. Ele será transferido ainda hoje para Foz do Iguaçu.
Provavelmente nesta quarta-feira, será levado para São Paulo. A PF, no entanto,
diz que a transferência para a capital paulista acontecerá “em data a ser
confirmada”,
Roger Abdelmassih foi
condenado a 278 anos por 52 estupros e quatro tentativas de abuso a 39
mulheres. Especialista em reprodução assistida, teve o registro cassado pelo
Conselho Regional de Medicina (CRM) de São Paulo.
O médico foi denunciado
pela primeira vez em 2008, por uma ex-funcionária, e foi preso em 2009. No
entanto, obteve o direito de responder ao processo em liberdade, graças a um
habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar
Mendes.
Ele estava foragido
desde janeiro de 2011 e listava entre os dez mais procurados da Secretaria de
Segurança Pública (SSP) de São Paulo. Também estava no rol da Interpol. Os bens
da família, um total que seria de R$ 18 milhões, estão bloqueados na Justiça.
Pouco antes de o médico
fugir, sua defesa chegou a protocolar um pedido de retenção do passaporte no
Supremo Tribunal Justiça (STF), como forma de demonstrar que ele não tinha
intenção de sair do Brasil. No entanto, a medida não impediu a fuga de
Abdelmassih. Durante o período em que ficou foragido, a defesa chegou a
apresentar pedidos de habeas corpus em nome do médico, mas todos foram negados.
Depois da primeira
denúncia, dezenas de pacientes com idades entre 30 e 40 anos disseram ter sido
molestadas na clínica do médico, sempre quando estavam sozinhas e, algumas
vezes, após serem sedadas. O médico sempre negou ter praticado os crimes
sexuais contra ex-pacientes.
A prisão do médico, segundo
o Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo, aconteceu após promotores de
Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em
Bauru, no interior paulista, iniciarem investigação para apurar novos crimes
praticados por Abdelmassih, entre eles favorecimento pessoal, falsidade
ideológica e falsidade material. De acordo com o MPE, ao longo da investigação
foram realizadas, junto com a Polícia Civil paulista, diligências em cidades do
interior paulista, entre elas Avaré, em maio deste ano, onde o médico tem uma
propriedade rural.
Ainda segundo o MPE, as
investigações apontaram que um dos possíveis paradeiros do médico seria o
Paraguai. A Polícia Federal desvendou o paradeiro do médico graças à
informação. O compartilhamento de provas com a PF foi autorizado pela Justiça
paulista.
"O Ministério
Público aguarda que o sentenciado Roger Abdelmassih seja apresentado às
autoridades de São Paulo para cumprir a pena que lhe foi imposta pela
Justiça", informou o MPE em nota divulgada nesta terça-feira.
O médico Roger
Abdelmassih, preso
nesta terça-feira após passar três anos anos foragido do Brasil,
morava em uma luxuosa casa no bairro San Cristóbal, em Assunção, no Paraguai.
Condenado a 276 anos de prisão por estupro, Abdelmassih vivia com a mulher,
Larissa Maria Saco, de 37 anos, segundo informações do site do jornal paraguaio ABC
Color. No momento da prisão, efetuada em operação conjunta da Polícia
Federal com autoridades do país vizinho, o médico usava camisa branca
e calça social – colocou um boné azul marinho para tentar esconder o rosto
de fotógrafos – e foi algemado. Ele foi detido no bairro Villa Morra, próximo à
escola dos filhos – ele tem um casal de gêmeos de três anos.
O médico Roger Abdelmassih sai do 40º DP (Departamento de Polícia) após ser favorecido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que concedeu habeas corpus, em São Paulo (2009) - Mário Angelo/Folhapress/Folhapress
O médico Roger Abdelmassih e outro preso, que esconde o rosto, no IML Central de São Paulo, na terça-feira, pouco antes de serem transferidos para o presídio de Tremembé. - Folhapress
O médico Roger Abdelmassih (à esq.) deixa o IML (Instituto Médico Legal), em São Paulo (SP), depois de ser submetido a exame de corpo de delito, antes de ser encaminhado para a delegacia de polícia em 2009 - Fernando Donasci/Folhapress
O ginecologista Roger Abdelmassih faz operação de aspiração de óvulos em mulher que pretende ter um bebê por meio do método da proveta em 1996 - Eduardo Knapp/Folhapress
O Dr. Roger Abdelmassih, médico especialista em reprodução humana, durante entrevista em 1998 - Heitor Hui/Estadão Conteúdo
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Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)
Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook
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