quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Última unidade do Koenigsegg Agera R à venda por US$ 1,9 mi

Reprodução

Um recente anúncio divulgado no site alemão mobile.de. revelou que o último exemplar do superesportivo Agera R, da fabricante sueca Koenigsegg, foi colocado à venda por US$ 1,9 milhões (cerca de R$ 7,2 milhões). Famoso por suas portas giratórias, o automóvel é considerado um dos hipercarros mais rápidos do mundo e foi fabricado em 2014.

Equipado com uma transmissão de dupla embreagem e sete marchas, o veículo foi produzido com um motor V8 de 5.0 litros, com 1.115 cavalos de potência e 122 kgfm de torque.

Vendido pela empresa em 2014, o carro já rodou aproximadamente 1.000 km e, atualmente, por ser o único da linha disponível no mercado, está com um preço avaliado em US$ 600.000 mais caro que o seu valor inicial.

Comércio eletrônico brasileiro vence crise e crescerá neste ano

Shutterstock
Shutterstock

Por Alex Ricciardi

Mobilidade. Esta é a tendência, aparentemente irresistível, do e-commerce no Brasil e no mundo. Comprar produtos e serviços na internet cada vez mais será algo feito com toques no visor de um smartphone, e não por meio do teclado de algum computador. Em resposta, o próprio comércio eletrônico mudará. Sites serão redesenhados para que tenham a melhor aparência possível em telas de 5, 6 ou 7 polegadas e não nas grandes telas de PCs e Macs. É claro, precisarão funcionar bem em ambas, mas a prioridade deixará de ser os desktops e passará a ser os celulares. Não haverá exclusão de meios, mas redirecionamento dos melhores esforços de programadores e estrategistas de vendas para estes últimos. Tal movimento, aliado a outros rumos inéditos que o comércio eletrônico vem tomando, transformará de forma radical o setor, ainda tão jovem.

“Mobile first” — é assim que um dos maiores especialistas em comércio eletrônico do Brasil, Gabriel Lima, define esse novo paradigma. Sócio e diretor do Enextgroup, que presta consultoria ao mercado digital brasileiro, ele crava: “Não haverá mais um negócio de e-commerce voltado primordialmente para computadores de mesa. Você vai pensar primeiro no dispositivo móvel e depois no desktop. Isso já é uma orientação forte no exterior e também no Brasil. Tudo migrará para os celulares”. Lima garante não recear ser enfático demais em suas palavras. “Veja: as telas dos smartphones estão cada vez maiores; sua capacidade de processamento e memória, idem; seus preços vêm, aos poucos, diminuindo… Tudo configura um quadro de alteração estrutural na forma como as pessoas se relacionam com a web e, por extensão, com o comércio eletrônico. Trata-se de algo já em marcha, não um cenário para o futuro distante.”

Com ele faz coro a executiva responsável por essa área no país de uma das principais empresas de tecnologia do mundo — Claudia Sciama, diretora de negócios para varejo do Google Brasil. “Hoje, um a cada dois brasileiros entre 16 e 34 anos tem um smartphone, e quase 15% das transações no e-commerce do país ocorrem via celular. Em 2019, esse número vai mais do que dobrar, atingindo a marca de 197 milhões de aparelhos. Isso mostra a grande oportunidade que esse mercado representa para o e-commerce”, diz ela. “Ainda no segundo semestre, vamos lançar os anúncios no Google Play. Isso será essencial para qualquer e-commerce, pois a grande maioria dos usuários descobre e instala aplicativos por meio dessas lojas.”

Nesse ponto surge a outra grande força que atravessa esse mercado: os APPs, como são conhecidos os aplicativos.

“As novas gerações usam muito menos os browsers, como Chrome ou Firefox, e muito mais as chamadas lojas de aplicativos, como Google Play ou Apple Store. Quanto mais jovem o consumidor, maior é a adoção de aplicativos”, afirma Lima, do Enextgroup. Mas qual o reflexo disso para as empresas? “Quanto mais alguém usar um APP, maior a quantidade e a qualidade das informações que você terá sobre esse indivíduo. Isso porque, a partir do momento em que um aplicativo é baixado em um celular, a empresa literalmente instala-se dentro do aparelho, com acesso a um oceano de dados sobre seu dono — em especial, sobre seus hábitos de consumo. Aliás, eis aí mais um fator que reforça a importância dos smartphones para o e-commerce de nossos dias”, responde ele.

E, a respeito disso, vale a pena conhecer a opinião de uma companhia que traz em seu nome a ideia de união do comércio eletrônico com o mobile, como é chamado o acesso móvel à internet. A Pontomobi foi criada em 2007 para oferecer soluções de SMS a empresas interessadas em interagir com seus clientes. Em pouco tempo viu a base de consumidores com um celular nas mãos crescer, enquanto o mercado apontava para novas oportunidades de uso desses dispositivos: acesso à internet, download de jogos e consumo de vídeos, por exemplo. Já atendeu a Smiles, que trabalha com programas de fidelização, e à fabricante de cosméticos L’Oréal Brasil. Seu CEO, Léo Xavier, pontua: “O mercado já não pergunta se deve fazer mobile, mas sim de que maneira. Entretanto, isso ocorre em níveis e ritmos diferentes. Para empresas que possuem uma área de mobile, realizamos análises das propriedades existentes e dos resultados obtidos, propondo melhorias. A ideia é também disseminar conhecimento sobre ferramentas móveis e suas aplicações em diferentes necessidades do negócio: marketing, recursos humanos, logística, trade etc.”.

Muito bem. Mas quando falamos de e-commerce no Brasil, estamos falando de uma indústria de qual porte? Claudia, do Google, fornece dados: “O comércio eletrônico local responde por cerca de 4% do faturamento total do varejo. Mesmo assim, 25% do crescimento nas vendas em 2014 foram impulsionados pelo e-commerce. Espera-se que em 2015 o crescimento do varejo físico no país seja de 1,2%, enquanto o do e-commerce bata em 20%”. De onde vem tal previsão? “Somente 56% da população nacional está hoje on-line; existem 120 milhões de brasileiros conectados, contra apenas 45 milhões em 2010. Houve 61 milhões de compradores on-line por aqui em 2014. Ou seja, ainda há muitas pessoas no país que entrarão na internet nos próximos anos e, em algum momento, provavelmente também se tornarão usuárias do e-commerce”, responde ela.


Shutterstock

É em tais números que a Print — uma fornecedora on-line de serviços gráficos criada há três anos em São Paulo pelo alemão Florian Hagenbuch e pelo húngaro Mate Pencz — se ancora. “A cultura local de e-commerce é peculiar”, conta Pencz, que, assim como Hagenbuch, entrou para a última lista 30 under 30 da edição americana de forbes que apresentou os nomes dos jovens mais promissores de todo o mundo com menos de 30 anos. “Pilares como valores, conveniência e canais de relacionamento são primordiais. O brasileiro coloca na balança o custo-benefício do quanto está pagando versus a comodidade que está usufruindo ao comprar on-line. Se for cobrado um valor acima do normal, mesmo que gere uma comodidade maior, isso não conquistará o cliente. Tem de haver um equilíbrio. Outro ponto que faz diferença para os brasileiros é o relacionamento e a quantidade de canais de comunicação que a empresa coloca à disposição do cliente. O calor no atendimento no Brasil é um contraponto à frieza americana, europeia e asiática”, finaliza ele.

Porém, um elemento que caracteriza hoje o Brasil é o fato de que nossa economia enfrenta dificuldades. Surge a pergunta: o comércio eletrônico nacional tem fôlego para atravessar 2015? “Sinto que o mercado digital local vem apresentando desempenho um pouco melhor que a média de outros setores, mas não dá para isolá-lo, sem considerar o panorama geral”, responde Marcelo Piccin, country manager da NetApp no Brasil, uma empresa de gerenciamento e armazenamento de dados. “Evidentemente, temos vários desafios. O mais importante, creio, é reconquistar a confiança do empresariado, que está abalada devido aos indicadores econômicos. Em relação ao mercado de trabalho, não percebo nenhum movimento em grande escala de admissões ou demissões no mundo da TI. Mas a NetApp do Brasil, por exemplo, está crescendo, e já fizemos algumas contratações este ano.”

Um indício de tal crescimento pode ser obtido nas palavras de Cristiano Nóbrega, CEO da Tail Target, que oferece soluções para marketing e lida com publicidade no e-commerce. “A respeito do investimento no comércio eletrônico, sobretudo em relação às despesas em marketing e publicidade, temos percebido a manutenção dos aportes em soluções que asseguram maior eficiência. Em tempos de escassez, alternativas que proporcionam melhor aproveitamento de cada real sempre despertam a atenção do profissional de comunicação, disposto a adotar medidas que o auxiliem a cumprir suas metas diante um budget mais restrito”, conta ele.

Outra companhia que está se expandindo é a Locaweb, líder em hospedagem de sites no Brasil. Flávio Jansen, seu CEO, relata: “Nosso grupo tenciona se focar, nos próximos anos, em mercados nos quais já atua e consolidar iniciativas recentes. Nossas grandes apostas são serviços de internet, mobilidade e computação em nuvem. Nessas atividades estamos com soluções muito atrativas para o segmento de comércio eletrônico e para players de tecnologia”. E Jansen completa: “Aumentamos as funcionalidades de nossos itens voltadas para celulares e smartphones. 

A maior parte dos clientes da companhia atua em comércio eletrônico ou são prestadores de serviços de tecnologia. Nossa oferta nasce das necessidades de tais clientes”.

O vigor do e-commerce local pode ser expresso em números. O Brasil conta com mais de 450 mil estabelecimentos de vendas on-line, a grande maioria composta por empreendedores individuais ou pequenas e médias empresas, segundo dados da Invest Tech, gestora de investimentos que acompanha o comércio digital. Do total dos estabelecimentos virtuais no país, 66% estão no Sudeste, em função do maior acesso à tecnologia nessa região e maiores facilidades logísticas. No país, o e-commerce faturou R$ 36 bilhões em 2014, frente a R$ 19 bilhões em 2011. Estimativas projetam um crescimento de 20% em 2015, o que gerará um faturamento próximo a R$ 43 bilhões.


Shutterstock

“De acordo com a E-bit, empresa que estuda o comportamento do mercado de e-commerce local, os investimentos na área aumentaram 127% nos últimos dez anos”, acrescenta Paulo Nico, gestor de portfólio da Invest Tech. “Já o número de e-consumidores saiu de um patamar de 23,4 milhões em 2010 para 61,3 milhões em 2014, e a quantidade de pedidos no e-commerce nacional saltou de 53,7 milhões em 2011 para 103,4 milhões em 2014.” Ainda segundo Nico, o aumento na competitividade entre empresas de e-commerce reflete diretamente nos produtos, com os preços do setor apresentando variação 9,1% inferior à variação dos preços médios do IPCA no período dez-13/dez-14. Por sinal, de acordo com levantamento efetuado pela Sieve Price Intelligence em parceria com a Keyscores e o E-Commerce Brasil, no último mês de maio o comércio eletrônico nacional chegou a remarcar seus preços cerca de 100 mil vezes — por dia.

Referências saudáveis assim trazem ao nosso comércio eletrônico boas perspectivas. Exemplo disso é a visão de Cristiano Mendes, diretor para o Desen­volvimento de Negócios para a América Latina da GoDaddy, uma registradora de domínios na web e hospedeira de sites: “Estamos muito otimistas em relação ao Brasil. Em momentos de crise, novos e atuais empreendedores irão buscar formas criativas de superar dificuldades.

A internet tem se mostrado um eficiente canal de ajuda nessa transformação. Ter uma presença on-line, via e-commerce, oferece ao pequeno empresário a possibilidade de explorar diversos nichos, expandindo os horizontes do negócio sem a necessidade de investimento na abertura de novas filiais”.

Mas tanta vitalidade significa, porventura, que uma velha profecia segundo a qual o e-commerce acabará com as lojas físicas irá se concretizar entre nós? Esqueça isso, rebate Gabriel Lima, do Enextgroup. “O varejo físico nunca vai deixar de existir. Nem lá fora, nem no Brasil. O que vai acontecer é uma interação cada vez maior entre as vendas virtuais e as presenciais. As lojas físicas vão se tornar centros de distribuição para as transações realizadas no e-commerce, por exemplo. Além de continuarem fazendo suas próprias vendas. Na verdade, em um bom modelo de negócios, ambos os canais se complementam. Há espaço para todos”, finaliza ele. Avançar incluindo, e não excluindo, é pelo visto a senha do e-commerce brasileiro. Daí, provavelmente, seu êxito.

As extravagâncias do casamento do bilionário brasileiro Eduardo Saverin





Foi com show de fogos de artifício, balé aquático, passeios em clássicos carros esportivos e muito luxo que o bilionário brasileiro Eduardo Saverin, 33 anos,  festejou a troca de alianças com a indonésia Elaine Andriejanssen na Riviera Francesa, na última semana.

Cercado de sigilo, o casamento milionário do co-fundador paulista do Facebook fechou o Grand-Hôtel du Cap-Ferrat Four Seasons, um cinco estrelas com diárias de até R$ 10 mil, entre os dias 25 e 28 de junho.

A festança de arromba reuniu convidados dos Estados Unidos, do Brasil e, em sua maioria, da Ásia.

O rali de celebrações teve jantares de gala com chef estrelados, espetáculo de queima de fogos sobre o Mar Mediterrâneo, festas à beira da piscina e passeios de iate. Uma pequena frota de carrões conversíveis de luxo, como Shelby Cobra, Ferrari, Porsche e Aston Martin,  também foi disponibilizada para que os convidados pudessem dar rolês em grande estilo nas cidades vizinhas da Riviera Francesa, como Nice e Mônaco.

A cerimônia do ‘sim’ foi  no terraço frontal do luxuoso hotel,  sob um imenso guarda-sol feito de flores. A noiva trajava um vestido dourado, uma cor tradicional nos casamentos chineses, ao lado do vermelho e do branco.

Sempre discreto sobre sua vida pessoal, Eduardo Saverin tomou todas as medidas para que as núpcias ficassem o mais longe possível dos holofotes da mídia. Além de manter mistério sobre o evento até mesmo para os convidados, o staff do bilionário recomendou veementemente aos amigos do noivo e da noiva que não postassem fotos da festa.  Mas nem todos os convidados conseguiram resistir à tentação.

Veja algumas fotos dos três dias de comemorações:


Fotos: Reprodução Instagram








AQUECIMENTO

As celebrações do casamento de um dos solteiros mais cobiçados da praça começaram há dois meses, com uma festa em um resort de luxo de Bali, na Indonésia, terra natal da noiva.

O convescote de noivado de Saverin e Elaine teve noiva vestida de vermelho (fotos abaixo), apresentação privada de John Legend, despedida de solteiro e noiva cantando diante de um noivo com olhar explicitamente apaixonado.
 

Livraria chamada Isis é atacada cinco vezes nos Estados Unidos


Reprodução/CNN

Em Denver, uma livraria chamada Isis foi alvo de ataques vândalos cinco vezes nos últimos tempos. O motivo? Juntas, as quatro letras do seu nome formam a sigla em inglês para “Islamic State of Iraq” (Estado Islâmico do Iraque), responsável pelos recentes atentados em Paris.
Essa não foi a primeira vez do ocorrido. A mesma loja, na cidade mais populosa do Colorado, já foi agredida quatro vezes nos últimos meses.

“Estamos todos horrorizados com a tragédia [ataques em Paris]. Então, eu não sei se alguém que está muito magoado, enquanto caminha pela rua, avista a loja e, tendo perdido um pouco de si, nos arremessa uma pedra”, explica o dono do estabelecimento. “Sei que também pode ter sido uma pessoa ignorante que simplesmente nos atacou por termos esse nome.”
Isis Books & Gifts leva o nome da deusa egípcia do parto da cura. A loja é de artigos espirituais que, em seus 35 anos de existência, agrega a todas as religiões.

De acordo com o órgão responsável pelo registro de nomes nos Estados Unidos, existem em torno de 270 produtos ou negócios chamados ISIS. São áreas tão abrangentes, que vão de produtos farmacêuticos a aplicativos de celulares. Alguns até mesmo consideram a alteração de seus títulos.
Sem cogitar tal mudança, a livraria de Denver tem promovido uma campanha via Facebook, para que o mundo faça referência ao grupo terrorista por meio de seu nome de origem árabe: al-Dawla al-Islamiya al-Iraq al-Sham ou Daesh. A justificativa é que tais nomes não apenas são os originais dos grupos, mas também são, em árabe, semelhantes a uma palavra que significa “esmagado sob os pés”.

Em um post nas redes sociais, a livraria declarou: “Não os deixem serem chamados de ESTADO, como Estado Islâmico no Iraque e al-Sham, ou ISIS, ou o Estado Islâmico no Iraque e do Levante, ou ISIL, ou simplesmente Estado Islâmico. Estes nomes apenas dão suporte a seus delírios de poder.”

Facebook cria Notificação de Segurança para Nigéria após atentados e reclamações


Divulgação

O Facebook liberou a Notificação de Segurança para seus usuários na Nigéria. A rede social decidiu ativar a ferramenta pela segunda vez em uma semana após um atentado no país na na última terça-feira (17) e diversas reclamações e críticas ao redor do mundo, que questionavam por que a empresa havia dado prioridade aos ataques na França quando o país africano passa por situação semelhante com o Boko Haram há meses.

“Nós ativamos as Notificações de Segurança de novo depois do bombardeio na Nigéria”, explicou o CEO Mark Zuckerberg em um post na rede social. “Perdas de vidas humanas é uma tragédia em qualquer lugar, estamos comprometidos em fazer parte e ajudar as pessoas nessas situações.”

Pelo menos 31 pessoas foram mortas e 72 ficaram feridas em um atentado com bomba na cidade de Yola, no norte da Nigéria, segundo Aliyu Maikano, integrante local da Cruz Vermelha.

As críticas ao Facebook, no entanto, foram anteriores aos ataques, não apenas em relação à Nigéria. Poucos dias antes aos atentados em Paris, a cidade de Beirute, capital do Líbano, havia sido bombardeada. Até o ocorrido na França, no entanto, a política do Facebook explicava que as notificações só eram ativadas para desastres naturais. Agora, Zuckerberg explicou que irão servir para desastres humanitários.

Por meio de fundos, Abilio Diniz e Jorge Paulo Lemann compram rede paulistana de padarias Benjamin Abrahão


Abilio Diniz, em entrevista a FORBES Brasil, no final de 2014: apetite voraz, apesar da crise

Por Françoise Terzian

O incansável e determinado empresário Abilio Diniz surpreende mais uma vez. Por meio de seu fundo Península, ele arrematou, em parceria com o Ocean e o Innova Capital (fundo de Jorge Paulo Lemann hoje administrado por Verônica Serra), o controle da rede de padarias Benjamin Abrahão, fundada em 1942 pelo padeiro que ficou famoso ao criar a Barcelona, na Praça Vilaboim (SP). Hoje, são duas unidades em operação (Higienópolis e Jardins) e seis pontos de vendas em universidades (Mackenzie, PUC, Uninove Memorial, Uninove Barra Funda, Uninove Santo Amaro e FMU Vergueiro). Estima-se que o faturamento anual da rede seja de R$ 50 milhões.

A Península confirmou a informação obtida em primeira mão por Forbes Brasil, mas se restringiu a informar que foi “adquirida uma participação societária relevante” na padaria. E explicou que o objetivo dos três fundos é expandir a operação da rede. O negócio faz todo sentido quando se olha para o começo do Pão de Açúcar, que nasceu como doçaria em 1948, pelas mãos de Valentim Diniz, pai de Abilio.

Fonte de Forbes Brasil garante que 80% do negócio foi adquirido por cerca de R$ 30 milhões.

O extravagante estilo de vida do fundador do Megaupload (e como ele conseguiu perder tudo)


Getty Images

Uma audiência na Nova Zelândia, que terá início na próxima segunda-feira, decidirá se o notório empresário de tecnologia Kim Dotcom receberá encargos (não seria penas?) por extorsão, violação de direitos autorais e lavagem de dinheiro pelo extinto Megaupload.

O site foi fechado há quatro anos, após uma dramática operação policial que tirou Dotcom de sua mansão na cidade de Auckland. Policiais desceram de um helicóptero até a residência avaliada em US$ 90 milhões e forçou o empresário a sair de um quarto de segurança. Agora, após tanto tempo, o fundador do Megaupload pode ser extraditado para a Virginia, nos Estados Unidos, para encarar as agências americanas.

Para que Dotcom seja extraditado, a acusação deve provar que um crime foi cometido tanto na Nova Zelândia quanto nos Estados Unidos, o que daria munição para a assinatura de um tratado de extradição entre os dois países. Muitos negócios da indústria criativa, como produtoras de cinema que lutam por mais leis de proteção de direitos autorais, estarão acompanhando o caso de perto para ver o precedente que ele pode abrir, de acordo com a agência de notícias Associated Press.
Quatro anos é muito tempo para esperar e o milionário tem passado esse tempo de uma maneira realmente singular.


O que ele tem feito?

Raramente visto em público, a presença de Kim Dotcom permanece muito viva na internet. No período de uma semana, em janeiro do ano passado, ele lançou um álbum no Baboom, um serviço de transmissão de músicas que ele criou, fundou um partido político na Nova Zelândia (mas falhou ao ganhar posições nas últimas eleições) e lançou um serviço de chat que, segundo ele, acabaria com o Skype. Dotcom foi, por certo período de 2011, o jogador número um no ranking do jogo on-line “Call of Duty: Modern Warfare 3″.

Ele também encontrou tempo para ter filhas gêmeas em 2012, somando uma prole de cinco filhos com a esposa Mona Verga Dotcom, de quem se separou em 2014. No verdadeiro estilo de Kim Dotcom, todos os seus filhos têm nomes que começam com a letra K: Keera, Kaylo, Kylee, Kimmo e Kobi.

Onde ele esteve vivendo?

Após ter sido preso ao estilo de Missão Impossível, Dotcom recebeu uma restrição para ficar em um raio de 80 km da sua casa e se reportar à polícia duas vezes por dia. Essa situação foi facilitada pelo fato de ele ser dono de uma das propriedades mais caras da Nova Zelândia.

O empresário comprou a mansão extravagante de uma família que criou uma linha popular de cestas de natal. Ele redesenhou a maior parte da casa.
A residência tem itens notáveis, como uma piscina aquecida com caixas de som submersas (cheia de água da nascente, naturalmente), luxuosas camas trabalhadas à mão que levaram de 140 a 160 horas para serem produzidas e gigantes estátuas de girafas nos jardins.
Pessoas que vivem perto de Dotcom na área de Coatesville raramente o veem muito de perto, mas já o encontraram dirigindo carros de luxo pela cidade com placas customizadas com a palavra “GUILTY” (que, em inglês, quer dizer “culpado”). Ele está conduzindo seus negócios de casa e longe dos olhos públicos, e ninguém alega ter visto seus filhos frequentarem escolas da cidade.


Ele está incomodado?

O jogo de espera pode ainda não ter acabado para Dotcom e para aqueles que estão contra ele. Apelos dos dois lados que esperam a decisão são prováveis, o que significa que, mesmo que seja extraditado, isso pode levar meses ou anos, de acordo com a Associated Press.

Apesar da situação complexa em que Kim Dotcom se encontra, ele permanece falando sobre seus apuros no Twitter, onde um bando de seguidores leais enviam amor e suporte.

Como Carlos Tilkian ressuscitou a Estrela


Letícia Moreira

Por Alex Ricciardi

No início de 1996 a história da mais importante companhia brasileira voltada às crianças parecia, ao menos para o mercado e para quem a acompanhava pelos jornais, estar perigosamente próxima de seu fim. Com dívidas volumosas perante o governo geradas por impostos não pagos, milhões de reais em mercadorias encalhadas no depósito e, principalmente, uma avalanche de brinquedos baratos vindos da China tomando-lhe clientes, a Estrela já era dada como perdida por muitos analistas — e vários deles achavam que tal visão era corroborada pela atitude de seu controlador e presidente, Mario Arthur Adler, que já não escondia seu desgosto em trabalhar na companhia.

A crença geral era que a empresa acabaria sendo vendida a algum gigante estrangeiro do setor, como Hasbro ou Mattel. Outros iam além, prevendo que ela acabaria por simplesmente fechar as portas. Porém, contra todas as expectativas (e, diziam, também contra o bom senso), em abril daquele ano seu principal executivo, Carlos Antonio Tilkian, comprou a companhia. Espantado, o mercado aventou as mais disparatadas hipóteses para a transação. Diziam que ele fizera a aquisição com fundos da, e para a, comunidade armênia do Brasil, a qual pertencia. Ou que a operação era o prenúncio de uma concordata, que viria. Estavam todos errados. O tempo iria provar que Tilkian apenas seguira seus instintos ao adquirir uma marca que, apesar de tudo, era (e é) uma das mais poderosas do país. E, no que tangia aos problemas do grupo, ele decidira apostar na própria capacidade de resolvê-los — e em sua boa estrela.

“A crise que a indústria nacional de brinquedos amargou não surgiu de um processo, mas de um único golpe: o plano Collor, que em março de 1990 abriu, quase do dia para a noite, o mercado para os fabricantes estrangeiros”, lembra Tilkian. “Até então nosso mercado era fechado. Não se traziam brinquedos de fora do Brasil, era proibido. Aliás, os maiores players mundiais do setor, que no resto do mundo brigavam entre si, aqui tinham seus produtos licenciados e fabricados por uma mesma companhia — a Estrela, justamente.” Vendo aqueles dias em perspectiva, o empresário (que é hoje CEO e presidente do conselho do grupo) faz questão de, à maneira de Mark Twain, informar: os relatos sobre a morte da Estrela que corriam então foram grandemente exagerados. “Passamos por maus momentos, mas nunca estivemos sequer perto de quebrar, pedir concordata, nada disso”, conta.

“O único passivo pesado que tínhamos eram os tributos não pagos. Faz tempo que já equacionamos o problema, embora ainda sigamos pagando essa dívida. Mas não é nada que comprometa nossas finanças”, diz Tilkian em seu escritório na capital paulista, onde também está localizado o showroom da Estrela. Já suas unidades produtivas não ficam na cidade. “Possuíamos uma fábrica aqui. Fechei assim que pude. É muito complicado produzir no município de São Paulo, principalmente tendo de competir com os chineses”, diz ele, em uma das várias vezes nas quais citou o país asiático durante a entrevista que concedeu a FORBES Brasil, no final de maio. Tilkian viaja duas vezes por ano à China. Lá a Estrela conta com vários fornecedores cadastrados, que confeccionam seus produtos, com sua marca. Depois os traz ao Brasil. Já que não podia vencer o inimigo, a Estrela fez o recomendado nos melhores manuais de gestão para casos assim: juntou-se a ele.

Não que ela faça na China tudo o que vende. Até em atenção à sua razão social (Manufatura de Brinquedos Estrela S.A.), a empresa segue produzindo no país. Tem hoje três fábricas: uma em Itapira, no interior paulista, onde também está a maior parte de sua administração; outra em Três Pontas, Minas Gerais; e a terceira em Ribeirópolis, Sergipe, a qual atende à demanda da região Nordeste por brinquedos. Já teve uma fábrica em Manaus, hoje fechada por questões logísticas: brinquedos são quase sempre produtos relativamente baratos. Transporte, que é um custo invariável, acaba por isso constituindo uma parcela significativa de seu preço final. Mesmo com benefícios fiscais, o valor do frete entre o Amazonas e o restante do país acabava sendo alto demais. É espantoso, mas sai mais em conta para a Estrela — e para muitas outras empresas brasileiras — fabricar itens na China, a milhares de quilômetros de distância, do que em território nacional.

Ano passado a companhia viu crescer sua receita líquida de vendas em 61%, para R$ 113,5 milhões. Neste ano a queda dos preços do petróleo deve trazer algum alívio ao custo do plástico, principal insumo da indústria de brinquedos. Mas as grandes variáveis para a atividade, no Brasil, são algo ainda mais incerto que isso: a oscilação cambial entre o dólar e o real, a taxa de juros no país e as alíquotas de importação que o governo impõe ao setor. Justamente devido a isso Tilkian optou, desde que se tornou dono da Estrela, por mesclar produção interna e externa.

“Em 2014 a importação representou em torno de 35% de nosso faturamento; em 2015, não deve passar de 20%. No limite, somos capazes de produzir no exterior 90% do que vendemos e também somos capazes de produzir estes mesmos 90% internamente. As condições é que determinam o que faremos em cada ano”, explica.

Como boa parte dos empreendedores brasileiros, Tilkian é filho de imigrantes que chegaram ao Brasil após sofrer perseguições em seus países de origem. Em seu caso específico, imigrantes armênios. Seu pai e sua mãe vieram para cá entre os anos de 1915 e 1923, partindo do então Império Otomano, no Oriente Médio, em uma fuga desesperada para salvar as próprias vidas (nessa época ocorreu ali o massacre de 1,5 milhão de armênios pelo exército e forças policiais otomanas — o primeiro grande genocídio do século 20). Nascido em 1953, ele formou-se em 1976 em administração pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Nesse mesmo ano ingressou na Gessy Lever (hoje Unilever) como trainee, e lá permaneceria até 1993.

“Fiz uma carreira bonita na Unilever. Cheguei a diretor de vendas quando tinha só 35 anos, o que era raro à época. Justamente por isso, porém, houve um momento no qual quiseram que eu fosse morar na Itália para assumir a direção de uma das divisões locais do grupo”, recorda. “O problema é que, na ocasião, minha esposa havia falecido há pouco. Estava com dois filhos pequenos e não queria impor a eles o custo de deixarem seu país naquela situação. Então recusei a proposta e, algum tempo depois, saí da companhia e fui para a Estrela.”

Quando o executivo chegou à fabricante de brinquedos, a situação ali não era boa. Fundada em 1937 em São Paulo por Siegfried Adler, a companhia tinha uma bela história atrás de si: fora uma das primeiras empresas brasileiras a se tornar sociedade anônima (1944) e guardava em seu portfólio joias do mundo da diversão, como o Autorama, o Genius (primeiro brinquedo eletrônico do Brasil), a boneca Barbie e jogos de tabuleiro — em especial, o famoso Banco Imobiliário. Mas a gestão do filho de Siegfried, Mario Adler, era alvo de severos reparos vindos de analistas e acionistas. “Não concordo com essas críticas ao Mario. Ele fez o que estava ao seu alcance, em um momento muito difícil para nossa indústria. A Estrela deve muito a ele”, faz questão de dizer Tilkian. O fato é que Adler tentara, por duas vezes, vender a companhia e não conseguira. A solução foi concretizar um management buyout (como é chamada a compra de uma empresa por seus executivos) em favor de Tilkian.



Letícia Moreira

De lá para cá, a situação do grupo melhorou sensivelmente. “Após comprar a Estrela, eu e minha equipe ainda tivemos vários anos difíceis. Até conseguirmos firmar o novo modelo de negócios, baseado na flexibilidade entre importação e fabricação interna, sofremos um pouco. Depois disso, porém, a companhia aprumou e desde então só temos crescido e ganhado musculatura”, conta o executivo. A empresa orgulha-se de contar com um laboratório de desenvolvimento de brinquedos — uma equipe formada por psicólogos, pedagogos e profissionais de outras áreas que estuda e interage com crianças e, a partir disso, concebe vários de seus lançamentos. São também da Estrela as licenças de produção de itens que hoje fazem um grande sucesso entre as crianças, como a inglesa Peppa Pig e a brasileiro O Show da Luna.

E para onde vai agora a companhia? “Analisamos novos investimentos com bastante calma. Não queremos cair novamente em outra crise como a que nos vitimou no passado. Somos prudentes e não fazemos dívidas desnecessárias.” Ainda assim ele revela certos movimentos que a empresa está preparando para este e os próximos anos: “Queremos, por exemplo, aumentar nossa exportação de brinquedos. Mas isso não será feito a partir de nossas fábricas brasileiras, elas hoje não são competitivas o suficiente para tanto. Vamos fazê-lo a partir de nossos fornecedores chineses”. Aliás, estão fazendo: a companhia vende seus brinquedos, com sua marca, para Turquia e Rússia e espera ampliar tal leque de países em breve.

No Brasil, uma vez assegurado seu espaço no mercado infantil nacional, a Estrela abriu um novo front: começou a fabricar brindes. “Nosso setor é muito sazonal. Perto de 75% das vendas são feitas no segundo semestre do ano. Então, para compensar isso, estamos usando nossa expertise no manejo do plástico para fazer coisas como chaveiros, pulseiras, apitos etc. Tem dado bastante certo, e espero que essa atividade gere cada vez mais receita para a companhia daqui em diante”, diz ele.

Por fim, questionado acerca da possibilidade de abertura de uma nova fábrica, Tilkian diz que isso está sim em seu radar, mas não no Brasil e sim no… Paraguai. “Os impostos do país são bem mais baixos que os cobrados por aqui. A energia deles é mais barata, e as leis trabalhistas são mais flexíveis que as nossas. Poderíamos instalar lá linhas de produção voltadas à exportação. Seria bom para o Paraguai, bom para o Mercosul e bom para nossa empresa.” Difícil de acontecer? Não para Carlos Tilkian. Sua trajetória prova que, em se tratando de superar desafios, ele é dono de uma estrela das mais fortes.