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BRUNO ROMANI 07/10/2013 - 03h30 COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ao anunciar, em
setembro, que chegara a um acordo para ser comprada por US$ 4,7 bilhões, a
BlackBerry não encerrou apenas uma agonia que já durava três anos. A empresa
colocou um ponto final em toda uma era dos grandes fabricantes de celular.
Nos últimos dois anos,
o mundo da tecnologia viu a derrocada de três companhias que tiveram papel
vital na fundação da indústria de telecomunicações móveis e na sua
popularização no mundo. Duas delas foram negociadas no último mês.
Em agosto de 2011, o
Google anunciou a compra da Motorola por US$ 12,5 bilhões. Três semanas antes
da BlackBerry, a Nokia foi arrematada pela Microsoft por US$ 7,2 bilhões.
Nenhuma delas foi parar
nas mãos de outro gigante do hardware. Ao contrário, gigantes do software
engoliram as antigas líderes - exceção da BlackBerry, que vai para um consórcio
de investidores.
Dessa forma, não há
mais competidores na indústria que se dedicam puramente à produção de
celulares. A Apple, que está no início do declínio das três empresas, vem do
mundo dos computadores pessoais, em que mantém um uma horda de clientes fiéis.
Sua maior concorrente
atual, a Samsung, tem um império que produz de geladeiras a processadores. E
esses impérios usam a força para absorver possíveis fracassos.
A cada aparição, por
exemplo, Kazuo Hirai, executivo-chefe da Sony, faz questão de lembrar que a sua
empresa, que abraça estúdios de filme, gravadoras de música, equipamentos
profissionais de captação de imagens e dispositivos móveis, é uma só.
Embora não tenha tido
grandes sucessos com celulares, a Sony se mantém viva.
Nas novas casas,
Motorola e Nokia já encontram ambiente que absorve fracassos. O Google sobrevive
com tentáculos que abraçam de carros que se autodirigem à propaganda na
internet.
Para a Nokia, o cenário
também é parecido, com alguns setores da Microsoft aliviando os fracassos de
outros. No último trimestre, por exemplo, o lucro da divisão de Windows foi de
US$ 1 bilhão, e o da divisão de negócios foi de US$ 4,87 bilhões.
Com as aquisições de
Motorola, Nokia e BlackBerry, sobra apenas um fabricante independente global de
hardware no mundo dos celulares com origem ocidental: a Apple.
No mundo, as
preferências dos consumidores agora passam por Samsung, LG e Sony ou por
fabricantes de sucesso regional, como a chinesa ZTE. No segundo trimestre deste
ano, a consultoria IDC estimou que as cinco principais fabricantes do mundo
eram (pela ordem): Samsung, Nokia, Apple, LG e ZTE.
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ZTE
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LG
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Samsung
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Samsung Note
Osvaldo Aires Bade
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