26/12/2013
às 17:00 \ Comportamento
O ideal do bocó virtual é que a gente:
1) explique tudo individualmente para ele em 140 caracteres (sem links e dicas de livros, porque o “debate” tem de ser “espontâneo”);
2) fale apenas de pessoas específicas (uma de cada vez, sem “generalizar”, até quem sabe chegar a de número 7 bilhões);
3) não ouse “julgar” nenhuma delas (porque julgar é feio, ainda que sejam apenas os atos e as palavras de cada uma);
4) em hipótese nenhuma afirme o que quer que seja, em respeito à “opinião” contrária, afinal tudo é relativo, menos essa ideia, e ninguém é “dono da verdade”;
5) não cite jamais autor algum, porque isto é coisa de “papagaio” de fulano e beltrano, e não é nada “autêntico”;
6) nunca “perca tempo” com tudo aquilo que ele, o bocó virtual, considera perda de tempo.
7) aprove – ou tenha em vista o item 1 para justificar a não aprovação de – seus comentários compostos de xingamentos, distorções das palavras do post, interpretações da psicologia e das intenções ocultas do autor, uso de informações erradas etc., porque é preciso ser aberto e tolerante à “divergência” e à “discordância”, caso contrário está havendo “censura” no tal blog particular…
…e por aí vai.
O ideal do bocó virtual é que a gente seja ainda mais bocó do que ele.
Felipe Moura Brasil – http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Tags: bocó, histeria, internet, tolerância
Osvaldo Aires Bade
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