ACREDITE: QUEM É DONO E DIRIGE ESSE
FUSQUINHA É O PRESIDENTE DE UM PAÍS — O URUGUAI
Uma cachorra de 16 anos de idade, com a perna dianteira esquerda amputada, corre alegremente ao redor de um septuagenário floricultor na periferia da capital uruguaia. A cachorra é Manuela, a mascote do ex-guerrilheiro tupamaro, ex-ministro da agricultura, senador José ‘Pepe’ Mujica, de 74 anos, ainda candidato a presidente do Uruguai pela coalizão de governo Frente Ampla. Mujica acaricia a fiel companheira e ressalta que é a única “cachorra política” da História de seu país. A afirmação tem seus motivos, já que Manuela é presença frequente nas carreatas e comícios de Mujica. A imagem da militante canina vira-lata potencia o tom de informalidade deste ex-preso político da ditadura (1973-85) e no meu entender denuncia o nosso Lulallate "mordedor de canelas" e a essência de esquerdas e direitas.
Amigos, diante de tantos exemplos de vidão à custa do dinheiro público que temos “neste país”, achei interessante o contraponto trazido pelo jornalista gaúcho Mario Marcos de Souza em seu blog, mostrando aquele que o jornal espanhol El Mundo considera “o presidente mais pobre do mundo” — José “Pepe” Mujica, chefe de governo do Uruguai desde março de 2010 e que permanecerá no poder até março de 2015.
Confiram. O título original é o que vai abaixo, os intertítulos e algumas considerações entre colchetes são de responsabilidade do blog:
Quem está a bordo deste fusquinha é o presidente de um país
Todos os dias ele embarca no seu Fusquinha azul de estimação, de 1.300 cilindradas (foto), e toma o rumo de seu pequeno sítio Rincón del Cerro, nos arredores de Montevidéu, onde vive com a mulher, senadora da República – que é a proprietária da área. A casa é discretamente vigiada por dois seguranças.
No fim do mês, quando recebe o salário de 12,5 mil dólares como presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica separa 1,25 mil [para si] e doa o restante, cerca de 90%, a pequenas empresas e Organizações Não-Governamentais que trabalham com habitações populares.
– Este dinheiro me basta, e tem que bastar porque há outros uruguaios que vivem com menos – costuma repetir este uruguaio de maneiras simples, 77 anos, que, em reportagem do jornal espanhol El Mundo, foi chamado de “o presidente mais pobre do mundo”.
Além de sua casa no pequeno sítio, seu único patrimômio é o Fusca avaliado em pouco mais de mil dólares.
Vida espantosamente simples
Como transporte oficial, em vez dos carrões com ar-condicionado dos demais presidentes, ele usa um Corsa. Sua mulher, a senadora Lúcia Topolansky, parceira de muitos anos, também doa boa parte de seu salário.
Mujica vive de forma espantosamente simples, apesar de presidir um dos países mais importantes da América do Sul, nunca usa gravata (é quase sempre uma camisa branca com casaco) e convive com os mesmos amigos de antes da eleição que o conduziu ao poder.
É capaz de pegar o Fusca, ir até uma loja de ferragem comprar um acessório de banheiro e, no caminho, parar em um pequeno estádio para animar os jogadores do Huracán, time da segunda divisão, e prometer um churrasco caso subam para a Série A.
Ele não tem dívidas nem conta em banco
Sem contas bancárias ou dívidas, de acordo com El Mundo, ele apenas repete que espera concluir seu mandato para um descanso sossegado no Rincón del Cerro.
A vida simples não é mera figuração ou tentativa de construir uma imagem, seguindo orientações de um marqueteiro. Não, ela faz parte da própria formação de Mujica, um homem que lutou contra a ditadura, foi preso e, ao lado de dezenas de [guerrilheiros e terroristas] Tupamaros, participou de uma fuga cinematográfica da antiga prisão onde hoje está o Centro Comercial Punta Carretas, em Pocitos, lutou pela volta da democracia e hoje é presidente eleito do país.
Tudo isso sem abrir mão de suas convicções, em nenhum momento – a ponto de rejeitar a ideia de mudança de sua vida por ser o chefe de uma nação. [Mujica, que continua se considerando um político de esquerda, defende e pratica ideias que em outras latitudes são desprezadas "neoliberais". Em outubro de 2010, o presidente concedeu uma entrevista às Páginas Amarelas de VEJA em que expôs suas posições, muito distantes do marxismo que defendia nos tempos de juventude.
Uma de suas declarações fala por si: “A estatização é uma solução que foi abandonada. Trata-se de uma receita perfeita para desenvolver uma burocracia opressora. Continuo sendo socialista porque sou inimigo da exploração do homem pelo homem. Isso não inclui defender um Estado grande e um funcionalismo público inchado. Seria um desastre”.
Quanto a querer controlar a imprensa, como ocorre com outros governos supostamente "progressistas" do continente, o presidente não poderia ser mais claro:
“Quando um governo se mostra mais tolerante à diversidade, acaba ajudando a formar uma imprensa respeitosa. Quando radicaliza nas suas políticas, no entanto, vai tudo pro diabo. (…) A melhor lei de imprensa que existe é a que não existe”.]
No último dia 24 de maio, por ordem de Mujica, uma moradora de rua e seu filho foram instalados na residência presidencial, que ele não ocupa por seguir morando no sítio. Ela só saiu de lá quando surgiu vaga em uma instituição.
Neste início de inverno, a casa e o Palácio Suarez y Reyes, onde só acontecem reuniões de governo, foram disponibilizadas por Mujica para servir de abrigo a quem não tem um teto. Em julho do ano passado, decidiu vender a residência de veraneio do governo, em Punta del Este, por 2,7 milhões de dólares. O banco estatal República comprou e transformará a casa em local de escritórios e espaço cultural. Quando ao dinheiro, será inteiramente investido – por ordem de Mujica, claro – na construção de moradias populares, além de financiar uma escola agrária na própria região do balneário.
Nada de carros blindados
Ele nem se preocupa em reforçar seus esquemas de segurança e, ao circular no Fusca ou em um Corsa, claramente não está a bordo de veículos blindados.
Nem sei se é certo ou não alguém, no papel de um país, com toda a importância que o cargo tem e nestes tempos loucos ditados muitas vezes por fanatismo, levar a vida de uma pessoa comum.
Até acho que não. Afinal, um presidente não pode conduzir sua própria vida. Há milhões de pessoas que deram a ele o direito de dirigir um país e esperam não ver nada abalando esta tarefa – e é por isso que de Barack Obama, num extremo, a Dilma Rousseff, no outro, todos os presidentes são devidamente protegidos por fortes esquemas de segurança. Ao ser eleito, o escolhido faz uma espécie de renúncia pública de sua autonomia – e sabe que não terá mais tanta liberdade assim.
O que me causa profunda admiração no caso de Mujica, independentemente das razões destacadas acima, é ver alguém que se recusa a renunciar a suas próprias convicções, mesmo desafiando todas as regras do protocolo. Ele pensa nestes princípios, lutou a vida inteira por eles, arriscou sua segurança e de sua própria família, por que mudar logo agora?
Foi eleito por isso, certamente, por suas ideias e estilo de vida. Dane-se a liturgia do cargo, deve pensar este uruguaio. Para Mujica, ela não tem importância. O que importa, acima de tudo, é dormir com a consciência tranquila (…).
O mundo seria um lugar bem melhor e, com toda a certeza, muito mais pacífico se tivéssemos outros Mujicas conduzindo países por aí.
Atualizado: 09/08/2012 21:59
Montevidéu, 9 ago (EFE).- O presidente do Uruguai, José Mujica, explicou nesta quinta-feira que seu projeto de lei para legalizar e deixar nas mãos do Estado o cultivo e a venda de maconha 'não é para incentivar o consumo' mas 'para limitá-lo aos que já estão afetados e para que essas pessoas não fiquem nas mãos do narcotráfico'.
Em breve declaração à imprensa, o líder se referiu à iniciativa que ontem à noite entrou no Parlamento e que procura criar uma norma para que o Estado assuma 'o controle e a regulação das atividades de importação, produção, aquisição a qualquer título, armazenamento, comercialização e distribuição de maconha e seus derivados'.
Além disso, espera que o Estado exerça 'toda a atividade material que for necessária, antes ou depois' para tais atividades, que deverão ser feitas 'dentro de uma política de redução de danos' que 'alerte à população sobre as consequências e efeitos prejudiciais do consumo de maconha'.
Em suas primeiras declarações públicas desde que a iniciativa foi divulgada, Mujica justificou que o Estado vai assumir a produção e venda porque o problema de legalizar o autocultivo é 'como controlar que a produção não vire contrabando para fora'.
Consultado pela imprensa, Mujica considerou a possibilidade de criar clubes de fumantes habilitados para plantar sua própria erva, mas 'com controle'.
O projeto de lei está agora no parlamento, onde o governista conta com maioria absoluta em ambas câmaras, e será debatido ao longo dos próximos meses.
Com a iniciativa, o governo pretende 'arrancar' do narcotráfico um negócio que gera entre US$ 30 milhões e US$ 40 milhões anuais, segundo suas próprias contas, e abrir o debate sobre as políticas da proibição, que em sua opinião não deram resultados.
Antes da apresentação do plano, Mujica anunciou que sua ideia era levantar um debate público sobre a medida e condicionou sua aprovação a um apoio majoritário dos cidadãos.
A Comissão Global de Política sobre Drogas influenciou a iniciativa uruguaia. O organismo pede uma revisão das políticas contra o narcotráfico executadas até o momento no mundo e está composto por ex-presidentes e personalidades como Fernando Henrique Cardoso, o colombiano César Gaviria, o mexicano Ernesto Zedillo, o espanhol Javier Solana e o peruano Mario Vargas Llosa. EFE
Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados
Tags: democracia, ditadura, doação de salário, fusca, José Mujica, Lúcia Topolansky, mil dólares, moradias populares, moradora de rua, presidente da República, sítio, Tupamaros, Uruguai, vida simples
Osvaldo Aires Bade Comentários
Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook
Amigos, o exercício intelectual será grande no texto e nos comentários, mas as coisas são simples:
.
1º – O que acontece com todas as outras drogas que são legalizados – agentes químicos externos?
.
2º – Se proibir fosse bom não deveríamos ter nenhum agente químico legalizado.
- Reportagem imperdível sobre o tema drogas. cliquem aqui
- Mudando o tópico:
“Erros foram praticados durante o regime militar, eram tempos difíceis. Claro que, no reverso da medalha, foi promovida ampla modernização das nossas estruturas materiais. Fica para o historiador do futuro emitir a sentença para aqueles tempos bicudos.”
Mas uma evidência salta aos olhos: a honestidade pessoal de cada um!
Quando Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas.Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral,recebeu de favor o privilégio de permanecer até o desenlace no palácio das Laranjeiras,
deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em Copacabana.
Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de uma fazenda de gado em Bagé, mas quando adoeceu precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão.Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio.João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado que os filhos agora colocaram à venda, ao que parece em estado de lamentável conservação.
OBS: foi operado no Hospital dos Servidores do Estado, no Rio. Não é nada, não é nada, mas os cinco generais-presidentes até podem ter cometido erros, mas não se meteram em negócios, não enriqueceram nem receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus governos.
Sequer criaram institutos destinados a preservar seus documentos ou agenciar contratos para consultorias e palestras regiamente remuneradas.
Bem diferente dos tempos atuais, não é?
Pois é… o pior é que ninguém faz nada!
Acrescento: nenhum deles mandou fazer um filme pseudo biográfico, pago com dinheiro público, de auto-exaltação e culto à própria personalidade!
Nenhum deles usou dinheiro público para fazer um parque homenageando a própria mãe.
Nenhum deles usou o hospital Sírio e Libanês.
Nenhum deles comprou avião de luxo no exterior.
Nenhum deles enviou nosso dinheiro para “ajudar” outro país.
Nenhum deles saiu de Brasília, ao fim do mandato, acompanhado por 11 caminhões lotados de toda espécie de móveis e objetos roubados.
Nenhum deles exaltou a ignorância.
Nenhum deles falava errado.
Nenhum deles apareceu embriagado em público.
Nenhum deles se mijou em público.
Nenhum deles passou a apoiar notórios desonestos depois de tê-los chamado de ladrões.
Abraço e Sucesso a Todos
Olimpia Pinheiro
Consultora Imobiliária E-Commerce
(91)8164-1073
CRA-PA/AP 3698
CRECI-PA/AP 6312
olimpia.pinheiro@vendasbb.com.br
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