quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

ESSE MANDELA SOU EU


11/12/2013
 às 5:51 \ Mundo

Quem é a primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning Schmidt, para Barack Obama?
 
Uma fã.
 
Como negar uma foto ‘selfie‘ com uma fã?





Não dá.
 
Obama Raúl

Quem é o presidente interino de Cuba, Raúl Castro, para Barack Obama?
 
Um fã.
 
Como negar um aperto de mão a um fã?
 
Não dá.
 
******
 
Sobre essa foto na cerimônia em memória de Mandela, Obama declarou à rádio colombiana “La FM”, já devidamente informado de que o velhinho que cumprimentara era Castro:
 
“Normal. Somos pessoas civilizadas. Se você ler meu discurso, obedece a isso.”
 
Não se pode negar que Castro é uma pessoa civilizada. Ele amarrava seus adversários em árvores para que os atiradores tivessem menos trabalho na hora do fuzilamento.
 
Raul e Fidel - amarram para fuzilamento

Eu também li o ‘selfie’, quer dizer, o discurso de Obama sobre Mandela:
 
“(…) Com honestidade, independentemente de nosso estado ou circunstância, devemos perguntar: ‘Como eu apliquei suas lições em minha própria vida?’”
 
Quem será que faz isso?
 
“É uma pergunta que eu me faço – como homem e como presidente.”
 
Claro.
 
“(…) Mas deixe-me dizer aos jovens da África e jovens de todo o mundo – vocês podem fazer do trabalho de sua vida o seu próprio.”
 
Quem será que fez isso?
 
“Mais de trinta anos atrás, quando eu ainda era um estudante, estudei as lutas de Mandela e as lutas desta terra.”
 
Claro.
 
“Isso mexeu com algo em mim.”
 
E o que aconteceu?
 
“Ele me despertou para as minhas responsabilidades – para os outros, e para mim mesmo – e me pôs em uma viagem improvável que me conduziu até aqui hoje.”
 
Um exemplo.
 
“E, embora eu sempre seja aquém do exemplo de Madiba, ele me faz querer ser melhor.”
 
Lindo.
 
Não há dúvida de que o ato de cumprimentar Raúl Castro “obedece a isso”. Era mais um momento em que Obama concedia sua grandeza aos fãs, no grande evento em seu tributo.

O aperto de mãos pode trazer problemas políticos para o democrata, como ressaltou o jornal The New York Times, lembrando do cumprimento de Obama ao coronel venezuelano Hugo Chávez em 2009, bastante criticado pelos republicanos, que não gostaram da simpatia do presidente com uma figura que fazia questão de declarar seu antiamericanismo. 

O selfie desta terça também poderá dar dor de cabeça para o presidente americano. É só reparar na expressão de poucos amigos da primeira-dama Michelle Obama. Ela deverá cobrar explicações de Obama na volta para casa...

Em outra ocasião, a proximidade de Obama com a então premiê australiana Julia Gillard produziu fofocas na imprensa internacional. No final do ano passado, um encontro com a premiê tailandesa, Yingluck Shinawatra, também rendeu comentários.

30/12/2012
 às 19:00 \ Vasto Mundo

Carinho da premiê da Austrália com Obama produz fofocas. Veja link com várias fotos

Um dos gestos de carinho da primeira-ministra em Obama (Foto: Reuters)
Publicado originalmente em 18 de novembro de 2011.
Campeões de Audiência
Campeões de Audiência
Amigos do blog, uma torrente de fofocas se espalha pela imprensa mundial devido ao aparente embevecimento da primeira-ministra trabalhista da Austrália, Julia Gillard, diante do presidente norte-americano Barack Obama, ora em visita oficial ao país.



Outro dos vários beijos de Julia Gillard no presidente americano
Não foram só os beijos, mas um olhar de permanente admiração dirigido a Obama, mãos nas mãos do presidente, gestos unusuais para a tradição anglo-saxã, como colocar as mãos nas costas do colega etc etc.
Julia, uma bem apanhada ruiva de 50 anos, é uma mulher desinibida e autoconfiante: chegou ao cargo de primeiro-ministro em junho do ano passado sem tomar conhecimento da patrulha moralista contra si pelo fato de, sem casar, morar com o namorado, o empresário do ramo imobiliário Tim Matthieson.
Antes de Matthieson, e pelo que foi possível saber, ela já havia namorado, como deputada e ministra, dois dirigentes sindicais e um colega do Parlamento.
Veja uma série de fotos de Julia admirando o presidente americano neste link.


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ORIGEM DA PALAVRA BARALHO!


Mais uma noite, mais um pouco de dinheiro para o impertérrito (significado: destemido, impávido, sem medo  -  adjetivos que sentam bem com nosso personagem. Pelo menos ele acha.) detetive das palavras, que ganha a vida explicando-lhes as origens.

E antes que possamos descrever o escritório poeirento e anacrônico em que ele se encontra, batem à porta.

Ele manda entrar e por ali entra o grupo que tinha marcado hora para esta noite: baralho e companhia.

Depois que as palavras se acomodaram, o valoroso profissional lhes lança um olhar  penetrante e escolhe uma delas para começar o seu trabalho:
- Boa noite, baralho. Você é o nome do conjunto de cartas de jogar, de modo que vou começar contando que há controvérsias sobre a sua origem; aceita-se que venha debaralhar, “misturar, desarrumar, tirar de ordem”, que viria do Provençal varalia, “entrelaçamento, mistura de ramos”, do Latim vara, “ramo fino, vara”.

A palavra fez cara de importante.

- Já que falamos em cartas, há que explicar que esta palavra veio do Latim charta, “folha para escrita, tablete”, do Grego khartes, “folha de papiro”, provavelmente de origem egípcia. Aplicou-se aos retângulos usados para jogar devido ao material de que eram feitos.



Prosseguiu o detetive:

- Encontra-se ao seu lado naipe, que também tem origem meio perdida nos tempos, mas que se liga ao Catalão naib, quando era usado para designar um jogo de cartas. Eu sei o que você vai dizer: que se pensa que sua origem seja o Árabe, mas parece que, apesar dos pensamentos em contrário, os jogos de cartas apareceram primeiro na Europa. O pessoal do Oriente as usava, mas basicamente para fazer adivinhações.

E, ao falar em naipe, ocorrem-nos os grupos que compõem um baralho. Ali, reluzindo, vemos ouros. Os jogos de cartas apresentavam um simbolismo com as forças sociais; no caso, este naipe se refere ao comerciantes e à burguesia em geral.

E seu nome vem do Latim aurum, “ouro”.
Houve uma arrastar de pés inquietos no grupo.
- Calma, eu sei o que vocês pensam: o que é que um losango vermelho tem a ver com ouro? Em baralhos espanhóis, por exemplo, usa-se mesmo uma moeda de ouro para este símbolo. Mas nos países de idioma português, inglês e francês,  usa-se mais a simbologia das cartas francesas, onde foi escolhido este sinal.

Para lhes dar um exemplo, em alemão os naipes são Herz, “coração”, Eichel,
“bolotas”, Laub, “folhas” e Schellen, “sinos”.

Outro naipe é copas, do Latim cubba, “taça, vasilha”. Representava o clero.
Ali se encontra, olhando-nos com sua extremidade aguçada, espadas, que vem do Gregospathé, “peça achatada de madeira usada pelos tecelões, pá do remo”. Já se vê que seu nome era inicialmente ligado a ferramentas mais construtivas. Mas acabou designando a nobreza, antigamente ligada aos aspectos bélicos de um país.

Falta-nos agora ver paus, do Latim palus, “poste, moirão, pedaço de madeira”, e que representava os camponeses.

Aqui na frente, fazendo-nos caretas sem parar, se encontra curinga. Aparentemente sua origem é o Quimbundo kuringa, “matar”. Isso porque ela pode ter a função de sobrepujar o valor de outras cartas, conforme o jogo.

Curinga, já de si com uma personalidade chocarreira, fez uma careta ameaçadora para as demais.

- As cartas podem ter um número ou uma letra; estas são as cartas com figura.
Aqui à minha frente está o valete, do Francês valet, “jovem que serve a um senhor”, do Latim vassus, “servo, servidor”.

Está certo, está certo, já notei a agitação de vocês. A letra “J” que aparece na carta é uma consequência do Inglês jack. E este é um nome comum, meio tipo “fulano” ou “Zé” (desculpem-me os Josés!) que se usa no idioma inglês desde pelo menos o século XV. Deriva do Holandês Jankin, um diminutivo de “João”.

A próxima carta em valor é a rainha, do Latim regina, “rainha”. Sua letra é o “Q” de queen, do Inglês antigo cwen, que tanto podia ser usado para “mulher” e para “rainha”.

A palavra empinou um nariz aristocrático e se abanou com um leque de seda.
- Segue-se o rei. Tal palavra vem do Latim rex, “rei”, derivada do Indo-Europeu reg-, “mover-se em linha reta”, daí “dirigir, guiar, comandar”. A letra que porta é o “K” de king, do Inglês antigo ciny, “rei, chefe”.

Antes de terminarmos, devo lembrar que um conjunto de cartas pode se chamar também demaço, que veio do Latim matea, de mateola, “pedaço de pau, cabo de instrumento”. Imagino que a semelhança seja pelo aspecto agrupado e aparentemente sólido que um maço de cartas apresenta.

O maço vem dentro de uma caixa, palavra esta que veio do Italiano cassa, do Latim capsa, que era o nome dado às caixas cilíndricas onde os cidadãos de Roma guardavam os seus livros.  Sim, refiro-me aos livros enrolados da época.

Para não esquecermos o que se costuma fazer com cartas, informo que a palavra jogo vem do Latim jocus, “pilhéria, gracejo, zombaria”. O que eles usavam para designar o que agora conhecemos como jogo era ludus, mas esta foi dominada pela outra.

Agora, caras clientes, resta-me desejar-lhes uma boa noite e dizer que se cuidem com as companhias em que vocês andam. Até mais ver.

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