quarta-feira, 24 de abril de 2013

SOBRE COTAS E OUTROS BICHOS!




Manolo Florentino, autor do livro "Em costas Negras", pesquisador, professor da UFRJ, Mestrado, Doutorado. Estudou a África e a escravidão no Brasil profundamente.
Avanços historiográficos, pontos e conclusões importantes:
"A África não foi uma vítima inerte em relação a escravidão". 
"A África foi um continente que exportou escravos por tanto tempo...Há registros de exportação para a Grécia, para Roma, depois para o mundo islâmico, sem contar com a tradicional escravidão africana."
 "Hoje em dia o discurso da África vítima é apropriado basicamente por movimentos sociais". "As academias já não sustentam mais isso."


Sobre a polarização entre liberdade e cativeiro e a pobreza no Brasil:
"O mundo da pobreza junta brancos pobres, negros pobres - mestiços em geral, caboclos cafuzos. (independente da cor, quem é pobre não tem terra no Brasil.)
E talvez a gente chegue a uma das características mais marcantes da sociedade brasileira, que é a pobreza que se reproduz. Exemplo concreto disso: encontramos brancos pobres livres em quilombos. Aí você pensa:
“Brancos livres vivendo com quilombolas, o que junta essas pessoas?”
“Não é o estatuto jurídico, é a miséria, é a pobreza como categoria sociológica."
"Há um mundo enorme - em geral de pobreza - que interage matrimonialmente e culturalmente com esse escravo"
"Se a gente fugir das polarizações - cativeiro por um lado e liberdade pelo outro - podemos encontrar uma sociedade mais complexa e rica."
“Sobretudo de um ponto de vista que para mim é muito caro: a nossa natureza mestiça.”
Em função dessa mestiçagem que tem origem na pobreza, o Brasil se permitiu criar essa categoria mulata e fugir da bipolarização racial americana, por exemplo.
"Obama para nós é mulato. Para eles é negro. Por que?
Porque eles não têm categorias classificatórias para o mestiço.
“Conquistar essa categoria é dar um lugar a essas pessoas.”
Essa é uma das características de poucos países, e é a nossa fortaleza.
"Curiosamente, nesse sentido, nós antecipamos a globalização. Nós nos misturamos desde muito antes. Percebe? O Brasil é muito avançado deste ponto de vista, muito sutil, muito rico."
“Não há dívida nenhuma a ser paga”. O Brasil é uma civilização que, a partir de muita dor (escravidão indígena e negra, e semiescravidão de mestiços e pobreza da maioria dos brancos), conseguiu apresentar uma agenda cultural e racial muito avançada para sua época.
Não há passivo. “Ao contrário, há um ensinamento para o mundo”.
Obs: Manoel Florentino é negro para os americanos e racialistas no Brasil e mulato (mestiço) para nós, os brasileiros.

Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook 


1º - CRUZANDO A LINHA: O “ESTADÃO” PUBLICA TEXTO QUE FAZ A DEFESA DO TERRORISMO COMO PRINCÍPIO POLÍTICO. NADA SERÁ COMO ANTES (aqui)


2º - CONSCIÊNCIA NEGRA!!!???? (aqui)


3º - NO BRASIL OS ÍNDIOS ENTERRAM RECÉM-NASCIDOS VIVOS!
Menino Albino tem a mão cortada para servir de amuleto (aqui)



4º - CARECAS DO ABC, O VERDADEIRO MOVIMENTO ESQUERDISTA NAZIFASCISTA
Já fui um deles (aqui)


5º - SOBRE COTAS E OUTROS BICHOS! (aqui)


6º - RELIGIÕES PERCENTUALMENTE "MAIS BRANCAS"(AQUI) 



7º - A FARSA DO VITIMISMO AFRO-DESCENDENTE (aqui)



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