Na Venezuela os militares controlam até os supermercados
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Duas notícias
estarrecedoras divulgadas hoje, me obrigam a deixar de lado o trabalho para
fazer a denúncia no blog: na Venezuela madurista agora, para fazer qualquer
compra em supermercados e farmácias, o cidadão tem que deixar sua impressão
digital como forma de “controle” contra um alegado contrabando. E na Colômbia,
um mega assassino de cognome “Popeye”, que trabalhou desde a adolescência como
matador profissional de Pablo Escobar, o rei do cartel de Medellín, depois de
cumprir parte de sua pena recebe liberdade condicional.
Bem, vamos primeiro ao
fato insólito da Venezuela. Como é de conhecimento público, denunciado por mim
mesma há tempo, a escassez que o venezuelano comum vem sofrendo atinge níveis
inimagináveis. Para controlar - e pôr garrote - não só na população mas
sobretudo no empresariado, o usurpador presidente Maduro resolveu, a partir
desta terça-feira 26 de agosto, utilizar uma máquina “captahuella”, a mesma que
recolhe as impressões digitais (daí seu nome) nas mesas de votação em período
eleitoral. Antes disso ele já marcava o povo como os judeus nos campos de
concentração, com um carimbo contendo um número que era posto no braço, para
que a pessoa não voltasse a fazer compras (em qualquer estabelecimento, pois a
tinta não saía com facilidade) no prazo inferior a uma semana.
A novidade de hoje vem
como pretexto de coibir o contrabando de mercadorias que, segundo Maduro e seus
capachos, sai ilegalmente da fronteira com a Colômbia que tem preços mais
atraentes e é revendido na Venezuela no câmbio negro. Saliento que há pouco
mais de uma semana Maduro esteve reunido com o presidente Santos na Colômbia,
para tratarem dessa questão do contrabando, depois da qual ambos impuseram um
fechamento de suas fronteiras a partir das 20:00 h.
O que Maduro não revela
é que o suposto contrabando não é causa mas conseqüência de seu incompetente
(des)governo, uma vez que a produção industrial vem sofrendo baixas constantes
por duas razões: o controle cambiário do CADIV que não permite o fluxo necessário
do dólar, que é controlado com mão de ferro e necessário para as importações. E
a baixa produção da matéria-prima que está toda nas mãos do Estado. Sem
matéria-prima nacional e sem poder importar, por causa do controle da compra e
venda de dólares, os empresários e produtores venezuelanos não têm como
produzir e daí a escassez. Maduro e seus ministros alegam que não havendo
mercadorias suficientes para todos, a solução é criar um “cartão de
racionamento”, do mesmo modo que existe em Cuba há décadas. Não sei se é por
ignorância mesmo ou má-fé, pois como ele recebe ordens desde Havana, o que deve
mudar não é a política econômica mas a “distribuição equitativa”, confirmando a
máxima de que “o socialismo é a igualdade na distribuição da miséria”.
A respeito dessa nova
norma, o constitucionalista José Ignacio Hernández afirmou que o uso dessas
máquinas é contrário à Constituição, porque o sistema econômico venezuelano
parte do princípio da soberania do consumidor. Segundo Hernández, “são os
cidadãos, e não o Estado, que decidem que bens querem adquirir. Com o sistema
biométrico, o Estado é quem vai decidir e isso é inconstitucional”. Para
Maduro, entretanto,“Somos obrigados a implementá-lo para combater o
contrabando, a voracidade e todos os métodos da burguesia criminosa e
parasitária para destruir nosso país. As famílias venezuelanas são as vítimas.
É tanta a guerra que quando conseguimos certos níveis de abastecimento, eles
baixam o número de caixas para que as pessoas durem horas nas filas”.
Bem, não vou me alongar
muito nesse tema mas alerto apenas que no Brasil estamos caminhando para isso.
Sem liberdade de mercado, controle cambiário, escassez de matéria-prima e
travas gigantescas na importação, é evidente que todo o resto vem em cadeia e
com ele o desemprego. Não tem nada a ver com a suposta “burguesia criminosa”,
mas com um Estado falido por má administração e roubo descarado para as mãos
(ou as contas em paraísos fiscais) da Nomenklatura e a boliburguesia. E nem é
preciso ser economista para entender isso, de tão elementar que é...
E hoje na Colômbia foi
libertado Jhon Jairo Velásquez Vásquez, mais conhecido como “Popeye”, um
matador profissional que serviu ao cappo do Cartel de Medellín. Segundo ele
mesmo conta, Popeye tinha apenas 12 anos quando presenciou numa briga de rua,
um homem ser assassinado por outro, que lhe desferiu uma facada na jugular.
Todas as pessoas que estavam na rua naquele momento fugiram horrorizadas, menos
ele, que ficou encarando o assassino com uma fascinação ao ver o sangue
esguichar do pescoço do agonizante. Diz ele: “Assim perdi minha inocência e
voltei a nascer para o mundo que me coube viver. Não aquele que minha mãe
sonhou, senão o que encontrei na rua e no mais profundo do minha condição
humana. A partir desse dia, eu já não fui mais o mesmo. Pouco a pouco e sem
notar, comecei a me transformar em “Popeye”.
Bem, Popeye é o único
sobrevivente do bando de temidos sicários de Pablo Escobar e sai da prisão
depois de cumprir 23 anos (três quintas partes da condenação) na penitenciária
de Cómbita. Ele teve sua pena rebaixada por colaborar com a justiça e realizar
trabalhos, mas para obter sua liberdade condicional teria pago 5.000 dólares.
Popeye se uniu ao Cartel de Medellín aos 18 anos, quando “o patrão”, como era
conhecido Escobar, começou a lhe encomendar assassinatos. Tem sob suas costas
mais de 300 mortes, além de haver seqüestrado o ex-presidente Andrés Pastrana e
o ex-vice-presidente Francisco Santos, quando era chefe de redação do jornal El
Tiempo. Um de seus feitos foi a derrubada de um avião da Avianca em pleno vôo,
no qual morreram 107 passageiros. Popeye admitiu com frieza que ordenou o
assassinato de umas 3.000 pessoas, dentre elas centenas de policiais,
jornalistas, juízes, magistrados, políticos e o candidato à presidência Luis
Carlos Galán, quando Pablo Escobar travava uma guerra contra o governo para
evitar sua extradição, inclusive o ataque ao Palácio de Justiça.
Agora este psicopata
paga para ter a liberdade condicional e solicitou à Justiça que lhe dêem
“garantias de vida”, através de escoltas armadas, pois teme ser assassinado por
vingança. Saiu da prisão sob um forte esquema armado, enquanto a pessoas
dignas, honradas e trabalhadoras, como o jornalista Ricardo Puentes Melo que já
sofreu inúmeras ameaças reais a ele e sua família, o governo retira essa
proteção “por não ver necessidade”.
Encerro esta edição com
quatro vídeos de uma entrevista com o psicopata assassino Popeye, intitulada
“As confissões de Popeye”. Fiquem com Deus e até a próxima!
Comentários e traduções: G. Salgueiro
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Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)
Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook