domingo, 27 de setembro de 2015

A Mulher Montada na Besta - Documentário Completo em Português



Publicado em 25 de fev de 2015


A Mulher Montada na Besta - Dave Hunt

Este documentário analisa as verdades bíblicas e os principais eventos da nossa história recente para apresentar uma descrição perfeita da mulher de Apocalipse 17 e do lugar de destaque que ela ocupa no reino futuro do Anticristo. As preciosas informações apresentadas pela Bíblia revelam com clareza a verdadeira identidade da mulher descrita por João.

O anjo disse: "...Dir-te-ei o mistério da mulher e da besta..." (Apocalipse 17.7)

Será que o maior engodo da história poderá enganar os "eleitos"? A maioria das discussões sobre os "tempos finais" se concentra no vindouro Anticristo – mas essa é apenas a metade da história...

Durante muitos anos “A mulher montada na Besta” foi interpretada como sendo o vaticano pelos cursos de teologia espalhados no mundo inteiro. Um dos idealizadores dessa interpretação é o Sr. Dave Hunt em seu livro “A mulher montada na Besta”. Hunt analisa o documento assinado em 29/03/94 entre a Igreja Católica e alguns evangelistas americanos chamado “Evangelicals and Catholics Together.” E depois dessa análise ele desenvolve a sua tese onde descreve o Mistério Babilônia, de Apocalipse 13 e 17, como a Igreja Católica Romana.

Dave Hunt (1926-2013). Devido a suas profundas pesquisas e sua experiência em áreas como profecias, misticismo oriental, fenômenos psíquicos, seitas e ocultismo, realizou muitas conferências nos EUA e em outros países. Também foi entrevistado freqüentemente no rádio e na televisão. Começou a escrever em tempo integral após trabalhar por 20 anos como consultor em Administração e na direção de várias empresas. Dave Hunt escreveu mais de 20 livros, que foram traduzidos para dezenas de idiomas, com impressão total acima dos 4.000.000 de exemplares.

Tradução Ed Bonfim para São Paulo TV

"Transcendence" mostra fábula nietzschiana sobre tecnologia e poder


 domingo, julho 20, 2014  Por Wilson Roberto Vieira Ferreira 

Crítica e público estão massacrando o filme “Transcendence – A Revolução” (2014). Todos esperavam um sci fi clássico com super-heróis e narrativas de ação e terror. Mas o filme nos oferece uma extrapolação do atual discurso autopromocional das neurociências e ciências da computação através do olhar de uma autêntica fábula nietzschiana sobre o Poder: a grande questão da onisciência e onipresença de uma suposta superinteligência digital por trás de corporações como Google e do projeto da Internet das Coisas não é a do Poder vulgar em conquistar mais dinheiro e controle político: é o Poder pelo Poder, como jogo, vontade de potência em transcender os limites da ética e moral humana representado pela superação do próprio corpo.

Nelson Rodrigues dizia que toda unanimidade é burra. Certamente essa máxima pode ser aplicada à forma como a crítica e o público está recebendo o filmeTranscendence – A Revolução. Bilheterias decepcionantes nos EUA e Brasil e péssimas críticas tanto aqui como lá.

“Muito conceito e pouca história para contar”, “explicações incessantes”, “elenco estrelado (Johnny Deep, Morgan Freeman e Cillian Murphy e Paul Bettany) que parecem não saber o que fazer trocando frases soltas entre si”, “pretensioso e chato” etc. O que parece criar estranhamento para os críticos são os desempenhos “contidos” ou até “robóticos” do protagonista Deep e um filme que parece investir muito mais nas rimas visuais e em conceitos abstratos do que em uma história dramática.

Crítica e público esperavam um “filme de ficção científica” com super-heróis ou narrativas de ação e terror com um “sabor” de sci-fi, que é o que normalmente Hollywood oferece. Mas o que o diretor Wally Pfister (desde o filme Amnésia diretor de fotografia dos filmes de Christopher Nolan) foi uma verdadeira ficção científica: a partir da agenda tecnologia atual, extrapolar para onde estamos indo e o que isso pode significar para a raça humana, intelectual e espiritualmente.



O que talvez tenha estimulado esse boicote quase generalizado da crítica é que Transcendence acerta em cheio no cerne da atual agenda tecnognóstica: a transcendência da própria existência por meio de uma superinteligência “em nuvem” capaz de integrar sociedade e natureza numa gigantesca rede neural por meio de nanotecnologia (Google? Internet das Coisas?). E o que há por trás dessa agenda? O poder em sua forma mais pura e abstrata: a vontade de potência. Por isso Transcendence é o mais nietzschiano filme sobre tecnologia jamais feito.

O filme

Johnny Deep faz uma espécie de Dr. Frankenstein moderno, Will Caster, um neurocientista especializado em inteligência artificial que no início do filme confronta uma plateia numa palestra sobre as possibilidades de mudar o mundo através da “singularidade tecnológica” – a criação de um computador autoconsciente que atravessaria a fronteira entre o homem e a máquina. Acusado de tentar criar um novo Deus (“e não é isso que o homem sempre tentou?”, responde), Caster sofre um atentado de terroristas anti-tecnologia e escapa ferido.

Mas logo descobre que não era um simples atentado à bala: ele foi contaminado por um elemento radioativo e morrerá em pouco tempo. Diante da morte iminente, sua esposa e pesquisadora Evelyn (Rebecca Hall) e Will Caster decidem fazer um upload da sua consciência para o banco de dados do gigantesco computador chamado P!NN (um mix de computação quântica e rede neural física e independente, projeto de Caster).



Após a ousada operação, sua consciência ressurge como uma espécie de fac símile da sua alma e prontamente exige um acesso super-rápido à Internet. Mas o que ou quem é essa nova entidade digital sensciente? A reencarnação digital do amor perdido de Evelyn? Ou uma entidade cada vez mais voraz, uma extensão tecnológica distorcida das próprias ambições de Will Caster?

A entidade digital que habita a plataforma P!NN expressa as intenções messiânicas e de compaixão com o ser humano e o próprio planeta: quer “consertar” deficientes físicos, doentes e livrar a Terra dos problemas ecológicos. Através de nanorobots criados em um gigantesco laboratório nos subterrâneos de um vilarejo perdido no meio do deserto, a versão digital de Caster consegue fazer mortos reviverem, cegos e deficientes físicos se curarem e até fazer chover por meio da nanotecnologia que começa a espalhar fractais da superinteligência de Caster na própria natureza. Só que, em troca, os seres humanos curados tornam-se “híbridos”, hospedeiros desses fractais da superinteligência como formigas comandadas por uma formiga-rainha. Caster transformado em uma superinteligência onisciente e onipresente cria um exército de quase autônomos dispostos a proteger o seu propósito mais profundo: abandonar a plataforma P!NN e se integrar ao próprio tecido da realidade, uma superinteligência “em nuvem” – o panteísmo digital.

O discurso autopromocional das neurociências


O irônico no filme (pois simbolicamente apresenta o atual discurso autopromocional das neurociências) são os bem intencionados propósitos da revolução tecnológica de Will Caster: a cura do Mal de Alzeheimer, evitar a destruição do planeta, acabar com fome e guerras, fazer cegos enxergarem e paralíticos andarem..., mas sob o preço de criar uma nova ordem autoritária de controle e dominação, contra a qual os terroristas antitecnologia lutam. Como no atual discurso messiânico da agenda tecnognóstica, a transcendência de Caster é uma mistura de misticismo, religião e tecnologia.




Transcendenceé o mais nietzschiano filme sobre tecnologia porque revela que por trás de todo esse discurso bem intencionado sobre a tecnologia promovido pelas grandes corporações e neurocientistas está avontade de potência como a própria essência do Poder. Essência amplificada em um discurso tecnognóstico que limita a inteligência e a consciência a um fenômeno da mente e que transcenderia as limitações corporais.

Nietzsche e a Vontade de Potência


O conceito de Vontade de Potência foi criado pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900). A Vontade de Potência estaria em todo universo como luta constante, sem equilíbrio possível, apenas tensão pelo incessante movimento das coisas, ora delicado, ora violento. Movimento que vai das reações químicas à psique humana.

É a vontade que procura expandir-se, superar-se, juntar-se a outras e se tornar maior. Tudo no mundo é Vontade de Potência porque todas as forças procuram a sua própria expansão. A vontade de dominar, fazer-se mais forte, constranger outras forças mais fracas e assimilá-las. 

A chave de compreensão do filme Transcendence está na fala da consciência de Will Caster quando desperta no interior de P!NN:
“Vou precisar expandir. Preciso de mais energia. Preciso de um processador três vezes mais rápido do que o sistema atual. Não consigo descrever, é como minha mente estivesse livre. Precisam me colocar on line. Preciso acessar mercados financeiros, banco de dados educacionais...”.
Evelyn está diante do seu amor perdido ou diante de uma estranha criatura digital? A questão não é mais essa: Transcendence revela a mais abstrata forma de Poder, não mais político ou econômico (Poder como um meio para ter), mas como Vontade por si mesma, de um eterno dizer-sim ao devir universal por Potência.



A sensação de liberdade experimentada pela consciência de Will Caster pode ser comparada, guardada as proporções, com a própria experiência que a tecnologia digital promete proporcionar aos usuários. Diversos pesquisadores em cibercultura apontam para esse fascínio por transcender as supostas limitações corporais. Por exemplo, o cientista computacional Jaron Lanier fala que busca gnóstica em transcender a carne seria o emocional subtexto por trás da eufórica reação a cada novidade em informática no mercado e a cada website ou blog com frivolidades que é lançado. Lanier fala em uma “religião das máquinas” que seria o élan das pesquisas do Vale do Silício – sobre isso clique aqui.

Erick Felinto vai nomear este sujeito das ciberutopias como “sujeito pneumático”, uma forma de subjetividade que se pretende libertar dos limites do corpo, um self quase divino e de natureza espiritual (pneuma). Este sujeito pneumático teria as seguintes características: a comunicação total (como anjos incorpóreos vagando pelo ciberespaço sem barreiras para comunicar-se), por meio da “hipermediação que equivale à imediação das mídias digitais” e a mobilidade total – leia FELINTO, Erick “A Tecnoreligião e o Sujeito Pneumático”.

Essa consciência pneumática e livre dos constrangimentos corporais teria uma relação com o outro rarefeita e precária. Como destaca o filme Transcendence, o outro se converte em mera extensão de uma superinteligência, negando a individualidade e privacidade – a versão digital de Will Caster vai querer controlar, prever e suprir tudo não por ter se tornado maligno, mas por ter a liberdade plena de exercer a Vontade de Potência.

Sem as âncoras com o mundo real (finitude, temporalidade e senso de fragilidade corporal) a superinteligência perde as bases de toda ética e moral: a experiência corporal de extensão – onde termina o meu eu e onde começa o outro?

A grande virtude de Transcendence é a de ser uma fábula nietzschiana sobre o problema do Poder dentro da atual agenda tecnognóstica – a confluência entre Inteligência Artificial, neurociências e computação. A grande questão da futura onisciência e onipresença de corporações como Google e aquelas por trás do projeto da Internet das Coisas (sobre isso clique aqui) não é a do Poder vulgar em conquistar mais dinheiro e controle político: é o Poder pelo Poder, como jogo, vontade de potência em transcender os limites impostos pela ética e moral humana representado pela superação do próprio corpo.

DENÚNCIA: Luiz Nassif e Paulo Henrique Amorim RECEBEM mais de R$8 Milhões para trabalhar PRÓ PT DO ANO 2000 A 201


Na última semana o @defesahetero retwitou a informação do Blog Jornal Opção, referente aos recebimentos de verbas de publicidade pelos blogueiros petistas Luís Nassif que recebeu que R$ 5,7 milhões e Paulo Henrique Amorim que recebeu R$ 2,6 milhões dos governos petistas conforme postados AQUI e salvo aqui: , bem como neste OUTRO e salvo aqui: https://archive.is/n016O

Confira! Estas informações foram baseadas no artigo publicado pela Folha de São Paulo, no link: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/12/1563460-gasto-de-estatais-com-publicidade-sobe-65.shtml, salvo aqui: https://archive.is/KShWO.

Vendo a repercussão que deu os tweets por nós postados sobre o artigo do blogueiro Euler de França Belém, no blog acima informado, dias depois Luiz Nassif bloqueou o @defesahetero, conforme você pode ver abaixo em vermelho, sem justificar a DENÚNCIA, petralhas ficam incomodados com a verdade e bloqueiam QUEM OS DENUNCIA, veja:

User Actions
Luis NassifVerified account
@luisnassif

You are blocked from following @luisnassif and viewing @luisnassif's Tweets. Learn more


Porém, o fato foi confirmado, veja os dois citados antes do último abaixo: "GASTOS DAS EMPRESAS ESTATAIS CONTROLADAS PELO GOVERNO FEDERAL, DE 2000 A 2013.VEJA:




FONTE: Consolidação de relatórios da Secretaria da Comunicação Social da Presidência da República elaborados com base em dados fornecidos pelo Instituto para Acompanhamento de Publicidade, escrito no final do relatório acima.

2. Mas o blogueiro acima não está só nesta tarefa de defender o governo petralha. Outro jornalista que tem badalado este governo que está aí é o jornalista Paulo Henrique Amorim. Com uma fala macia ele convence seus ouvintes com seus argumentos esquerdopatas, como o deste vídeo: https://youtu.be/78N1F7a1xWA. Veja as mentiras que ele passou para a platéia PETRALHA neste vídeo PUBLICADO em 21 de Abril de 2014, isto é bem antes de se descobrir todas as falcatruas praticadas pelos PETRALHAS E COMUNISTAS assaltando os cofres da Petrobrás, Eletrobrás, Caixa Econômica, Banco do Brasil, etc etc etc :



Esta fala teve o título: "Paulo Henrique Amorim detonando o PIG"

Paulo Henrique Amorim recebeu menos da metade do Luiz Nassif em verbas de publicidade entretanto ele é mais militante pró PT que o Nassif (?), talvez igual, mas o CAIXA 2 do PT deve ter funcionado bem para ele manter sua influência nas redes sociais e na mídia, veja aqui: 

Fontes:
1. Blog Jornal Opção, Folha de São Paulo e os twiters: @luiznassif e @conversaafiada .

PM que vingou morte de colega dentro de hospital é absolvido em Júri Popular


Foi absolvido nesta quarta-feira

O soldado da Polícia Militar, Edevaldo Aleixo Marques Fontes, 38, que vingou a morte de um colega de farda em Corumbá, 448 quilômetros de Campo Grande, foi absolvido pelo Júri Popular da cidade, em julgamento realizado nesta quarta-feira (23).

O soldado Fontes entrou no pronto-socorro para ter informações do colega e soldado João Márcio Leite da Cruz, 34 anos, quando teria ouvido de Jonilson Silva da Cruz, 33 : 'Um policial a menos'. Foi quando o policial sacou a arma e matou Jonilson, que havia acabado de matar o seu colega, o soldado Cruz.

O Caso

O soldado da PM (Polícia Militar) João Márcio Leite da Cruz, de 34 anos, foi alvejado com três tiros na madrugada do dia 2 de março na Rua 14 de Março, no centro de Ladário, a 435 quilômetros de Campo Grande.

João Márcio estava em uma motocicleta quando foi atingido por três tiros, no peito, perna e abdome. Cruz ainda conseguiu revidar e atirar duas vezes contra Jonilson Silva da Cruz, de 33 anos.

Após efetuar os disparos a vítima caiu sobre a moto. A PM (Polícia Militar) foi acionada e ao chegar ao local já encontrou o soldado morto. Segundo testemunhas, o autor, após o crime, mesmo ferido conseguiu correr e ir até um Ford Ka prata, placa HTJ-4440, de Corumbá (MS), que estava estacionado.

Os policiais faziam a abordagem do carro e encontraram atrás do banco traseiro um revólver calibre 38, marca Rossi, com cinco munições deflagradas. Jonilson foi socorrido pelo Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) e encaminhado ao hospital.

Ainda segundo testemunhas, Jefferson Manoel Lima da Silva, de 29 anos, também participou do crime, mas o autor dos disparos foi Jonilson. Silva foi preso e encaminhado com o carro para a Delegacia de Polícia Civil de Corumbá. O caso foi registrado como homicídio doloso.

Momentos depois no hospital, Jonilson foi morto pelo amigo do soldado assassinado. Segundo o site Diário Corumbaense, o comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Wilson Velasques, disse que o soldado Fontes foi até o pronto-socorro em busca de informações sobre o policial ferido. Ao passar próximo da sala de procedimentos, ouviu Jonilson dizer que era 'um policial a menos'. Neste momento, o PM sacou a arma e fez dois disparos contra Jonilson, que morreu no local.

O soldado Fontes se apresentou ao Comando da PM e foi preso. Segundo o comandante, os dois policiais estavam de folga. Um inquérito policial militar também foi instaurado para apurar o caso.

Refutação ao artigo do Lucas Banzoli cujo título é: :“Estudo completo sobre Lucas 23:43 - 'Hoje estarás comigo no Paraíso"?” / Refutation of Lucas Banzoli article titled: "Complete study on Luke 23:43 -" Today you will be with me in paradise ""?

Por Itard Víctor Camboim de Lima. 


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Uma breve resposta exegética ao artigo “Estudo completo sobre Lucas 23:43 - 'Hoje estarás comigo no Paraíso"?”



É interessante iniciarmos essa refutação informando aos amados leitores, que o falso ensino do aniquilacionismo-sono da alma, esteve presente em uma seita da arábia conforme nos conta Eusébio de Cesaréia em sua obra (História Eclesiástica, p 142. 2002. Novo Século), pela qual ele diz que Orígenes, pai da igreja, refutou, livrando assim seus adeptos do engano.

Em seguida, essa estranha crença, foi adotada por Arnóbio (final do século IV), conforme nos conta Norman Geisler em sua obra (Teologia Sistemática. Vol 2. p. 805. CPAD). 

O Aniquilacionismo foi tido como maldito:

"Em um exemplo, o último dos nove anátemas do Imperador Justiniano (c. 483-565) contra Orígenes (c. 185-c 254) diz: “Se alguém disser [...] que a punição dos demônios e dos ímpios é apenas temporária e um dia terá fim [...]  que seja anátema” (em Roberts e Donaldson, ANF, Vol 14). Antes da Reforma, o Quinto Concílio de Latrão (1513) também condenou a negação do inferno (veja Cross, ODCC, 328)." (Geisler. Norman. Teologia Sistemática. Vol 2. p. 822. CPAD). 

Nesses links estão os anátemas:


Depois reapareceu com os anabatistas os quais foram duramente refutados por João Calvino na obra (Psychopannychia), e por último, reapareceu no século XIX com o congregacionalista Edward White, e depois com Le Roy Froom da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Todavia, tal doutrina só vem de derrotas quando é analisada à luz das Escrituras. Logo abaixo mostraremos alguns pontos que denunciam tal crença.

Separaremos apenas os pontos não repetidos pelos os quais o autor defende a aniquilação da alma.

Vejamos os argumentos do autor:

1º Ele disse  “Em primeiro lugar, é bom mencionarmos logo que a adição presente em muitas Bíblias, da palavra “QUE”, não existe nos originais. O que Jesus realmente disse ao ladrão da cruz foi: “Em verdade te digo hoje estarás comigo no Paraíso”. Como o texto original não possui vírgulas e o texto deixa em aberto a questão, poderíamos colocá-la em dois lugares diferentes, entretanto é algo que mudaria completamente o significado da frase.”

Resposta: O fato de no grego não haver a integrante ὅτι (hoti ou QUE) não indica que as versões que colocam estejam erradas, pois temos várias passagens que não trazem a conjunção e nem por isso são taxadas como tendenciosas, inclusive os aniquilacionistas não as condenam. Vejamos:

·         ἀμὴν λέγω σοι, οὐ μὴ ἐξέλθῃς ἐκεῖθεν,
Em verdade te digo que não sairás dali, (Mt 5:26 )

·         ἀμὴν λέγω ὑμῖν, παρ᾽ οὐδενὶ τοσαύτην πίστιν ἐν τῷ Ἰσραὴλ εὗρον.
Em verdade vos digo que a esta geração não se lhe dará sinal algum. (Mc 8:12)

·         ἀμὴν ἀμὴν λέγω σοι, ἐὰν μή τις γεννηθῇ ἄνωθεν, οὐ δύναται ἰδεῖν τὴν βασιλείαν τοῦ θεοῦ.
Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. (Jo 3:3).
 Além dos versículos já citados há ainda (Mt 6:2, 5, 16, 10:15, 23, 11:11, 23:36,  25:12, 40,45; Mc 10:29, 14:9; Jo 1:51, 5:19, 6:53, 13:16, 38, 14:12). 

Vejamos agora como a NVI na sua versão original traduziu:

 Jesus lhe respondeu: "Em verdade vos digo, hoje estarás comigo no paraíso."1

Perceberam que mesmo sem colocar a integrante “QUE” o sentido é o mesmo?

Norman Geisler e Ron Rhodes dizem o seguinte:


Geisler ainda diz:


2º Ele disse: “Após três dias, Jesus ainda não havia subido ao Pai – Uma verdade que nos é reveladora para concluirmos que Cristo não esteve com o ladrão da cruz naquele mesmo dia no Paraíso é o fato de que, após três dias morto, Jesus ainda não havia subido ao Pai, e declarou a Maria Madalena: “Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai” (cf. Jo.20:17). Ora, se Jesus ainda não havia subido ao Pai após três dias, então não poderia ter estado naquele mesmo dia com o ladrão da cruz no Paraíso!”

Resposta:

Jesus não havia regressado ao Pai de forma corporal. Pois sua ascensão só aconteceu quarenta  dias depois de sua ressurreição. Ademais, Jesus tinha duas naturezas, divina e humana. Como humano, ele subiu ao Pai somente quarenta dias depois da ressurreição, mas como Deus Filho, Onipresente (Jo 3:13), Ele foi naquele mesmo dia não somente ao Pai, mas também ao Paraíso. Logo, se Jesus é Deus e somente Ele é o Salvador, nada o impedia de adentrar no céu no mesmo dia com o ladrão arrependido.

3º Ele disse: “Em verdade te digo hoje”, isto é, eu lembro agora mesmo, não precisa pensar em um tempo tão distante, hoje mesmo eu te digo que você estará comigo no Paraíso. Esse é o sentido lógico pelo contexto. Note que o próprio ladrão sabia que não iria ao Céu imediatamente após a morte, já que pediu para Cristo se lembrar dele “quando viesse em seu Reino”, ou seja, na segunda vinda de Cristo.

Resposta:

Não se deve levar em conta a perspectiva do ladrão por ele ter dito “vieres”; ele era um novo convertido que minutos antes da morte de Cristo, tanto ele como o outro ladrão proferiam impropérios contra Jesus (Mt 27:38-44 Mc 15 25-33). O ladrão arrependido não tinha noção de quando poderia ser salvo, isto é, ele não conhecia a soteriologia ensinada por Jesus, pois ele havia acabado de reconhecê-lo como Salvador.

Não obstante isso, Jesus tratou logo de dizer quando se cumpriria o desejo do seu coração, Ele disse: Hoje estarás comigo no Paraíso, ou seja, no mesmo dia da crucificação. Portanto, Jesus levou o ex-ladrão para o céu naquele mesmo dia, pois o vocábulo usado para paraíso foi παραδείσῳ, e o mesmo foi também empregado quando Paulo narra a respeito de um homem ter sido arrebatado ao terceiro céu (2 Co 12:4), e por João em (Ap 2:7).

4º Ele disse: “O ladrão não morria naquele mesmo dia – Um condenado a morte de cruz geralmente demorava dias para morrer na cruz. [...] “O crucificado permanecia pendurado na cruz até que, exausto pela dor, pelo enfraquecimento, pela fome e a sede, sobreviesse a morte. Duravam os padecimentos geralmente três dias, e às vezes, sete” [Comentário a S. Mateus, pág. 500]”

Resposta:

Quando uma pessoa é pendurada pelas mãos, o sangue desce com grande rapidez para a metade inferior do corpo. Seis a doze minutos depois a pressão arterial cai à metade e as pulsações duplicam. O coração recebe pouco sangue e o resultado é o desfalecimento. Segundo a história, um crucificado poderia ficar até nove dias no madeiro sofrendo e nesse período colocava-se no madeiro vertical da cruz um pequeno apoio para os pés, chamado sedile (assento). 

Se o crucificado, em sua angústia, se apoiasse de vez em quando no sedile, o sangue subia de novo à parte superior do corpo e o princípio de desfalecimento desaparecia. Porém, quando se queria por fim ao sofrimento do crucificado os algozes romanos recorriam ao Crurifragium a fim de adiantar a morte dos condenados. Os judeus tinham ido pedir a Pilatos, que se praticasse o crurifragium, pois era "a vigília do sábado" (Lc 23.54  Mr 15:42) e também o dia de descanso da parasceve. Pela lei judaica, os crucificados não podiam passar a noite na cruz (Dt 21.23). E ao pôr do sol começava o sábado da semana da Páscoa, durante a qual estava interdita qualquer execução. Diante disso, os soldados, por meio de um bastão, quebravam as pernas dos condenados e estes, em consequência da pressão que seus corpos faziam para baixo, morriam de um colapso ortostático, ou seja, asfixiados.

Qualquer que passasse pelo crurifragium dentro de poucos minutos sucumbia.Vale ressaltar que Cristo expirou às três horas da tarde, e ainda havia três horas restantes até o término do dia judaico. Antes que esse dia chegasse ao fim, os dois que foram crucificados com Jesus, também morreram. 2

5º Ele disse: “Vale também ressaltar que não foram apenas os Pais da Igreja que entenderam que a vírgula em Lucas 23:43 deve ser colocada antes do “hoje”, pois muitos outros manuscritos antigos atestam o mesmo. Os Manuscritos Bc e Sy-C, Antigo Siríaco, que são grandemente respeitados na comunidade acadêmica e apologética e que datam do terceiro século AD, sendo um dos manuscritos do NT mais importantes que temos até hoje, verte o texto de Lucas 23:43 colocando a vírgula depois do “hoje”:
"Eu digo a você hoje, que Comigo tu deve estar no Jardim de Éden" (Manuscritos Bc e Sy-C - Antigo Siríaco)”. [...] Por fim, a versão impressa da Nueva Reina Valera de 2000 assim traduz:

"Então Jesus lhe respondeu: ‘Eu te asseguro hoje, estarás comigo no paraíso’"

Portanto, é simplesmente falsa a afirmação de que a única versão da Bíblia que traduz Lucas 23:43 da maneira correta é a Tradução Novo Mundo das Testemunhas de Jeová.

Resposta:

 A versão da Reina Valera 2000 não contém a versão apresentada pelo aniquilacionista. Vejamos a verdadeira tradução: 


Entonces Jesús le dijo: De cierto te digo, que hoy estarás conmigo en el paraíso. Lc:23:43   http://biblia.tureligion.com/lucas/23

Observaram que a vírgula está antecedendo o advérbio (hoy, hoje) ?


Vejam as outras versões espanholas que também corroboram com a já apresentada acima:

http://biblehub.com/multi/luke/23-43.htm


 O aniquilacionista citou o Sy-C (siríaco curetoniano) como se o mesmo servisse para ajudá-lo em sua crença, todavia, citar este manuscrito apenas o complicou, pois há dois manuscritos siríacos, o chamado Sinaítico (descoberto por Agnes Smith Lewis e  Margaret Dunlop Gibson) e o Curetoniano (descoberto por William Cureton).


O Siríaco Curetoniano, segundo Bruce Metzger, foi alterado, e contém literalmente a seguinte leitura:

digo-vos hoje que comigo você vai estar no jardim de alegria [paraíso]

 
O Siríaco Sinaítico, segundo Francis Crawford Burkitt, é mais preciso e antecede o curetoniano aproximadamente 100 anos, contém literalmente a leitura que corrobora com as versões convencionais, ou seja:

  digo a você que hoje você comigo hoje você será no paraíso.



 (METZGER. Bruce. M. Textual Commentary on the NT. p. 155)
(Burkitt, Crawford, Evan-gelion Da-Mepharreshe , Vol 2, Górgias Press, 2003).


Vejamos como as Peshittas pontuam Lc 23:43.


1

Além dessas, ainda temos as versões, Copta Sahidica-século IV; Copta Bohairica- século IV; Etiópico Romano-século VI e o Códice Parisiense- século VIII contendo a leitura “em verdade te digo que hoje tu estarás comigo no paraíso”.


6º Ele disse: 



Resposta:

1-      Bem, eu acredito que quando alguém deixa de colocar a citação de outro alguém por completa, gera problemas de interpretação quando se quer entender o que esse alguém quis dizer. Mas vejamos o que Hesíquio estava explicando, para então vermos e entendermos se ele cria que a vírgula deveria estar após o advérbio “hoje”. Ele disse: 

Alguns, de fato, ensinam: ‘Em verdade te digo hoje’ - e uma vírgula - em seguida, acrescentam: “Comigo você estará no paraíso.” Como se dissesse: ‘Em verdade vos digo hoje, embora você esteja na cruz, estará comigo no Paraíso’. Mas, se a [difícil] leitura é correta, não há contradição; uma vez que divindade de nosso Salvador é ilimitada, Ele não foi apenas no Hades, mas também para o paraíso com o ladrão, e do Hades, e com o Pai, e no túmulo, na medida em que Ele enche todas as coisas”. (Migne, PG, 93, 1432 -1433; grifo nosso)5

Ou seja, Hesíquio apenas estava dizendo que havia pessoas que acreditavam que o “hoje” qualificaria o “Em verdade te digo”, e não que ele cria que essa fosse a melhor interpretação, pois ele foi enfático em dizer que o fato de Cristo ser Divino, o possibilitou de ir não só ao Hades, mas ao Pai, no dia da crucificação.

2    -  Vejamos a citação completa de Teofilato:

Mas outros pressionam sobre a expressão, colocando um sinal de pontuação depois de ‘hoje’, de modo que seria dito assim: ‘Em verdade vos digo hoje’, e, em seguida, eles acrescentam a expressão: ‘Você estará comigo no Paraíso.’” (Teofilato, Patrologia Graeca, Vol. 123, coluna 1104).
Agora leiamos o que Teofilato estava dizendo aos seus leitores:

“Quando o ex-blasfemador reconheceu por esta voz que Jesus era realmente um rei, ele repreendeu o outro ladrão, e disse a Jesus: “Lembra te de mim no teu reino.” Como o Senhor respondeu? “Hoje tu estarás comigo no Paraíso” (Semeron met' emou ese en to paradeiso). Como homem, Ele estava na cruz, mas como Deus, Ele está em toda parte, tanto na Cruz e no paraíso, preenchendo todas as coisas, e em nenhum lugar ausente.”(Stade, Christopher, trans., The Explanation by Blessed Theophylact of The Holy Gospels, vol 3 (House Springs, MO: Chrysostom Press), p. 310, gri fonosso)5

Ou seja, assim como Hesíquio, Teofilato defendia aquilo que abordamos no começa desta refutação, isto é, que Jesus usou Sua Onipresença para levar o ex-ladrão à Presença do Deus. Logo, a ideia do aniquilacionista, de citar Hesídio e Teofilato não foi boa, uma vez que, além de citá-los fora de seus contextos, eles acabam refutando-o.

Em seus comentários sobre os evangelhos segundo escreveu Mateus e João e da epístola de Paulo aos Coríntios, João Crisóstomo, sempre pronunciou Lc 23:43 da maneira como ele aprendeu, ou seja, diferente da maneira aniquilacionista:

"Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra." [Matt. 5: 5] Diga-me, que tipo de terra? Alguns dizem que a terra é figurativa, mas não é isso, em nenhum lugar na Escritura encontramos qualquer menção de uma terra que é meramente figurativa. Mas o que esta palavra significa? Ele estende um prêmio razoável; até mesmo como Paulo também o faz, em que, quando ele tinha dito: "Honra teu pai e tua mãe", ele acrescentou: "Para assim tu viver por muito tempo sobre a terra." [Ef. 6: 2, 3; Deut. 05:16] E ele disse ao ladrão: "Hoje estarás comigo no Paraíso". [Lucas 23:43]

“Mas por que foi ele também apanhados? Como eu penso, que ele não pode parecer ser inferior ao resto dos Apóstolos. Para uma vez que tinha acompanhado com Cristo, mas Paul não tinha: Ele, portanto, arrebatado para glória dele também. "Into Paraíso". Para grande era o nome deste lugar, e foi em todos os lugares comemorado. Por isso também Cristo disse: "Hoje tu estarás comigo no Paraíso". (Lc XXIII. 43.)

 “[...] Uma vez que após aquelas coisas que ele fez tornar-se melhor, ele traz de volta novamente e diz: "Hoje estarás comigo no Paraíso.”

 "[...] "Tu estarás nesse dia comigo no Paraíso." (Luke xxiii. 43.).


Caso queiram conhecer a crença dos pais da igreja acerca do sofrimento eterno, basta acessar

                                                                      AQUI


7º Ele disse: “Por fim, o próprio Vaticanus 1209, um dos melhores manuscritos gregos do Novo Testamento, que data do século IV d.C e que é uma das fontes pelas quais os estudiosos mais trabalham na identificação do original do NT, traz o seguinte em Lucas 23:43: [...]Note que no texto grego há um ponto depois da palavra “semeron” (dia), e não antes dela. Este Condex Vaticanus foi considerado por Westcott e Hort como o melhor manuscrito grego do NT, e é também um dos manuscritos mais antigos da Bíblia, sendo inclusive mais antigo do que o Codex Sinaiticus”

Resposta: 

Observem que na página do autor e aniquilacionista é postada uma foto desfigurada do que seria o Códice Vaticano (B), mas como a foto não está boa, eu  fico na responsabilidade de colocar uma melhor imagem tirada direto do site oficial do Códice Vaticano. 




Ele, através desse códice e por Brooke Foss Westcott e Fenton John Antony Hort terem dito que (B) é um bom manuscrito, alimenta sua crença que a vírgula deve ser colocada depois do advérbio “hoje”, mas, será que esses estudiosos corroboravam com essa forma de pensar aniquilacionista? 

Westcott não concorda com o aniquilacionismo, pois ele ao pontuar o texto de Lc 23:43, pontuou como fazem as ortodoxas traduções,opondo-se assim ao aniquilacionista aqui citado, isto é, " o tiro saiu pela culatra"

Vale salientar que na cópia mais antiga do mundo de Lc 23:43, o PAPIRO-75, a leitura é a mesma das versões convencionais:









http://www.csntm.org/manuscript/zoomify/GA_P75?image=P75_0048a.jpg&page=6#viewer


É importante argumentar que, a mancha que há no Códice Vaticano (b) não serve para enfatizar que o copista original ou o seu sucessor a colocou para mostrar em qual local ele acreditava que a vírgula ou a pausa deveria estar, pois era normal esse copista manchar este códice como mostraremos logo a seguir ao apontarmos a mesma mancha, no mesmo códice, só que agora ela aparece após o pronome μου em Mt 15:13. Vejamos: 




Se interpretássemos essa mancha como uma vírgula ou pausa, como os aniquilacionistas interpretam em Lc 23:43, o texto ficaria assim: Veja a vírgula em vermelho.
ὁ δὲ ἀποκριθεὶς εἶπεν· πᾶσα φυτεία ἣν οὐκ ἐφύτευσεν ὁ πατήρ μου, ὁ οὐράνιος ἐκριζωθήσεται.
Ele, porém, respondeu: Toda planta que meu, Pai celestial não plantou será arrancada. (Mat 15:13 ARA)
Todavia, não há esse tipo de tradução. 

Agora, vejam a absurda quantidade de manchas ou borrões que o copista fez apenas no versículo 12 de Mateus 17:




 Tanto a antepenúltima como a penúltima setas estão apontando para uma mancha que está entre as letas tau e ômega do pronome αὐτῷ (ELE), e da mesma forma no advérbio οὕτως (ASSIM). Se tomássemos como vírgulas ficaria assim:
λέγω δὲ ὑμῖν ὅτι Ἠλίας ἤδη ἦλθεν, καὶ οὐκ ἐπέγνωσαν αὐτὸν ἀλλὰ ἐποίησαν ἐν αὐτ,ῷ ὅσα ἠθέλησαν· οὕτ,ως καὶ ὁ υἱὸς τοῦ ἀνθρώπου μέλλει πάσχειν ὑπ᾽ αὐτῶν.

Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram; antes, fizeram com ele tudo quanto quiseram.Assim também o Filho do Homem há de padecer nas mãos deles. (Mat 17:12 ARA)

Porém, esse copista deixou algo que lhe era peculiar. Ninguém melhor do que o próprio copista para nos mostrar qual era a forma usada por ele quando o mesmo queria "pontuar" o texto. Percebam que o copista tinha por costume, e isso é por todo o códice, deixar espaço para estabelecer quando o versículo começava e quando terminava, não só isso, mas até espaço para o que seria uma VÍRGULA, ele deixou para que entendêssemos quando ele achava que o texto deveria ter uma PAUSA. Observem as setas amarelas, elas indicam os espaços de “pontuação”



Na próxima imagem visualizem a primeira seta de cor azul, ela está indicando a “pausa” ou a “vírgula” que semanticamente existe no texto, e que também foi entendida pelos críticos textuais que elaboraram a Na27 e Na28.  A seta azul está entre o verbo φονεύσεις (MATARÁS) e o advérbio de negação οὐ (NÃO) da palavra “adulterarás”.
λέγει αὐτῷ· ποίας; ὁ δὲ Ἰησοῦς εἶπεν· τὸ οὐ φονεύσεις, οὐ μοιχεύσεις, οὐ κλέψεις, οὐ ψευδομαρτυρήσεις,

E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho (Mt 19:18 ARA)



Agora sim, o copista verdadeiramente pontuou o texto como ele deve ser, pois essa era a forma dele indicar quando havia uma pausa breve, isto é, ele deixou um ESPAÇO, algo que jamais ocorreu em Lc 23:43.  Logo, o argumento que defende que pelo simples fato de existir uma mancha em Lc 23:43 após o “hoje”, significa que na época da cópia deste manuscrito havia uma crença que a vírgula deve ficar como creem os aniquilacionistas, não se sustenta, pois o próprio copista do Códice Vaticano é quem discorda desse argumento.
 
Vejamos ainda como os pioneiros da Crítica Textual pontuaram o texto de Lc 23:43:


Tischendorf 8 ª Edição
καὶ εἶπεν αὐτῷ · ἀμήν σοι λέγω, σήμερον μετ 'ἐμοῦ ἔσῃ ἐν τῷ παραδείσῳ.
Nestle-Aland GNT 1904
καὶ εἶπεν αὐτῷ Ἀμήν σοι λέγω, σήμερον μετ 'ἐμοῦ ἔσῃ ἐν τῷ Παραδείσῳ.
Westcott e Hort 1881
καὶ εἶπεν αὐτῷ Ἀμήν σοι λέγω, σήμερον μετ 'ἐμοῦ ἔσῃ ἐν τῷ παραδείσῳ.
Scrivener's Textus Receptus 1894
καὶ εἶπεν αὐτῷ, ὁ Ἰησοῦς, Ἀμὴν λέγω σοι, σήμερον μετ’ ἐμοῦ ἔσῃ ἐν τῷ παραδείσῳ.
Sonden
καὶ εἶπεν αὐτῷ· ἀμήν σοι λέγω, σήμερον μετ᾽ ἐμοῦ ἔσῃ ἐν τῷ παραδείσῳ.
Modern Greek Bible


Καὶ εἶπε πρὸς αὐτὸν ὁ Ἰησοῦς· Ἀληθῶς σοὶ λέγω, σήμερον θέλεις εἶσθαι μετ ἐμοῦ ἐν τῷ παραδείσῳ1
O reputadíssimo Crítico Textual do século XX, Bruce Metzger, também colocou a vírgula antes de "hoje" (today) na Bíblia em que traduziu.

And he said to him, "Truly, I say to you, today you will be with me in Paradise." (Luk 23:43 RSV)1

Atanásio, que é do mesmo século do Códice Vaticano, e falava o grego bíblico disse:

“....quando na terra Ele mostrou-nos iluminar de das trevas, a salvação do erro, a vida dentre os mortos, uma entrada para o paraíso, a partir do qual Adão foi expulso, e na qual ele entrou novamente por meio do ladrão, como o Senhor disse: 'Este dia sereis Comigo no paraíso "(Lucas 23:43), em que Paulo também já entrou (Statement of Faith. 1) 1
No evangelho de Nicodemos do séc IV ou V é dito:

E um dos malfeitores que estava pendurado, [pelo nome Gestas] falou-lhe, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós. Mas Dymas logo repreendeu-o, dizendo: Tu não teme a Deus, tu o estás vendo na mesma condenação? Nós, na verdade estamos aqui de forma justa; porque recebemos o castigo por causa dos nossos atos; mas este homem tem nada tem de errado. E disse a Jesus: Lembra de mim, Senhor, no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo, que hoje serás (arte) comigo no paraíso.(Evangelho de Nicodemos (Atos de Pilatos) B287, um escrito apócrifo do quarto ou quinto século d.C Texto encontrado em Novum Testamentum Graece, editio octava critica Major, por C. Tischendorf, vol. I, Leipzig, 1869, sob Lucas 23, 43)5

“E imediatamente ele me disse: “Verdadeiramente hoje eu te digo que tu estarás comigo no Paraíso.” (Descida ao Hades, é um escrito apócrifo do quarto século d.C. O texto é encontrado no Novum Testamentum Graece, editio octava critica Maior, por C. Tischendorf, vol. I, Leipzig, 869, em Lucas 23, 43.)5

Jerônimo disse: 

“Sinto-me confiante de que minhas palavras são verdadeiras: conversão nunca pode ser tarde demais. As palavras para o ladrão moribundo são uma promessa de isto: Em verdade vos digo, hoje estarás comigo no paraíso (Jerônimo, Para Paula, Carta 39: 1).

Vejamos o que o especialista no Códice Vaticano Dr.Wieland Willker tem a dizer sobre essa mancha:

“O ponto em B não é de muita relevância porque a questão da pontuação existe independente dele. A pontuação, se havia alguma, era, como a ortografia, irregular nos manuscritos antigos. Qualquer pontuação em manuscritos antigos é muito duvidosa. A pontuação na Nestle-Aland ou GNT nunca é baseada numa pontuação de um Manuscrito. É sempre uma decisão baseada na gramática, sintaxe, linguística e exegese.”  (Willker, Textual Commentary, p. 436).


O Dr. Willker enumera os seguintes manuscritos que colocam hoti depois de legô, enfatizando assim que "hoje" qualifica "estarás comigo ...": L, 892, L1627, b, c, Co, e Sy-S. Ele enumera AM 118 PS8, 11 (1,8), Apo, e Hil como manuscritos que fazem a mesma coisa com sintaxe diferente. (Ibidem)


Portanto, é impossível não aceitar que o ex-ladrão não foi ao paraíso segundo a promessa feita pelo Deus Filho uma vez que essa sempre foi a crença da Igreja de Jesus Cristo conforme o que foi aqui apresentado tendo como base o Evangelho Ortodoxo.3
Vejamos ainda como, Franz Delitzsch, renomado hebraísta e também famoso por ter traduzido o Novo Testamento do grego para o hebraico, pontuou semanticamente o texto lucano:

וַיֹּאמֶר יֵשׁוּעַ אֵלָיו אָמֵן אֹמֵר אֲנִי לְךָ כִּי הַיּוֹם תִּהְיֶה עִמָּדִי בְּגַן־עֵדֶן׃

Literalmente o texto diz:
"E disse Jesus a ele: em verdade eu digo a ti que hoje estarás comigo no Gan-Éden [isto é, 'Jardim do Éden' / 'Paraíso']".
Essa tradução em hebraico usa a partícula conjuntiva כִּי (kî), "que", a qual aqui funciona como vírgula ou como dois pontos.

Por fim, John Gill: 

“Alguns poderiam remover a pausa, e colocá-la depois de "hoje", e ler as palavras assim: "Eu te digo hoje"; como se Cristo só estivesse se referindo ao momento em que ele disse isso, e não quando o ladrão deveria estar com ele no paraíso; que, além de ser sem sentido, e impertinente, e só inventado. [...] Além disso, em um dos exemplares de Beza se lê: "Eu te digo οτι σημερον que hoje tu estarás comigo ", & c. e assim as versões Persa e Etíope parecem ler, que destrói essa crítica boba.”4
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1  BibleWorks 9 

KELLER, Werner. E A Bíblia Tinha Razão. 18ª edição 1992. Melhoramentos.



COMENTÁRIO DO BLOG:

Gosto pela polêmica:

1º - Olavo de Carvalho excomunga o papa Francisco (aqui)


2º - Convite ao Lucas Banzoli, um mentiroso contumaz (aqui)
3º - Refutação ao artigo do Lucas Banzoli cujo título é: :“Estudo completo sobre Lucas 23:43 - 'Hoje estarás comigo no Paraíso"?” / Refutation of Lucas Banzoli article titled: "Complete study on Luke 23:43 -" Today you will be with me in paradise ""? (aqui)