Como se estivesse com o mundo na barriga, sabendo sobre tudo, a presidente Dilma Rousseff recomendou a seus adversários na campanha presidencial que “estudassem” para poder governar o Brasil.
Fez essa recomendação a Aécio Neves (economista, ex-deputado federal, ex-presidente da Câmara dos Deputados, duas vezes ex-governador de Minas Gerais e atualmente senador da República pelo PSDB), Eduardo Campos (economista, ex-deputado estadual, ex-deputado federal, ex-ministro de Ciência e Tecnologia, atual governador de Pernambuco pelo segundo mandato consecutivo, pelo PSB) e a Marina Silva (bacharel em história, pós-graduada em psicopedagogia, ex-vereadora, ex-deputada estadual, ex-senadora da República — pelo PT — e ex-candidata à Presidência pelo PV, em 2010, com 20 milhões de votos).
Curiosa essa arrogância da presidente.
Ela se formou, tardiamente, em economia, por seu envolvimento com a luta armada e os anos que passou na clandestinidade e no cárcere. Depois, tentou e não terminou uma pós-graduação e um doutorado na mesma área.
Antes de ser presidente, jamais exercera cargo eletivo algum. Foi uma ministra de Minas e Energia de Lula que não deixou grandes lembranças e uma chefe da Casa Civil também do ex-presidente que se viu transformada em “mãe” de um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que já tem quase dez anos e não atingiu nem um terço de seus objetivos.
Com que moral a presidente passa lição de casa e pito em seus adversários, dois deles administradores experientes e a terceira com formação acadêmica melhor que a sua e várias vitórias eleitorais no currículo, além de cinco anos como ministra de Estado?
Ela recomenda aos adversários “estudar”?
O que recomendaria a seu guru, Lula, que nunca quis se aproximar de qualquer curso depois que passou a ter possibilidades, e que apregoa com orgulho sua falta de instrução?
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Tags: Aécio Neves, clandestinidade, Dilma Rousseff, Eduardo Campos, eleições de 2014, Lula, luta armada, Marina Silva, PAC
Osvaldo Aires Bade
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