Ana
Paula Oriola De Raeffray - 04/09/2013 - 10h38
Não se pode imaginar
que pessoas constituam uma empresa privada com qualquer outra finalidade que
não seja a de gerar e auferir lucros. Pode-se dizer que a razão de existir de
uma empresa é a geração de lucros, sendo, portanto, esta a sua essência. Por
sua vez, o fundamento para a criação das empresas públicas e das sociedades de
economia mista é o interesse público, o qual acaba se concretizando também
mediante a obtenção de lucros.
A lucratividade é
requisito fundamental, portanto, para que uma empresa continue a existir, pois
se não puder produzir lucro, então deverá ser dissolvida, posto que não mais
atinge o seu fim, como está inclusive reconhecido no artigo 206, inciso II,
letra b da Lei das Sociedades Anônimas.
O objetivo da lucratividade
embasa o direito subjetivo dos sócios ou dos acionistas de receber os
dividendos, ou seja, de receber a parcela dos resultados anuais das atividades
exercidas pelas empresas. Este direito subjetivo, se reiteradamente frustrado,
pode determinar, inclusive, com que o acionista/sócio se retire da empresa.
Este racional da
lucratividade é muito claro, embasando a atividade empresarial e o seu
desenvolvimento. Aliás, o desenvolvimento de um negócio, de uma nação, de uma
família depende integralmente de uma finalidade. É apenas a busca de um
objetivo, de uma finalidade que propicia a movimentação necessária a todo e
qualquer pretensão de desenvolvimento.
Mas, quando parecer ser
tão óbvio que a lucratividade das empresas é um bem, na verdade, especialmente
no Brasil, ela muitas vezes parecer ser tratada como um mal, como um verdadeiro
pecado. Ora é do lucro e do faturamento das empresas que são pagos os tributos,
que são pagos os salários e os benefícios de seus empregados, que são pagos
fornecedores equipamentos, materiais. Enfim, a economia gira pela mão da busca
do lucro.
Se o lucro serve para
tudo isso, por que também não deveria servir para remunerar os sócios e
acionistas, os quais, no final das contas, assumem todos os riscos (e digamos
que não são poucos) da atividade empresarial. Cada dia mais são encontradas
alternativas para diminuir a parcela de lucros distribuída anualmente aos
sócios/acionistas, seja na tentativa de tributá-la, seja na tentativa de criar
mais e mais exigências contábeis e financeiras com o fim de diminuí-la.
Qualquer empresa para
cumprir a sua função social tem que auferir lucro, pois se assim não for
possível ela não cumprirá nenhuma função perante a sociedade, na verdade ela
sequer permanecerá exercendo as suas atividades.
Quando se condena o
lucro de uma empresa, ou, ainda, o lucro percebido por seus sócios/acionistas,
seja de maneira explícita, como vem ocorrendo em manifestações populares, seja
de maneira velada como por vezes age o Poder Público se valendo de artifícios
para diminuí-los, não deve jamais ser esquecido que o Homem somente encontrou o
desenvolvimento social na medida em que conseguiu exercer uma atividade
empresarial.
Osvaldo Aires Bade
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Começamos nossa série de artigos sobre os principais erros cometidos pelos donos das lojas virtuais falando sobre o porque contar com o lucro imediato pode prejudicar o desempenho da loja virtual e seus resultados futuros.
É importante que o empreendedor, seja o iniciante ou o que já está se aventurando pelos meios virtuais, entenda que o processo de maturação de uma loja e principalmente de sua marca no meio virtual acaba sendo um processo mais lento que o tradicionais.
Inicialmente, o processo de desenvolvimento, ajustes e correções da loja para que ela atenda perfeitamente ao cliente, já é longo e pode durar aproximadamente 4 meses, período que será divido entre a loja desativada e já ativa para visualizar as dificuldades e erros encontrados pelo consumidor no processo de compra.
Para a lojas virtuais se tornarem conhecidas depende de muita divulgação
Segundo fator pelo qual tornar a loja virtual conhecida é um processo mais complexo e necessita indiscutivelmente de divulgação. Convenhamos, ninguém vai acordar em um dia ensolarado e ter um estalo de que sua loja existe e vende exatamente aquele produto que tanto queria. Desista, é mais fácil ganhar na mega sena sem jogar.
Um grande erro dos empreendedores é contar com que no início, todos os gastos tidos com a plataforma, criação de estoque e aquela verbinha reservada para a divulgação da grande inauguração serão cobertos já nestes primeiros meses, e é neste ponto, quando se percebe que esses gastos não serão cobertos é que começam as desistências.
Os primeiros visitantes não necessariamente serão seus primeiros clientes
Aquela verba separada para a divulgação inicial irá sim trazer clientes, mas não para manter sua loja virtual, e em alguns casos nem para fazer a primeira compra. Afinal, sua loja acabou de entrar no mercado, ninguém a conhece, e o fator segurança vai pesar muito na decisão de compra, e por isso, uma loja já conhecida vai ser sempre preferência na hora da compra.
Lembre-se de que não adianta se desesperar e sair fazendo promoções loucas para conseguir clientes, pois isso irá criar ainda mais desconfiança. Tenha os pés no chão e seja consciente de que levará tempo para sua marca se tornar referência.
Boas Vendas!
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