domingo, 18 de janeiro de 2015

Delegado do caso Celso Daniel é executado a tiros dentro de casa em Itapecerica da Serra - Mais um morto no caso.

LUTO
Mataram o Delegado Josimar Ferreira de Oliveira, que trabalhava comigo à época da morte do ex-Prefeito Celso Daniel em Juquitiba, tendo sido o responsável pelo registro do BO do caso, além de participar das investigações na minha equipe.
Lamento profundamente pela pessoa que era, e me causa estranheza que ocorra às vésperas de recomeçar a investigação do caso!
Espero urgente e cabal esclarecimento por parte da Polícia, sobre o triste e intrigante episódio.
LUTO


Crime aconteceu em sítio na cidade de Itapecerica da Serra, no final da noite desta quinta-feira

O delegado tinha 54 anos e atuava como assistente na cidade e já havia sido titular em Juquitiba, município vizinho.

Um delegado foi morto a tiros na noite desta quinta-feira (15) na casa onde morava, na Rua Lapa, no bairro Delfim Verde, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. A polícia suspeita que os assaltantes não sabiam que a residência era de uma autoridade policial. O caso é investigado como latrocínio.

Josimar Ferreira de Oliveira há dois meses era delegado assistente no 1º Distrito Policial da cidade e havia trabalhado normalmente nesta quinta-feira. Por volta das 22h30, a mulher do delegado ouviu um barulho do lado de fora da casa e saiu para ver do que se tratava. Ela chegou a discutir com os dois ladrões.

Na confusão, o delegado tentou proteger a mulher e entrou em luta corporal com os ladrões. Depois que criminosos descobriram que se tratava de um policial, eles deram dois tiros que atingiram o abdômen e a boca do delegado.

A família chegou a levá-lo ao Hospital Geral da cidade, mas o delegado não resistiu aos ferimentos. Até a manhã desta sexta-feira(16) ninguém havia sido preso.

  
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PF investiga parceria entre grupo Hezbollah e PCC no Brasil.



Documentos denunciam ainda suposto riscos de um atentado terrorista no Brasil; Facção brasileira tem acesso a armas libanesas e, em troca, oferecem proteção nos presídios do País.

Aliança teria começado a ser montada em 2006, mas as primeiras provas só foram descobertas dois anos depois.

O jornal O Globo denunciou, neste domingo, que criminosos estrangeiros do grupo Hezbollah - movimento político e militar, xiita e libanês que se autodenomina "Partido de Deus" - construíram uma parceria com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua nos presídios brasileiros, principalmente em São Paulo. 

Segundo o jornal, relatórios produzidos pela Polícia Federal mostram que traficantes do grupo libanês abriram canais para o contrabando de armas destinadas ao PCC e ainda ajudou-os a intermediar uma negociação de explosivos. Em troca, os brasileiros prometeram dar proteção a integrantes dessa quadrilha que já estão detidos no Brasil.



A aliança teria começado a ser montada em 2006, mas as primeiras provas só foram descobertas dois anos depois. A notícia da associação criminosa surgiu de um informante da PF e a veracidade da informação foi confirmada pela área de inteligência, que monitorou alguns suspeitos em São Paulo e no Paraná. 

O trabalho de monitoramento feito pela PF inclui ainda missões para vigiar estrangeiros de origem libanesa que circulavam pelas cidades de Foz, Ciudad del Leste e Porto Iguazu, na Argentina. Os documentos reúnem desde listas de nomes e períodos de hospedagens em hotéis até registros de um suposto risco de atentado terrorista no Brasil.

No dia 28 de agosto de 2008, o relatório de inteligência assegura que recebeu informe de “fonte não comprovada” de que um estrangeiro “integrante de uma organização terrorista” estaria viajando para Brasília para executar plano de assassinato. Há ainda a descrição de ações na Ponte da Amizade, na fronteira entre Brasil e Paraguai.

Para as autoridades americanas, a região de fronteira que separa Brasil Argentina e Paraguai sempre foi palco de atuação de grupos ligados ao terrorismo. Ainda segundo os EUA, o dinheiro do tráfico de drogas é uma das principais fontes de financiamento de entidades terroristas.




Blog Julio Severo

Queda da Europa é queda dos EUA. A acelerada islamização da Europa afetará os EUA. O relacionamento entre Europa e EUA é tão especial que europeus não precisam de visto para entrar nos EUA — o que significa que esse pacote inclui um número cada vez maior de muçulmanos que têm cidadania europeia, estão islamizando a Europa e podem livremente viajar para os EUA, sem nenhum impedimento. É bom lembrar que os dez terroristas islâmicos que derrubaram o World Trade Center em Nova Iorque em 2001 eram sauditas que haviam imigrado para a Alemanha, onde conseguiram a cidadania alemã e depois passe livre para os EUA. Mesmo que a Europa não fosse essa ameaça por causa dos muçulmanos, os EUA têm suas próprias ameaças internas: na presidência, o homem mais pró-islamismo da história americana e, para igual suprema vergonha, o diretor da CIA se converteu ao islamismo na Arábia Saudita. Quanto falta para os EUA e Europa mudarem sua capital para Meca?




1º - Conheça como agem e o que querem os grupos terroristas mais perigosos 

(aqui)
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2º - Terrorista do Isis prega no Brasil e a PF nada fez - O Islã avança no Brasil! (aqui)
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3º - E o Islã avança! (aqui)


  
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Terrorista do Isis prega no Brasil e a PF nada fez - O Islã avança no Brasil!

CNN mostra adepto do Isis e do terror no Brasil: 

Uma reportagem desta semana, apresentada pelo canal CNN, foi intitulada como “Qual foi o sentimento geral da comunidade muçulmana no Brasil depois dos acontecimentos violentos de Paris?”.

Inesperadamente, um fiel usando uma camiseta do ISIS debaixo da camisa, levanta e interpela o Imã pacifista, em árabe, dizendo que “o terrorismo é obrigatório no Islã, e que as decapitações dos inimigos de Allah devem continuar.”

O público na Mesquita da LUZ, situada no Rio de Janeiro, assistiu estarrecido quando o fiel disse, perante as câmeras, que não tinha medo de identificar-se.

1º - SOLUÇÕES COMEÇAM COM A VERDADE! NÃO SE TRATA DE "OCUPAÇÃO" - SE TRATA DO ISLÃ... (AQUI

2º - ISLÃ PECADOR MORRENDO NA PAZ - MULHERES SÃO VISTAS COMO PROPRIEDADES DOS HOMENS NO LÍBANO PAÍS MAIS AVANÇADO DO MUNDO ÁRABE (AQUI

3º - Islã 101: Uma Introdução ao Islã e a Jihad Islâmica (AQUI

4º - O LÍBANO É PARA CRISTÃOS: O POVO FENÍCIO NÃO SÃO ÁRABES (aqui

5º - Terrorista do Isis prega no Brasil e a PF nada fez - O Islã avança no Brasil! (aqui

6º - VEJAM POR QUE TANTOS BRASILEIROS DEFENDEM A PALESTINA! ENTIDADE QUE FINANCIAVA O TERRORISMO DO HAMAS ERA DIRIGIDA POR BRASILEIRO, HOJE NA CADEIA (aqui)


7º - PARADOXOS DOS MUÇULMANOS: ONDE OS MUÇULMANOS SÃO FELIZES? ONDE OS MUÇULMANOS SÃO INFELIZES? (aqui)

8º - Brasil não reconhece mais Jerusalém como capital de Israel (aqui)

9º - 
ÍNTEGRA DO ESTATUTO DO HAMAS E DOCUMENTÁRIO DAS TENTATIVAS DE PAZ NO MUNDO ISLÂMICO 
(aqui)

10º - LAG BA’OMER (aqui)
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11º - VEJA AQUI QUEM MUDOU O NOME DO PAÍS DE JUDEIA PARA SYRIA PALESTINA (AQUI)
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12º - ISRAEL E O SEU VIZINHO MAIS CIVILIZADO: O LÍBANO. E POR QUE? (AQUI)
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13º - OS JUDEUS NO ESPAÇO ALEMÃO E A PROCURA DE UMA PÁTRIA (aqui)
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14º - AS CRUZADAS - HISTÓRICO DO MOTIVO DAS BATALHAS (aqui)



  
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"Hip-Hip-Hurra ! Foi executado o marginal brasileiro preso por tráfico de drogas na Indonésia


O traficante Marco Archer dentro da cadeia na Indonésia (Foto: Rogério Paez / Arquivo pessoal)


Dilma decreta três dias de luto!



Traficante foi morto por pelotão de fuzilamento em prisão.

No país asiático, tráfico de drogas tem pena capital.



O marginal brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi executado na madrugada deste domingo (18) na Indonésia – 15h31 deste sábado (17), horário de Brasília. O método de execução de condenados à pena de morte no país é o fuzilamento.



O elemento havia sido preso em 2004, ao tentar entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. A droga foi descoberta pelo raio-x, no Aeroporto Internacional de Jacarta. Archer conseguiu fugir do aeroporto, mas duas semanas depois acabou preso novamente. A Indonésia pune o tráfico de drogas de forma brilhante com pena de morte.

Além do brasileiro, foram executados outros marginais Ang Kiem Soe, um cidadão holandês; Namaona Denis, um residente do Malawi; Daniel Enemuo, nigeriano, e uma cidadã indonésia, Rani Andriani. A imprensa indonésia afirmou que todos foram executados.

Questionado sobre outros brasileiros anteriormente condenados pelo mesmo motivo na Indonésia e que conseguiram se livrar da pena de morte, Vianna destacou que, no período, as penas não eram tão rígidas com relação às drogas. Explicou ainda que a legislação foi mudada há uns 15 anos.


O traficante Marco Archer em vídeo obtido pelo cineasta Marcos Prado 


"A Indonésia é um país tranquilo, bem aberto, mas eles são muito restritos com relação às drogas. Se a pessoa for pega com um cigarro de maconha, ela vai ser presa e está arriscada a passar até oito anos na cadeia", afirmou. Ele acrescentou que há 138 pessoas para serem executadas – metade são estrangeiras.



As leis da Indonésia contra crimes relacionados a drogas estão entre as mais rígidas do mundo e contam com o apoio da população. "Com isso [as execuções], mandamos uma mensagem clara para os membros dos cartéis do narcotráfico. Não há clemência para os traficantes", relatou à imprensa local Muhammad Prasetyo, procurador-geral da Indonésia.



Além de Marco Archer, outro traficante brasileiro aguarda no corredor da morte da Indonésia, o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, também por tráfico de cocaína.

Boa ideia essa de deixar o cara ralando na cadeia e depois fuzilar.

Deve ser muito bom essa estadia nesse estágio do processo.


Veja como o marginal foi executado:


27/06/2012 às 20:00 \ Política & Cia

Brasileiro condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas poderá ser executado no mês que vem


Marco Archer Cardoso Moreira, o brasileiro condenado à morte em Jacarta (Foto: Reuters)

(Publicado no Jornal Já, em 22 de junho de 2012, por Elmar Bones)
A Indonésia anunciou que o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, que foi condenado à morte no país em 2004 por tráfico de cocaína, será morto por fuzilamento, de acordo com o jornal local Jakarta Post. A execução deverá ser no começo de julho.
Em entrevista à publicação no último dia 20, o procurador Andi DJ Konggoasa anunciou que as execuções de três imigrantes condenados, entre elas a do brasileiro, acontecerão no começo de julho deste ano.
De acordo com a publicação, os três prisioneiros escolheram seus pedido finais: Marco quis uma garrafa de uísque.

Outro brasileiro
Além de Archer, outro brasileiro também está preso por tráfico de drogas na Indonésia. O surfista Rodrigo Gularte, 39, foi detido em 2004 portando 6 kg de cocaína e condenado à morte no país no ano seguinte.
Ele e Archer são os únicos brasileiros condenados à execução no mundo.
Gularte, que levava a droga em uma prancha de surf, perdeu todos os recursos possíveis na Justiça – o último, em 2011- e sua única chance de evitar ser fuzilado é obter o perdão do presidente indonésio.

NA BALADA DA MORTE
Em 2005, o enviado especial do  Jornal JÁ, Renan Antunes de Oliveira, esteve em Jacarta e mandou a seguinte matéria sobre o brasileiro condenado à morte:

Rodrigo Muxfeldt Gularte, outro brasileiro condenado por tráfico na Indonésia (Foto: AP)

Ainda não caiu a ficha do paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, 32 anos, nem a do carioca Marco Archer Cardoso Moreira, 43, os dois brasileiros condenados à morte na Indonésia por tráfico de cocaína. No dia 17 de fevereiro de 2005, Marco perdeu o último apelo à Suprema Corte, dependendo agora de um improvável perdão presidencial para ser beneficiado com prisão perpétua. O presidente Lula pediu ao seu colega indonésio clemência em favor do condenado.
Durante quatro dias de entrevistas na cadeia de Tangerang, eles deram muitas gargalhadas relembrando suas aventuras. Os dois não estavam nem aí para a possibilidade de enfrentar o Criador, via pelotão de fuzilamento, ou passar o resto de suas vidas presos nos cafundós da Ásia. Se sentem como se tudo fosse apenas uma bad trip.
Eles confessaram ser traficantes tarimbados. E demonstraram, sim, algum arrependimento, mas só por ter embalado mal a droga que levavam em seus equipamentos esportivos, permitindo a descoberta pela polícia. Ela pegou Rodrigo com seis quilos escondidos em suas pranchas de surf, em 2004. E Marco com 15 na sua asa delta, em 2003.
Os dois homens que hoje dividem a mesma cadeia chegaram lá por trajetórias diferentes no mundo das drogas. Rodrigo foi mais usuário do que traficante, começou cheirando solvente aos 13 anos. Marco entrou no tráfico aos 17, já no topo da pirâmide, diretamente com os cartéis colombianos. Ambos fizeram várias viagens bem-sucedidas para muitos países, antes de se danarem no aeroporto da capital Jacarta, portão de entrada para se chegar na ilha de Bali, o paraíso dos pirados.
Os dois faziam parte de gangues diferentes. Na cadeia, formaram um laço instantâneo. Ficaram amigos ao ponto de dividir prato e colher. Suas afinidades: não terminaram os estudos, jamais trabalharam, sempre foram sustentados por outros, exploraram as famílias, viveram só pras baladas.

Proteção materna
As mães deles – mulheres sofridas, esperançosas e guerreiras – estão em campanha pela liberdade dos “garotos”, como elas e parte da imprensa tratam os dois barbados. Depois de gastarem os tubos com eles, estão raspando os cofres para resgatá-los. Na falta de uma boa causa além do incondicional amor de mãe, usam a bandeira do repúdio à pena de morte, de forte apelo na fatia esclarecida da humanidade.
Dona Clarisse, de Rodrigo, mobiliza o Itamaraty para proteger o seu. Dona Carolina, de Marco, obteve da Câmara de Deputados o envio de um apelo de clemência ao parlamento indonésio. A proposta, do deputado Fernando Gabeira, foi aprovada em plenário com apenas um voto contra, do deputado Jair Bolsonaro, um ex-militar linha-dura que há décadas luta pela adoção da pena de morte no Brasil.
Os diplomatas brasileiros em Jacarta trabalham nos bastidores para reverter as sentenças. Estão confiantes que vai dar certo. Notam a moleza do sistema porque só um traficante foi executado até hoje, dos 30 condenados sob as duras leis antidrogas indonésias de 2000. Era um indiano pobretão.
Pela expectativa otimista deles será possível reduzir a pena de Rodrigo para prisão perpétua, em segunda instância, negociando em dinheiro uma redução maior ainda na terceira, para 20 anos, com soltura em sete, talvez 10 – é sabido que o Judiciário indonésio adota uma regra não escrita de trocar tempo de encarceramento por uma pena pecuniária.
Eles admitem que no caso de Marco, já sentenciado em última instância, vai ser mais difícil. Será preciso om perdão presidencial apenas para reduzir de pena de morte para prisão perpétua, e depois negociar a saída. É que ele se tornou uma causa célebre porque fugiu do aeroporto quando foi descoberto com a droga, protagonizando uma caçada policial acompanhada em rede nacional de tevê.
Os custos para dar jeitinho nas sentenças e as despesas para manter os dois em celas cinco estrelas podem chegar a quase 200 mil dólares por cabeça. Dona Clarisse tem até mais para salvar Rodrigo; dona Carolina anda passando o chapéu. O desenrosco deve ser demorado: na melhor das hipóteses seus garotos voltariam pra casa entrados em anos, um quarentão, outro cinquentão.
Agora o quadro sinistro: o fuzilamento do indiano pobretão, ocorrido em fevereiro, sinaliza uma mudança perigosa para os sonhos de liberdade dos brasileiros – a de que só dinheiro já não adianta mais.
É que a execução saiu por insistência do general durão, chefe da agência antidrogas deles. O homem está ‘‘hukuman berta bagi pembana narkotik’’. É isso mesmo: punindo severamente o narcotráfico.


General durão Togar Sianipar, chefe da agência antidrogas da Indonésia: prometeu acabar com as drogas no país até 2015

Togar prometeu livrar a Indonésia das drogas até 2015, combatendo também a corrupção do sistema judicial – fechando o balcão de negócios a diplomatas e criminosos. Togar foi quem mandou pintar aquele aviso do hukuman em letras garrafais no aeroporto de Jacarta. Seu plano é simples e brutal: fuzilar os traficantes que pisarem no país.

“Morte aos cristãos”
O povão muçulmano o apoia. No tribunal, durante o primeiro julgamento de Rodrigo, em fevereiro, a plateia pedia ‘‘morte aos traficantes ocidentais cristãos’’, descrição na qual se encaixam os dois brasucas. O pedido da massa deixa o governo firme para rejeitar as campanhas internacionais por direitos humanos, livre de dúvidas existenciais sobre a pena de morte.
O modelo prende e mata já deu certo na política, em 1965, quando o país se dividia entre esquerda e direita. Em quatro meses, o presidente-general Suharto implantou o capitalismo fuzilando quase um milhão de comunistas.
Esta tradição não parece assustar os brasileiros sentenciados ao fuzilamento. Nos momentos de maior delírio eles já se enxergam, Marco em Ipanema e Rodrigo nas praias de Floripa, contando aos amigos como se livraram da fria.
Rodrigo sonha que políticos influentes amigos da mãe vão pressionar Lula para que ele interceda oficialmente a seu favor, pedindo clemência ao presidente indonésio. Marco anda tão avoado que até já encomendou de Casemiro, um amigo no Rio, o último modelo de asa-delta.
Paradoxalmente, a prisão é o momento de glória de suas vidas: “Somos os únicos entre 180 milhões de brasileiros”, diz Rodrigo, deslumbrado com a notoriedade obtida com o narcotráfico – cujo pico de audiência é entre jovens ricos praticantes de esportes radicais.
Eles acreditam nas chances de transformar o limão numa limonada. Estão com tudo pronto para botar um diário na internet. Planejam contratar videomakers para acompanhar seus dias. Negociam exclusividade na cobertura jornalística, começaram a escrever livros com a experiência.
Uma benção para os planos de libertação foi o tsunami que arrasou uma zona pobre da Indonésia: familiares e diplomatas contabilizam cada avião brasileiro de ajuda humanitária como um ponto para a futura negociação. O Itamaraty espera que os indonésios considerem isso na hora de analisar o pedido de clemência feito por Lula.

Mordomia na prisão
Enquanto esperam, os dois compram privilégios para viver como marajás na cadeia – ambos estão com o cordão umbilical ligado nas contas bancárias das mães: “Aqui é como numa pousada, muito legal, só que jogaram a chave fora”, diz Rodrigo, satisfeito, mesmo sendo acostumado ao conforto de sua suíte com sauna, na casa da família, em Curitiba. Marco também não resmunga, mas sente saudades dos apês na Holanda, EUA e Bali.
Enquanto os 1300 presos muçulmanos estão amontoados em 10 por jaula, cada um dos brasileiros tem sua cela. E elas estão equipadas com TV, ventilador, geladeira, forno elétrico, som pauleira. No jardim privativo criam pássaros, podam bonsais, alimentam os peixes do laguinho, cuidam da gata Tigrinha.


Rodrigo e Tigrinha: mordomia de uma pousada, mas que jogaram a chave fora (Foto: Renan Antunes de Oliveira)

O serviço é excelente: presos pobres fazem a faxina, lavam as roupas deles, são garçons nas festas, cabeleireiros, pedicures. Os dois podem receber gente sem formalidades, todos os dias. Rodrigo já foi visitado pela família, pela namorada, a empresária carioca Adriana Andrade, e pelo parceirão Dimitri “Dimi” Papageorgiou.
Dimi é outro garotão com mais de 30, carioca de pais gregos, acusado de ser líder da quadrilha contratante do malfadado transporte das pranchas recheadas de coca. Apareceu na cadeia para ver seu mula Rodrigo, deu 2 milhões de rúpias para ele se virar, dinheirama que vale só 500 pilas. Mas agora Dimi não vai mais poder ajudar: ele foi preso, em fevereiro, pela Polícia Federal, no Brasil – aquelas rúpias dadas a Rodrigo poderão lhe fazer falta.
Marco recebeu a visita de amigos de Bali e de uma senhorita conhecida apenas como ‘Dragão de Komodo’, sua namorada indonésia. A moça também é sentenciada, está na área feminina da prisão. Dona Carolina já esteve com ele duas vezes, a última no niver, em outubro, quando deu uma festinha com brigadeiros e refris – depois, tirou uma soneca na cela do filho.
Dona ‘Carola’ é funcionária pública aposentada, superdescolada. Conquistou a simpatia dos carcereiros de Marco com seu ‘show do milhão’. Foi assim: cansada do assédio deles por dinheiro para cigarros, ela trocou 1 milhão de rúpias em notas de 10 mil (quase R$2,50) e saiu pelo pátio jogando as cédulas para o alto. Guardas e presos lutaram para recolher a mixaria.
Mais showtime na cadeia: os dois recebem suas visitas íntimas no sofá da sala do comandante. De vez em quando pinta um ecstasy. E nas noites quentes rola até um chopinho gelado, cortesia de um chefão local, preso no mesmo pavilhão. Lá, a balada não para nunca.
A comida é tudo de bom. Marco tem curso de chef na Suíça, dá show na cozinha. Na semana passada seu cardápio incluía salmão, arroz à piemontesa, leite achocolatado com castanhas para sobremesa. O fornecedor dos alimentos é Dênis, um ex-preso tornado amigão. Ele pega a lista por celular e traz tudo fresco do Hypermart.


Marco: comida “tudo de bom” (Foto: Renan Antunes de Oliveira)

Quando o amigão está ocupado e a geladeira vazia, Marco chama a cobrar a mãe no Rio, que liga pra mãe de Rodrigo em Curitiba, que aciona a Embaixada, que despacha um chofer pra garantir o fome zero da dupla.
Como Tangerang é uma prisão provisória, nos arredores de Jacarta, Rodrigo e Marco estão como naquela piada da hora do recreio no inferno. O secretário do diabo pode anunciar o fim dos privilégios a qualquer momento. Pior do que o fogo será a transferência deles para o Carandiruzão de uma remota ilha no Sul, onde serão misturados com 10 mil presos muçulmanos: aí será bom começarem a rezar para Alá.
Sempre otimistas, já têm planos para tentar se refazer lá embaixo. Rodrigo bola um jeito de demonstrar sua habilidade em pesca submarina, para presentear peixes ao comandante da nova cadeia e conquistar sua amizade.


Tangerang, prisão provisória, nos arredores de Jacarta (Foto: friendsofindonesia.org)

Difícil saber como é que lhe ocorreu uma ideia destas. Mas é fazendo planos absurdos como esse que eles passam os dias. As baladas da cadeia, o papo encorajador das famílias, o apoio dos diplomatas e a expectativa de que suas ações possam ficar impunes dão um tom surrealista pra todas conversas deles.
Num papo, Rodrigo revela sua crescente admiração pelo companheiro, já o acha até injustiçado. “Marco teve uma vida que merece ser filmada”, exalta, contando ter oferecido um roteiro sobre o amigo à cineasta curitibana Laurinha Dalcanale. “Ele fez coisas extraordinárias, incríveis.”
O repórter pede um exemplo de tal obra. “Ué, viajou pelo mundo todo, teve um monte de mulheres, foi nos lugares mais finos, comeu nos melhores restaurantes, tudo só no glamour, nunca usou uma arma, o cara é demais.”

Menos, Rodrigo, menos.
Ele pára alguns segundos, reflete um pouco. Sai devagar do deslumbramento com as vantagens do narcotráfico sobre um emprego comum. Muda o tom e pede ajuda: “Por favor, brother, quando você for escrever, dê uma força, passe uma imagem positiva nossa, pra ajudar na campanha”.
Então diga lá o que você vai fazer quando for solto: “Bota aí que eu quero trabalhar 10 anos pro governo dando palestras pra crianças sobre a roubada que é o tráfico”.
Ele diz e saboreia o efeito das palavras. Traga seu Marlboro, acaricia Tigrinha. Parece sério, joga a fumaça pra cima. Quando solta tudo, o corpo já está se chacoalhando. É que ele não conseguiu conter o riso.

“Vou sair dessa”
Seu último desejo: voar mais uma vez em São Conrado
Marco Archer já esperava ter a pena de morte confirmada no Supremo Tribunal indonésio, como ocorreu. Sua única esperança agora é um apelo do Itamaraty ao presidente indonésio por clemência. Isto lhe pouparia a vida, mas o deixaria para sempre na cadeia. A execução ainda pode demorar cinco anos.
Quem é Marco? Um carioca, com o apelido chinfrim de Curumim. Ele cresceu classe média na Ipanema dos ricos. Queria ser um deles. Em 80, aos 17 anos, foi à Colômbia disputar um campeonato de asa delta. Voltou campeão, mas mordido pela mosca azul do narcotráfico: sacou como ganhar dinheiro fácil.
“Alguém no hotel me deu uma caixa de fósforos com cocaína. Depois da primeira viagem, nunca fiz outra coisa na vida, tenho mais de mil gols”, exagera.
Ele conta que serviu de mula no Hawai, Nova York, Europa toda. “Fazia viagens rentáveis, ficava meses sem trabalhar.”
Na cadeia, Marco passa horas olhando fotos amassadas que guarda numa imunda pasta preta. São recuerdos de suas viagens, de belas mulheres, de carrões e barcos: “Não posso me queixar da vida que levei”.
Orgulha-se: “Nunca declarei imposto de renda, nem tive talão de cheque, não servi ao Exército. Só votei uma vez na vida. Foi no Collor, amigo da família”.
Com o dinheiro do tráfico, Curumim manteve apartamentos em três continentes, abertos pra patota da asa delta, do surf, da vida boa: “Nunca perguntaram de onde vinha meu dinheiro”.
Marco conta que saiu do Brasil para morar em Bali há 15 anos, “cansado de ver meu irmão (Sérgio) bater na minha mãe para obter dela dinheiro pras drogas”. O irmão morreu de overdose em 2000, mas a estas todas ele tinha tido seu infortúnio: em 1997 caiu da asa, sofreu várias fraturas.
Dali pra frente sua atividade de mula de drogas diminuiu, as contas de hospitais cresceram. Ficou quase dois anos sem andar, até conseguir se recuperar. Hoje anda com dificuldades, com as pernas cheias de pinos de metal.
Pra decolar outra vez na vida boa ele preparou aquele que seria seu último golpe, faturar 3 milhões e 500 mil dólares inundando Bali com cocaína.
Foi ao Peru, pegou 15 quilos com um fornecedor, por uma bagatela, cerca de 8 mil dólares o quilo (dinheiro que ele obteve com um chefão americano, com quem dividiria os lucros da operação).
Marco meteu a droga nos tubos de sua asa delta. Saiu de Iquitos, no Peru, para Manaus, pelos rios da Amazônia. “Eu me misturei com turistas americanos e nunca fui revistado”, gaba-se. De lá embarcou para Jacarta: “Tava tudo pronto pra ser a viagem da minha vida”.
No desembarque, mete o equipamento no raio x. A asa de Marco tinha cinco tubos, três de alumínio e dois de carbono. Este é mais rijo e impermeável aos raios: “Meu mundo caiu por causa de um guardinha desgraçado”.
Como foi: “O cara perguntou porque a foto do tubo saía preta. Eu respondi que era da natureza do carbono. Aí ele puxou um canivete, bateu no alumínio, fez tim tim, bateu no carbono, fez tom tom”.
O som revelou que o tubo estava carregado. Foi o fim de uma bem-sucedida carreira de 25 anos no narcotráfico.
Marco ainda conseguiu dar um desdobre nos guardas. Enquanto buscavam as ferramentas, ele se esgueirou para fora do aeroporto, pegou um prosaico táxi e sumiu – ajudado pelo fato de falar fluentemente a língua bahasa.
Estava com tudo pronto para escapar no iate de um amigo milionário, mas aí azar pouco é bobagem. Um passaporte frio que ele tinha foi queimado por um cúmplice que também fugia da polícia.
Depois de 15 dias pulando de ilha em ilha no arquipélago indonésio – estava tentando chegar ao Timor do Leste –, passou sua última noite em liberdade num barraco de pescador, em Lombok.
Acordou cercado por um esquadrão policial, armas apontadas. Suplicou em bahasa, tiveram misericórdia dele.
Na cadeia esperando a execução, procura levar seus dias na malandragem carioca, na maior paz com os carcereiros, sempre fazendo piadas, cozinhando-lhes pratos especiais.
Acabou pro Curumim? “Vou fazer tudo para continuar vivo e sair dessa”.

Nas drogas desde os treze
Rodrigo nasceu em Foz do Iguaçu. É neto de latifundiário produtor de soja, filho de mãe milionária, dona Clarisse. O pai é um médico gaúcho de Santana do Livramento, Rubens Borges Gularte.
Aos 13, já em Curitiba, Rodrigo começa nas drogas, cheirando solventes. “Era um garoto maravilhoso, a alegria da família, nunca levantou a voz”, isso é tudo o que a mãe lembra dele naquela época.
Com 18 é preso fumando baseado no parque Barigui. O pai queria deixar que ele fosse processado. A mãe não concorda, suborna um delegado com mil dólares pra soltar o garoto: “Se fossem prender todos que fumam”, justificou dona Clarisse.
O garoto ganha seu primeiro carro. Bota amigos dentro e sai pela América Latina como um Che Guevara mauricinho, bebendo e se drogando. “Fiz cada loucura”, lembra.
Aos 20 Rodrigo era um rapaz de 1,84m, magrão, modos educados, cheio de namoradas. Teve um breve romance com a professora catarinense Maria do Rocio, 13 anos mais velha, fazendo Jimmy, hoje com 12, autista. Raramente via o filho: “Eu não estava preparado para a paternidade”, admite.
Rodrigo passa a viajar muito e pira total: “Em Marrocos, fumei o melhor haxixe”. No Peru: “Coca da pura”. Na Holanda: “Ecstasy de primeira”.
Aos 24, sai bêbado e drogado de uma festa. Bate o carro num táxi, tenta fugir, bate noutro, abandona tudo e corre pra casa da mãe. Ela dá uma volta na polícia, chama um médico, interna o garoto.
Na ficha de internação, o médico João Carlos anota: “Mostrou onipotência, estava depressivo”.
Nos anos seguintes a mãe fez de tudo para ele dar certo. Abre para Rodrigo uma creperia, em Curitiba. Não deu. Uma casa de massas, em Floripa. Não deu. Mandou pra fazenda. Não deu. Rodrigo vai estudar no Paraguai. Não deu. Ele se matricula na UFSC. Não deu.
Rodrigo começa no tráfico: “Fiz várias viagens à Europa só para trazer skunk”, confessa.
“Se ele fazia isso, não sei onde metia o dinheiro, porque nunca tinha um tostão”, rebate a mãe.
A prisão: “Os carinhas me deram as pranchas com cocaína dentro. Embarquei em Curitiba, onde o raio x é ruim, pra desembarcar em Jacarta”.

O narco também não deu certo.
Agora ele se lamenta: “Só depois soube que os japoneses doaram um raio x potente pros indonésios, eles pegaram a droga”.
Rodrigo filosofa: “Meu erro foi a coca. O skunk é energia positiva, o ecstasy dá um barato legal, mas a cocaína é do mal”.
Um desabafo: “Se a parada tivesse dado certo eu estaria surfando em Bali, cercado de mulheres”.
Seu futuro: esperar as negociações do Itamaraty e tentar reduzir a pena em segunda instância.
Uma novidade: ele está namorando firme. Com uma menina indonésia, caixa de um supermercado, prima de um condenado. Ela entrou para visitar o parente, os dois se pegaram no olhar. Ele foi no primo, soltou um plá, consegui atrair a menina.
Ela vem uma vez por semana, Rodrigo dá uns amassos nela, na sala do comandante.


Dragão de Komodo: uns amassos na sala do comandante (Foto: Renan Antunes de Oliveira)


- Governo da Indonésia está de parabéns, traficante brasileiro não terá clemência e será executado (aqui)



  
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)

Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook