sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

GRÉCIA: A CRISE COMEÇOU COM UMA FRAUDE


Manifestantes durante conflito com a polícia no centro de Atenas, Grécia


18/01/2013 às 19:00 \ Vasto Mundo

Publicado originalmente a 17 de junho de 2011.
crise grega (aqui)  que está nas manchetes, inclusive do site de VEJA, tem mil explicações, amigos do blog, mas seu olho do furacão começou com uma fraude, uma maracutaia inacreditável praticada pelo partido conservador Nova Democracia, que governou a Grécia por seis anos, até 2009.

Campeões de Audiência

Campeões de Audiência
Vencedor das eleições, o novo primeiro-ministro do Partido Socialista (Pasok), Giorgos Papandreu, constatou em poucos dias que seus antecessores haviam maquiado escandalosamente as contas públicas para os parceiros da União Europeia e o Banco Central Europeu (BCE). O verdadeiro déficit público do país, de gravíssimos 15,7% do PIB, era mais do que o dobro do informado pelo governo anterior.
O déficit verdadeiro era a conta que chegava para ser paga pela gastança do governo do antecessor de Papandreu, Kostas Karamanlis (2004-2009), que, em vez de atuar dentro das possibilidades do Orçamento e, mais, equacionar o que restava de déficit devido aos investimentos na preparação das Olimpíadas de 2004 pelo governo socialista que o precedeu, preferiu continuar torrando dinheiro público – e mentir.
Bola de neve de desconfiança e um brutal ajuste fiscal

A desconfiança dos mercados para com a Grécia, a partir daí, diante do temor de que os empréstimos ao governo e às empresas gregas não seriam quitados, fez rolar uma bola de neve que explodiu nas mãos de Papandreu.
O primeiro-ministro conseguiu realizar um brutal ajuste fiscal, o mais severo já feito por um país da zona do euro desde o estabelecimento da moeda comum, em 2000, e baixou em 5 pontos percentuais o rombo. A essa altura, porém, os cortes orçamentários e outras medidas restritivas haviam levantado um turbilhão de protestos na sociedade, que foram num crescendo tal que, apenas nos últimos 15 meses, houve 22 greves gerais no país.



Eles enganam o nosso povo lhes dando esmolas, embutem na cabeça de seus militantes a ideia de que o comunismo é bom, enaltecem os maiores genocidas que a terra conheceu, fazendo-os dissertá-los em TCC nas faculdades e aprisionam o futuro do país em um verdadeiro gulag mental... O povo grego optou pelo socialismo e agora, estão sentindo na pele o Holodomor que aniquilou em apenas um ano, mais de 7 milhões de ucranianos, é isto que o PT vai fazer com o nosso povo em pouco tempo... Quem viver verá...

A União Europeia, o BCE e o Fundo Monetário Internacional (FMI) – que muitos chamam de troika, ressuscitando a velha palavra da extinta União Soviética – socorreram a Grécia há um ano com um empréstimo de 110 bilhões de euros (algo como 250 bilhões de reais), mas o atoleiro grego não melhorou, e o Papandreu necessita de mais 60 bilhões de euros (140 bilhões de reais).

Privatizar o banco estatal, serviços de águas, portos e até um cassino


Para tanto, as exigências da troika são severíssimas. Depois de baixar os 5 pontos percentuais no déficit, em dois anos, Papandreu agora precisa derrubá-lo de 10,5% para 7,5% até o final deste ano.
Para fazer frente ao total da dívida grega antes desses 60 bilhões, que supera 142% do PIB (só para comparar: a do Brasil bate nos 40% do PIB) e é de 328 bilhões de euros (750 bilhões de reais, uma enormidade para um país das dimensões da Grécia), o programa para o qual Papandreu precisa obter o consenso das principais forças políticas, e que o levou a reformar seu gabinete, consiste em basicamente dois pontos:

1. Corte de gastos de mais 28 bilhões de euros 
num país que já está no osso e que podou investimentos em saúde, educação e infraestrutura

2. Privatizações que obtenham de 50 a 60 bilhões de euros, para reduzir a sufocante dívida pública 


E que incluem o banco estatal Caixa Postal de Poupança, os portos de Atenas (Pireu) e Salônica, a segunda maior cidade grega depois da capital, os serviços de abastecimento de água das duas cidades, a empresa telefônica nacional, OTE, que já tem como sócio minoritário o gigante alemão Deutsche Telekon, e até o cassino de Atenas, que pertence — vejam só — ao governo.
Diante desse quadro dificílimo, quem começou tudo, o partido Nova Democracia, não tem colaborado em nada. Pode ser que Papandreu venha a obter para as medidas duras e mesmo um governo de união nacional, caso em que ele próprio disse que cederia seu cargo em prol de um acordo. Mas as palavras de Antonis Samaras, líder da Nova Democracia, ditas ainda esta semana são de uma hipocrisia aterradora: “Não estou disposto a apoiar uma politica que arrase nosso país”, afirmou.
Ele ignorou o fato de que foi o governo antecessor de Papandreu, de seu próprio partido, quem iniciou esse processo de derrocada do país com uma fraude.


1 - Alexis Tsipras toma mijada do ex-primeiro ministro da Bélgix
(aqui)

2 - A forte Alemanha x a Grécia aos pedaços: os dois lados (muito diferentes) da mesma moeda — o euro (aqui)

3 - Na Europa, cresce pressão para salvar Grécia da falência (aqui)

Na Grécia, o desespero por comida fixado numa fotografia


Mãos estendidas para um saco de laranjas. É esta a imagem que está correr sites e redes sociais. Mas depois fazemos zoom out para perceber a cena. Mãos estendidas, as laranjas, e caras apanhadas em expressões que parecem pedir. Um homem sai com um sorriso e um saco de legumes ao ombro. As imagens mostraram, sublinharam, condensaram uma coisa: o desespero de muitos gregos por comida.

Foi em Atenas, em frente ao Ministério da Agricultura, que agricultores, protestando contra o aumento dos custos de produção, distribuíram fruta e vegetais de graça.


Não foi a primeira ação destas em Atenas. Mas o caos que se seguiu mostrou o ponto a que chegou a carência na Grécia, onde a taxa de desemprego é de 26% (superada na zona euro apenas pelos 26,6% de Espanha) e onde um em cada três gregos vive abaixo do limiar de pobreza, com novos 400 mil pobres entre 2010 e 2011, segundo o Instituto de Estatística da Grécia.


A ação dos agricultores de quarta-feira tinha começado pacífica, mas quando as pessoas se aperceberam que a fruta e vegetais estavam a acabar, lançaram-se para o único camião que ainda tinha alguma coisa. Velhos, mulheres com crianças, todos aos gritos e empurrões para ver quem conseguia chegar primeiro aos mantimentos. A dada altura, um dos agricultores faz gestos como que a enxotar as pessoas, pendido-lhes para se afastarem. Entre a multidão destaca-se uma criança num plano mais alto, está às cavalitas de alguém.
Uma pessoa acabou por ser levada para o hospital com problemas respiratórios.


Estas pessoas tinham uma vida normal


"Estas imagens deixam-me zangado", disse Kostas Barkas, deputado do partido de oposição Syriza. "Zangado por um país que não tem comida para comer, que não tem dinheiro para se manter quente, que não consegue chegar ao fim do mês", disse. Muitas famílias não têm dinheiro para o combustível de aquecimento, essencial no Inverno, muito rigoroso em algumas zonas da Grécia, e têm queimado madeira ou mobília em lareiras ou salamandras, no que provocou um problema de poluição em Atenas, e já foi letal, com a morte de três crianças num incêndio em Mesoropi, perto de Salónica.


O site grego Newsit, que mostrou vídeos da agitação na entrega dos vegetais, comentou: "Estas pessoas não são pedintes. São vítimas de uma crise econômica que como um furacão passou e deixou por terra famílias inteiras. São vizinhos que até ontem tinham empregos e uma vida normal. Hoje estas pessoas, engolindo o seu orgulho e dignidade, vão onde quer que seja preciso para encontrar um pouco de comida gratuita, como fizeram aqui".

No final, fica outra imagem: uma mulher com uma pequena criança aproxima-se da banca e inspeciona o que sobrou, restos de tomates rebentados, pequenas cenouras, uma laranja. Pega num tomate, testando a firmeza. Ainda haverá algo para levar?

O Jardim das Delícias Grego

Os quatro arbustos plantados na entrada da Evagelismos hospital em Atenas. | IHV
Jardim, o que é dito, é impossível chamar. Na melhor das hipóteses, e sendo extremamente generoso, você pode qualificar para parterre engraçado. Nós conversamos sobre os quatro arbustos plantados na entrada dos Evagelismos hospitalares, levando Atenas. Bem, apesar de todos os anos, o centro de saúde fecha suas contas no vermelho e que o governo é obrigado a fornecer injeções de dinheiro extra para conseguir sustentar a vida, algumas semanas atrás, veio à tona que, para manter todo o seu esplendor verde deste pequeno pedaço de terra do hospital éna folha de pagamento não inferior a 45 jardineiros! Paga, é claro, com o dinheiro dos cofres públicos gregos .

50 motoristas para um carro oficial

É um exemplo que explica como a Grécia chegou onde está agora: à beira da falência e da falência do Estado , tendo acumulado uma grande dívida de 340 mil milhões de euros (o equivalente a mais de 30.000 de euros de dívida para todos os gregos). Mas os casos são muitos e tão ultrajante que seria necessário um livro para recolher todos eles.

O que pode ser dito, para continuar com o elenco do absurdo, os 40.000 jovens que recebem uma pensão vi-ta-li-ção de US $ 1.000 mensais para o simples fato de serem filhas solteiras de oficiais falecidos e que os cofres custos O Estado 550.000.000 € por ano (a partir de agora só será cobrado até 18 anos). Ou os 50 motoristas para um único carro oficial que se concentram em alguns departamentos do governo.Ou os hospitais gregos marcapasso adquirido a um preço 400 vezes maior do que os hospitais britânicos pagos.

Já para não falar dos mortos 4500 cuja vívida família não tinha comunicado à Segurança Social a sua morte, a fim de obter o dinheiro no bolso do falecido pensão , custando ao Estado 16 milhões de euros por ano.

Falando em aposentadoria: na Grécia, há muitos trabalhadores que se beneficiaram de reforma antecipada-fixado em 50 anos para as mulheres e 55 anos para os homens, pertencentes a uma das 600 categorias profissionais consideradas particularmente extenuante , e entre os quais incluem cabeleireiros (para o que os corantes utilizados podem ser prejudiciais), jogadores de instrumentos de sopro (flauta soprando um é exaustivo) ou apresentadores de TV (assumindo que os microfones causar danos à saúde ).

Proteção de um lago que secou em 1930

E o que dizer das muitas entidades inúteis que operam no país, e entre aqueles que leva o bolo para o Instituto de Proteção Kopais Lake, um lago que secou em 1930. Além do mais, tudo isto é preciso acrescentar a evasão fiscal desenfreada : de acordo com estimativas do Ministério do Trabalho um em cada quatro gregos não pagar um centavo de impostos.

É verdade que durante o ano passado adotaram medidas de austeridade duras : os salários dos funcionários públicos foram cortados em 20%, em média, pensões caíram 10%, foram eliminados os bônus e gratificações, têm aumentou os impostos. Mas isso não foi o suficiente.

Portanto, agora o governo está considerando a possibilidade não só para realizar um amplo programa de privatização e as medidas de maior austeridade, mas também começam a demitir alguns dos 750 mil funcionários públicos disseram na Grécia, um país com 11 milhões de habitantes e um total de 4,3 milhões de trabalhadores.


Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook 


Todos sabem que crises são alimentadas por pilantras e elas irão acontecer de qualquer forma em algum momento.

Agora defender a pilantragem como regra de vida só sendo pelos bandido de esquerda que só encontram espaço em locais financiados pelo governo. 

Neste próximo link vá direto à entrevista com Ayn Rand por Mike Wallace – 1959.

- ISRAEL E O SEU VIZINHO MAIS CIVILIZADO: O LÍBANO. E POR QUE? (clique aqui)



Abraço a Todos

Osvaldo Aires

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