Sei que esquerdistas beneficiários tem a plena noção de que o discurso esquerdista só serve para manipular a emoção de pessoas sugestionáveis. É claro que esses líderes, que ganham os tubos (a partir do inchaço estatal), sabem que são os espertos diante de trouxas, isto é, aqueles que realmente acreditam no esquerdismo.
Também existem algumas figuras, especialmente do mundo acadêmico, que realmente acreditam no que dizem. Esses, é claro, não tem medo do ridículo ao lançarem textos como “Rinha humana”, como é o caso do jornalista e escritor Laurez Cerqueira. Seu texto contra o UFC (após Anderson Silva ter quebrado a perna em uma luta) é de uma estupidez atordoante.
Ele questiona:
Até agora a luta UFC produziu lesões corporais graves, como a fratura de Anderson Silva e de outros lutadores. O que farão as autoridades quando ocorrer um assassinato diante dos olhos da plateia e dos telespectadores? O assassino será preso em flagrante?
Sim, é claro que será preso em flagrante. Se um lutador começar a bater em outro desacordado, com intenção de matar, será preso em flagrante. Se um jogador de futebol sacar um revólver e matar um outro dentro de campo, também será preso em flagrante. Se um corredor de stockcar puxar uma faca e degolar outro, também será preso em flagrante. Entretanto, se um jogador bater sua cabeça com o de outro e este acabar morrendo, não há motivos para prendê-lo. E se um lutador morrer em consequência dos golpes que tomou, dentro das regras do esporte, também não há motivos para prendê-lo. Percebe-se que o começo de Cerqueira, querendo lançar ao público uma “questão difícil”, não é nem um traque. Com sempre, para debater, o esquerdista precisa manipular a realidade.
A Constituição Federal e o Código Penal são claros. Essa de que entra no ringue quem quer, de que as pessoas são livres, é uma hipocrisia. Quer dizer que esse mesmo princípio vale para o aborto, a eutanásia, o suicídio e o uso de drogas? A tarefa está com o Supremo Tribunal Federal, o guardião da Constituição.
Loucura total. E, para início de conversa, os liberais tendem a apoiar o aborto, a eutanásia, o direito ao suicídio e ao uso de drogas. E os esquerdistas também apoiam essas coisas. E agora ele quer mudar as regras do jogo por que? Temos que buscar os motivos para Cerqueira apoiar uma fraude intelectual tão grotesca. Enfim, o livre arbítrio, enquanto não se prejudica um terceiro de forma direta, é um direito inalienável, em termos morais e lógicos.
Mas qual o “cui bono?” para Cerqueira ter partido para esse discurso? Explica-se: ao contrário dos liberais, para ele e seus amigos esquerdistas apoiar direito a aborto e uso de drogas não é uma defesa da liberdade individual, mas uma causa puramente política e hipócrita. Percebe-se, com sempre, a absoluta ausência de valores e princípios no discurso esquerdista. Se ele tivesse algum valor, enquanto apoia o direito ao aborto e ao uso de drogas, também apoiaria o direito de alguém lutar UFC.
Tomando como base esse princípio do livre arbítrio, esse “esporte” pode entender que deve evoluir para o uso de facas ou sabres, como no tempo dos gladiadores, tudo bem? Guardadas as devidas exceções, quem assiste quer ver sangue, mais sangue, como nos Coliseus. Isso não seria medieval, uma barbárie?
E qual o problema se surgisse uma luta com o uso de facas ou sabres? Desde que alguém quisesse entrar em um ringue para lutá-la, sem problemas. Mas tal luta seria inviável, pois os perdedores dificilmente teriam uma carreira. Quem, em tempos atuais, iria praticar um esporte no qual a derrota poderia significar sua morte? Creio que Cerqueira anda assistindo filmes demais, como este abaixo (que é apenas um filme, e bem divertido):
Como se vê, não faz o menor sentido partir para a falácia da bola de neve: “Se permitirmos UFC, então teremos no futuro luta de sabres. Logo, o UFC deve ser proibido.”. Ah, como é confortável ser um especialista na captura de falácias oponentes… (Pessoal, é por isso que eu digo, se especializem na leitura de guias de falácias. Coloquem esse conhecimento como parte de seu DNA. Vai ser útil, com certeza.)
Classificaram essa luta sanguinária como esporte para regulamentar a rinha humana. Rinha de galo, de cães e de outros animais são proibidas por lei e a rinha humana não? A sociedade do espetáculo está indo por caminhos sombrios.
Lamentável, lamentável. Não há um parágrafo que se salve. Para derrubar esta fraude, basta lembrarmos que as pessoas que entram em um ringue estão exercendo sua liberdade individual, enquanto cachorros e galinhas não. Temos uma falsa analogia grotesca aí.
Tem um culto à violência por aí que está levando gente às academias e às lojas de tatuagem para ficar cada vez mais parecida com os lutadores de UFC. Junto com isso tem uns joguinhos eletrônicos de extrema violência que ajudam a turbinar a performance. O que têm a dizer os estudiosos da Psicologia, da Sociologia, da Filosofia, da Antropologia? Não vão se pronunciar? Só depois do primeiro cadáver nas telas de TV?
Se esses estudiosos forem de esquerda, com certeza vão dizer as mesmas bobagens ditas por Cerqueira até agora, todas elas refutáveis por qualquer um que tenha lido um guia de falácias básico e internalizado seu conteúdo.
Agora ele parte para a inversão completa dos eventos. E, como sempre, tudo embasado por crenças irracionais e completamente anti-científicas. Bastaria que ele tivesse lido On Aggression, de Konrad Lorenz, um dos maiores clássicos dos primórdios da psicologia evolutiva, para entender que a agressão é parte inerente de todas as espécies primatas.
Quando vemos pessoas fazendo uso de jogos violentos e assistindo UFC, não temos um estímulo à violência, mas sua contenção. Explica-se: a espécie humana tem a agressividade no seu DNA, assim como todas as espécies primatas. É por isso que E.O. Wilson disse que “se os babuínos hamádrias tivessem bombas nucleares, destruiriam o mundo em uma semana”.
Mas, pelo processo vicário (que a espécie humana foi entendendo, meio que na base do atropelo, aos poucos), o ser humano não precisa praticar uma violência para controlar seus níveis de testosterona. Ele pode assistir a violência em filmes, e coisas do tipo. Ou mesmo em lutas UFC. Ou mesmo em qualquer esporte competitivo, onde há vitoriosos e perdedores.
O que quero dizer aqui é que: afirmar a relação entre a existência de jogos violentos e lutas de UFC com o aumento da violência é uma alegação mais do que ridícula. É uma afirmação irracional, nem um pouco sustentada por evidências.
É incrível! Pessoas que assistem a esse espetáculo se dizem, às vezes, ecologistas, protetoras dos animais, até apoiaram, por exemplo, ações como a da libertação de cachorrinhos da raça Beagle, dos laboratórios de pesquisa em São Paulo. Não é raro ver rapazes musculosos e tatuados com seus Poodles numa coleirinha passeando por aí, mas não perdem sequer uma luta. Esquisito, não?
Não, esquisito é ver um acadêmico escrever tantas bobagens, dignas de um iletrado em termos científicos. As espécies primatas, mesmo sendo máquinas de violência, também são empáticas diante dos desfavorecidos. (E por isso podem ser vítimas de manipulações emocionais com relação à empatia humana, como no caso bárbaro do roubo dos beagles.)
Não há nada de “esquisito” nisso, mas óbvio.
Pode estar vindo nesse movimento algo de intolerância, de violência extrema, que não combina com a harmonia, a paz e a solidariedade que desejamos, particularmente, todos os finais de ano, para a sociedade dos nossos sonhos. Neste final de ano fomos “brindados”com uma fratura exposta do lutador Anderson Silva.
Já falei do processo vicário, que permite que seres humanos não precisem praticar violência diretamente para aumentar seu nível de testosterona. E é pelo mesmo fenômeno que vemos esquerdistas apoiando genocídios e diversas outras barbáries. Pelo visto, assistir uma luta de UFC parece ser bem mais sadio, em termos sociais, do que descarregar o afã por violência no apoio de ideias da religião política. Até agora, o número de vítimas de UFC é muito menor do que as vítimas dos gulags, na Rússia, ou dos campos da morte, no Cambodja. E tudo com o patrocínio intelectual da esquerda.
Que eu saiba os maiores “movimentos de intolerância e violência extrema” saem de pessoas com discursos como os de Cerqueira, não de gente como Anderson Silva.
Aliás, mesmo com sua fratura exposta, Anderson Silva é um sujeito de origem humilde, que hoje se tornou milionário por ter se tornado lutador. Parece que Anderson não precisa de um consultor de carreira como este. Em suma: Anderson Silva não precisa da “proteção” de Cerqueira.
E temos mais algo previsível: se as lutas UFC (assim como no caso do futebol) fornecem uma oportunidade de pessoas pobres conseguirem sair de uma vida de miséria e ganharem muito dinheiro, sem prejudicar ninguém, então… ele luta para eliminar este meio. Quer dizer, o discurso de luta em favor dos desfavorecidos, da esquerda, mais uma vez mostra-se uma mentira deslavada, pois os lutadores de UFC, especialmente os iniciantes, são desfavorecidos socialmente. A hipocrisia e falta de lógica parece não ter limites.
Ao Greenpeace, ao WWF e tantas ONGs que atuam na busca da paz, do fim das guerras, na preservação da natureza, na proteção dos animais, peço que “vão ao Ártico” e continuem nos seus propósitos, como fizeram os 26 militantes do Greenpeace, entre eles a brasileira, Ana Paula Maciel, mas não ignorem o que está acontecendo aqui. Um ser humano pode matar outro diante dos nossos olhos, nas telas de TV.
Ué, Greenpease e WWF são ONGs que realizam práticas de crimes, incluindo atos de pirataria, como aqueles de Ana Paula Maciae. Essas são atitudes criminosas e extremamente condenáveis em termos morais. Já entrar em um ringue, ou assistir a uma luta que ocorre neste mesmo ringue, não implica na destruição de propriedade alheia, roubo e pirataria. É, meus caros, como se vê, no que tange à “defesa da paz”, precisamos fugir dos conselhos de Cerqueira.
O UFC está sendo tolerado por que é movido por milhões em negócios. Não só as empresas patrocinadoras ganham; as empresas de comunicação também engordam seus caixas.
Agora, surge o truque típico de dizer que algo é maligno por que “gera milhões em negócios”. É sempre o embaralhar e dar de novo em cima da mesma historia: as armas são ruins por que existe um comércio milionário, o UFC é ruim por que existe um comércio milionário, etc. O problema é que tudo nesta vida gera comércios milionários, até mesmo venda de camisetas do Che Guevara. Avaliar a moralidade ou não de algo apenas por que gera comércio milionário é o fim da picada.
Perguntar não ofende: será que alguma ONG pacifista, ambientalista recebe contribuição de alguma dessas empresas? Aos jornalistas “investigativos” de plantão vale conferir e informar quem ganha e quanto com a rinha humana. Mas, se as empresas patrocinadoras dessa barbárie forem clientes da TV, do rádio, do jornal ou da revista, duvido que alguém fique sabendo, por razões óbvias.
Está aí uma boa ideia. Que as ONGs de ambientalismo radical deixem de receber contribuições de empresas que apoiam UFC. Quem sabe assim essas empresas não passam a investir em algo melhor e mais produtivo. Se bem que, comparado ao discurso ambientalista radical, qualquer coisa é melhor. Poderiam investir, por exemplo, em ONGs que ajudem pessoas que realmente precisam, como vítimas de enchentes.
O que diriam Mahatma Gandhi, Dalai Lama, John Lennon, Nelson Mandela, os Prêmios Nobel da Paz, enfim, todos os pacifistas do mundo, sobre as rinhas humanas?
Nelson Mandela, como todos nós sabemos, gostava de um esporte muito mais violento: matar inocentes em atentados terroristas. Com certeza, ele não era a melhor pessoa para dar conselhos sobre o que devemos assistir ou não. John Lennon adorava ideólogos do marxismo, e sua música Imagine mostra que ele gostava de discursos para manipular as emoções ao mesmo tempo em que se pediam ações genocidas (como, por exemplo, eliminar todas as classes, omitindo o fato de que uma classe poderosa precisa ser criada para isso). O nível de Lennon já é o dos psicopatas retintos. Dalai Lama também apoiou o marxismo, que prega o uso de violência em falsas guerras de classes. Alias, Gandhi não hesitou em usar força bélica contra o Paquistão por Kashmir. Melhor que ouvir que esses “pacifistas” (ou hipócritas) tem a dizer, melhor buscar o debate racional ou ler autores como Konrad Lorenz e David Livingstone-Smith.
Cerqueira termina seu texto desejando “um 2014 de paz, harmonia, solidariedade, e felicidade para toda a humanidade!”. Sim, mas bem distante de gente como ele, que se finge de pacifista para defender barbáries.
O deputado federal José Mentor (PT-SP) considera que a imagem da fratura de Anderson Silva na madrugada de ontem foi “forte demais” para ser mostrada na televisão.
Ele é autor de projeto de lei que proíbe a exibição de lutas de MMA, em TV aberta ou fechada. O projeto está na Comissão de Ciência e Tecnologia do Congresso Nacional.
“Você tem de ser solidário a uma pessoa que se machucou. Mas não é acidente. O objetivo do MMA é ser agressivo. Aquele pontapé faz parte da regra. É normal.”
A ideia de proibição causou reação de lutadores e fãs da modalidade. Apesar de reconhecer a pressão, Mentor ataca a modalidade.
“MMA não é esporte. Esporte é a superação do limite da pessoa humana, respeitada a integridade física. E não é arte marcial coisa nenhuma. Arte marcial tem filosofia. MMA é agressão”, completa.
Como sempre, vemos a obsessão por censura em relação ao que os outros podem ver, e o absoluto desrespeito pela liberdade individual. Para entender que as pessoas devem ter o direito de escolher o que querem assistir, e que riscos querem correr (se optarem por lutar MMA), é preciso respeitar o indivíduo. E respeitar o indivíduo é o oposto do pensamento de esquerda.
Assim como no caso de Cerqueira, ele usa uma instância da novilíngua para dizer o que é ou não esporte. Mas na verdade, esporte é apenas a prática de atividades físicas para melhoria da saúde e, em muitos casos, entretenimento. No esporte profissional, as pessoas buscam obter renda a partir da prática esportiva, e tudo depende do interesse do público em assistir este esporte. Se formos lutar boxe apenas por diversão, estamos praticando esporte. Se formos lutar perante um público, praticamos esporte profissional. Simples assim. Enfim, esse tal José Mentor não pode ser mentor de absolutamente nada relacionado ao assunto, pois, como toda a extrema-esquerda, não fornece um argumento racional para discutir as questões públicas.
Aliás, em tempo, eu não gosto de UFC e não assisto lutas. Mesmo assim, entendo que pessoas decentes em uma sociedade livre devem respeitar o direito de quem quiser assistir, poder fazê-lo, e quem quiser lutar, também poder fazê-lo. Esse tipo de respeito à individualidade, que ocorreu principalmente no advento do iluminismo, é algo que os esquerdistas jamais conseguiram assimilar. Por isso, não se deixe enganar: todas as propostas “pacificadoras” deles passam necessariamente pela retirada da liberdade individual das pessoas fazerem suas escolhas (enquanto não prejudicam diretamente outras).
Nada é mais anticivilizacional que isso. Os brucutus não estão nos ringues UFC, mas escrevendo discursos esquerdistas apoiando retiradas de liberdades individuais.
Osvaldo Aires Bade
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Tem um detalhe interessante…
Como o esquerdistas tem a mania de começar com uma medida X facultativa e mudar para X obrigatória e depois expandir X obrigatória… Eles enxergam evolução ao absurdo em tudo, até no UFC. Ou seja, na cabeça dele como o UFC funciona na base da porrada, ele vai evoluir para luta de espada e depois para luta de arma de fogo.
Absurdo, sabemos, mas é assim que opera a mente esquerdista.
Enquanto isso, em Cuba, eles querem também entrar em um octógono, mas o governo não deixa e a comissão de artes marciais não apoia nem um pouco. Les falta pateo, mas é de se acreditar que nas mãos eles mandem muito bem, até porque a tradição do país está no boxe:
Observe como o treinador principal precisa falar da coisa toda com muito cuidado (e não duvido que o documentarista tenha posto no ar só aquilo que não comprometia o cara). Compare-se isso com os lutadores do UFC falando sem maiores problemas da necessidade de ganharem melhores bolsas pelas lutas que realizam.
Além disso, é quase certo que os marxistas-humanistas-neoateístas que criticam a luta não prestaram atenção ao fato de que o MMA está evoluindo. No UFC, por exemplo, é proibido o “tiro de meta”, o que por si só torna a luta mais técnica e menos pancadaria pura, isso sem falar das regras gerais que são praticamente um transplante daquelas estabelecidas pela Comissão de Nevada para o boxe e que são referência para lutas em geral no mundo (afinal o boxe também foi pancadaria pura em seus primórdios). Logo, o MMA evoluiu e evoluirá, mas não para uma luta com espadas.
Os MHNs criaram um espantalho, mas esqueceram-se de que os “espantalhados” têm bastante conhecimento técnico em comparação aos “espantalheiros” e não aceitam nem um pouco a palha que lhes queriam colocar de forro. Que observem a saraivada de críticas que os adeptos da “teoria crítica” estão recebendo em seu próprio campo, bastando ir ao link original.
Para ver a evolução do MMA e só comparam o PRIDE com o UFC
O interessante é que vários jogadores de futebol têm morrido nos campos, durante uma partida, e nenhum esquerdista doido apareceu (ainda) pedindo a proibição do esporte. Talvez, depois da Copa...Na verdade o Jean Wyllys já chiou contra o futebol…De um jeito absolutamente bizarro… mas é o Wyllys.