quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O OUTRO DO MÍDIA NINJA — TORTURRA: BUSCA DE FINANCIAMENTO PARA A TURMA E LSD


Em 09/08/2013 às 22:44

Bruno Torturra é a outra figura do Mídia Ninja que se tornou mais conhecida. Concedeu, ao lado de Pablo Capilé, a entrevista ao Roda Viva. Os jornalistas, infelizmente, não tinham a menor noção do que era o tal “Fora do Eixo” e de quem era Capilé. Ou, estou certo, as perguntas teriam sido outras. Menos as de Eugênio Bucci: ele estava entusiasmado demais para ceder aos fatos.
Em seu perfil no Facebook, Torturra defende o Fora do Eixo e seu parceiro de Mídia Ninja, sem, no entanto, responder às acusações. O texto se chama “Deprimido, confesso”. Ele ainda tenta minimizar a força do depoimento da cineasta Beatriz Seigner. E conclui seu texto dizendo que vai se ocupar da busca de financiamento para o Mídia Ninja. Ah, sim: havendo tempo, de LSD também. Leiam.


Arrumar financiamento e tomar LSD? Ele está falando do ácido mesmo, ou, nessa minha ignorância sobre a cultura dos últimos cinco minutos, “LSD” é alguma gíria nova do coletivismo?
No Roda Viva, Torturra disse que iria se mobilizar para que o Mídia Ninja tivesse uma editoria só para debater a legalização das drogas. Vamos ver quais serão os financiadores. Convenham: na defesa das drogas, a concorrência com o que eles chamam “mídia tradicional” será acirrada. Será difícil descobrir quem é o mais fanático.
Comentem com moderação. 
Por Reinaldo Azevedo

O PETISTA EUGÊNIO BUCCI DEFENDE TERRORISMO, DE COLARINHO FECHADO, EXIBE A CUECA METAFÓRICA DA IRRESPONSABILIDADE, JUSTIFICA O VANDALISMO E TENTA CONFUNDIR O PÚBLICO CRITICANDO ALGUMAS CORRENTES DE ESQUERDA. MAS NÃO CONFUNDE ESTE BLOG! PIOR: NÃO CENSURA A VIOLÊNCIA DE QUE JORNALISTAS SÃO VÍTIMAS E AINDA TENTA TIRAR UM SARRINHO DA GLOBO




Em 06/08/2013 às 17:13

Eugênio Bucci, professor do Departamento de Jornalismo da ECA (USP), é um velho conhecido deste blog. Já escrevi alguns posts sobre o seu especioso pensamento. Ex-presidente da Radiobrás (primeira gestão de Lula), trata-se, faço-lhe justiça, de um homem bastante injustiçado por certas correntes do petismo, que o criticam. Por quê? Porque esses críticos ignoram que ele é tão autoritário quanto eles próprios, ou mais, só que de uma variante mais sofisticada. Trata-se de um autoritarismo sutil, quase sempre gentil, que se faz passar por apreço à pluralidade. Dou um exemplo: Bucci se alinha com aqueles que repudiam o controle social da mídia feito pelo estado, como querem as hostes de José Dirceu, por exemplo. Mas atenção! Não é por amor à democracia, não! Ocorre que ele é inteligente o bastante para saber que a censura, da forma como pretendem os brucutus, dificilmente se realizará. O seu jogo é mais sutil.
Ele era um dos entrevistadores da dupla da Mídia Ninja no Roda Viva de ontem (ver posts a respeito). Envergava o seu modelito habitual: colarinho fechado, sem gravata, que herdou lá dos tempos do grupamento trotskista “Liberdade e Luta” (a Libelu). Também cheguei a fazer essa figura. Depois, aconteceu de um ficar mais maduro e passei ou a usar a gravata ou a abrir o colarinho. Bucci continua fiel a uma estética, eventualmente a uma ética também… Como dizem as minhas filhas, esse negócio de “causar” fica bem até certa idade… Sim, o colarinho estava fechado, mas Bucci não resistiu à tentação, metaforicamente falando, de exibir o elástico da cueca, demonstrando ser um “tio” moderno, compreendem?, que entende a lógica dos jovens — já meio velhuscos — que ele entrevistava.
Aliás, antes que prossiga, estendo-me um tantinho só neste parêntese. Certos setores da imprensa tratam a Mídia Ninja como coisa da “molecada”. Calma lá! Pablo Capilé, o Schopenhauer deles, tem 32 anos. Bruno Torturra anda por aí. A tal Mídia Ninja não é coisa de adolescentes criativos, mas de gente adulta, que escolheu uma forma de intervenção política. Fecho o parêntese. Volto a Eugênio Bucci.
Vandalismo

No post anterior, chamei a atenção para o fato de que Torturra se negou a condenar o vandalismo. Mais do que isso: ele o justificou. Aí chegou a vez de Bucci falar. A sua intervenção saiu um pouco troncha, com alguns anacolutos, mas o sentido foi de uma clareza espantosa. Transcrevo a sua fala a partir de 1h05min31s. Desta feita, eu a interromperei com comentários porque é uma fala longa. Bucci vai em vermelho. Eu, em azul.
Eu vejo uma coisa de notável até mesmo nessa indefinição [ideológica] que vocês estão conseguindo trazer ou que vocês estão conseguindo transformar em tema. Eu acho muito impressionante quando uma imagem do Mídia Ninja precisa ir para o Jornal Nacional. Precisa ir para o Jornal Nacional! Precisa completar aquela informação e entra no Jornal Nacional.
Indefinição uma ova! São variantes dentro da esquerda. Capilé, fica evidente, gosta da companhia de petistas muito especialmente. Torturra, como ele mesmo disse, é um dos fundadores da Rede, de Marina Silva. Mas também esteve ligado ao “coletivo” (argh!!!) “Existe Amor em SP”, que fez campanha para Fernando Haddad e integra o seu governo. Bucci sabe disso porque foi um dos mais ativos militantes da candidatura do petista, para quem faz campanha já há muito tempo. Chegou a defender em artigo que fosse o seu amigão o candidato do PT ao governo de São Paulo em 2010. É o fim da picada que exalte a suposta indefinição da turma quando ele, Torturra e Capilé estiveram juntos na campanha eleitoral do ano passado. Verdade ou mentira? 
É espantoso e intelectual e profissionalmente doloso que um professor de jornalismo não diga, no ar, que o Jornal Nacional recorre a imagens da Mídia Ninja PORQUE SEUS PROFISSIONAIS, A EXEMPLO DOS DE OUTRAS EMISSORAS, ESTÃO IMPEDIDOS DE TRABALHAR LIVREMENTE DURANTE AS MANIFESTAÇÕES. Jornalistas estão sendo hostilizados; alguns chegaram a apanhar, a levar chutes. Carros de emissoras foram queimados. Os tais ninjas acabam, assim, se tornando monopolistas de imagens porque não se distinguem já dos black blocs. Lamento, aliás, o fato que isso não tenha sido dito com a devida clareza no programa de ontem por ninguém — nem pelos jornalistas presentes. Ao contrário até: Torturra disse que os black blocs se negam a falar com a imprensa “tradicional”, e ficou tudo por isso mesmo. Negar-se a falar é o de menos. Eles perseguem pessoas que estão lá para fazer o seu trabalho.
Assim, uma imagem eventualmente registrada pela Mídia Ninja “precisa” ir para o Jornal Nacional não porque o grupo esteja exercendo algum trabalho de vanguarda ou pautado por especial talento ou coragem, mas porque se transformou num aliado político de fascistoides que perseguem jornalistas. A afirmação de Bucci, assim, é de uma covardia asquerosa. E é populista também. Está certamente pensando na sua reputação em sala de aula. Vai que não o achem moderno o bastante. Lembro que este senhor, durante uma greve (que não houve) autoritária na universidade, imposta por brucutus do PSOL, do PSTU, do PCO e de correntes ainda mais minoritárias, resolveu dar uma aula pública, no campus, condescendendo, então, com a violência. Mas gosta de fazer ares de bom moço, de moderno, de não se confundir com a esquerda brucutu. Sigamos com ele.
Eu não sei se posso concordar com o entrevistado. Porque aqui a gente procura, pelo método da contradição, fazer com que as coisas aflorem. O ponto que eu queria concordar e deixar uma pergunta é o seguinte: eu acho, Bruno, que você tem razão quando cê fala que o negócio do vandalismo é mais complexo. E um dos problemas da cobertura é assim: manifestação ordeira e pacífica versus vandalismo. O vandalismo, ele também se subdivide em várias coisas. E, rigorosamente, falando, seria uma tergiversação… A Polícia Militar, quando atirou nos manifestantes, praticou vandalismo. Vandalismo fardado, o que é pior. É difícil. Aí, dentro dos, entre aspas, “vândalos”, nós temos pessoas mais à direita, pessoas mais à esquerda… Fica difícil classificar. E fica mais difícil ainda classificar quando vemos que eles são acolhidos pela manifestação, às vezes, de forma tensa, às vezes, de forma ativa mesmo, como se representassem um sentimento que as pessoas mão têm coragem de levar a termo, mas se sentem contempladas com aquilo. Então, é mais difícil de entender. A simples colocação aí “é mais difícil de entender” é uma informação, porque leva a uma reflexão que é papel do jornalismo, sim; o papel que o jornalismo convencional não está conseguindo fazer. Mas, aí, a pergunta que eu queria fazer é a seguinte:
Interrompo aqui. Depois retorno com “a” questão deste notável pensador. Observem que, até agora, ele não perguntou nada. Bucci percebeu que Torturra, seu antigo companheiro de campanha pró-Haddad, não tinha sido lá muito hábil em justificar a violência. Então resolveu ele mesmo emprestar a sua lente à tese. Digamos, para efeitos de pensamento, que seja verdadeira a afirmação de Bucci de que a PM, ao “atirar contra manifestantes” — balas de borracha —, praticou “vandalismo”. Cabe a pergunta: é esse o objetivo da PM? Ela vai para a rua com o propósito de vandalizar, ou, ao contrário, essa é uma atitude reprovável, que deve ser combatida? Continuo ainda a pensar por hipótese: uma PM, então, fora do controle ou mal controlada vandaliza. Postos os devidos freios, passa a atuar segundo os limites aceitáveis, certo?
Pergunto ao senhor Bucci: existe um Black Block que não vandalize? Existe um Black Bloc light? Existe um Black Block que rejeite a violência? Segundo seus próprios integrantes, a resposta é “não”. Observem, leitores, que não há diferença entre a lógica de Torturra e a de Bucci. Ambas são justificadores da violência e têm uma origem: a justificação do terror. Sem tirar nem pôr. O notável professor poderia dizer: “Os EUA praticaram terrorismo de estado no Iraque e no Afeganistão” — logo, as ações da Al Qaeda estariam explicadas.
Mais: o fato de as ações violentas serem acolhidas pela manifestação muda a sua natureza, sr. Bucci? Quando as ruas árabes, mundo afora, comemoraram os atentados do 11 de Setembro, isso os tornou, de algum modo, diferentes? Um ato violento é mais justificável ou menos, mais aceitável ou menos, a depender de quantos o apoiem? Quem disse que o “jornalismo convencional” não está refletindo a respeito? Ocorre que Bucci tem o mau hábito — afinal, um esquerdista — de considerar que refletir é sinônimo de concordar com ele. A propósito: por que ele fez aquele morfético movimento com os dedinhos para indicar as “aspas” quando falou em “vândalos”? Os que destroem agências bancárias, farmácias, estações de metrô são vândalos com aspas por quê, senhor Bucci? O que eles precisam fazer para que lhes tiremos as aspas? Atacar a sede do Instituto Lula? 
Agora vamos à sua pergunta, que reproduz a melhor arte de Bucci. Sigo com ele.
Tem uma discussão que ganhou corpo dizendo que as manifestações são perigosas, porque elas podem ser uma manifestação de direita, que podem desestabilizar um regime de esquerda — não sei onde está esse regime de esquerda, mas tem gente que fala que tem. E que essas manifestações foram insufladas pela, aspas, “mídia burguesa”, mídia que quer dar golpe. Então eu pergunto: então a Mídia Ninja é um agente dessa mídia burguesa, que não conseguiu insuflar diretamente as manifestações contra o governo, e vocês estão insuflando? O que você acha dessa formulação, dessa história de golpismo da mídia? O que é que cê acha disso? Que as manifestações são de direita?
A resposta de Bruno Torturra está a partir de 1min8s, vejam lá se quiserem. O que me interessa neste post é a fala de Bucci. Aí está o seu melhor talento: disfarçar suas teses de ultraesquerda com críticas irrelevantes à própria esquerda. Reitero: há pouco, como viram, ele não só justificou o vandalismo como tentou até criar uma teoria a respeito.
Bucci não é bobo! Sabe que as manifestações não são de direita. Sabe que nem mesmo existe direita organizada o bastante no Brasil para organizar coisas do gênero. Mais do que isso: tem clareza absoluta, e é fato, de que a acusação é de um ridículo atroz. Não por acaso, ele está no Roda Viva entrevistando dois inequívocos esquerdistas. Bucci viveu e leu o suficiente para constatar o óbvio: o movimento que está nas ruas submete o processo político a uma torção à esquerda — ainda que a popularidade de Dilma tenha despencado.
Não que ele não dê pistas do que realmente pensa. Notem lá no trecho que pus em destaque. Bucci acha que o governo petista não é suficientemente de esquerda. E é evidente que ele o faz num tom de lamento.
Mais: o professor de jornalismo que, em nenhum momento, censurou a violência contra o jornalismo recorre a uma das táticas mais autoritárias de debate e de desqualificação da crítica, que é reduzi-la a uma caricatura. Por que ele não diz quais setores relevantes da sociedade estão a dizer que os protestos decorrem de ações da direita?
Posso achar, e acho, asqueroso o que pensam Torturra e Capilé. Em meio a suas formulações meio broncas, de uma arrogante ignorância, percebem-se as referências obviamente autoritárias. Mas, vá lá, eles são os militantes; não têm a obrigação do pensamento e da reflexão. Já um professor universitário, especialmente se pago com dinheiro público, como é o caso, tem o dever de pensar.
Bucci cobrou um comportamento ético de um policial fardado, não é? Ou decreta: “é vandalismo de estado”. E eu cobro um comportamento ético do professor pago por esse mesmo estado — ou, então, eu o acuso de produzir vandalismo intelectual.
“Ah, falou o Reinaldo da direita raivosa…” Direita raivosa? Fascistas da esquerda raivosa, ainda que disfarçados de garçons de convento, são aqueles que buscam justificar a violência e que silenciam diante do óbvio constrangimento do trabalho da imprensa, flertando com delinquentes que se apresentam como porta-vozes de táticas terroristas, mas falando em nome da democracia. No meu mundo, ninguém apanha por pensar o que pensa; no deles, sim. No meu mundo, as divergências mais azedas preservam o patrimônio público e o privado porque garantidos pela Constituição democrática; no deles, não. Isso, parece-me, ajuda a distinguir os raivosos dos mansos de espírito.
Por Reinaldo Azevedo
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1 - VEJAM DIRCEU COM PABLO CAPILÉ, O PATROCINADOR DA MÍDIA NINJA. E NÃO FOI O PM QUE LANÇOU O COQUETEL MOLOTOV (aqui)

2 - A VERGONHOSA ATITUDE DA FAMÍLIA MARINHO, O SBT, O ISLAMISMO, O COMUNISMO, O PETISMO E CUBA (AQUI)

MARIGHELA - SENADO HOMENAGEIA EX-TERRORISTA

Convite do Senado para a sessão de homenagem ao terrorista Carlos Marighela

Nota DefesaNet,

Independente da linha política ou ideológica, homenagear o ex-terrorista e ideólogo da Luta ARMADA URBANA é uma afronta aos cidadão brasileiros e do mundo. Um Crime de Lesa Humanidade, e que rebaixa ainda mais o Parlamento Brasileiro.

Retirado de sua própria obra principal o Manual do Guerrilheiro Urbano (1969), temos três passagens para análise dos leitores:
 
“O guerrilheiro urbano não teme desmantelar ou destruir o presente sistema
econômico, político e social brasileiro, já que sua meta é ajudar ao guerrilheiro rural e colaborar para a criação de um sistema totalmente novo e uma estrutura revolucionária social e política, com as massas armadas no poder.”

“A respeito dos sistemas de comunicações e de transportes do inimigo, começando com o tráfego ferroviário, é necessário atacá-lo sistematicamente com as armas de sabotagem.”

“As táticas de rua têm revelado um novo tipo de guerrilheiro urbano, o guerrilheiro urbano que participa dos protestos em massa. Este é o tipo que designaremos como o guerrilheiro urbano manifestante, que se une à multidão e participa das marchas populares com fins específicos e definitivos.
Estes fins consistem em atirar pedras e projéteis de todo tipo, utilizando gasolina para começar incêndios, utilizando a polícia como alvo para suas armas de fogo, capturando as armas dos policiais, seqüestrando agentes do inimigo e provocadores, disparar cuidadosamente aos chefes de polícia que vem em carros especiais com placas falsas para não atrair a atenção.”
Carlos Marighella
Mini-Manual do Guerrilheiro Urbano – 1969
 
O país incapaz de ter um prêmio Nobel em literatura homenageia a quem tem sua obra como base para grupos guerrilheiros, dos mais diferentes matizes, em todo o mundo.
O Editor  
Postagem 07 de Julho, 2013 - 20:47 ( Brasília )

Senado homenageia Carlos Marighela na segunda (08 JUL 13) em 

Texto da Agência Senado

O político e guerrilheiro Carlos Marighela, fundador da Ação Libertadora Nacional (ALN) e considerado "inimigo público número um" pelo regime militar, será homenageado pelo Senado em sessão especial marcada para as 11h da segunda-feira (8).

Nascido em Salvador, em 5 de dezembro de 1911, Marighela foi militante do Partido Comunista Brasileiro desde a década de 1930 e desde 1932 esteve várias vezes na prisão, sempre por defender as causas em que acreditava em momento político hostil a elas.

Em 1945 foi eleito deputado constituinte e atuou em defesa das aspirações operárias, denunciando as condições de vida do povo brasileiro. Com o mandato cassado pela repressão que o governo de Eurico Gaspar Dutra desencadeou contra os comunistas, Marighella foi obrigado a retornar à clandestinidade em 1948, condição em que permaneceria por mais de duas décadas, até seu assassinato, em 1969.

Em 1966 desligou-se do PCB, manifestando a disposição de lutar revolucionariamente junto às massas, em vez de ficar à espera das regras do jogo político convencional que, segundo entendia, imperava na liderança do partido. Quando já não havia outra solução, conforme suas próprias palavras, fundou a ALN para pegar em armas contra a ditadura.

Marighela morreu na noite de 4 de novembro de 1969, em uma emboscada na capital paulista feita por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) sob a chefia do delegado Sérgio Paranhos Fleury.

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A VERGONHOSA ATITUDE DA FAMÍLIA MARINHO, O SBT, O ISLAMISMO, O COMUNISMO, O PETISMO E CUBA (AQUI)

EQUÍVOCO, UMA OVA! JB PUBLICA CARTA DO GEN. CLÓVIS BANDEIRA

05 de Setembro, 2013 - 11:22 ( Brasília )


Numa mudança de posição drástica, o jornal O Globo acaba de denunciar seu apoio histórico à Revolução de 1964. Alega, como justificativa para renegar sua posição de décadas, que se tratou de um equívoco redacional.

Dos grandes jornais existentes à época, o único sobrevivente carioca como mídia diária impressa é O Globo. Depositário de artigos que relatam a história da cidade, do país e do mundo por mais de oitenta anos, acaba de lançar um portal na Internet com todas as edições digitalizadas, o que facilita sobremaneira a pesquisa de sua visão da história.

Pouca gente tinha paciência e tempo para buscar nas coleções das bibliotecas, muitas vezes incompletas, os artigos do passado. Agora, porém, com a facilidade de poder pesquisar em casa ou no trabalho, por meio do portal eletrônico, muitos puderam ler o que foi publicado na década de 60 pelo jornalão, e por certo ficaram surpresos pelo apoio irrestrito e entusiasta que o mesmo prestou à derrubada do governo Goulart e aos governos dos militares. Nisso, aliás, era acompanhado pela grande maioria da população e dos órgãos de imprensa.

Pressionado pelo poder político e econômico do governo, sob a constante ameaça do controle social da mídia, no jargão politicamente correto que encobre as diversas tentativas petistas de censurar a imprensa, o periódico sucumbiu e renega, hoje, o que defendeu ardorosamente ontem.

Alega, assim, que sua posição naqueles dias difíceis foi resultado de um equívoco da redação, talvez desorientada pela rapidez dos acontecimentos e pela variedade de versões que corriam sobre a situação do país.

Dupla mentira: em primeiro lugar, o apoio ao Movimento de 64 ocorreu antes, durante e por muito tempo depois da deposição de Jango; em segundo lugar, não se trata de posição equivocada da redação, mas de posicionamento político firmemente defendido por seu proprietário, diretor e redator chefe, Roberto Marinho, como comprovam as edições da época; em segundo lugar, não foi, também, como fica insinuado, uma posição passageira revista depois de curto período de engano, pois dez anos depois da revolução, na edição de 31 de março de 1974, em editorial de primeira página, o jornal publica derramados elogios ao Movimento; e em 7 de abril de 1984, vinte anos passados, Roberto Marinho publicou editorial assinado, na primeira página, intitulado “Julgamento da Revolução”, cuja leitura não deixa dúvida sobre a adesão e firme participação do jornal nos acontecimentos de 1964 e nas décadas seguintes.

Declarar agora que se tratou de um “equívoco da redação” é mentira deslavada.

Equívoco, uma ova! Trata-se de revisionismo, adesismo e covardia do último grande jornal carioca.

Nossos pêsames aos leitores.

General de Divisão Clóvis Purper Bandeira - Assessor da Presidência do Clube Militar

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