domingo, 24 de novembro de 2013

GOBERNANTE CASTRO INICIA LOS EJERCICIOS MILITARES


Cuba projeta poder militar para exibir capacidade para atender o programa “Mais soldados”, incubado no laboratório narcoguerrilheiro do Foro de São Paulo. Inspirada no programa “Mais médicos” da Sra. Rousseff, a luta continua em adoção pelo Equador e outras republiquetas dos companheiros românticos de Cuba (OI/Brasil acima de tudo)
Por Andrea Rodriguez (*)
AP, The Associated Press

LA HABANA – El gobernante cubano Raúl Castro dio inició el martes a tres jornadas de maniobras militares defensivas y en las cuales se informó que serán movilizados miles de soldados y ciudadanos.
“Nos proponemos como objetivo general, continuar elevando el nivel de preparación y cohesión de los órganos de dirección y de mando en todas las instancias, las tropas, la economía y el pueblo, para enfrentar diferentes acciones del enemigo”, dijo Castro en una alocución en cadena nacional para dar la arrancada al operativo.
Bajo el título de Bastión 2013, los efectivos militares harán prácticas bajo la premisa de “Guerra de Todo el Pueblo”, una concepción que involucra a la población civil en caso de un ataque a Cuba.
Los primeros ejercicios de esta naturaleza se realizaron en 1980 -siempre llamados Bastión-, entonces bajo el mando del entonces gobernante Fidel Castro, y los últimos, en el 2009. Los actuales ejercicios estaban previstos para finales del 2012, pero el paso del huracán Sandy por la zona oriental de la isla paralizó el procedimiento.
El gobernante indicó el martes que aunque el día 22 concluirá el ejercicio como tal, para el 23 y 24 se tiene previsto desarrollar Días de la Defensa Nacional, que suelen incluir la participación de la población civil en las actividades como el tiro al blanco, entrenamiento militar y las evacuaciones, aunque hasta ahora no se hizo mención sobre cuáles serán desarrolladas.
También suele realizarse la protección de objetivos económicos como las plantas de energía, puentes o fábricas.
El escenario sobre el que los cubanos trabajan en su defensa es por hipotético ataque o invasión de Estados Unidos, país que desde hace 50 años mantiene sanciones presionando por un cambio de sistema político en la isla.
“La realización de Bastión 2013 no es para amenazar a nadie, ni para alardear de poderío militar. Se hace justo en medio de la actualización de nuestro modelo económico”, expresó un artículo del periódico  Juventud Rebelde, órgano de difusión de los jóvenes comunistas, que dio a conocer el ejercicio.
Este es el primer ejercicio que se desarrolla, luego de que el presidente Castro iniciara un proceso de reformas económicas para fomentar la iniciativa privada y elevar la eficiencia de la empresa estatal socialista.
(*) Fonte: http://www.elnuevoherald.com/2013/11/19/1618753/gobernante-castro-inicia-los-ejercicios.html


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"Se os terroristas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) forem espertos farão exatamente o que os terroristas brasileiros fizeram: se entregam, passam a integrar a democracia colombiana, concorrem e se elegem deputados e senadores, criam uma lei de indenização por perseguição política e, em poucos anos, ganharão altos cargos no governo com aposentadorias e indenizações milionárias".
Anônimo


PHA ACUSA BRASIL 247 DE SER MÍDIA DO DANIEL DANTAS; ATTUCH SE DEFENDE


24/11/2013 | Publicado por Renato Rovai em Política 
O jornalista Paulo Henrique Amorim publicou neste sábado um texto forte onde acusa o Brasil 247 de ser um dos “braços do banqueiro Daniel Dantas” na mídia digital. A acusação não é exatamente nova, mas pela força que PHA tem na rede se tornou um dos fatos de ontem no Facebook e no Twitter. Republico, abaixo, parte do texto de Paulo Henrique, que pode ser lido aqui na íntegra, e uma curta entrevista que fiz com o diretor do Brasil 247, Leonardo Attuch, pelo Facebook, que está logo na sequência.

Segue trecho do texto de Paulo Henrique Amorim:
“Leonardo Attuch foi o homem de Daniel Dantas na mídia durante os momentos conturbados da vida do banqueiro, na “maior disputa comercial da história do capitalismo brasileiro” e pouco antes das duas prisões no âmbito da Operação Satiagraha (que o presidente Barbosa, breve, legitimará).
Trata-se da disputa acionária pelo controle da Brasil Telecom, que se consumou na fusão da Brasil Telecom a Oi, a BrOi, uma patranha – com o dinheiro do FAT, sob a guarda do BNDES e que rendeu US$ 2 bilhões a Dantas.
Em interceptação telefônica feita pela Polícia Federal, na Operação Chacal, Attuch aparece com o megainvestidor Naji Nahas – encarcerado com Dantas na Satiagraha – , que, então, costurava um acordo entre Daniel Dantas e a Telecom Itália.

Na conversa, Attuch aconselha Naji a processar jornalistas – a quem chama de f… da p … – que “incomodavam” o grupo, entre eles Mino Carta e Paulo Henrique Amorim.
Segue a conversa em áudio e texto:
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Attuch liga:
Naji: Alô.
Attuch: Naji? É o Leonardo (Attuch), dá para falar um pouquinho?
Naji: Dá.
Attuch: Só pra te falar, você tá vendo essas notícias lá da Itália?
Naji: É loucura o Daniel me colocar nesse negócio porra, não são eles que estão lá na Itália? Ele e o Diglesias (?) e tal fazendo essa campanha?
Attuch: Não, não. Não é o Daniel, não. Isso é coisa de Paolo Dal Pino (Presidente da Telecom Itália no Brasil), aquela turma lá. (…)
Naji: Ahn.
Attuch: O que tá acontecendo é o seguinte: a mídia não tem como voltar atrás e admitir que errou nessa coisa de Telecom Itália e àquela coisa toda.
Naji: Mas tão dizendo que eu corrompi a Comissão de Ciência (Ciência e Tecnologia da Câmara – em pró da BrT)…  Eu nunca corrompi ninguém rapaz.
Attuch: É loucura, eu acho que… (interrompido)
Naji: Esse Mino Carta, eu vou mandar processar ele já, hoje.
Attuch: Você deveria fazer isso, deveria fazer isso com urgência. Pelo seguinte, esses caras querem fazer a bomba cair no teu colo, e não tem nada a ver.
Quem corrompeu foi a turma do Carmelo (Carmelo Furci, vice-presidente da Telecom Itália para AL), que fez o trabalho sujo, que você sabe muito bem como funcionava a coisa ali.
Então, honestamente, eles que contrataram o Demarco, o Paulo (inaudível), esse pessoal todo. Agora, eu acho que você deveria se mexer aí.
Naji: O que você quer se eles dizem que eu corrompi, eles tem que provar que eu corrompi, porra.
Attuch: Pois é, mas como toda essa turma… A Veja tá comprometida nessa história, a Folha tá comprometida. Inclusive, hoje, a Elvira Lobato lá da Folha, ligou para o Opportunity, ligou lá para o Daniel querendo… Não sei, se ela queria falar com ele.
Naji: Ela ligou e ele não atendeu.
Attuch: Isso, ele não atendeu. Mas ela veio com uma conversinha mole, de querer entender o que está acontecendo. Quer dizer, qualquer pessoa com dois neurônios entende que se (inaudível) foi preso, é porque, porra, veio pra cá e montou a Operação Chacal.
Naji: Sei.
Attuch: Agora, acho que a própria Folha quer entrar nesse conto da carochinha…
Naji: É, mas o que que tem a ver? Eu sempre trabalhei para fazer o acordo entre os dois.
Attuch: Eu sei, eu sei. Mas como eles não podem dizer que a Operação Chacal foi comprada, porque deixaria toda a imprensa mal na história, eles vão tentar destorcer e colocar no seu colo, entendeu?
Naji: Por no meu colo é o que eles tentam, mas eles vão ver o que vai acontecer.
Attuch: Pois é, mas você tem que fazer isso rápido.
Naji: Mas o que você quer que eu faça?
Attuch: Não, eu acho que você tem que começar a se mexer com essa turma de Mino Carta, de Paulo Henrique Amorim, esse bando de filho da puta (…)
Naji: Vou processar, vou processar todos! É a única coisa que eu posso fazer…
Attuch: Pois é… Porque realmente o negócio está esquisito. Você andou conversando por lá? Chegou a ver essas coisas?
Naji: Não, não hoje que eu falei com ele. Ele tá achando um absurdo esse negócio. Mas tudo bem, vamo lá.
Attuch: Esse negócio é uma loucura. Eu vou levantar informação desse negócio e eu te mando.
Naji: Tá, me manda.
Fim da ligação.
Segue entrevista com o Leonardo Attuch. Enviei as perguntas a ele às 20:45. Elas foram respondidas de pronto, às 20h58:

Caro Attuch, desculpe-me por te procurar por aqui, mas foi a maneira que encontrei pra fazê-lo em pleno sábado à noite. Acabo de ler a nota do Paulo Henrique e a tua réplica e vou produzir um texto pro site da Fórum. Gostaria de saber se você pode responder essas perguntas.

1) Paulo Henrique apresenta uma série de documentos e uma gravação vinculando você ao Dantas, qual a sua relação com Daniel Dantas no passado e atualmente?
Resposta: Caro Rovai, Não há problema algum. Seguem as respostas. No passado, como editor da Istoé Dinheiro, fiz a cobertura da disputa na telefonia, onde ele era um dos protagonistas, a quem entrevistei em diversas ocasiões. Hoje, nenhuma.
2) Por que na ligação para Naji Nahas você tenta convencê-lo a processar jornalistas como Mino Carta e Paulo Henrique Amorim e os chama de ” bando de filhas da puta”? Você falava em nome de Dantas naquele telefonema?
Resposta: Qualquer conversa, ouvida fora de contexto, pode dar margem a várias interpretações. Conheço Naji Nahas há vários anos e também o entrevistei para a Istoé Dinheiro. Ele se sentia perseguido pelos dois jornalistas e tinha o direito de processá-los. Claro que não falava em nome de Dantas. Aliás, naquele caso da telefonia, ele o Naji não atuavam de forma alinhada. Pelo contrário.
3) Qual a sua relação com a Carla Cicco para ela indicar você à Kroll e por que a reunião entre você e o representante da Kroll tinha de ser realizada fora da Brasil Telecom?
Resposta: A Carla Cicco era outra personagem daquela disputa. Entrevistei algumas pessoas da Kroll naquele episódio, porque achei que eram boas fontes. Inclusive o fundador da Kroll, Jules Kroll.
4) Você diz que há um inquérito sob responsabilidade do ministro Tofolli de que Paulo Henrique teria participado de campanhas de difamação com patrocínio privado, ao que você se refere? Pode explicar melhor o caso?
Resposta: Depois da Satiagraha, o juiz Ali Mazloum levantou indícios de abusos cometidos naquela operação. Entre eles, o de que a Telecom Itália teria patrocinado a ação da Polícia Federal, promovendo, inclusive, uma campanha difamatória nos meios de comunicação. Este caso subiu para o Supremo Tribunal Federal e está sob a responsabilidade do ministro Dias Toffoli, conforme já foi noticiado por outros meios de comunicação.
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Opinião de Leonardo Attuch: “Que venham os cubanos”


Para o jornalista Leonardo Attuch, colunista de Istoé e editor do portal Brasil 247, a gritaria é grande porque o Brasil assiste à quebra de um monopólio na saúde pública; na noite de ontem, desembarcaram em Brasília os primeiros 260 dos 4 mil médicos cubanos para chegar. Foto: Ed Ruas e divulgação.

Leonardo Attuch*, do Brasil 247

Médicos, entidades de classe e o próprio Conselho Federal de Medicina (CFM) estão inconformados. Fizeram todo tipo de oposição ao programa Mais Médicos e, agora, foram surpreendidos novamente com a notícia de que o governo federal trará quatro mil profissionais formados em Cuba, que atuarão em 701 municípios. Com essa importação, cidadãos brasileiros de áreas remotas que jamais viram um médico – e que jamais veriam, no que dependesse do corporativismo médico – poderão prolongar suas expectativas de vida, sendo diagnosticados e acompanhados no tratamento de patologias controláveis, como uma simples hipertensão.

Se o programa vier a ser efetivamente implementado, o Brasil poderá caminhar para ter, a médio prazo, uma expectativa de vida semelhante à de Cuba. Sim, os cubanos vivem mais: 79,3 anos, um padrão semelhante ao de alguns países europeus e bem superior ao brasileiro, que ainda é de 73,8 anos. Lá, um dos fatores que explicam o sucesso é o alto investimento em saúde – 9,7% do PIB, contra 4,2% no Brasil. Outro é a disseminação de programas de saúde da família.
De acordo com uma nota do Conselho Federal de Medicina, a decisão anunciada na semana passada é “eleitoreira” e coloca em risco a saúde da população. Ora, mas o que é pior? Ser atendido pelos profissionais cubanos ou continuar sem assistência alguma? Vale registrar que os 701 municípios que receberão os cubanos não atraíram o interesse de nenhum dos profissionais brasileiros, que tiveram prioridade nas inscrições do Mais Médicos.
Na prática, o que o Brasil assiste hoje é à quebra de um monopólio – e, por isso mesmo, a gritaria é tão forte. Às entidades de classe interessa regular a oferta de profissionais no mercado e, assim, preservar uma situação que gera altos rendimentos a profissionais escassos. Aliás, exatamente por estarem altamente demandados nos grandes centros urbanos, onde a vida é mais agradável do que nas periferias e nos rincões, os médicos brasileiros desprezaram a grande maioria das bolsas oferecidas pelo Mais Médicos.
A crítica conservadora dirá que o caso da saúde é diferente e não pode ser tratado como mercadoria ou qualquer outra atividade. Ocorre que a experiência cubana já aconteceu em vários países – e deu certo. Em Portugal, por exemplo, a população aprova a atuação dos profissionais.
De acordo com nota do Ministério da Saúde, os médicos que virão ao País têm, em média, 15 anos de experiência. Certamente irão contribuir para resultados que, no futuro, farão com que a crítica atual seja lembrada apenas como um grito corporativo diante do fim de um monopólio.
*Leonardo Attuch é jornalista, colunista da Istoé e editor-responsável pelo portal Brasil 247.

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AS BASES DE UM CONSERVADOR E A ESSÊNCIA DO CONSERVADORISMO



O filósofo Olavo de Carvalho elaborou a lista ao lado para ajudar a diferenciar conservadores de revolucionários

TRADIÇÃO
O conservador preza a experiência passada como forma de pensar o presente, em contraponto ao revolucionário, que entende o presente com base num futuro hipotético

PROVIDÊNCIA
O povo não deve sofrer os efeitos das escolhas de gerações anteriores. Os políticos têm o direito de experimentar e aprender com a experiência, mas não o de testar práticas ­arriscadas de longo prazo

REFORMA
Governos não têm o direito de fazer algo que os seguintes não possam desfazer. Nenhuma ordem social do passado foi tão ruim a ponto de bloquear a mera possibilidade de uma nova ordem

DEMOCRACIA
A revogabilidade das medidas de governo é um princípio democrático essencial, mas propostas revolucionárias tendem a concentrar o poder e a excluir para sempre as propostas alternativas

EQUILÍBRIO
A mentalidade revolucionária não é um traço permanente da natureza humana e deve ser erradicada como condição essencial para a sobrevivência da liberdade no mundo.

A ESSÊNCIA DO CONSERVADORISMO
ESCRITO POR RUSSEL KIRK | 01 JUNHO 2012

O conservador suspeita de todos os esquemas utópicos. Ele não acredita que, pelo poder do direito positivo, nós podemos resolver todos os problemas da humanidade. Podemos ter a esperança de fazer nosso mundo tolerável, mas não podemos torná-lo perfeito.

Uma amiga minha, a quem chamaremos senhorita Worth, teve uma conversa com uma vizinha – senhora Williams, digamos – que, no dia anterior, havia vendido um belo prédio antigo, há muito tempo pertencente à sua família, o qual seria demolido para que muitos automóveis usados fossem postos a venda no lugar. A senhora Williams tinha certos arrependimentos; mas, disse ela em caráter definitivo, “você não pode parar o progresso”. Ela ficou surpresa com a resposta da senhorita Worth, que foi esta: “Não, muitas vezes não; mas você pode tentar”.

A Senhorita Worth não acreditava que o Progresso, com P maiúsculo, é uma coisa boa em si mesma. O Progresso pode ser bom ou mau, dependendo da direção a qual se está progredindo. É perfeitamente possível, e não raramente ocorre, de se progredir em direção à beira de um precipício. O pensamento conservador, jovem ou antigo, acredita que todos nós devemos obedecer à lei universal da mudança; mas muitas vezes está em nosso poder escolher quais mudanças aceitaremos e quais mudanças rejeitaremos. O conservador é uma pessoa que se esforça para conservar o que há de melhor em nossas tradições e em nossas instituições, conciliando o que é melhor com a reforma necessária de tempos em tempos.

“Conservar” significa “salvar”... (Considere) a maldição do cupido:
“Aqueles que mudam o amor antigo pelo novo, oram aos deuses para mudá-lo para pior.”

Um conservador não é, por definição, um egoísta ou uma pessoa estúpida; em vez disso, ele é uma pessoa que acredita que há alguma coisa em nossa vida que vale a pena salvar.

Conservadorismo, na verdade, é uma palavra com um significado antigo e honrado – mas, um significado quase esquecido pelos americanos até anos recentes. Abraham Lincoln (aqui) queria ser conhecido como um conservador.
“O que é o conservadorismo?”, disse ele. “Não é a preferência pelo antigo e experimentado, acima do novo e do não testado?” É isso; e é também um corpo de convicções éticas e sociais. 
Porém, a palavra “liberalismo” tem sido preferida entre nós por duas ou três décadas. Mesmo hoje em dia, embora haja um bom número de conservadores nas políticas nacional e estadual, em nenhum grande partido muitos líderes políticos descrevem a si mesmos como “conservadores”. Paradoxalmente, o povo dos Estados Unidos se tornou a principal nação conservadora do mundo exatamente quando deixou de chamar a si mesmo de conservador em seu próprio país.

No entanto, com a nossa severa oposição ao radicalismo dos soviéticos e nosso repúdio nacional do coletivismo em todas as suas variedades, um bom número de americanos agora têm muitas dúvidas quanto ao desejo de serem chamados liberais ou radicais. Os liberais, por um bom tempo, foram derivando para a esquerda em direção a seus primos radicais; e o liberalismo, nos últimos anos, passou a significar um anexo para o Estado centralizado e para a impessoalidade sombria do Brave New World, de Huxley (Admirável Mundo Novo), ou de 1984, de Orwell (aqui). 
Homens e mulheres que não se consideram liberais ou radicais estão começando a perguntar a si mesmos no que acreditam e do que deveriam se chamar. O sistema de ideias opostas ao liberalismo e ao radicalismo é a filosofia política conservadora.

O que é o Conservadorismo?

O conservadorismo moderno tomou forma por volta do início da Revolução Francesa, quando homens de grande visão na Inglaterra e na América perceberam que, se a humanidade existe para conservação dos elementos da civilização que tornam a vida digna de ser vivida, algum corpo coerente de ideias deve resistir ao nivelamento e ao impulso destrutivo de revolucionários fanáticos.

Na Inglaterra, o fundador do verdadeiro conservadorismo foi Edmund Burke, cujas Reflections on the Revolution in France mudaram o rumo da opinião pública britânica e influenciaram incalculáveis líderes da sociedade no Continente e na América.

Nos recém-criados Estados Unidos, os fundadores da República, conservadores por formação e por experiência prática, estavam determinados a moldar a Constituição que deveria guiar a sua posteridade em caminhos duradouros de justiça e liberdade. Nossa Guerra de Independência Americana não foi uma revolução real, mas antes uma separação da Inglaterra; estadistas de Massachusetts e da Virgínia não desejavam virar a sociedade de cabeça para baixo. 

Em seus escritos, sobretudo nos trabalhos de John Adams, Alexander Hamilton e James Madison, nós encontramos um conservadorismo sóbrio e provado, fundado sobre uma compreensão da história e da natureza humana. A Constituição que os líderes daquela geração elaboraram tem provado ser o dispositivo conservador mais bem sucedido em toda a história.

Os líderes conservadores, desde Burke e Adams, subscreveram certas ideias que podemos demonstrar, resumidamente, mediante definição. Os conservadores desconfiam do que Burke chamou “abstrações” - isto é, absolutos dogmas políticos divorciados da experiência prática e das circunstâncias particulares. Eles acreditam, todavia, na existência de certas verdades permanentes que regem a conduta da sociedade humana. Talvez, os princípios mais importantes que têm caracterizado o pensamento conservador americano são estes:

1. Homens e nações são governados por leis morais; e essas leis têm a sua origem em uma sabedoria superior à humana – a justiça divina. No fundo, problemas políticos são problemas morais e religiosos. O estadista sábio procura apreender a lei moral e reger sua conduta adequadamente. Nós temos uma dívida moral para com nossos antepassados, que nos concederam nossa civilização, e um dever moral para as gerações que virão depois de nós. Esta dívida foi ordenada por Deus. Portanto, não temos o direito de, impudentemente, mexer com a natureza humana ou com tecido delicado de nossa ordem social civil.

2. Variedade e diversidade são as características de uma grande civilização. Uniformidade e igualdade absoluta são a morte de todo verdadeiro vigor e liberdade na existência. Conservadores resistem, com imparcial virilidade, à uniformidade de um tirano ou de uma oligarquia e à uniformidade a qual Tocqueville chamou “despotismo democrático”.

3. Justiça significa que todo homem e toda mulher têm direito ao que lhes é próprio – às coisas que melhor se adaptam à sua própria natureza, às recompensas de sua capacidade e integridade, à sua propriedade e à sua personalidade. A sociedade civilizada requer que todos os homens e mulheres tenham direitos iguais diante da lei, mas essa igualdade não deve se estender à igualdade de condição: isto é, a sociedade é uma grande associação, na qual todos têm direitos iguais – mas não para igualar coisas. A sociedade justa requer liderança sólida, recompensas diferentes para habilidades diferentes e um senso de respeito e dever.

4. Propriedade e liberdade são inseparavelmente conectadas; nivelamento econômico não é progresso econômico. Os conservadores valorizam a propriedade para seu próprio interesse, é claro; mas a valorizam muito mais porque, sem ela, todos os homens e mulheres estão a mercê de um governo onipotente.

5. O poder é repleto de perigos; portanto, o bom estado é aquele no qual o poder é controlado e equilibrado, restringido por constituições e costumes sólidos. Na medida do possível, o poder político deve ser mantido nas mãos de instituições privadas e locais. A centralização é normalmente um sinal de decadência social.

6. O passado é um grande depósito de sabedoria; como Burke disse, “o indivíduo é tolo, mas a espécie é sábia.” Os conservadores acreditam que precisamos nos guiar pelas tradições morais, pela experiência social e por todo o complexo corpo de conhecimentos legados a nós por nossos antepassados. Os apelos conservadores estão para além da opinião precipitada do momento, pela qual Chesterton os denominava de “a democracia dos mortos” - isto é, as opiniões consideradas dos homens e mulheres sábios que morreram antes de nosso tempo, a experiência da espécie humana. O conservador, em suma, sabe que não nasceu ontem.

7. A sociedade moderna necessita urgentemente de uma verdadeira comunidade: e verdadeira comunidade é um mundo distante do coletivismo. A comunidade autêntica é regida por amor e caridade, não por força. Através de igrejas, associações voluntárias, governos locais e uma variedade de instituições, os conservadores se esforçam para manter a comunidade saudável. Os conservadores não são egoístas, mas zelosos do bem-estar público. Eles sabem que o coletivismo significa o fim da comunidade genuína, e substituem uniformidade por variedade e força por cooperação voluntária.

8. Nos assuntos das nações, o conservador americano acredita que seu país deve ser um exemplo para o mundo, mas que não deve tentar reconstruir o mundo à sua imagem. É uma lei da política, bem como da biologia, que todo ser vivente ama, acima de tudo – até mesmo acima de sua própria vida –, sua identidade distintiva, que o diferencia de todos os outros seres. O conservador não aspira à dominação do mundo, nem aprecia a perspectiva de um mundo reduzido a um padrão único de governo e de civilização.

9. Os conservadores sabem que homens e mulheres não são perfectíveis; e nem o são as instituições políticas. Nós não podemos criar um paraíso na Terra, embora possamos fazer um inferno. Somos todos criaturas nas quais bem e mal estão misturados; e, quando as boas instituições negligenciam e ignoram os antigos princípios morais, o mal tende a predominar em nós. Por isso, o conservador suspeita de todos os esquemas utópicos. Ele não acredita que, pelo poder do direito positivo, nós podemos resolver todos os problemas da humanidade. Podemos ter a esperança de fazer nosso mundo tolerável, mas não podemos torná-lo perfeito. Quando o progresso é alcançado, o é através do reconhecimento prudente das limitações da natureza humana.

10. Os conservadores estão convencidos de que mudança e reforma não são idênticas: inovação política e moral pode ser tanto destrutiva como benéfica; e se a inovação é empreendida com espírito de presunção e entusiasmo, provavelmente será desastrosa. Todas as instituições humanas, em certa medida, se alteram de época para época, pois o lento processo de mudança é o meio de conservar a sociedade, exatamente como é, para o corpo humano, o meio de sua renovação. Mas, os conservadores americanos se esforçam para conciliar o crescimento e as modificações essenciais para nossa vida com a força de nossas tradições sociais e morais. Com Lord Falkland, eles dizem: “quando não é necessário mudar, é necessário não mudar.” Eles entendem que homens e mulheres são mais satisfeitos quando podem sentir que vivem em um mundo estável de valores duradouros.

O conservadorismo, então, não é simplesmente o interesse das pessoas que têm muitas propriedades e influência; não é simplesmente a defesa de privilégios e de status. A maioria dos conservadores não são nem ricos nem poderosos. 
Porém, eles fazem até mesmo o mais simples deles obter grandes benefícios de nossa República estabelecida. Eles têm liberdade, segurança pessoal e de sua casa, igual proteção das leis, o direito aos frutos de sua indústria e oportunidade para fazer o melhor que neles há. Eles têm um direito de personalidade em vida e um direito de consolo na morte. Os princípios conservadores são o abrigo das esperanças de todos na sociedade. 

E o conservadorismo é um importante conceito social para todo aquele que deseja justiça igualitária e liberdade pessoal e todos os amáveis caminhos antigos da humanidade. O conservadorismo não é simplesmente uma defesa do “capitalismo”.

(“Capitalismo”, na verdade, é uma palavra cunhada por Karl Marx, projetada desde o início para significar que a única coisa defendida pelos conservadores é a grande acumulação de capital privado.) Mas, o que o verdadeiro conservador faz corajosamente é defender a propriedade privada e uma liberdade econômica, ambas para seu próprio bem e porque elas são meios para atingir grandes fins.

Esses grandes fins são mais do que econômicos e políticos. Eles envolvem dignidade humana, personalidade humana, felicidade humana. Eles envolvem até mesmo o relacionamento entre Deus e o homem. Pois o coletivismo radical de nossa época é ferozmente hostil a qualquer outra autoridade: o radicalismo moderno detesta a fé religiosa, a virtude privada, a individualidade tradicional e a vida de satisfações simples. Tudo o que vale a pena ser conservado está ameaçado em nossa geração. 

A mera oposição negativa e irracional à corrente de acontecimentos, agarrando-se com desespero ao que ainda mantemos, não será suficiente nesta época. Um conservadorismo de instinto deve ser reforçado por um conservadorismo de pensamento e imaginação.

Original adaptado de The Intelligent Woman’s Guide to Conservatism (New York: The Devin-Adair Company, 1957).

Tradução: José Junio Souza da Costa

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1º - CONSERVADORES (aqui)

2º - AS BASES DE UM CONSERVADOR E A ESSÊNCIA DO CONSERVADORISMO (aqui)

O MINISTRO JOSÉ EDUARDO CARDOZO SAI DOS TRILHOS

SILÊNCIO REVELADOR - O ministro Cardozo ficou dias deixando prosperar versões contraditórias antes de admitir que repassou o texto à PF

SILÊNCIO REVELADOR - O ministro Cardozo ficou dias deixando prosperar versões contraditórias antes de admitir que repassou o texto à PF      (Diego Vara/RBS/Ag. O Globo)

Reportagem de VEJA desta semana mostra que Cardozo admitiu ter entregado à PF texto atribuído a ex-diretor da Siemens que acusa quatro secretários tucanos de ligação com o cartel do metrô

Alana Rizzo e Daniela Lima
Um documento revelado na semana passada pelo jornal O Estado de S. Paulo apontou a suposta participação de políticos graduados de PSDB, DEM e PPS na formação de um cartel em licitações de metrô e trens no estado. As acusações constavam de um texto atribuído pelo jornal a Everton Rheinheimer, um ex-diretor da empresa Siemens, multinacional alemã responsável por denunciar a existência do cartel. O destinatário do documento era desconhecido e seu percurso também permaneceu nebuloso até sexta-feira. Na versão inicial, divulgada pela Polícia Federal, o texto atribuído ao ex-diretor da multinacional havia sido endereçado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Como o órgão tem por atribuição investigar cartéis e não corrupção, ele teria sido repassado à PF. Estaria, assim, percorrendo um caminho institucional. Na quinta-feira, porém, o Cade desmentiu a Polícia Federal. Em nota, o órgão negou que houvesse recebido o documento com as denúncias e que o tivesse repassado aos policiais. No dia seguinte, a versão da PF ruiu de vez. VEJA apurou que o texto que traz acusações aos tucanos foi passado diretamente das mãos do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), para o diretor-geral da PF, Leandro Daiello. A informação foi publicada em primeira mão em VEJA.com. Em resposta, o ministro Cardozo alegou que costuma receber muitas denúncias e dar andamento a elas. Só não explicou por que ficou três dias em silêncio enquanto se discutia a origem do documento e só admitiu ter sido ele quem entregou o papel à Polícia Federal depois de questionado pela reportagem da revista.
Embora não revele seu destinatário, o texto dá pistas de quem seja ele. Em determinado trecho, seu autor afirma que “em meados de 2010, com base nas informações e nos documentos fornecidos por mim, o deputado Simão Pedro (PT-SP) encaminhou ao MP-SP uma representação denunciando a existência das práticas de formação de cartel e de corrupção em diversos projetos metroferroviários no Estado de São Paulo e no Distrito Federal durante o período 1998-2012”. Em outro trecho, o autor diz que será alvo de pressão das empresas e que “gostaria de contar com o apoio do partido para poder resistir ao assédio”. Mais adiante, explicita o “apoio”: “O acordo que proponho a seguir não tem nenhum risco, mas envolve minha indicação para uma dir­etoria executiva da Vale (do Rio Doce) a médio prazo”. Como se sabe, o Cade, a PF e o Ministério Público não têm o poder de fazer nomeações para a mineradora. Isso é uma prerrogativa dos que detêm ações da empresa ou têm influência sobre as suas decisões. É o caso do governo federal e também do PT, que controla fundos de pensão como a Previ e a Petros, alguns dos principais acionistas da ex-estatal. Diante disso, restam poucas dúvidas sobre a que partido Rheinheimer se refere ao pedir “apoio para poder resistir ao assédio”.
A FARSA - Documento que a PF disse ter saído do Cade, mas que foi entregue pelo ministro da Justiça aos investigadores; parte das informações já tinham sido usadas pelo deputado petista Simão Pedro (abaixo) em representação contra o governo do PSDB de São Paulo
No documento — cuja autoria o e­­x-diretor da Siemens não confirma, mas também não nega — são acusados de envolvimento com o cartel do metrô os secretários da Casa Civil, Edson Aparecido (PSDB), dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes (PSDB), de Energia, José Aníbal (PSDB), e do Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Garcia (DEM), além do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e do deputado Arnaldo Jardim (PPS). Nunes Ferreira, Garcia e Fernandes teriam “estreito relacionamento” com o lobista Arthur Teixeira, apontado como o pagador de propinas do esquema. De Aníbal, o documento diz que o cartel “tratava diretamente com seu assessor, vice-prefeito de Mairiporã, Silvio Ranciaro”. E sobre Aparecido e Jardim afirma que “seus nomes foram mencionados por Teixeira como sendo destinatários de parte da comissão paga pelas empresas” do cartel. Todos os citados negam as acusações.
A origem das denúncias e o uso político que se queira fazer delas não significam automaticamente que não tenham fundamento. As investigações feitas até agora mostram que há evidências de que mais de uma dezena de empresas se juntaram para acertar o resultado de licitações, acarretando prejuízos milionários para os cofres de São Paulo e do Distrito Federal. O que é inaceitável, porém, é que um ministro da Justiça se preste ao papel de “esquentador” de documentos — nesse caso, de um relatório que foi oferecido primeiramente a um partido em troca de vantagem financeira explícita. Teria Cardozo aloprado?
Com reportagem de Pieter Zalis     
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‘O QUE TRAMA O PT’, EDITORIAL DO ESTADÃO


Publicado no Estadão 
23/11/2013 
às 15:12 \ Opinião
O manifesto petista divulgado na terça-feira, que classifica de “ilegal” a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, de mandar recolher à prisão 12 dos condenados no processo do mensalão, afirma que “uma parcela significativa da sociedade” teme “pelo futuro do Estado Democrático de Direito no Brasil”. Têm razão os signatários do documento.
O Estado de Direito está real e gravemente ameaçado no Brasil, mas pelos sectários, pelos oportunistas fisiológicos e pelos inocentes úteis do PT que, por razões diversas, se empenham numa campanha nacional de desmoralização do Poder Judiciário, ferindo fundo a estabilidade institucional e colocando em risco, em benefício da hegemonia política do partido, o futuro da democracia no País.
O tal manifesto não é um documento oficial do PT. Mero detalhe. As posições “oficiais” do partido, ditadas pelo pragmatismo eleitoral, são traduzidas pela linguagem melíflua das notas oficiais, hábeis em camuflar o verdadeiro pensamento da elite petista. Mas esse pensamento está explicitado no manifesto de terça-feira, que tenta em vão dissimular seu caráter eminentemente político-partidário com a adesão de “companheiros” intelectuais e juristas. Mas assinam a nota o presidente Rui Falcão e todos os demais integrantes do Diretório Nacional do partido. Está ali, portanto, o que pensa o PT.
Da mesma forma como ataca sistematicamente a imprensa, ao investir contra o Poder Judiciário, lançando mão do recurso de demonizar a figura do ministro Joaquim Barbosa, o PT deixa claro o modelo de “democracia” que almeja: aquele em que ninguém ousa contrariar suas convicções e seus interesses nos meios de comunicação, na aplicação da Justiça, na atividade econômico-financeira. Em todas as atividades, enfim, em que entendem que o Estado deve dar sempre a primeira e a última palavra, para promover e proteger os interesses “do povo”.
Para visualizar esse modelo dos sonhos dos petistas radicais sem ir muito longe, basta olhar para a Venezuela e demais regimes “bolivarianos” da América Latina, sem falar no clássico exemplo da ilha dos Castros. Esses países, em que vigora o “socialismo do século 21″, são comandados pelos verdadeiros amigos do peito e de fé de Lula, Dilma e companheirada.
Mas nem todo mundo no PT está preocupado com dogmatismo ideológico. Ao longo de 10 anos, boa parte da militância petista aprendeu a desfrutar das benesses do poder e hoje reage ferozmente a qualquer ameaça de ter que largar o osso. São os oportunistas que tomaram conta do aparelho estatal em todos os níveis e a ele dedicam todo seu despreparo e incompetência gerencial.
E existem ainda os inocentes úteis, em geral mal informados e despolitizados, que engrossam as fileiras de uma militância que comprou a ideia-força lulopetista de que o mundo está dividido entre o Bem e o Mal e quem está “do outro lado” é um “inimigo” a ser ferozmente dizimado. As redes sociais na internet são o ambiente em que melhor prospera esse maniqueísmo de esgoto.
O que pretende esse amplo e variado arco de dirigentes e militantes petistas que, a pretexto de se solidarizarem com os condenados do mensalão, se mostram cada vez mais ousados em suas investidas contra o Poder Judiciário? O País tem estabilidade institucional suficiente para impedir que, num golpe de mão ou num passe de mágica, a condenação dos mensaleiros seja anulada. Mas os radicais sabem que para alcançar seus objetivos precisam criar e explorar vulnerabilidades na estrutura institucional de nossa democracia. Os oportunistas sabem que precisam ficar bem com os donos do poder a que aderiram. E os inocentes úteis não sabem nada. Agem por impulso, movidos por apelos emocionais. Acreditam até no argumento falacioso de que é preciso ser tolerante com a corrupção e os corruptos porque sem eles é impossível governar.
A quem não entra nessa lista resta comemorar, enquanto pode, uma singela obviedade: feliz é o país em que a Justiça pode contrariar os interesses dos poderosos de turno.

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