domingo, 27 de outubro de 2013
Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Em debate, após a palestra do CMT/CMS para "ADESGUIANOS" de SANTA MARIA, no último dia 24 de outubro, me dirigi ao General Bolívar nos seguintes termos:
Excelentíssimo SR General Bolívar/meu comandante militar de área
Não vou questioná-lo sobre o assunto de sua esclarecida exposição calcada no Comando Militar do Sul, Afinal de contas, vossa excelência é profissional das armas reconhecidamente competente, tanto pelos seus superiores como pelos seus subordinados e, como tal, só merece o reconhecimento de sua tropa por tudo que tem feito em prol da operacionalidade de seu grande comando. Está a me mover agora uma indagação de caráter mais subjetivo, mais engrazada com o aspecto eminentemente subjetivo do binômio espírito militar/espírito de corpo da nossa Força Terrestre. Em sendo assim, solicitaria a vossa excelência fossem levadas as seguintes indagações da RESERVA ao ALTO COMANDO:
Como o alto comando do EB ainda encara esta proibição de se comemorar o "31 de março " nos quartéis? Sim, porque circula na INTERNET que, em novembro, no RJ, está programado um estágio de "esclarecimento" sobre a "ditadura" militar para estudantes de nível primário e secundário, com informações absolutamente distorcidas sobre a atuação das FFAA naquele dia e na sua luta subsequente contra as guerrilhas urbana e rural que ensanguentaram o País nos anos"60/70"? O alto comando vai aceitar mais esta humilhação?
Atualmente, reconhecidos "pelegos" de longa data, notórios algozes do EB, estão mais do que de determinados a criarem um memorial em honra de comunoterroristas no quartel do 1º BPEB-Batalhão Marechal Zenóbio da Costa. O atrevimento chegou a tanto que um pobre coronel, comandante de unidade, se viu entregue, sem nenhum alento da parte de seus superiores, à sanha de verdadeiros" lobos vermelhos" dentro do seu próprio quartel! A falta de ação de comando teria sido por relapso da 1º ou da 2ª Seção do comando militar de área? Sim porque este fato humilhante já tinha antecedente, mas com reação a altura por parte do comando da unidade. Por quais razões este mesmo comandante engoliu a afronta na segunda oportunidade? Será que vamos aceitar também, a transformação de nossos quartéis em casa de "carpideiras de CHE Guevara"?
RESUMINDO:
- QUANTO À 1ª SOLICITAÇÃO, o CMTCMS disse que "a comemoração" nos quartéis não está proibida. O QUE ME CAUSOU ESPANTO!!!
- QUANTO À 2ª SOLICITAÇÃO, o CMT/CMS disse que, em absoluto, todo o apoio tinha sido/foi prestado pelo escalão superior ao comandante do 1º BPEB naquele episódio.
Em vista disso, para poder me defender, pelo menos provar a minha sanidade mental e que "não estava a inventar estórias da carochinha " (e seria fácil já que: só um idiota não sabe da proibição destas palestras-outro dia mesmo o meu irmão foi proibido de fazer uma no comando da 11ª RM-; a falta de ação de comando do CML, deixando o pobre coronel "ao Deus dará", com imagens irretocáveis transmitidas pela TV, não poderia ser olvidada), PEDI alto e bom para replicar, mas que desistiria de fazê-lo se esta fosse a NGA dos estágios da ADESG. O fato é que, de imediato foi chamado um outro debatedor e eu fiquei sem provar meu "juízo perfeito".
Na saída, calhou do General Bolívar cruzar comigo e eu esperei para ver o que ia acontecer. Encarei o chefe e ele veio e ME ABRAÇOU COM AFETO. Não sou de tripudiar com quem não é arrogante comigo. Correspondi ao abraço mas sussurrei ao ouvido do CMT/CMS:: -"General, eu nunca vou entregar o ouro..."
Em verdade, quem ainda crê numa retomada de atitudes pelos comandantes militares está a "acreditar em Papai Noel". Quem duvidar disto deve ler o relato do General Marco Felício sobre o ocorrido por ocasião da última palestra proferida pelo Coronel Licínio no Circulo Militar/BH.
Tivesse o então CMT/ CML tomado uma atitude para defender a "velha guarda" do EB no CLUBE MILITAR/RJ, em março de 2O12, quem sabe o comandante da guarnição de BH tivesse tido a mesma iniciativa?
Não vou deixar de lutar. Tenho chefes e companheiros da reserva que lutam comigo e são o meu alento. Devo dizer entretanto: até prova em contrário, não vislumbro mais nenhum horizonte de recuperação do binômio espírito milita/espírito de corpo pelas FFAA. Quando isto ocorrer, voltarei à disciplina militar prestante. Até lá só continuam a me mover o respeito, que jamais perdi pela INSTITUIÇÃO, e a lealdade à nossa "pobre Pátria mãe gentil".
SELVA! BRASIL ACIMA DE TUDO! PAIVA, INF/AMAN/1969.
Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel com curso de Estado-Maior, na reserva.
Osvaldo Aires Bade
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