Shalom amigos,
Cores, aromas, sabores, barulhos, texturas e muita agitação – tudo isso e mais acontece na experiência sensacional de viagem, turismo, gastronomia e compras no Shuk MahaneYehuda (שׁוּק מַחְנֶה יְהוּדָה) - um dos mercados mais belos e ícone familiar de Jerusalém.
O mercado foi construído no final do século 19 entre dois bairros, Mahane Yehuda e BeytYa’akov. Os comerciantes e os camponeses árabes (פַלַּאחִים, falxim) iam lá para vender suas mercadorias em um espaço vazio, de propriedade da rica família Valero, composta por judeus sefarditas. O mercado atendia os residentes dos novos bairros de fora dos muros da Cidade Velha. Sob o regime otomano, o mercado se expandiu aleatoriamente e nenhuma consideração foi dada ao desenvolvimento de uma infraestrutura importante para isso, como fossos de drenagem ou barracas resistentes para os comerciantes.
Quando a terra de Israel estava sob o Mandato Britânico (1922-1948), existiam poucos projetos e tentativas para limpar e reconstruir o mercado com uma estrutura melhor de saneamento e barracas mais permanentes. A maioria dos projetos não foram executados principalmente devido às restrições de orçamento, então o mercado continuou com sua aparência desorganizada. Ao longo do tempo, os comerciantes árabes começaram a vender espaço aos novos imigrantes judaicos e à Etz Chaim Yeshiva, localizada no meio do mercado, construindo uma fileira de lojas ao lado do muro, alugando-as aos comerciantes.
Com o passar dos anos, o mercado Mahane Yehuda continuou se desenvolvendo. Na última década, grandes renovações ocorreram, tornando o mercado um lugar mais limpo e mais organizado. Curiosamente, novas lojas apareceram de repente, incluindo diversos cafés para “yuppies”, restaurantes baseados em produção fresca do mercado e lojas não mediterrâneas, tais como lojas de alimentos da Etiópia, de queijos importados, e outras que formam parte da variedade do mercado.
Dentre todas estas mudanças, o mercado nunca perdeu seu toque especial – os aromas e as cores tornaram-se ainda mais intensos e vívidos e a variedade de comerciantes criou um cenário multicultural ainda mais rico. Hoje é um lugar extremamente bem sucedido que consegue manter-se autêntico, combinando o antigo com o moderno.
Assim, você pode ir ao Shuk com a intenção tradicional de comprar produtos frescos, especiarias, nozes e sementes (פִּצּוּחִים, pitsuxim), ou para almoçar em um restaurante autêntico turco ou iraquiano do Shuk, onde pode experimentar o melhor hummus, falafel ou o saboroso prato de carne, o “Me’orav Yerushalmi (מְעֹרָב יְרוּשַׁלְמִי, grelhado misto de Jerusalém). Você também pode experimentar novos sabores como a melhor Halva (חַלְוָה, doce de óleo de gergelim e nozes) do mundo, ou uma refeição vegetariana, comprar um pão especial de uma padaria local, ou comprar joias e roupas de vários jovens designers que vendem suas criações lá.
No Shuk também acontecem eventos especiais, tais como festivais de dança e música, assim como um projeto de decoração de arte urbana que é responsável pelos muros pintados de forma criativa, superfícies de concreto e até pelas lixeiras do mercado. O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, mencionou que o mercado Mahane Yehuda se tornou mais que apenas um mercado; ele é uma parte importante do espaço público da cidade e é uma parte única devido às formas que os judeus e árabes negociam em suas lojas, lado a lado, pelas vielas e ruas lotadas.
לַשָּׁנָה הַבָּאָה בִּירוּשָׁלַיִם!
Leshana haba’a biyrushalayim!
No próximo ano em Jerusalém!
שִׁירָה כֹּהֵן-רֶגֶב
Shira Cohen-Regev
Professora de Hebraico na eTeacherHebraico
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