Jovem de 18 anos foi condenado a três meses de prisão por ter sido visto fumando um cigarro na rua durante mês sagrado muçulmano
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Muçulmanos filipinos rezam durante o início do Ramadã: durante o mês sagrado, o muçulmano não pode comer, beber, fumar ou fazer sexo do nascer até o pôr do sol
Rabat - Um jovem marroquino de 18 anos foi condenado a três meses de prisão por ter sido visto fumando um cigarro na rua, em plena luz do dia, durante o Ramadã, o mês do jejum muçulmano, informaram nesta sexta-feira à Agência Efe fontes da defesa do rapaz.
O fato aconteceu no último sábado em uma avenida de Rabat e o julgamento ocorreu na terça-feira seguinte no Tribunal de Primeira Instância de Salguei, explicou o advogado Mustafa Lembarki.
O juiz encarregado do caso rejeitou inclusive que a família pagasse uma fiança para conseguir a liberdade provisória do jovem.
O rapaz foi visto fumando um cigarro por uma patrulha rotineira da polícia. Ao ser interrogado, confessou que estava com dor de cabeça por causa do jejum e comprou os cigarros para relaxar, assim como defendeu o seu direito de não ser obrigado a fazer o jejum.
A polícia o fez passar por um exame médico para comprovar se o jovem possuía alguma enfermidade que pudesse isentá-lo do jejum, mas nenhum problema foi constatado.
O artigo 222 do Código Penal marroquino estabelece penas de entre 1 e 6 meses de prisão, mais uma multa, a "todo indivíduo notoriamente conhecido por pertencer ao Islã que quebre ostensivamente o jejum em um local público durante o Ramadã".
Durante o Ramadã, seja no inverno ou no verão, o muçulmano não pode comer, beber, fumar ou fazer sexo do nascer até o pôr do sol. A quebra e/ou o desrespeito ao jejum costumam resultar em sanções legais em um grande número de países islâmicos.
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Muçulmanos da Malásia pedem expulsão de membro do Vaticano
Grupos pediram expulsão de arcebispo que apoiou o uso da palavra "Alá" por não muçulmanos
Mohd Rasfan/AFP
ONG da Malásia coloca declaração na embaixada do Vaticano, em protesto contra arcebispo: governo considera que a palavra "Alá" só pode ser usada por muçulmanos e teme que a tradução de "Deus" por "Alá" nas Bíblias em malaio crie confusão
Kuala Lumpur - Vários grupos muçulmanos da Malásia pediram nesta sexta-feira ao governo a expulsão do núncio do Vaticano, o arcebispo Joseph Marino, considerado "inimigo do Estado" por apoiar o uso da palavra "Alá" por não muçulmanos.
Dezenas de manifestantes se reuniram em frente à missão do Vaticano em Kuala Lumpur, a capital da Malásia, de maioria muçulmana, após a tradicional oração de sexta-feira para pedir a expulsão do representante diplomático da Santa Sé.
Marino, que chegou a Kuala Lumpur há menos de seis meses, recebeu recentemente uma advertência do governo depois de ter falado em uma conferência religiosa sobre o direito de traduzir "Deus" por "Alá" em uma Bíblia escrita em malaio.
O governo considera que a palavra "Alá" só pode ser usada por muçulmanos e teme que a tradução de "Deus" por "Alá" nas Bíblias em malaio crie confusão e seja uma forma de proselitismo da Igreja católica.
Na terça-feira, Marino foi convocado no ministério das Relações Exteriores para explicar suas palavras, e depois se desculpou, mas não parece ser suficiente para as organizações muçulmanas da Malásia.
"Marino deve sair da Malásia", disse Hassan Ali, líder do grupo islâmico JATI, que pede que o governo encerre a missão e não aceite nenhum outro enviado do Vaticano.
A Malásia tem mais de 2,5 milhões de cristãos e uma população total de 28 milhões de habitantes, 60% deles muçulmanos.
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