domingo, 17 de março de 2013

UM SITE QUE SE DIZ ANTIRRACISTA PUBLICA TEXTO QUE FAZ A APOLOGIA DO ESTUPRO DE BRANCAS; AS CRIANÇAS “TALVEZ” SEJAM POUPADAS…



A tal Renajune (Rede Nacional da Juventude Negra) tem uma página na Internet. Está no ar um, como direi?, “poema” intitulado “Antropofagia”. Só lendo para crer (segue conforme o original)
30/11/2012 às 17:07

Antropofagia

Devorarei a tua carne
Devorarei pela minha carne
Pela carne arrancada a chicotadas
Devorarei tuas entranhas
Devorarei sim, essas porcas entranhas
Por sequestrar meu povo à terras estranhas
Devorarei a tua alma
Omissa
Quando fez a minha gente submissa
Comerei teus olhos cegos
Egos,
Covardes
Falsos ternos
Não me nego
Escalpelarei-te
Estriparei-te
Estuprarei-te
Minhas mulheres ainda lembra…
De suas crianças
quero apenas as consciências
Que é a unica parte que ainda tem pureza…
Talvez…
Voltei

Como se nota, o ideal de reparação da Renajune é a vingança — física mesmo! — contra os brancos, daí a apologia até do estupro. Por enquanto, o autor só consegue estuprar a mesóclise, a concordância, a crase e a acentuação. Mas a gente nota que não falta disposição para violar mais do que as normas da língua.
Na África subsaariana, os tutsis fazem com os hutus isso que o autor pretende fazer com brancas e brancos. Os hutus fazem com os tutsis Isso que o autor pretende fazer com brancas e brancos. As milícias islâmicas sudanesas fazem com os cristãos isso que o autor pretende fazer com brancas e brancos.
Hutus são negros.
Tutsis são negros.
Os estupradores sudaneses são negros.
Os estuprados sudaneses são negros.
Quando negros matam negros, os assassinos se tornam brancos? Quando negros estupram negros, os estupradores se tornam brancos? É a cor da pele que matou e mata ou são os indivíduos e suas relações de poder, antes como agora?
A mesma turma

A Renajune é aquela turma que fez um vídeo sobre cotas que prega abertamente o ódio racial. Contou com o apoio de uma ONG chamada Instituto Cultural Steve Biko, que é financiada por entidades que recebem doações de alguns potentados da economia mundial.
É evidente que um site de brancos que falasse linguagem parecida seria considerado, sei lá, coisa de “neonazistas”. Com razão, seus responsáveis seriam enquadrados pela Polícia e pela Justiça e legalmente responsabilizados pela boçalidade. “Ah, Reinaldo, isso é coisa de uma minoria e não representa o movimento negro”… Sei. E por que a imprensa e o Ministério Público fazem tanto estardalhaço quando se descobrem páginas de idiotas brancos que propagam o racismo? Também não são eles uma minoria? Também não eram uma minoria extrema os que espancavam gays na Paulista?
Qual intolerância é tolerável e qual não é? A mim me parece que toda intolerância e intolerável.
Manter essa barbaridade no ar incentiva o vale-tudo. Um crime racial não precisa ser influente para ser um crime racial — contra pretos, brancos, vermelhos, amarelos…
Para encerrar: notem que o “poeta” considera a hipótese de não estuprar as crianças brancas — destas, ele diz, só quer a consciência, que ainda conteria pureza. Mas ele achou que isso poderia representar uma concessão inaceitável ao inimigo e resolveu relativizar a constatação: “talvez” exista pureza, só “talvez”… Afinal, sabem como é, trata-se de uma criança branca…
Por Reinaldo Azevedo

"OS ORIXÁS ME DERAM ESTE MANDATO", DIZ DEPUTADO JEAN WYLLYS. ESTADO LAICO?







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29/11/2012
 às 6:47

Vídeo sobre cotas prega o confronto racial e de classes. Ou: Como estatais, potentados do capitalismo e igrejas cristãs financiam o ódio racial

Está no Youtube um vídeo detestável intitulado “Cotas. Essa conversa não é sobre você”. Trata-se, lamento dizer, de puro lixo racista. A linguagem apela ao confronto, à guerra racial e ao confronto de classe. E é mentiroso também porque omite um dado essencial da lei de cotas recentemente aprovada. O “outro” com o qual se confronta a atriz negra são os “queridos estudantes brancos, de classe média, que fazem cursinho pré-vestibular particular”. É preciso ver para crer. Num dado momento, somos apresentados a este texto:“(…) Quando você diz que, na verdade, os seus pais pagam o curso somente porque trabalham tanto ou porque você ganha uma bolsa pelas boas notas que tira, eu não me comovo. Não me comovo mesmo! O que me comove é que muitos outros pais trabalham muito mais do que os seus e recebem muito menos por isso”. 

Nem vou me ater à caricatura que se faz dos “brancos de classe média com iates” porque há um limite da boçalidade que nem a crítica alcança. O que o vídeo omite de essencial é que a política de cotas estabelece uma hierarquia entre os pobres e transforma indivíduos e suas competências em categorias. Quando se decide que vagas destinadas a alunos da escola pública serão distribuídas segundo o perfil racial dos respectivos estados, cada indivíduo se torna ou vítima ou beneficiário de uma percentagem pela qual não pode responder. Acho, e todos sabem, a política de cotas um erro em si. Mas há, então, esse erro dentro do erro, que faz com que pobres sejam preteridos em favor de pobres em razão da cor da pele. O que esse texto espantoso não responde é por que um branco pobre seria mais culpado pelas desigualdades que há no Brasil do que um preto pobre. Tudo bem! O Supremo também não respondeu…
Eu me interessei pelo vídeo e decidi fazer algumas pesquisas. Fiquei encantado quando a garota listou, entre o desdém e a caricatura, os hábitos de seus “adversários”: um “mundinho de carros, festas, boates, viagens, iates, tablets, smartophones e muitas outras coisas”… Descobri, dedicando algum tempo à questão, que esse “mundinho” é quem, de fato, patrocina essa peça de propaganda movida pelo ódio. Eu explico.
O vídeo é assinado pela “Rede Nacional da Juventude Negra” (Renajune). Termina com um agradecimento ao Instituto Cultural Steve Biko, que participou de sua feitura. Esse tal instituto recebeu, em 1999, o “Prêmio Nacional de Direitos Humanos”. Bom! Tem, entre seus financiadores, a Chesf (uma estatal), a Worldfund, a Fundação Kellogg, a CESE e o Instituto Nextel. A Nextel, a Kellogg e a Chesf dispensam apresentações. A Worldfund é uma ONG americana que reúne, entre seus 69 financiadores, os seguintes inimigos do capitalismo e do “consumo da classe média” nojenta: Avon Products, Inc; Coca-Cola; Credit Suisse; Fundación Televisa; McDonald’s; Motorola Foundation; Santander e UBS. A CESE se define como “Coordenadoria Ecumênica de Serviços” e é sustentada por organizações católicas e protestantes ditas “progressistas”.
Esta é, aliás, a realidade de boa parte das ONGs que querem mudar, desinteressadamente, o Brasil: trata-se de entidades fartamente financiadas por alguns potentados do capitalismo — embora seus militantes costumem ser anticapitalistas fanáticos, não é mesmo? Tente saber, por exemplo, quem garante o pão e o circo das milhares de ONGs que defendem a natureza… A multinacional Nextel, a propósito, vai começar a concorrer com as grandes da telefonia. Logo estará disputando o mercado dos smartphones também — para os brancos desprezíveis de classe média…
É claro que é possível ser favorável a cotas com bons argumentos, ainda que eu discorde da tese. É claro que se pode ser contra cotas falando um monte de bobagem. A escolha de uma posição não condiciona a qualidade do argumento. Acima, o que temos é a mais clara e insofismável expressão do ódio. Parece uma guerra por território. Não por acaso, as últimas palavras da garota são estas: “Agora é tudo nosso! Tudo nosso!”. O objetivo é levar aqueles que eles consideram “o outro lado” a cometer um erro retórico qualquer para que possam, então, gritar: “racismo!”.
Um vídeo em que brancos se referissem a negros em termos parecidos seria denunciado, e o YouTube o retiraria do ar.  E os responsáveis ainda seriam denunciados pelo Ministério Público Federal por racismo. Alguma dúvida a respeito?
Aos leitores, um pedido: serenidade nos comentários. À turma do barulho, um recado: eu não me assusto com correntes na Internet. Ao ódio, respondo com a razão. E não vou desistir de criticar empulhações como essa.
Texto publicado originalmente às 5h50
Por Reinaldo Azevedo

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