05/06/2009 às 5:06
(traduzido pela
Organização Sionista Unificada do Brasil)
Nota: esta é a tradução
literal do Estatuto (Carta) de fundação Hamas, tornada pública em 1988 e
amplamente divulgada pelos sites palestinos oficiais. Esta tradução foi
realizada a partir do original em árabe –
http://www.islamonline.net/Arabic/doc/2004/03/article11.SHTML – e não de
traduções para o inglês.
Estatuto do Hamas (1)
Em nome de Alá, o
Misericordioso e Piedoso.
Palestina, 1º de
Muharram de 1409 AH/ 18 DE AGOSTO DE 1988
Em nome de Alá, o
Misericordioso e Piedoso
Sois (palestinos) a
melhor nação surgida na face da terra. Fazei o bem e proibis o mal, e credes em
Alá. Se somente os povos do Livro (i.e., judeus) tivessem crido, teria sido
melhor para eles. Alguns deles creem, mas a maioria deles é iníqua. Nunca serão
capazes de nos causar sério mal, serão apenas uns incômodos. Se vos atacarem,
acabarão virando as costas e fugirão, e não serão socorridos. Humilhação é a
sina deles, onde possam se encontrar, exceto se forem salvos por meio de um
compromisso com Alá ou por um compromisso com os homens. Recaiu sobre eles a
ira de Alá, e a sina deles é a desgraça, porque recusaram as indicações de Alá
e erradamente mataram os profetas, e por serem desobedientes e transgressores
(Alcorão, 3:110-112)
Israel existirá e continuará existindo até que o Islã o faça
desaparecer, como fez desaparecer a todos aqueles
que existiram anteriormente a ele. (segundo palavras do mártir, Iman Hasan
al-Banna, com a graça de Alá) (2)
O mundo islâmico se
encontra em chamas, e cada um de vós deveis, e todos nós devemos, jogar água,
mesmo que seja um pouquinho, para fazer extinguir o que pode ser extinto, sem
esperar pelos outros. (das palavras de Sheik Amjad Al-Zahawi, que receba as
graças de Alá.) (3)
Em nome de Alá, o Misericordioso
e Piedoso
Preâmbulo
Louvado seja Alá.
Buscamos Sua ajuda, pedimos Seu perdão, pedimos Sua orientação, e Nele
confiamos. Que a paz e as orações se dirijam a Seu Mensageiro, seus familiares
e companheiros, e a todos os que lhe são leais e levam a sua mensagem e seguem
sua sunna (os costumes do Profeta). Que as orações e a paz lhes sejam dirigidas
para todo o sempre, enquanto existirem o céu e a terra.
Oh! Povo, em meio aos
nossos grandes problemas e profundos sofrimentos, e dos sofridos corações e
braços dos crentes, purificados pelas orações, independente do dever, e em
resposta às determinações de Alá – donde emana o chamamento (de nosso
Movimento) e o encontro e reunião (de forças), e de onde decorre a educação de
acordo com os caminhos de Alá e uma decidida vontade de levar adiante os
objetivos (do Movimento) em nossas vidas, ultrapassando todos os obstáculos e
sobrepujando as dificuldades da jornada. Daí decorre, também, a permanente
prontidão (e também) estardes preparados para o sacrifício da vida de cada um e
de todos vós pela causa de Alá.
.
Então a semente brota e
(o movimento) começa a se mover adiante através de mares tempestuosos de
desejos e esperanças, sonhos e aspirações, perigos e obstáculos, sofrimentos e
desafios, tanto locais (na Palestina) como afora.
Quando a ideia
desabrocha e a semente cresce, e a planta lança suas raízes no terreno da
realidade, longe das emoções fugidias e impetuosidades impróprias, então o
Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) (4) estará apto a desempenhar sua
missão, marchando em frente pela causa de Alá, (assim fazendo, Hamas) junta
suas forças com aqueles que lutam a Guerra Santa (jihad) pela libertação da
Palestina. (5). As almas dos combatentes da Jihad encontrarão as almas de todos
os guerreiros santos que sacrificaram suas vidas pela terra da Palestina, desde
o tempo em que os companheiros do Profeta a conquistaram, até o presente.
Por este Pacto, o
Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) mostra a sua cara, apresenta sua
identidade, clarifica sua posição, esclarece suas aspirações, discute suas
esperanças, e conclama pelo apoio e suporte, e para que se juntem às suas
fileiras, porque nossa luta contra os judeus é muito longa e muito séria, e
exige todos os esforços sinceros. É um passo dado que deve ser seguido por
outros passos; é uma brigada que deve ser reforçada por outras brigadas e mais
outras brigadas deste vasto mundo islâmico, até que o inimigo seja derrotado e
a vitória de Alá triunfe.
É assim que vemos o
futuro chegando no horizonte. “E depois de algum tempo, sabereis” (Alcorão
38-88)
Alá escreveu: Eu e Meu
Mensageiro predominaremos. Alá é Forte e Poderoso” (Alcorão 58-21)
“Dizei: Este é o meu
caminho. Chamo Alá com toda certeza, eu e aqueles que me seguem, e que a glória
seja para Alá, não me encontro entre os politeístas”. (Alcorão 12-108)
Capítulo I
Introdução às Premissas
Ideológicas do Movimento
Art. 1º O Movimento de Resistência
Islâmica é o caminho. É do Islã que derivam suas ideias, conceitos e percepções
a respeito do universo, da vida, e do homem, e todas as suas ações levam em
conta o julgamento do Islã. É do Islã que busca orientação bem como guia de
seus passos.
O Relacionamento do
Movimento de Resistência Islâmica e a Irmandade Muçulmana
Art. 2º O Movimento de
Resistência Islâmica é um dos ramos da Irmandade Muçulmana na Palestina. A Irmandade
Muçulmana é uma organização global (universal) e é o maior movimento islâmico
nos tempos modernos. Ela se distingue por seu profundo entendimento
e sua precisão conceitual e pelo fato de englobar a totalidade dos conceitos
islâmicos em todos os aspectos da vida, em ideias e crença, na política e na
economia, na educação e assuntos sociais, em matérias judiciais e em matérias
de governo, na pregação e no ensino, na arte e nas comunicações, no que deve
ser secreto e no que deve ser transparente, bem como em todas as áreas da vida.
Estrutura e Formação
Art. 3º O Movimento de
Resistência Islâmica é constituído por muçulmanos dedicados a Alá e que a Ele
servem, como Ele merece ser servido. “Eu não criei demônios e homens senão para
servir-Me” (Alcorão 51:56).
(Tais muçulmanos)
reconhecem seus deveres para consigo mesmos, suas famílias e sua pátria,
temendo a Alá em tudo. Eles fizeram levantar a bandeira da jihad diante dos
opressores a fim de livrar a terra e os crentes de suas depravações, impurezas
e maldades. “Atiramos a verdade contra a falsidade e arrebentamos a cabeça dela
e, vedes, ela desaparece.” (Alcorão 21:18).
Art. 4º O Movimento de
Resistência Islâmica considera bem-vindo todo muçulmano que abrace seu credo,
adote sua ideologia, se compromete a seguir seu caminho, manter seus segredos e
que deseje juntar-se às suas fileiras a fim de levar a cabo seu dever, e tendo
Alá como recompensa.
O Movimento de
Resistência Islâmica – Dimensões de Tempo e Espaço
Art. 5º A dimensão
temporal do Movimento de Resistência Islâmica – em vista do fato de ter adotado
o Islã como seu modo de vida – regride ao nascimento da mensagem islâmica e aos
primeiros crentes e justos; Alá é o seu objetivo, o Profeta é o exemplo a ser
seguido e o Alcorão sua Constituição.
Sua dimensão espacial:
onde houver muçulmanos que abracem o islã como seu modo de vida, em todos os
confins terrestres. Assim, (o Hamas) lança as suas raízes bem fundo no solo, e
a planta se levanta para abraçar os céus.
“Não vedes como Alá nos
deu uma parábola? Uma palavra boa é como uma boa árvore; suas raízes são firmes
e seus galhos se elevam aos céus. Ela sempre proporciona seus frutos no tempo
certo, de acordo com a vontade de Deus. Alá recita parábolas aos homens para
que tomem os devidos cuidados”. (Alcorão, 14;24/25)
Diferenciação e
Independência
Art.6º O Movimento de
Resistência Islâmica é um movimento palestino distinto, que é leal a Alá, adota
o Islã como modo de vida e se dedica a levantar a bandeira de Alá sobre cada
centímetro da Palestina. Sob as asas do Islã, seguidores de outras religiões
podem todos viver salvos e seguros em suas vidas, propriedades e direitos;
porque na ausência do Islã, a discórdia surge, a injustiça se espalha, a
corrupção brota, e acabam existindo conflitos e guerras. Alá abençoe o poeta
muçulmano Muhammed Iqbal (6) que disse:
Quando a fé vai embora,
não há salvação.
Não há vida para quem
não possui uma religião.
Quem se acha contente
em viver sem religião,
Adotou a morte como
parte da vida.
A Universalidade do
Movimento de Resistência Islâmica
Art. 7º Em todos os países do mundo encontram-se muçulmanos que
seguem o caminho do Movimento de Resistência Islâmica, e tudo fazem para o
apoiar, adotando seu posicionamento e reforçando a sua Guerra Santa (jihad).
Por isso, é um Movimento universal, qualificado para esse papel devido à
clareza de sua ideologia, superioridade de seus fins e sublimidade de seus
objetivos. Nessas bases é que deve
ser visto e avaliado, e é nessas bases que seu papel deve ser reconhecido. Quem
nega os direitos do Movimento, se recusa a ajuda-lo, se mostra cego (á verdade)
e se esforça para embotar seu papel – é como alguém que tenta entrar numa
disputa com a predestinação (divina). Quem fecha os olhos aos fatos,
intencionalmente ou não, eventualmente despertará (para ver) que foi
ultrapassado pelos acontecimentos, e que o valor das provas o torna incapaz de
justificar suas posições. Será dada prioridade aos que chegarem primeiro (ao
Movimento). A iniquidade de alguém da família é mais dolorosa para alma do que
o golpe de uma espada afiada. (7)
Temos vos revelado a
verdade do Livro, confirmando a escritura que vem diante dela e guardando-a.
Fazeis o julgamento das pessoas de acordo com o que Alá revelou, e não sigais
os caprichos delas, afastando-se da verdade que vos foi revelada. Para cada um
de vós Alá indicou a lei e apontou um caminho. Se Alá tivesse assim desejado,
faria de vos uma única nação. Entretanto Ele desejou testar-vos em tudo que vos
concedeu. Assim, deveis competir uns com os outros em boas ações. Por vontade
de Alá todos vós devereis retornar e, então, Ele vos revelará (a verdade) sobre
as matérias nas quais vós divergis. (Alcorão 5-48)
O Movimento de
Resistência Islâmica é um elo da corrente da jihad contra a invasão sionista.
Acha-se conectado e vinculado ao (corajoso) levante do mártir “Izz Al-Din
Al-Kassam e sua irmandade, os combatentes da jihad da Irmandade Muçulmana no
ano de 1936. Em seguida está relacionado e conectado a outro elo, a jihad dos
palestinos, o empenho e a jihad da Irmandade Muçulmana na guerra de 1948,
e às operações da jihad da Irmandade Muçulmana de 1968 em diante. Apesar de que
tais ligações estejam distantes e apesar de que a continuidade da jihad foi
interrompida por obstáculos colocados no caminho dos combatentes da jihad por
aqueles que gravitam na órbita do sionismo, o Movimento de Resistência Islâmica aspira
concretizar a promessa de Alá, não importando quanto tempo levará. O Profeta,
que as bênçãos e a paz de Alá recaiam sobre ele, disse; “A hora do julgamento
não chegará até que os muçulmanos combatam os judeus e terminem por mata-los e
mesmo que os judeus se abriguem por detrás de árvores e pedras, cada árvore e
cada pedra gritará: Oh! Muçulmanos, Oh! Servos de Alá, há um judeu por detrás
de mim, venha e mate-o, exceto se se tratar da árvore Gharkad, porque ela é uma
árvore dos judeus.” (registrado na coleção de Hadith de Bukhari e Muslim).
O Lema do Movimento de
Resistência Islâmica
Art. 8º Alá é a
finalidade, o Profeta o modelo a ser seguido, o Alcorão a Constituição, a Jihad
é o caminho e a morte por Alá é a sublime aspiração.
Capítulo II
Os Fins – Causas e
Objetivos
Art. 9º O Movimento de
Resistência Islâmica se encontra num período em que o Islã se acha ausente da
vida diária. Consequentemente, o equilíbrio está rompido, conceitos se acham
confusos, valores se acham alterados, as pessoas más galgaram o poder, a
injustiça e a escuridão prevalecem, covardes se tornaram tigres, a pátria foi
usurpada, o povo expulso e se encontra errante em todos os países do mundo. O
governo dos justos está ausente, e prevalece o império da falsidade. Nada se
acha no devido lugar. Pois, quando o Islã está ausente, tudo se acha
modificado. Essas são as causas.
No que toca aos
objetivos, compreendem o combate à falsidade, derrota-la e elimina-la, de forma
que os justos venham a imperar. A pátria deve retornar (aos seus verdadeiros
donos), e do
alto das mesquitas tocará a conclamação para as orações, anunciando o
surgimento do império do Islã, de maneira que as pessoas e as coisas
retornem aos seus devidos lugares. De Alá buscamos o socorro.
“Se Alá não promovesse
a defesa de um grupo de pessoas diante das outras, a terra, certamente, se
encontraria em estado de desordem. Alá é o mais bondoso de todos os seres.”
(Alcorão 2-251)
Art. 10 O Movimento de
Resistência Islâmica – enquanto marcha adiante – oferece ajuda a todos os
perseguidos e protege os oprimidos com toda a sua força. Não mede esforços para
fazer sobressair a verdade e erradicar a mentira, tanto com palavras como com
ações concretas, aqui e em qualquer lugar que possa chegar e exercer sua
influência.
Capítulo III
Estratégia e Meios
A Estratégia do
Movimento de Resistência Islâmica
A Palestina é um Wakf islâmico (propriedade concedida, doada)
Art. 11 O Movimento de Resistência Islâmica sustenta que a Palestina
é um território de Wakf, (legado hereditário) para todas as gerações de
muçulmanos, até o Dia da Ressurreição. Ninguém pode negligenciar essa terra,
nem mesmo uma parte dela, nem abandoná-la, ou parte dela. Nenhum Estado Árabe,
ou mesmo todos os Estados Árabes (juntos) têm o direito de fazê-lo; nenhum Rei
ou Presidente tem esse direito, nem tampouco todos os Reis ou Presidentes
juntos, nenhuma organização, ou todas as organizações juntas – sejam elas
palestinas ou árabes – têm o direito de fazê-lo, porque a Palestina é
território Wakf, dado para todas as gerações de muçulmanos, até o Dia da
Ressurreição.
Esse é o status legal da terra da Palestina de acordo com a Lei
Islâmica. A esse respeito, é igual a quaisquer outras terras que os muçulmanos
tenham conquistado pela força, porque os muçulmanos a consagraram, à época da
conquista, como legado hereditário para todas as gerações de muçulmanos, até o
Dia da Ressurreição. Assim ocorreu quando foi completada a conquista de
Al-Sha’m (8) e do Iraque, e os Comandantes dos exércitos muçulmanos enviaram
mensagens ao Califa ‘Umar b. Al-Khattab, pedindo instruções a respeito das
terras conquistadas – dividi-las entre as tropas ou deixa-las em mãos dos seus
proprietários, ou proceder de outra forma.
Depois de discussões e consultas entre o Califa “Umar b. Al-Khattab
e os Companheiros do Profeta, ficou decidido que as terras deveriam permanecer
em mãos dos proprietários (originais) para se beneficiarem de suas colheitas,
mas a terra, isto é, a terra em si, deveria constituir um Wakf, (legado
hereditário) para todas as gerações de muçulmanos, até o Dia da Ressurreição. A
posse dos proprietários é somente um usufruto. Esse Wakf existirá enquanto
existirem os céu e a terra. Qualquer ato que não esteja de acordo com essa Lei
Islâmica em relação à Palestina é nulo e revogado.” Essa é a única verdade. Por
isso, Louvai o Grande Nome do Senhor.” (Alcorão 56 –95/96).
Pátria e Nacionalismo
Segundo o Movimento de Resistência Islâmica
Art. 12 Nacionalismo
(9), segundo o Movimento de Resistência Islâmica, é parte do credo religioso
(islâmico). Não existe nada que fale mais eloquentemente e mais profundamente
de nacionalismo do que se segue quando o inimigo usurpa território muçulmano,
quando travar a Jihad e confrontar o inimigo se torna um dever pessoal de cada
muçulmano, homem e mulher. Uma mulher pode sair para lutar contra o inimigo
(mesmo) sem a permissão do marido e um escravo sem a permissão do seu senhor.
Não existe nada igual
em qualquer outro sistema político – é um fato indiscutível. Enquanto vários
outros (ideologias nacionalistas) nacionalismos se baseiam em fatores físicos,
humanos e regionais, o nacionalismo do Movimento de Resistência Islâmica é
caracterizado por todos os fatores acima e mais – e o mais importante – é
caracterizado por motivos divinos que promovem um pacto entre esse
nacionalismo, o espírito e a vida, desde que se torna relativo à fonte do
espírito e a Ele que dá a vida. (O Movimento de Resistência Islâmica) está
levantando a bandeira divina nos céus da pátria, de modo a criar laços
indissolúveis entre o firmamento e a terra.
Quando Moisés chegou e
bateu com seu bastão
Tanto o mago e a magia
deixaram de ter valor.
“O caminho certo surge
claramente do erro; por isso quem renuncia à falsidade e crê em Alá, é como
agarrar firmemente um apoio, que nunca se quebra, e Alá tudo ouve e vê.”
(Alcorão 2 – 256).
Soluções Pacíficas,
Iniciativas e Conferências Internacionais
Art. 13 As iniciativas,
as assim chamadas soluções pacíficas, e conferências internacionais para
resolver o problema palestino se acham em contradição com os princípios do
Movimento de Resistência Islâmica, pois ceder uma parte da Palestina é
negligenciar parte da fé islâmica. O nacionalismo do Movimento de Resistência
Islâmica é parte da fé (islâmica). É à luz desse princípio que seus membros são
educados e lutam a jihad (Guerra Santa) a fim de erguer a bandeira de Alá sobre
a pátria.
“E Alá tem total
controle sobre Seus feitos; mas muita gente não sabe.” (Alcorão 12-21)
De tempos em tempos
surge uma convocação de uma conferência internacional a fim de buscar uma
solução para o problema (palestino). Alguns aceitam (a proposta), outros a
rejeitam, por uma razão ou outra, exigindo o cumprimento de alguma condição ou
de condições prévias antes da concordância com a conferência ou para dela
participar. Entretanto, o Movimento de Resistência Islâmica – estando
familiarizado com as partes intervenientes na conferência, e com suas posições
no passado e no presente, em matérias que dizem respeito aos muçulmanos – não
acredita que tais conferências possam satisfazer as suas demandas ou restaurar
os direitos (dos palestinos), ou trazer benefício para os oprimidos. Tais
conferências não passam de um meio para dar poder aos hereges para se
instituírem como árbitros sobre terras muçulmanas, e quando foi que infiéis,
hereges, tiveram posições equilibradas para com os fiéis observantes?
“Os judeus nunca
ficarão contentes, tampouco os cristãos, ao menos que se siga a religião deles.
Dizei: ‘A orientação de Alá é a orientação certa.” Mas se seguirdes os desejos
deles, depois de saberdes quem foi que veio até vós, então não tereis a
proteção e a guarda se Alá.” (Alcorão 2- 120).
Não há solução para o problema palestino a não ser pela jihad
(guerra santa).
Iniciativas de paz, propostas e conferências internacionais são perda
de tempo e uma farsa. O
povo palestino é muito importante para que se brinque com seu futuro, seus
direitos e seu destino. Como consta do Hadith: “O povo de Al-Sha’m é o açoite
(de Alá) na Sua terra. Por meio dele, Ele se vinga de quem Ele quer, dentre os
Seus servos. Os hipócritas não podem ser superiores aos crentes, e devem morrer
em desgraça e aflição.” (registrado por Al-Tabarani, que se acha em linha com
Maomé, e por Ahmad (Ibn Hanbal), que se possui uma linha incompleta com Maomé,
e que pode ser o registro mais preciso, podendo ser confiáveis, em ambos os
casos, a transmissão das palavras do Profeta – Alá, por si, é onisciente).
Os Três Círculos
Art. 14 O problema da
libertação da Palestina envolve três círculos: o círculo palestino, o círculo
(pan-árabe) e o círculo islâmico. Cada um desses três círculos tem o seu papel
na luta contra o sionismo e tem seus deveres. É um grave erro e uma vergonhosa
ignorância descartar qualquer um dos círculos, porque a Palestina é uma terra
islâmica. Nela se encontra a primeira das duas kiblas (a orientação da posição
das rezas) e a terceira das mais sagradas mesquitas, depois das Mesquitas de
Meca e de Medina. É o destino da jornada noturna do Profeta.
“Louvai a Ele que
transportou seu servo, durante a noite, da mais sagrada mesquita para a mais
distante mesquita, e cuja vizinhança Ele abençoou, a fim de mostrarmos a Ele os
sinais de nossa presença. Ele é o único que tudo ouve e tudo vê.” (Alcorão
17-1)
Diante desse fato, a
libertação da palestina é uma obrigação pessoal de cada muçulmano, onde
estiver. É nessas condições que se deve considerar o problema, e cada muçulmano
deve compreende-lo. Quando o dia chegar, e o problema é tratado nessas bases, e
toda a capacidade desses três círculos é mobilizada – as circunstâncias atuais
serão modificadas e o dia da libertação estará próximo.
“Vós infligis mais medo
nos corações dos judeus do que o próprio Alá, porque eles são pessoas que não
entendem” (Alcorão 59-13).
A Jihad (guerra santa)
para Libertação da Palestina é um Dever
Art. 15 No dia em que o inimigo conquista alguma parte da terra
muçulmana, a jihad (guerra santa) passa a ser uma obrigação de cada muçulmano.
Diante da ocupação da Palestina pelos judeus é necessário levantar a bandeira
da jihad (guerra santa). Isso exige a propagação da consciência islâmica nas
massas, localmente (na Palestina), no mundo árabe e no mundo islâmico. É
necessário instilar o espírito da jihad (guerra santa) em toda a nação, reunir
todas as fileiras dos combatentes da jihad (guerra santa) envolvendo os
inimigos.
A campanha de
indoutrinação deve envolver a ulama (o conselho dos sábios), educadores,
professores e especialistas em comunicação e mídia, bem como os intelectuais,
especialmente os jovens e os Sheiks dos movimentos islâmicos. Faz-se (também)
necessário introduzir mudanças essenciais nos currículos, a fim de eliminar as
influências da invasão intelectual infligida pelos orientalistas e
missionários. Essa invasão foi introduzida na região depois que Salah Al-Din
Al-Ayyubi derrotou as Cruzadas. As Cruzadas chegaram à conclusão de que era
impossível eliminar os muçulmanos, a menos que o caminho tivesse sido
pavimentado por uma invasão intelectual, que faria confundir o pensamento (dos
muçulmanos), distorcer seu legado e impugnar seus ideais. Somente depois disso
(da invasão intelectual) poderia seguir a invasão das tropas. Isso (a invasão
intelectual) prepararia o terreno para a invasão colonialista, como (o General)
Allemby declarou, depois de entrar em Jerusalém: “Agora as Cruzadas chegaram ao
fim.”. O General Gouraud disse diante do túmulo de Salah Al-Din Al-Ayyubi:
“Oh!, Salah Al-Din, estamos de volta!”. O colonialismo ajudou a intensificar a
invasão intelectual, e ajudou-a a fincar raízes. E ainda o faz. Tudo isso
pavimentou o caminho para a perda da Palestina.
É necessário colocar nas mentes de todas as gerações de muçulmanos
que o problema da Palestina é um problema religioso, e que assim deve ser
tratado, pois (a Palestina) contém lugares sagrados islâmicos, a mesquita de Al
Aksa, que está inseparavelmente ligada, enquanto durarem o céu e a terra, à
sagrada mesquita de Meca, devido á vigem noturna do Profeta (da mesquita de
Meca à de Al Aksa), e a sua consequente ascensão ao céu.
“Colocar-se a serviço
de Alá por um dia é melhor do que o mundo inteiro, com tudo que nele existe, e
ter cada um de vós, combatentes da jihad, açoitados no Paraíso, é melhor do que
o mundo inteiro com tudo que nele se encontra. Cada ato pela manhã e a cada ato
à tarde, realizados pelos muçulmanos em prol de Alá é melhor do que o mundo
inteiro com tudo o que nele se encontra.” (registrado na coleção de Hadith de
Bukhari, Muslim, Tirmidhi e Ibn Maja).
“Em Seu nome, que
guarda a alma de Maomé em Suas mãos, quero me lançar no ataque em prol de Alá,
e ser morto, para atacar de novo e ser morto, e atacar de novo e ser morto”
(Registrado na coleção de Hadith de Bukhari e Muslim).
Educando as Próximas
Gerações
Art. 16 É necessário
educar as próximas gerações, em nossa região, dentro dos caminhos islâmicos,
com base no cumprimento das obrigações religiosas, com acurado estudo do Livro
de Alá, estudar a sunna (os costumes) do Profeta, com a leitura atenta da
história e legado islâmicos, mas baseados em fontes confiáveis, e submetidos às
instruções de especialistas e entendidos, com metodologia competente que
ensinem a visão global do pensamento e da fé. Ademais, é necessário um apurado
estudo do inimigo, suas condições humanas, e capacidade de ação, para ficar
familiarizado com suas fraquezas e seus poderes, para conhecer as forças que o
ajudam e apoiam. Também é necessário ficar a par dos acontecimentos, acompanhar
os novos desenvolvimentos e estudar as análises e comentários relativos ao
inimigo. Também se faz necessário planejar para o futuro, estudando cada um e
todos os fenômenos, de maneira que os muçulmanos que se dediquem à jihad
(guerra santa) possam viver com completo e total conhecimento de seus fins e
seus objetivos, e caminho a seguir, e com total conhecimento do que está
ocorrendo em sua volta.
“Oh! Meu filho! Mesmo
que (uma coisa) tenha o peso de um grão de mostarda, esteja sobre uma rocha, ou
nos céus ou na terra, Alá a fará trazer diante de Sua presença. Alá é capaz de
discernir a menor coisa, Ele é onisciente. Oh! Meu filho! Mantenha-te orando e
aproveite o que é bom e proíba todo o mal, e mantenha-te nesse caminho, frente
a qualquer circunstância que te possa abater; seguramente isso (o
comportamento) vale manter com firmeza. Não vire a cara com desprezo ao teu
povo; não ande com arrogância na terra. Alá não ama o arrogante e o
presunçoso.” (Alcorão, 31 – 16/18)
O Papel da Mulher
Muçulmana
Art. 17 O papel da
mulher muçulmana na Guerra da Libertação não é menos importante do que a do
homem, porque ela é que faz o homem. O papel delas na orientação e educação da
nova geração é muito importante. Os inimigos (entenderam) o papel dela, e
pensam que, educando-a de acordo com as ideias deles, afastando-a do Islã,
terão ganho a guerra. Vereis, portanto, que, continuadamente, desenvolvem
grandes esforços (nesse sentido) pela mídia, no cinema, nos currículos
escolares, por meio de seus agentes, incorporados em organizações sionistas,
que assumem variados nomes, tais como Maçons Livres, Rotarys Clubes, grupos de
espionagem, etc., todos sendo covis de sabotagem e sabotadores. Tais
organizações sionistas dispõem de abundantes recursos materiais, que lhes
permitem fazer o jogo delas nas mais variadas sociedades, com a finalidade de
levar a cabo seus objetivos, enquanto o Islã ficar afastado (de sua fé). Os
seguidores do Movimento Islâmico (10) devem fazer a sua parte, enfrentando os
esquemas desses sabotadores. Quando o Islã estiver no leme, fará erradicar todas essas
organizações, pois são hostis à humanidade e ao Islã.
Art. 18 A mulher no lar
e na família jihadista, seja mãe ou irmã, tem a função principal de cuidar da
casa, educando as crianças de acordo com as ideias morais e valores inspirados
pelo Islã, ensinando-as a cumprir com os deveres religiosos na preparação para
a jihad (guerra santa) que as espera. Assim, é necessária acurada atenção com
as escolas nas quais as meninas muçulmanas são educadas, bem como sobre o
currículo, de forma que elas cresçam, preparando-se para serem boas mães,
conscientes do seu papel na guerra de libertação. As meninas devem receber
adequados conhecimentos para compreenderem os cuidados com as tarefas
domésticas; a economia e como evitar desperdícios nas despesas domésticas são
requisitos para se capacitarem a um comportamento adequado nas atuais difíceis
circunstâncias. As meninas devem ter consciência de que os recursos disponíveis
são como o sangue que deve fluir somente nas veias, para que a vida continue,
tanto na juventude com na velhice.
“Os homens e as
mulheres muçulmanos, os homens e as mulheres crentes, os homens e as mulheres
confiáveis, os homens e as mulheres que preservam as tradições, os homens e
mulheres caridosas, os homens e mulheres que se mantêm firmes em seus
caracteres, os homens e mulheres que mantêm a castidade, os homens e mulheres
que lembram de Alá constantemente – para eles Alá concederá seu perdão e uma
grande recompensa.” (Alcorão 33 35).
O Papel da Arte
Islâmica na Guerra de Libertação
Art. 19 A arte possui
regras e padrões por meio das quais é possível determinar se é islâmica ou
pagã. A libertação islâmica necessita da arte islâmica, que eleva o espírito
sem destacar um aspecto da natureza humana frente a outro aspecto, mas, pelo
contrário, eleva todos os aspectos em perfeito equilíbrio e harmonia. O homem é
uma criatura maravilhosa e única, feito de um punhado de argila e do sopro do
espírito. A arte islâmica vai ao encontro do homem nessas bases, enquanto a
arte pagã destaca o corpo físico e dá predominância ao componente da argila.
Os livros, artigos,
panfletos, sermões, epístolas, canções tradicionais, poemas, cantos
patrióticos, peças, etc. – detendo as características da arte islâmica, são
meios necessários para a doutrinação. Constituem uma auto-renovação do alento
para a continuação da jornada, refrescando o espírito, pois a estrada é longa,
o sofrimento é grande e alma acaba fatigada. A arte islâmica renova as
energias, revive a emoção e desperta a alma para elevados ideais e condutas
sadias.
Nada pode curar a alma
se ela se retrai, vagando de um lado para outro.
Tudo isso é extremamente sério e não uma brincadeira, porque uma
nação engajada numa jihad (guerra santa) não conhece brincadeiras.
Solidariedade Social
Art. 20 A sociedade
muçulmana se caracteriza pela solidariedade. O Profeta, que as bênçãos e a paz
de Alá estejam sobre ele, disse: “Abençoados sejam os da tribo de Banu
Al-Ash’ar. Quando atingidos pela seca – tanto numa cidade ou na caminhada –
reúnem tudo que têm e dividem entre si em partes iguais.” Esse é o espírito
islâmico que deve existir em cada sociedade islâmica. Uma sociedade que está
enfrentando um inimigo perverso, com comportamento nazista, que não faz
distinção entre homens e mulheres, entre velhos e jovens, tem maior necessidade
de se comportar dentro desse espírito islâmico (de solidariedade). Nosso
inimigo usa a punição coletiva, desapossando as pessoas de suas casas e posses.
Ele persegue as pessoas até nos seus locais de exílio, quebrando os ossos,
atirando nas mulheres, crianças e velhos, com ou sem motivo. O inimigo
construiu campos de detenção para neles aprisionar milhares e milhares (de
pessoas) em condições desumanas, tudo isso além de destruir as suas casas,
tornar as crianças órfãs, e injustamente condenando jovens a despender os
melhores anos de sua juventude em prisões escuras. O nazismo dos judeus é
dirigido contra tanto contra mulheres como contra crianças. O terror que
espalham é dirigido contra qualquer um. O inimigo combate as pessoas para
destruir suas vidas, roubar seu dinheiro e esmagar a sua dignidade. Tratam as
pessoas como os piores criminosos de guerra. A deportação dos respectivos lares
é uma forma de assassinato. Diante de tal comportamento, devemos demonstrar
solidariedade social entre nós, e devemos enfrentar o inimigo como um corpo
unido, e que, quando um membro sofre os demais reagem despertos e
fervorosamente.
Art. 21 Solidariedade
social significa ajudar a todo necessitado, seja material ou moralmente,
estando presente para completar um trabalho. Os membros do Movimento de
Resistência Islâmica devem olhar os interesses das massas como os seus
próprios, e não devem medir esforços para satisfaze-las e protegê-las. Devem
evitar ser negligentes em matérias que afetem as futuras gerações ou que causem
prejuízos à sociedade. As massas devem ser do interesse dos membros do Hamas e
devem trabalhar por elas, porque o fortalecimento das massas é o fortalecimento
do Hamas, o futuro delas é o futuro do Hamas. Os membros do Movimento de
Resistência Islâmica devem estar com o povo nos momentos de alegria e na
tristeza. Devem cuidar das demandas das massas e esforçarem-se para servir aos
interesses das massas, que são os deles mesmo. Quando tal espírito está
presente, a amizade se aprofunda, havendo consequentemente cooperação e
empatia, a unidade aumentará e as fileiras serão reforçadas para enfrentar os
inimigos.
As Forças que Apoiam o
Inimigo
Art. 22 Os inimigos têm
feito planejamento inteligente e cuidadoso, durante muito tempo, a fim de
chegar ao ponto em que chegaram, com emprego de métodos que afetam o curso dos
acontecimentos. Dedicam-se a acumular imensos recursos financeiros que empregam
para realizar os sues sonhos.
Com dinheiro assumem o
controle da mídia mundial – agências de notícias, jornais, editoras, serviços
de radiodifusão, etc. Com dinheiro promovem revoluções em vários países mundo
afora, para servir aos seus interesses e obter lucros. Estiveram por detrás da
Revolução Francesa e da Revolução Comunista e se acham por detrás da maioria
das revoluções de que ouvimos falar, de tempos em tempos, aqui e ali. Com
dinheiro criaram organizações secretas, em todo o mundo, a fim de destruir as
sociedades respectivas e servir aos interesses sionistas, organizações tais
como os Maçons Livres, Rotary Clubes, Lions, os Filhos da Aliança (B’nei
Brith), etc. Todas essas organizações servem para fazer espionagem e sabotagem.
Com dinheiro foram capazes de assumir o controle dos países colonialistas, e os
instigaram a colonizar muitos outros países, de forma a explorar os recursos de
cada país e lá espalhar a corrupção moral.
Não há um fim para
dizer tudo sobre o envolvimento do inimigo sionista em guerras localizadas e
guerras mundiais. Estiveram por detrás da Primeira Guerra Mundial, por meio da
qual obtiveram a destruição do Califado Islâmico, tiveram altos
ganhos materiais, passaram a controlar numerosos recursos naturais, obtiveram a
Declaração Balfour e criaram a Liga das Nações Unidas (assim no original), para
poder governar o mundo por meio dessa Organização. Estiveram, também, por
detrás da Segunda Guerra Mundial, através da qual juntaram um tremendo lucro
com o comércio de materiais de guerra e abriram o caminho para o
estabelecimento do seu Estado. Os sionistas também propuseram a criação das
Nações Unidas e o Conselho de Segurança em substituição da Liga das Nações Unidas
(sic), para governar o mundo. Onde há uma guerra no mundo eles se encontram
acionando os cordéis por detrás das cortinas. “Quando acendem o fogo da guerra,
Alá o extingue. Eles se esforçam para espalhar o mal na terra, mas Alá não ama
aqueles que praticam o mal” (Alcorão, 5 – 64).
As potências colonialistas, tanto do ocidente capitalista como do
oriente comunista, apoiam o inimigo com toda a sua força, seja materialmente
seja com mão de obra, alternando um ou outro. Quando o Islã aparece, todas as
forças dos infiéis se unem em oposição, porque todos infiéis constituem uma só
dominação.
“Oh! Vós que credes,
não tomeis como amigos alguém fora se vossas fileiras, porque não medirão
esforços para vos fazer o mal. Desejam aquilo que vos causai sofrimento. O ódio
sai das suas bocas, mas o que escondem em seus corações é ainda pior. Nós vos
apresentamos sinais bastante claros, se compreenderdes.” (Alcorão, 3 – 118).
Não é por acaso que esse versículo termina com Suas palavras “se
compreenderdes”.
Capítulo IV
Nosso Posicionamento
A – Os Movimentos
Islâmicos
Art. 23 O Movimento de
Resistência Islâmica vê, com todo respeito e apreço, os demais movimentos
islâmicos, mesmo que tenha divergências com os mesmos em alguns aspectos e ideias,
mas tem concordâncias com eles em muitos outros aspectos e ideias, e os
consideram, enquanto suas intenções forem boas e forem devotos de Alá – como
dentro do direito de legítima opinião, isto é, enquanto suas respectivas ações
se situarem dentro do círculo islâmico. Todo aquele que se esforça em prol da
verdade receberá sua recompensa.
O Movimento de
Resistência Islâmica considera tais movimentos como um reforço, e suplica a Alá
para guiar-nos e orientar-nos. Nunca esquece de, constantemente, levantar a
bandeira da unidade e de se esforçar, permanentemente para alcançar a unidade
de acordo com o Alcorão e a sunna. “Deveis vos manter firmemente agarrados á
corda que Alá vos oferece, todos vós. Não vos dividais entre si, e lembrai-vos
de que Alá ficará a vosso lado. Caso sejais inimigos uns dos outros, Ele
juntará vossos corações, e por meio Dele vos tornareis irmãos. Vos encontráveis
num grande incêndio e Ele vos salvou. Assim, Alá mostra Seus feitos, de forma
que possais seguir o caminho correto.” (Alcorão3 –103) (11)
Art. 24 O Movimento de
Resistência Islâmica não permite que o nome de um indivíduo seja vetado ou
ofendido, porque verdadeiros muçulmanos não vetam ou xingam os outros. Deve ser
feita uma clara distinção entre isso e posições ou comportamentos, porque o
Movimento de Resistência Islâmica deve ter o direito de expor erros e evitar
que as pessoas os cometam, e se esforçar com afinco para tornar a verdade
conhecida e adotada de forma imparcial em todas as situações. Os muçulmanos
buscam a sabedoria, e a agarram onde a puderem encontrar. (12)
“Alá não gosta quando
as pessoas falam mal uma das outras, e em público, exceto daqueles que tenham
pecado. Alá tudo ouve e tudo sabe. Quando vós fazeis o bem, seja em público ou
secretamente, ou perdoais algo de errado (que lhes fizeram), seguramente Alá
vos estará perdoando, pois é Onipotente.” (Alcorão 4 – 148/149)
B – Os Movimentos
Nacionalistas na Arena Palestina
Art. 25 O Movimento de
Resistência Islâmica respeita e aprecia as condições que envolvem e afetam os
outros movimentos. Apoia a todos enquanto não prestam obediência ao Leste
Comunista e aos Cruzados do Ocidente, e enfatiza a todos os seus (deles)
membros e a todos que os apoiam, que o Movimento de Resistência Islâmica é um
movimento ético jihadista, consciente em sua visão mundial e no tratamento com
os outros movimentos. Abomina o oportunismo, deseja somente o bem para as
pessoas, enquanto indivíduos ou grupos, e não se dedica a obter lucros
materiais ou fama para si. Não busca a recompensa das pessoas, e segue em
frente com seus próprios recursos e com o que tem em mão. “Juntais contra eles
todas as forças que podeis.” (Alcorão, 8:60), a fim de levardes adiante vossos
deveres e que conquistais a graça de Alá. O Movimento de Resistência Islâmica
não tem outro escopo senão este.
E reafirma a todos os
grupos nacionalistas, de todas as orientações, operando na Palestina, de que
não deve ocorrer outra coisa senão o apoio e a ajuda para todos eles, com
palavras e ações, no presente e no futuro. Reúne a todos e não busca a
separação, preserva a unidade e não a dispersão, une e não divide, valoriza
cada palavra, cada esforço sincero e cada palavra de louvor pelo esforço. Fecha
as portas diante dos desentendimentos. Não dá atenção a boatos e observações
tendenciosas, mas reserva-se o direto de se defender.
Tudo que se oponha ou
contradiz a essa orientação é fabricado pelo inimigo ou por seus lacaios a fim
de provocar confusão, dividir as fileiras e provocar distração com assuntos
laterais. “Oh! Vós que credes, se um mal intencionado lhe traz informação
(sobre alguém), deveis examiná-la cuidadosamente, para não atingir pessoas
(inocentes), devido a ignorância, para depois vos arrependerdes.” (Alcorão 49 –
6)
Art. 26 O Movimento de
Resistência Islâmica – observando favoravelmente, como o faz, os movimentos
nacionalistas palestinos, não se furta de discutir os novos desenvolvimentos a
respeito do problema da Palestina, no local ou na arena internacional, de
maneira objetiva, para ver em que extensão (tais desenvolvimentos) se coadunam,
ou não, aos interesses da causa segundo a visão islâmica.
C – A Organização para
a Libertação da Palestina
Art. 27 A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) está
junto do coração do Movimento de Resistência Islâmica, como um pai, um irmão ou
amigo, e um verdadeiro muçulmano não deve repelir seu pai, seu irmão ou seu
amigo. Nossa pátria é um só, nosso infortúnio é um só, nosso destino é um só e
enfrentamos o mesmo inimigo.
Devido às
circunstâncias que conduziram à criação da OLP, e (devido) à confusão intelectual
que imperava no mundo árabe, como resultado da invasão intelectual que estava
sendo feita desde a derrota das Cruzadas, e que passou a ser intensificada, e
continua a ser intensificada, pelas atividades de orientalistas e missionários
cristãos – a OLP decidiu adotar a ideia de um Estado Secular, e, assim, vemos a
OLP. A ideologia secularista se acha em total contradição com a ideologia
religiosa, e são as ideias que são as bases das posições, condutas e decisões.
Assim, com todo o nosso
apreço pela Organização para a Libertação da Palestina, e o que ela posa vir a
se tornar, e sem desprezar o seu papel no conflito árabe-israelí, não podemos
eliminar a identidade islâmica da Palestina, que é parte da nossa fé, e quem
negligencia essa fé está perdido. “Quem rejeita a religião de Abrahão é alguém
que ficou um tolo”. (Alcorão 2-130).
Quando a OLP adotar o Islã como seu meio de vida, então seremos as
suas tropas e o combustível para o seu fogo que consumirá o inimigo. Mas, até
que essa ocasião chegue – e rezamos para que ele não demore – a posição do
Movimento de Resistência Islâmica vis a vis a OLP é de um filho para com um
pai, de um irmão para com seu irmão, ou de um parente para com seus parentes.
Compartilha dos sofrimentos do outro quando é atingido por uma tormenta, e o
apoia diante do inimigo, e faz votos que encontre a orientação divina e siga o
caminho certo.
Vosso irmão, vosso
irmão antes dos outros!
Quem não tem um irmão é
igual a alguém que vai para a guerra sem uma arma.
Vosso primo, deveis
conhecer a força de suas asas.
Por que, como pode um
falcão levantar voo sem asas? (13).
D – Estados e Governos
Árabes e Islâmicos
Art. 28 A invasão
sionista é uma invasão cruel que não possui quaisquer escrúpulos e utiliza
métodos viciados e vilãos para atingir seus objetivos. Nas suas operações de espionagem
e infiltração, se apoia em organizações secretas, que cresceram fora do seu
âmbito, tais como os Maçons Livres, Rotary Clubes, Lions e outros grupos de
espionagem do mesmo tipo. Todas essas organizações, secretas ou abertas, operam
pelos interesses do sionismo e sob sua direção, e suas finalidades consistem em
enfraquecer as sociedades, minar seus valores, destruir a honra das pessoas,
introduzir a degradação moral e aniquilar o Islã. O sionismo se encontra por
detrás de todo tipo de tráfico de drogas e do álcool, para facilitar o seu
controle e sua expansão.
Exigimos que os países árabes em torno de Israel abram as suas
fronteiras aos árabes e muçulmanos combatentes da Jihad, a fim de cumprirem sua
parte, juntando suas forças às forças dos seus irmãos – a Irmandade Muçulmana
na Palestina. Dos demais países árabes e muçulmanos, exigimos que, no mínimo,
facilitem a passagem através de seus territórios dos combatentes da Jihad.
Não podemos deixar de
lembrar a cada muçulmano que, quando os judeus ocuparam o Lugar Sagrado (i.e –
Jerusalém), em 1967, e se postaram diante da abençoada Mesquita de Al-Aksa,
gritaram: “Maomé está morto, sua descendência é de mulheres”. Com isso, Israel,
com sua identidade judaica e o povo judeu estão desafiando o Islã e os
muçulmanos. Que a covardia não conheça descanso.
E – Grupos
Nacionalistas e Religiosos, Intelectuais e o Mundo Árabe e Muçulmano
Art. 29 O Movimento de
Resistência Islâmica espera que tais grupos estejam sempre prontos para ajudar,
mas, em qualquer circunstância, lhes dará ajuda, apoiará seus posicionamentos,
dará suporte às atividades deles e terá todo empenho na busca de apoio para
eles, de forma que cada cidadão muçulmano seja uma reserva de apoio e reforço
para o Movimento, e que disponibilizem profundo apoio estratégico em termos de
recursos humanos e materiais e em informação, a qualquer tempo e em qualquer
lugar. Deve ser atingido por meio de conferências, panfletos ideológicos e pela
doutrinação das massas com relação ao problema palestino – o que estão
enfrentando e o que é plantado contra eles. Da mesma forma devem tais grupos
trabalhar para mobilizar cada muçulmano ideologicamente, educacionalmente e
culturalmente, de modo a que tenha o seu papel na decisiva guerra de
libertação, assim como tiveram participação importante na derrota das Cruzadas,
na expulsão dos mongóis, salvando, assim, a civilização humana. Isso não é difícil
para Alá.
“Alá disse: ‘EU e Meu
Mensageiro acabaremos prevalecendo.’ Alá é forte e todo-poderoso” (Alcorão,
58-21)
Art. 30 Escritores,
intelectuais, profissionais da mídia, pregadores nas mesquitas, educadores e
todos os demais setores do mundo árabe e islâmico são convocados a desempenhar
seu papel e a cumprir com seu dever. (Isto é necessário) Devido à ferocidade do
assalto sionista e devido ao fato de ter-se infiltrado em muitos países, e
assumido o controle das finanças e da mídia – com todas as ramificações que daí
decorrem – na maioria dos países do mundo.
A jihad não se limita a pegar em armas e combater o inimigo cara a
cara, pois palavras eloquentes, escritos que persuadem, livros que efetivamente
cumprem com sua finalidade, o apoio e a ajuda – tudo leva a desempenhar a
sincera intenção de levantar a bandeira de Alá e faze-la reinar suprema – tudo
isso é a jihad em prol de Alá.
(O Profeta disse: “Quem
prepara um guerreiro com todas as armas para lutar por Alá é (também) um
guerreiro, e quem dá apoio à família de um guerreiro (que saiu para combater
por Alá) é, também, um guerreiro.” (registrado por Bukhari, Muslim, Abu Da’ud e
Tirmidhi na suas coleções de Hadith).
F – Fiéis de Outras
Religiões
O Movimento de
Resistência Islâmica é um Movimento Humano
Art. 31 O Movimento de
Resistência Islâmica é um Movimento humano que respeita os direitos humanos e
se acha comprometido com a tolerância islâmica para com os seguidores de outras
religiões. Mostra-se hostil apenas para com aqueles seguidores de outras
religiões que fazem hostilidades para com o Movimento, ou que se colocam em seu
caminho, impedindo suas atividades e prejudicando os seus esforços. Sob as asas do
Islã, os seguidores das três religiões – Islã, Cristianismo e Judaísmo – podem
coexistir em segurança e a salvo. Somente sob o manto do Islã é que a
salvaguarda e a segurança imperam. A história antiga e a recente dão
provas disso. Os seguidores de outras religiões devem parar de competir com o
Islã pela soberania nesta região, porque quando eles governam, ocorrem atos de
assassinatos, torturas e deportações, e não permitem que outras religiões
possam ter seu curso. Tanto o presente como o passado estão cheios de provas
disso.
“Não vos dão combate, a
não ser de dentro de vilas fortificadas, ou por detrás dos muros. Eles lutam
ferozmente uns com os outros. Vós os considerais unidos, mas os corações deles
estão divididos, pois são um povo sem sentido”. (Alcorão, 59-14).
O Islã está de acordo
com os direitos de cada pessoa, e evita qualquer infração aos direitos de
outras pessoas. As medidas que os sionistas-nazistas adotam contra o nosso povo
não vão conseguir prolongar a duração da sua invasão, porque o governo da
injustiça não dura uma hora sequer, enquanto o governo da verdade dura até a
Hora da Ressurreição.
“Alá não vos proíbe de
demonstrardes bondade e que agis com justiça para com aqueles que não vos
combatem por conta de vossa religião, e não vos retirais das casas deles. Alá
ama quem age com justiça”. (Alcorão, 60-8)
G – As Tentativas para
Isolar o Povo Palestino
Art. 32 O sionismo
mundial e as potências colonialistas, por meio de manobras espertas e
meticuloso planejamento, tentam afastar os países árabes, um a um, do círculo
do conflito com o sionismo, a fim de, finalmente, conseguir isolar o povo
palestino. Já levaram o Egito para fora do círculo do conflito, em grande parte
através do traidor Acordo de Camp David (de setembro de 1978), e está tentando
arrastar outros países árabes para acordos semelhantes, de forma a ficarem fora
do círculo do conflito.
O Movimento de
Resistência Islâmica convoca todos os povos árabes e muçulmanos a lutarem
seriamente e diligentemente a fim de prevenir esse terrível esquema, bem alerta
as massas dos perigos inerentes à exclusão do círculo do conflito com o
sionismo. Hoje é a Palestina, e amanhã será algum outro país ou países, pois o
plano sionista não tem limites, e depois da Palestina pretenderão se expandir
do Nilo até o Eufrates, e quando terminarem de devorar uma área, estará famintos
para novas expansões, e assim por diante, indefinidamente. O plano deles está
exposto nos Protocolos dos Sábios de Sião, e o comportamento deles no presente,
é a melhor prova daquilo que lá está dito. Deixar o círculo do conflito com o
sionismo é um ato de alta traição; todos os que o fazem devem ser amaldiçoados.
“Quem (quando combatendo os infiéis) vira as costas para eles, ao menos que
seja uma manobra de batalha, ou para se juntar a outra companhia, incorre na
ira de Alá, e sua morada deverá ser o inferno. Seu destino será do maior
infortúnio.” (Alcorão, 8:16)
Todas as forças e toda
capacidade disponível devem ser reunidas para enfrentar os ferozes ataques dos
mongóis, nazistas, para impedir que a pátria seja perdida, o povo exilado, o
mal espalhado sobre a terra e todos os valores religiosos sejam destruídos.
Cada qual e todas as pessoas devem saber que são responsáveis perante Alá.
“Cada qual que faz um
peso mínimo de um grão de bem que seja, o verá; e cada qual que faz um peso
mínimo de um grão de mal, deverá vê-lo.” (Alcorão, 99: 7-8).
No círculo do conflito
contra o mundo sionista, o Movimento de Resistência Islâmica se vê como ponta
de lança ou como um passo à frente no caminho da vitória. Junta suas forças às
forças de todos que se encontram atuando na arena palestina. Aguarda agora
pelos passos a serem tomados pelo mundo árabe e islâmico. O Movimento de
Resistência Islâmica se acha muito bem qualificado para o próximo estágio da
luta contra os judeus, os instigadores das guerras.
“Planejamos a inimizade
e ódio entre eles (isto é, entre os judeus), até o Dia da Ressurreição. Toda
vez que eles acendem o fogo da guerra, Alá o extingue. Eles procuram espalhar o
mal sobre a terra, e Alá detesta quem faz o mal.” (Alcorão, 5:64)
Art. 33 O Movimento de
Resistência Islâmica – partindo de tais conceitos gerais, que se acham de
acordo e em harmonia com as leis da natureza, e seguindo a corrente do destino
divino para confrontação com os inimigos e a Jihad contra eles, em defesa dos
muçulmanos, da civilização islâmica e dos santuários islâmicos, sendo a
Mesquita de Al-Aksa a primeira – conclama os povos árabes e islâmicos e seus
governos, e suas ONGs e organizações oficiais, para respeitar a Alá em suas
atitudes para com o Movimento de Resistência Islâmica e no seu tratamento para
com ele. Devem agir para com o Movimento de Resistência Islâmica da forma como
Alá deseja, especialmente apoiando-o, mantendo-o, ajudando-o e continuamente
reforçando-o, até que a palavra de Alá seja cumprida. Então, todas as fileiras
estarão unidas, os combatentes da Jihad se juntarão aos outros combatentes da
Jihad, e as massas em todo o mundo islâmico acorrerão e responderão ao chamado
pelo cumprimento do dever, gritando: “Apressemo-nos para a Jihad”. Essa
conclamação penetrará nas nuvens do céu e continuará a soar até que a
libertação seja atingida, os invasores derrotados e a vitória de Alá seja
vista.
“Alá com certeza ajuda
quem O ajuda; Alá é forte e poderoso.” (Alcorão, 22:40)
Capítulo V
As Provas Históricas
Através das Gerações, com Vistas ao Enfrentamento dos Agressores.
Art. 34 A Palestina é o
centro da Terra e o ponto de encontro dos continentes; sempre foi o alvo dos
agressores gananciosos. Assim ocorreu desde os primórdios da história. O
Profeta, que receba a graça e a paz de Alá, assinalou esse fato em suas nobres
palavras com as quais se dirigiu ao exaltado companheiro, Um’adh Jabal,
dizendo: “Oh! Um’adh, Alá lhe concederá as Terras de Al-Sha’m após minha morte,
que vai de Al-‘Arish ao Eufrates. Seus homens, mulheres e o produto do trabalho
de suas mãos ficarão permanentemente nessas terras até o Dia da Ressurreição,
para todos aqueles que tenham escolhido viver em alguma parte da planície
costeira de Al-Sha’m ou Bayt Al-Makdis (Palestina), que se encontrará em
permanente estado de Jihad, até o Dia da Ressurreição.”
Os agressores cobiçaram a Palestina em muitas ocasiões. Foi atacada
com grandes exércitos tentando realizar suas gananciosas aspirações. Grandes
exércitos das Cruzadas vieram aqui, trazendo seu credo religioso e fincando
suas cruzes. Conseguiram derrotar os muçulmanos por um certo tempo, e os
muçulmanos só conseguiram reconquistar a região quando lutaram sob a bandeira
de sua própria religião, juntando as forças e gritando “Alá Akbar”, e se
empenharam na Jihad sob o comando de Salah Al-Din Al-Ayyubi, por cerca de duas
décadas, o que os conduziu a uma vitória retumbante: os Cruzados foram
derrotados e a Palestina foi libertada.
“Dizeis aos que não creem:
Sereis, sem dúvida, derrotados e reunidos no Inferno. O vosso lugar de descanso
será o mais terrível.” (Alcorão, 3:12)
Trata-se da única forma
de libertação, e ninguém pode duvidar do testemunho da história. Trata-se de
uma das leis do universo e leis da realidade. Somente o ferro pode romper o
ferro, e a falsa e fabricada fé dos inimigos somente pode ser vencida pela fé
verdadeira do Islã, porque a verdadeira fé religiosa não pode ser atacada senão
pela fé religiosa. E a verdade deverá triunfar porque a verdade é mais forte.
“Já demos Nossa Palavra
para Nossos servos, os mensageiros, e que serão ajudados até a vitória e que o
Nosso exército acabará triunfando.” (Alcorão, 37: 171 – 173)
Art. 35 O Movimento de
Resistência Islâmica estuda a derrota das Cruzadas nas mãos de Salah Al-Din
Al-Ayyubi, a consequente libertação da Palestina, bem como a derrota dos
Mongóis em Ayn Jalut e a destruição de sua força militar nas mãos de Qutuz e
Al-Zahir Baybars, livrando o mundo árabe da conquista dos mongóis, que destruiu
todos os aspectos da civilização humana. (14). [O Movimento de Resistência
Islâmica] estuda esses acontecimentos seriamente e extrai deles lições e
exemplos. A atual invasão sionista foi precedida pela invasão das Cruzadas do
Ocidente e pela invasão mongol do oriente. Se os muçulmanos enfrentaram essas
invasões, planejaram combatê-las e as derrotaram, podem (agora) confrontar a
invasão sionista e derrotá-la. Tal não é difícil para Alá, desde que as
intenções sejam sinceras e a decisão seja forte, e os muçulmanos extraiam as
boas coisas da experiência do passado, contenham as influências da invasão
intelectual e sigam os caminhos dos seus predecessores.
CONCLUSÃO: Os Soldados
(pela causa) do Movimento de Resistência Islâmica
Art. 36 O Movimento de
Resistência Islâmica, em sua marcha à frente, insiste em enfatizar a todos do
nosso povo, e dos povos árabes e muçulmanos, de que não busca fama para si
próprio, ou ganhos materiais, ou status social, e de que não se dirige contra
quem quer que seja do nosso povo, a fim de competir com alguém ou tomar-lhe o
lugar – nada desse teor. Não se opõe a qualquer muçulmano, ou a quaisquer
não-muçulmanos que tenham intenções pacíficas para com o nosso povo, aqui, (na
Palestina) ou em qualquer lugar. Sempre oferecerá nada mais do que ajuda a
todos os grupos e organizações que lutam contra o inimigo sionista e seus
lacaios.
O Movimento de Resistência Islâmica adota o Islã como seu modo de
vida. (O Islã) é seu credo e sua lei. (Qualquer grupo que) adotando o Islã como
seu modo de vida, aqui ou onde for – seja uma organização, uma associação,
estado ou qualquer outro grupo – o Movimento de Resistência Islâmica o servirá
como seu soldado. Pedimos a Alá que nos guie, que guie (os outros) por nosso
intermédio, e que faça o julgamento entre nós e nosso povo com a verdade “Oh,
Senhor, julgai entre nós e nosso povo com a verdade. Sois o melhor dos juízes.”
(Alcorão 7:89).
No fim, suplicamos:
Louvado seja Alá, Senhor do Universo.
Notas da tradução –
(grifos da tradução)
(2) Hasan Al-Banna
(1906-1949) fundou a Irmandade Muçulmana em 1928, e foi seu diretor-Geral até o
seu assassinato em 1949.
(3) Amjad Al-Zahawi foi
um acadêmico religioso sunita iraquiano, filiado ao Movimento de Resistência
Islâmica, e atuante em várias iniciativas em apoio da causa palestina.
(4) Hamas, em árabe, é
o acrônimo de Movimento de Resistência Islâmica (harakat al-muqawam
al-islamiyya); é também uma palavra árabe significando entusiasmo, ardor ou
zelo.
(5) Devido à
importância do conceito de jihad na ideologia do Hamas, este termo figura assim
onde aparece no texto.
(6) Os versos de
Muhammad Iqbal (1873-1938), um poeta e pensador religioso muçulmano hindu, é
frequentemente citado tanto por reformistas como conservadores muçulmanos, em
apoio às suas respectivas orientações, embora opostas.
(7) Trata-se de verso
frequentemente citado do famoso poeta pré-islâmico Tarafa.
(8) Nos escritos
islâmicos medievais, Al-Sha’m se refere, grosseiramente, a toda uma área que
corresponde presentemente a Israel, Palestina, Líbano, Jordânia e Síria.
(9) A palavra
“nacionalismo” aqui, neste documento, é usada como equivalente ao termo wataniyya,
que deriva da palavra árabe watan (pátria), e no discurso árabe moderno
significa nacionalismo territorial particularizado, em contraposição a
qawmiyya, que também significa nacionalismo, mas é usada para se referir ao
nacionalismo pan-árabe.
(10) A expressão “os
seguidores dos movimentos islâmicos” é usada aqui para traduzir a palavra árabe
al-islamiyyum.
(11) No texto original
árabe, esse verso consta, erradamente, como 3:102
(12) Trata-se de um
Hadith muito conhecido (isto é, um ditado atribuído ao Profeta)
(13) Tratam-se de dois
versos muito citados do poeta do Século VII, Miskin al-Darimi
(14) Saif Al-Din Qutuz
( – 1260) foi o Sultão mameluco do Egito, de 1257 até sua morte. Em 1260, o
comandante de seu exército, Al-Zahir Baybars (1223-1277) derrotou os mongóis na
batalha de Ain-Jalut.
1º - SOLUÇÕES COMEÇAM COM A VERDADE! NÃO SE TRATA DE "OCUPAÇÃO" - SE TRATA DO ISLÃ... (AQUI)
2º - ISLÃ PECADOR MORRENDO NA PAZ - MULHERES SÃO VISTAS COMO PROPRIEDADES DOS HOMENS NO LÍBANO PAÍS MAIS AVANÇADO DO MUNDO ÁRABE (AQUI)
3º - Islã 101: Uma Introdução ao Islã e a Jihad Islâmica (AQUI)
4º - O LÍBANO É PARA CRISTÃOS: O POVO FENÍCIO NÃO SÃO ÁRABES (aqui)
5º - Terrorista do Isis prega no Brasil e a PF nada fez - O Islã avança no Brasil! (aqui)
6º - VEJAM POR QUE TANTOS BRASILEIROS DEFENDEM A PALESTINA! ENTIDADE QUE FINANCIAVA O TERRORISMO DO HAMAS ERA DIRIGIDA POR BRASILEIRO, HOJE NA CADEIA (aqui)
7º - PARADOXOS DOS MUÇULMANOS: ONDE OS MUÇULMANOS SÃO FELIZES? ONDE OS MUÇULMANOS SÃO INFELIZES? (aqui)
8º - Brasil não reconhece mais Jerusalém como capital de Israel (aqui)
9º -
ÍNTEGRA DO ESTATUTO DO HAMAS E DOCUMENTÁRIO DAS TENTATIVAS DE PAZ NO MUNDO ISLÂMICO
10º - LAG BA’OMER (aqui)
.
11º - VEJA AQUI QUEM MUDOU O NOME DO PAÍS DE JUDEIA PARA SYRIA PALESTINA (AQUI)
.
12º - ISRAEL E O SEU VIZINHO MAIS CIVILIZADO: O LÍBANO. E POR QUE? (AQUI)
.
13º - OS JUDEUS NO ESPAÇO ALEMÃO E A PROCURA DE UMA PÁTRIA (aqui)
.
14º - AS CRUZADAS - HISTÓRICO DO MOTIVO DAS BATALHAS (aqui)
Islamismo veja como os muçulmanos são "bonzinhos" documentário