Dezenas de milhares de dinamarqueses participaram nesta segunda-feira (16/02) de uma manifestação no centro de Copenhague em homenagem às duas vítimas dos ataques ocorridos no último fim de semana na capital dinamarquesa.
A primeira-ministra Helle Thorning-Schmidt disse à multidão que o "senso de comunidade" da Dinamarca permitiria que o país superasse a ameaça de pessoas que "querem nos fazer mal". "É uma ameaça da qual vamos nos defender, com a força gerada a partir do nosso senso de comunidade", declarou.
Tendo em vista que uma das vítimas dos ataques foi um judeu, a premiê enfatizou que a Dinamarca está ao lado da comunidade judaica. "Hoje à noite, quero dizer a todos os judeus dinamarqueses: vocês não estão sozinhos. Um ataque contra os judeus da Dinamarca é um ataque contra a Dinamarca, contra todos nós", disse.
No último sábado, um homem armado de 22 anos abriu fogo num centro cultural onde um debate sobre o Islã e a liberdade de expressão estava sendo realizado, matando um homem de 55 anos, mais tarde identificado como o documentarista Finn Noergaard. Horas depois, o mesmo atirador atacou uma sinagoga, matando um guarda judeu. Pouco depois, o autor dos ataques foi morto pela polícia.
As autoridades não revelaram oficialmente a identidade do atirador, mas disse não haver indício de que ele fosse parte de uma célula terrorista ou de que tenha viajado à Síria ou ao Iraque para ser treinado por jihadistas. Dois homens foram presos sob suspeita de prestar assistência ao autor dos ataques.
A mídia dinamarquesa identificou o atirador como Omar El-Hussein, um dinamarquês com raízes palestinas e histórico de crimes violentos.
Um dos palestrantes do evento em prol da liberdade de expressão no centro cultural atacado, o artista sueco Lars Vilks, foi transferido para um local mantido em segredo por razões de segurança, disse a polícia sueca nesta segunda-feira. Acredita-se que Vilks, que recebeu ameaças por satirizar o profeta Maomé em charges, tenha sido o alvo do ataque de sábado.
Após o ataque a sinagoga em Copenhague, aumentaram os temores quanto a uma onda de violência antissemita na Europa. Nesta segunda-feira, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, afirmou que as autoridades do país estão fazendo de tudo para garantir a segurança de cidadãos judeus e instituições judaicas.
"Queremos continuar convivendo em harmonia com os judeus que estão hoje na Alemanha. Estamos contentes e gratos pelo fato de haver vida judaica na Alemanha outra vez", declarou Merkel.
LPF/dpa/rtr/afp
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)