terça-feira, 22 de setembro de 2015

G1 explica: o que é o Hamas?

Integrantes do Hamas tomam o escritório do presidente palestino Mahmoud Abbas, em 2007 (Foto: AP)

Criado em 1987, grupo islâmico não reconhece Estado judeu.
Em 2007, passou a controlar a Faixa de Gaza, território na costa de Israel.

O Hamas é considerado a maior organização islâmica nos territórios palestinos da atualidade. Um de seus criadores foi o xeque Ahmed Yassin, que pregava a destruição de Estado israelense.
Seu nome é a sigla em árabe para Movimento de Resistência Islâmica. O grupo surgiu em 1987, após a primeira intifada (revolta palestina) contra a ocupação israelense na Cisjordânia e na Faixa de Gaza
Além da faceta militar – com as brigadas Al-Qassam – o grupo que controla Gaza também é um partido político. Em sua carta de fundação, o Hamas estabelece dois objetivos: promover a luta armada contra Israel e realizar programas de bem-estar social.
Em 2006, o grupo islâmico venceu as eleições parlamentares palestinas, fato não reconhecido pelo opositor Fatah – partido nacionalista fundado em 1959 pelo líder palestino Yasser Arafat e que concorda com a criação de dois Estados (Israel e Palestina) para a solução do conflito.
Ocorreu, então, o racha dentro da Autoridade Nacional Palestina, após anos de confrontos internos. A divisão fez com que o Hamas passasse a controlar a Faixa de Gaza, a partir de 2007, e o Fatah ficasse com o comando da Cisjordânia.
Israel e Hamas não dialogam – o Estado judeu considera o grupo terrorista.
O Hamas é parte de uma vertente política do Islã que, com as Revoltas Árabes, está sendo combatida em toda a região – primeiro no Egito (com a saída da Irmandade Muçulmana), mas também em países do Golfo. Até seu aliado Irã deixou de apoiá-lo.
Por sua longa história de ataques e sua recusa em renunciar à violência, o Hamas é considerado uma organização terrorista também pelos Estados Unidos, União Europeia, Canadá e Japão.
Mas para seus apoiadores, como Qatar e Turquia, o Hamas é visto como um movimento de resistência legítimo. O grupo islâmico não aceita as condições propostas pela comunidade internacional para ser um ator global legítimo: reconhecer Israel, aceitar os acordos anteriores e renunciar à violência.

A ingenuidade semiótica das suásticas brasileiras

Em nota, a secretaria de educação do município justificou que a suástica teve apenas um “teor de representação de fatos históricos ocorridos na Alemanha”.

Era o que faltava! Em meio a atual atmosfera politicamente pesada de polarização e intolerância, eis que suásticas começam a se espalhar não só em cartazes de grupelhos neofascistas, mas agora também em instituições que deveriam trazer a esperança civilizatória em meio à barbárie: escolas públicas e universidades. Cheios de boas intenções (conscientizar, debater e denunciar), estudantes desfilam com suásticas e um estande de uma feira universitária transforma-se num bizarro parque temático nazista com prisioneiros judeus com camisas listradas com a estrela de Davi e alunas felizes e elegantes em seus uniformes da SS e braçadeiras com a indefectível suástica, posando para selfies. Nas suas ingenuidades semióticas, falam que as suásticas são apenas “expositivas”, com as melhores intenções pedagógicas,  como se as imagens pudessem ser neutras e apenas ilustrativas. Sem saberem, estão manipulando cepas de ícones-índices de alto poder viral com efeitos imprevisíveis em redes sociais e opinião pública.

Como se já não bastasse a pesada atmosfera atual de polarização que domina a opinião pública no País, de forma surpreendente o setor educacional (que deveria ser uma referência civilizatória em meio à barbárie) dá também sua contribuição à turbulência política, de forma ingênua e desajeitada.


Em um desfile promovido pela Prefeitura da cidade de Taboão da Serra, para comemorar o Dia da Independência, alunos representando uma escola municipal traziam nas mãos suásticas nazistas para representar os Jogos Olímpicos de 1936 em Berlim. O tema do desfile era “Olimpíadas” (alusão aos jogos olímpicos que serão disputados no Brasil no próximo ano) e para cada escola foi sorteada uma edição das Olimpíadas.

Das boas intenções ao inferno


De Taboão da Serra para a cidade de Bauru. Pouco tempo depois das pichações racistas com desenhos de suásticas nazistas no campus da Unesp com dizeres como “A Unesp está cheia de macacos” e “as mulheres negras fedem”, a USC (Universidade Sagrado Coração) promoveu a semana da Feira das Profissões 2015 onde mais uma vez suásticas foram expostas por uma instituição de ensino.

A feira da USC chamou a atenção ao apresentar os estudantes de História utilizando bandeiras com a suásticas e felizes alunos trajando o uniforme da SS e outros com a vestimenta dos prisioneiros judeus em campos de concentração, listrada e com a estrela de Davi – o que transformou o estande do curso de História da universidade em um mórbido parque temático nazista.

Repleto de boas intenções, a resposta da USC à polêmica falava que o estande era “expositivo” e que o propósito das imagens era “ensinar, conscientizar e abrir espaço para debates” e a “importância da Democracia, da Justiça e da Igualdade”.

Na prática, o resultado foram inacreditáveis selfies que se espalharam na redes sociais de estudantes alegres, felizes, sorridentes, confortáveis e elegantes em seus uniformes da SS e empunhando braçadeiras com a suástica. É inegável que houve alguma contradição entre forma e conteúdo, intenções e resultado.


O que há em comum nos episódios de Taboão da Serra e Bauru é uma concepção semioticamente ingênua de que as imagens podem ser meramente ilustrativas, como se existisse um grau zero da representação – as imagens como simples decalques da realidade.

Tabu e idolatria das imagens


Em toda História, a imagem nunca foi neutra: ela pode fascinar e exigir ser tocada (a chamada “imagem-índice”), pode inspirar somente prazer como na arte (“imagem-ícone”) ou ainda produzir distanciamento e reflexão – “imagem-símbolo”.

Por isso a imagem foi motivo de tabu e idolatria: das advertências do Velho Testamento bíblico sobre a idolatria por imagens à utilização propagandística da Igreja Católica com seus vitrais e afrescos com “imagens-índices” que produziam fascínio e temor.

Os designers do III Reich certamente compreendiam isso ao pegarem um símbolo esotérico (a “swastika”, na Índia associado ao “auspicioso”, Buda, ou a Ganesh, divindade da sabedoria) e converter em um ícone – com sua forma invertida, ganhou dinamismo com a nova apresentação em sinistrogira: como se girasse em sentido anti-horário.


Qualquer símbolo transformado em ícone ganha força viral de disseminação. Isso porque a imagem jamais é neutra (“ilustrativa” ou “expositiva”) – ela tem a força da intenção. Imagem é propaganda.

Os “déficits da imagem”


Pela Semiótica, a imagem apresentaria quatro “déficits” que a impediriam existir essa suposta neutralidade ou representação objetiva da realidade:

a) A imagem ignora o enunciado negativo. Toda imagem é afirmativa, auto-suficiente e completa. É impossível negar um objeto por meio da apresentação da sua imagem em uma proibição, um programa ou um projeto. Dessa maneira, como conscientizar sobre os horrores do nazismo expondo publicamente a suástica e uniformes? Como proibir mostrando publicamente o que é negado?

b) A imagem só pode mostrar o particular em um contexto particular e não categorias ou tipos. Toda imagem descontextualiza por ser auto-suficiente. Por isso, bandeiras e cartazes com suásticas e uniformes negros da SS fora do contexto transformam-se em parques temáticos afirmativos. Operadores linguísticos de negação ou de contextualização existem apenas nos símbolos – no texto, na palavra etc. Porém, o símbolo é impotente diante da força viral da imagem, principalmente exposta publicamente. O símbolo é consumido individualmente, enquanto a imagem tem uma força coletiva.

c) A imagem ignora operadores sintáticos de disjunção (ou... ou) e da hipótese (se... então).  A imagem só procede por adição e justaposição sobre um único plano da realidade. Toda imagem é alógica. Por isso que negar o nazismo apresentando suas imagens propagandísticas é impossível. Isso somente é possível no audiovisual onde as imagens são editadas e montadas em uma narrativa lógica. Por isso soa ingênuo montar estandes ou desfilar com cartolinas expondo suásticas.

d) A imagem ignora marcadores de tempo. Toda imagem aspira ao eterno. Por isso ela é sempre contemporânea – o futuro ou o passado não têm equivalente visual. A imagem sempre é presente, a não ser em um audiovisual onde uma voz em off descreva temporalmente a imagem. Por isso, a força propagandística das imagens: arranca-las do passado para serem expostas no presente as ressuscita, tornam-nas atuais – sobre esses “déficits da imagem” leia mais em DEBRAY, Regis.Vida e Morte da Imagem, Vozes, 1992.



Imagem é magia, fetichismo e vírus

Talvez todos os tabus e proibições em relação às imagens em diversas culturas e religiões (como, por exemplo, na lei mosaica – “Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra ou nas águas debaixo da terra”, Êxodo 20:4-6) não sejam meras crendices ou superstições.

Há algo de magia e fetichismo nas imagens que as tornam perigosamente indiciais, assim como na idolatria o ícone se transforma no próprio corpo e sangue santificados. Convertendo-se em imagens-índices produzem efeitos físicos e virais.

Assim como nenhuma feira de ciências escolar colocaria alunos em um estande manipulando cepas do vírus ebola ou da gripe espanhola, da mesma forma nenhum trabalho escolar ou feira universitária deveria colocar estudantes manipulando imagens com alto poder semiótico viral.

Principalmente no momento atual onde a atmosfera é altamente condutora para a disseminação dos efeitos dessas imagens-índices. Basta ver o exemplo de cartazes espalhados na cidade de Niterói-RJ com ícones inspirados na Ku Kux Klan ameaçando homossexuais, muçulmanos e comunistas e pregando a intolerância religiosa e sexual.

Persistindo na metáfora viral sobre o poder dessas imagens-índices, tal como no mundo das pesquisas bio-científicas as imagens como suásticas e uniformes da SS apenas deveriam ser manipuladas e estudadas em grupos fechados de pesquisas ou salas de aula com a assistência de professores especialistas. Expor essas imagens publicamente, mesmo com as melhores intenções de conscientização e denúncia, corresponderia a mesma ingenuidade de alertar sobre os riscos de um determinando vírus expondo publicamente cepas da doença para mostrar quão horrível é o aspecto do mal.

E mesmo sob ambiente controlado, ainda assim são perigosas e sujeitas a acidentes como o relatado pelo filme A Onda (2008), baseado em caso real ocorrido em 1967 em uma escola secundária nos EUA: discutindo a atualidade dos regimes autoritários, um professor propõe um exercício pedagógico de recriar um movimento político em sala de aula, baseado em símbolos, saudações e uniformes. O movimento foge ao controle do professor, criando uma onda de intolerância e autoritarismo na localidade.

Essa ingenuidade semiótica demonstrada por professores e alunos tanto de uma rede municipal como de uma Universidade comprova o atual analfabetismo visual, em grande parte responsável pelo próprio analfabetismo político.

Seria o caso de sugerir para a USC de Bauru uma disciplina como Semiótica da História ou um curso  de alfabetização visual tanto para alunos como professores da rede municipal de ensino não só do Taboão.


- VOCÊ ACHA O NAZISMO REPUGNANTE? ENTÃO POR QUE APÓIA O COMUNISMO? (aqui)



A origem da swastica perde-se na noite dos tempos, embora possa ser considerado um dos mais velhos símbolos utilizados pela humanidade. A sua mais antiga significação é a de símbolo Solar

A tradição remonta à Índia védica, mas os ensinamentos bramânicos nos ensinam que sua origem é muito mais antiga. Certos tradicionalistas não hesitam por seu lado, de fazerem da cruz gamada um emblema conhecido pelos Atlantes, os habitantes do antigo e hipotético continente de Um, ou Lemúria. Façamos um apanhado dessas teorias.

Segundo o inglês, coronel James Churchward, o primeiro símbolo empregado pelo homem foi a cruz comum, representando as quatro direções do espaço. A sua evolução levou à cruz dentro de um círculo, símbolo do ovo do Sol, ou do mundo governado pela LUZ, que se transforma na swastica ou cruz gamada da roda da vida.




A cruz swastica é o símbolo das quatro forças sagradas que sob inumeráveis nomes e aspectos diferentes representaram um papel importante na concepção humana do Criador e da Criação, desde o alvorecer dos tempos, até hoje em dia (Fogo, Água, Ar e Terra).

Com essa conseqüência, eles governam os movimentos de todos os corpos no Universo. Isso demonstra que todos os corpos giram de oeste para leste e que todos os circuitos formados pelos corpos em movimento vão do ocidente para oriente, girando em torno de um centro. O símbolo demonstra que este centro é a força primária, isto é, o Grande Infinito, o Todo-Poderoso.

Assim, a cruz swastica não é somente considerada como um emblema do fogo, um sinal solar, mas como centro ou eixo do mundo, que os “teósofos” nazistas situaram em Tula, capital da Hiperbórea.

Se a cruz gamada é bem o emblema da raça hiperbórea, que não seria outra senão a dos “grandes arianos louros de olhos azuis”, compreende-se que Hitler, tenha feito dela o emblema do seu partido.

Quanto à orientação destrógira desse sinal na bandeira nazista, muito se discutiu sobre o assunto, sem, entretanto se chegar a uma resposta satisfatória. Afirmou-se assim que a direção da rotação da swastika nazista era uma inversão de sua orientação normal e correspondia às forças negras, sustentadoras de Hitler, em luta aberta contra o bem.

Em realidade a cruz suástica é comumente representada indiferentemente destrógira ou sinistrógira na Grande Fraternidade Branca da Índia e do Tibete, sem que os ocultistas vejam nela um símbolo “negro” ou “branco”.

O que se pode observar é que swastika (sinistrogira) simboliza a “marcha do tempo”. Aquele que inverte o sentido pretende, pois, “parar o tempo”. Isso corresponde bem à ética de Hitler “homem contra o tempo”, que imaginava entravar durante um milênio a “degenerescência” anunciada na última idade de nosso ciclo, chamada pelos hindus kali-yuga ou idade do ferro.

Nessa perspectiva, o sobressalto nazi-racista, reatando com a “tradição primordial”, deveria preparar os tempos futuros e forjar uma elite de “super-homens” que resistiriam à catástrofe final. As coisas não se passaram exatamente como Hitler pensava, pois ele mesmo foi triturado por sua obra que não mais controlava.

Voltando a cruz suástica, pode-se assinalar sua grande difusão na Antiguidade, tanto no Ocidente como no Oriente, embora hoje ela permaneça um emblema sagrado da única parte do mundo em que o Sol se levanta.



No que concerne aos países europeus, a utilização da swastika é atestada pelos druidas (celtas do norte), detentores de um profundo saber iniciatório. Esses homens sábios colocaram o símbolo nos altares e nos santuários gauleses, conforme se pode ver pelas estátuas gaulesas expostas no Museu Borely de Marselha.

No ombro de uma dessas divindades pode-se observar a presença de uma cruz swastika esculpida. Encontram-se numerosos traços da suástica na região dos Pirineus, e o emblema aparece também entre os bascos sob a forma de uma cruz com vírgulas, como no Brasão de Armas da cidade de Bayonne.

Se nos restringirmos só a dados históricos, a mais antiga presença da swastika foi encontrada na Índia bramânica. A swastika seria o instrumento original usado pelos Brâmanes para a produção do fogo sagrado.

Deste modo, a cruz gamada representa os fenômenos cósmicos do Fogo Celeste, o relâmpago e o raio. Com esta interpretação, estamos próximos da exegese nazista, que faz da swastika o Sol negro o princípio oculto da energia situado num mundo etéreo, além do visível, na linha da filosofia de Jâmblico e da Gnose.

Explicando melhor: a cruz gamada, símbolo do Sol visível, representa o lado esotérico da doutrina, enquanto que sua significação esotérica é a do Sol invisível.

No Tibete, o povo vê na swastika sobretudo um “talismã”, uma insígnia de algo muito importante, ligado ao caráter sagrado de cruz gamada nos templos budistas. A cruz gamada chama-se em tibetano gyung-drung e os lamas consideram-na como o sinal místico por excelência, em alusão ao “rei do mundo”, soberano invisível da Terra. A lenda, retomada por “Saint-Yves d´Alveydre” no seu livro Missão à Índia, afirma que o “mestre da Agarta” possui um selo com a cruz gamada. É certo que Gengis Khan usava um anel com a cruz gamada, ainda conservado no museu de Oulan-Bator (Mongólia). Esse anel, segundo a tradição, pertencera ao “rei do mundo”, que o presenteara ao fundador do Império mongol.

Na Idade Média os cátaros bogomilos dos Bálcãs, secretamente afiliados ao culto solar – uma dissidência do catolicismo, que foram todos mortos pelos soldados da quarta cruzada, na cidade Montségur – adotaram a swastika, como se vê nos castelos de Montségur e de Quéribus, que eram verdadeiros templos. Ali, a cruz gamada era o sinal de sua filiação maniqueísta dedicada à luz.



Esta tradição seria confirmada pelos antecessores gnósticos dos cátaros, os Templários. Os cavaleiros do Templo empregavam várias cruzes diferentes ao lado da cruz, propriamente dita “templária” que bem conhecemos. Entre estas é preciso assinalar a cruz celtica, que nada mais era do que a swastika.

Em Portugal, aquele jardim por Deus à beira mar plantada, pátria de santos e heróis, os Templários deixaram a swastika gravada em diversos lugares, como por exemplo, numa pedra que está no museu da aldeia de Vilar Maior, a alguns quilômetros da cidade da Guarda e que mostra uma swastica dupla. Esta swastika engloba as duas suásticas (suástica em sânscrito significa exatamente cruz). A de Vishnu (movimento de construção – roda para a direita, como a circulação em Loja. Mostra também a suástica de Shiva) movimento de destruição que roda para a esquerda.

A suástica pode também ser vista na cidade romana de Conimbriga, perto da cidade de Coimbra e no belo poço gótico que se encontra no museu de Alporão, na cidade de Santarém.

O SOL OCULTO E A
NATUREZA PRIMORDIAL

* Mario J. B. Oliveira
Existe em algum lugar, neste vasto mundo, um livro antigo - tão antigo que os nossos modernos arqueólogos poderiam examinar-lhe as páginas durante um tempo infinito sem contudo chegarem a um acordo quanto à natureza do tecido sobre o qual ele foi escrito. É a única cópia original que existe atualmente. O mais antigo documento hebraico sobre a ciência secreta - a Siphra Dzeniouta foi compilado à partir desse livro, e isso numa época em que já o consideravam uma relíquia literária. Uma de suas ilustrações representa a Essência Divina emanada de Adão como um arco luminoso que tende a formar um circulo; depois de atingir o ponto mais alto dessa circunferência. a glória inefável endireita-se novamente, e volta à Terra, trazendo no vórtice um tipo superior de Humanidade. Quanto mais se aproxima de nosso planeta, mais a Emanação se torna sombria, até que, ao tocar o solo, ela é tão negra como a noite. Do Livro Ísis sem Véu, H. P, Blavatsky.

O que poderíamos dizer do "Sol Oculto", e a "Natureza Primordial"? Pois habitamos o planeta Terra, em sua quarta Ronda, ou Quarta Cadeia Planetária, em uma escala de sete Planetas. São sete os planos de manifestação da Natureza.

O nosso caminhar, propiciou o despertar da individualidade e consequentemente gerou uma personalidade transitória, renovada em cada nova Vida ou encarnação no plano Físico. Todo essa jornada foi fruto das experiências vividas.



A figura 1, representa as Sete Rondas da Cadeia Planetária Terrestre, composta dos 
Globos A, B, C, D, E, F e G. As linhas são ciclos que as Mônadas percorrem, e correspondem a uma Ronda. Atualmente estamos na Quarta Ronda da Cadeia Terrestre, representada pelo Globo D. Como poderia o Homem Físico em seu obscurecimento pela Matéria densa conhecer e compreender o "Sol Oculto", e a "Natureza Primordial"?


H. P. Bravatsky em seu obra Ísis sem Véu, assim se expressa: "Tem havido uma infinita confusão de nomes para expressar uma única e mesma coisa. O caos dos antigos; o sagrado fogo de zoroastrino, ou o Âtas-Behrâm dos pârsîs; o fogo de Hermes; o fogo de Elmes dos antigos alemães; o relâmpago de Cibele; a tocha ardente de Apolo; a chama sobre o altar de Pan; o fogo inextinguível do templo de Acrópolis, e de Vesta; a chama ígnea do elmo de Plutão; as chispas brilhantes sobre os capacetes dos Dióscuros. Sobre a cabeça de Górgona, o elmo de Palas, e o caduceu de Mercúrio; o Ptah egípcio, ou Râ; o ZeusKataibates (o que desce); as línguas de fogo pentecostais; a sarça ardente de Moisés; a coluna de fogo doÊxodo, e a "lâmpada ardente" de Abraão; o fogo eterno do "poço sem fundo"; os vapores do oráculo de Delfos; a luz sideral dos Rosacruzes; o ÂKÂSA dos adeptos hindus; a luz astral de Éliphas Lévi; a aura nervosa e o fluido dos magnetizadores; o od de Raichenbach; o globo ígneo, ou o gato-meteoro de Babenet; o Psicode e a força extênica de Thury; a força psíquica de Sergeant E. W. e do St. Crookes; o magnetismo atmosférico de alguns naturalistas; galvanismo; e finalmente, eletricidade, são apenas nomes diversos para inúmeras manifestações diferentes, ou efeitos da mesma misteriosa causa que a tudo penetra."

Os antigos chamaram-no de Caos; Platão e os pitagóricos designaram-no como a Alma do Mundo. De acordo com os hindus, a Divindade em forma de éter invade todas as coisas. É o fluido invisível, mas, como dissemos antes tangível. Entre outros nomes, este Proteu universal - ou "o nebuloso Onipotente", como o chama sarcasticamente de Mirville - foi designado pelos teurgistas como o "fogo vivo", o "Espírito de Luz", e Magnes. Este último nome indica as suas propriedades magnéticas e revela sua natureza mágica. Pois, como acertadamente disse um de seus inimigos, são dois ramos que crescem do mesmo tronco, e que produzem os mesmos resultados."

Magnetismo é uma palavra cuja origem cumpre remontar a uma época incrivelmente antiga. A pedra chamada magnete derivaria seu nome, como muitos acreditam, de Magnésia, uma cidade ou distrito da Tessália, onde essas pedras eram encontradas em abundância. Acreditamos, contudo, que a opinião dos hermetistas é correta. A palavra magh, magus, deriva do sânscrito Mahat, o grande ou o sábio (o ungido pela sabedoria divina). "Eumolpo é o fundador mítico dos eumolpidae (sacerdotes); os sacerdotes remontavam sua própria sabedoria à Inteligência Divina". As várias cosmogonias mostravam que a Alma Universal era considerada por todas as nações como a "mente" do Criador Demiurgo, a Sophia dos gnósticos, ou o Espírito Santo como um princípio feminino. Pitágoras ensinava a seus discípulos que Deus é a mente Universal difundida através de todas as coisas, e que esta mente, apenas pela virtude de sua identidade universal, poderia comunicar-se de um objeto a outro e criar as coisas apenas pela força de vontade do homem. Para os antigos gregos,Kurios era a Mente de Deus (Nous). "Ora, Koros [Kurios] significa a natureza pura e imaculada do intelecto - a sabedoria", diz Platão. Kurios é Mercúrio, a Sabedoria Divina, e "Mercúrio é o Sol', do qual Thor-Herrnes recebeu esta sabedoria divina, a qual, por sua vez, ele comunicou ao mundo em seus livros. 

Hércules é também o Sol - o celeiro celestial do magnetismo universal: ou antes, Hércules é a luz magnética que, tendo feito seu caminho através do "olho aberto do céu", penetra as regiões do nosso planeta e assim se torna o Criador. Hércules executa os doze trabalhos, valente Titã! Chamam-no "Pai de Tudo" e "autonascido" (autophuês). Hércules, o Sol, é morto pelo Demônio. Tífon como Osíris, que é o pai e o irmão de Hórus, e ao mesmo tempo é idêntico a ele; e não devemos esquecer que o ímã chamava-se o "osso de Horus", e o ferro, o "osso de Tífon". Chamam-no "Hércules Invictus apenas quando ele desce ao Hades (o jardim subterrâneo), e, colhendo as "maçãs douradas" da 'árvore da vida', mata o dragão. O poder titânico bruto, o "revestimento" de todo deus solar, opõe a força da matéria cega ao espírito divino, que tenta harmonizar todas as coisas da Natureza.

Todos os deuses solares, com seu símbolo, o Sol Visível, são os criadores da natureza física, apenas. A espiritual é obra do Deus Superior - o SOL Oculto, Central e Espiritual, e de seu Demiurgo - a Mente Divina de Platão, e a Sabedoria Divina de Hermes Trimegistro - a sabedoria emanada de Olam ou Cronos. Após a distribuição do fogo puro, nos mistérios samotrácios, uma nova vida começava. Era esse o "novo nascimento" a que alude Jesus em seu diálogo noturno com Nicodemos. "Iniciados nos mais sagrados de todos os mistérios, purificando-nos (...) tomamo-nos justo e santos com sabedoria." "Soprou sobre eles e lhes disse: 'Recebi o Santo Pneuma. E este simples ato de força de vontade era suficiente para comunicar o dom da profecia em sua forma mais nobre e mais perfeita se o instrutor e o iniciado fossem dignos dele.

Afirma-se que esta Substância Primordial contém em si a essência de tudo o que contribui para a formação do homem; ela tem não apenas todos os elementos de seu ser físico, mas também o próprio "sopro de vida" num estado latente, pronto para ser despertado. Isto ela recebe da "incubação" do Espírito de Deus sobre a face das águas - o caos; de fato, esta substância é o próprio caos. Paracelso afirmou ser capaz de com ela criar os seus homunculi; e eis por que Tales, o grande filósofo natural, sustentava que a água era o princípio de todas as coisas da Natureza. 
O que é esse caos primordial, senão o éter. O moderno éter; não tal como é conhecido por nossos cientistas, mas tal como era conhecido pelos antigos filósofos, muito tempo antes de Moisés; éter, como todas as suas propriedades misteriosas e ocultas, que contém em si os germes da criação universal; Éter, a virgem celeste, a mãe espiritual de toda forma e ser existentes, de cujo selo, assim que são "incubadas" pelo Espírito Divino, nascem a matéria e a vida, a força e a ação. Eletricidade, magnetismo, calor, luz e ação química são tão pouco conhecidos, mesmo agora que fatos recentes estão constantemente alargando o círculo de nosso conhecimento! Quem sabe onde termina o poder desse gigante protéico - éter; ou onde está a sua misteriosa origem? Quem, queremos saber, nega o espírito que age nele e dele extrai todas as formas visíveis?

O Sol, que vemos, a estrela central de nosso sistema, é apenas o reflexo, sombra ou casca do verdadeiro Sol Central espiritual. Para o próprio Sistema, o Sol é Buddhi, por ser o reflexo e o veículo do verdadeiro Sol, que é Âtman, invisível neste plano. Nesta reflexão estão todas as forças Foháticas.

E qual é a forma de manifestação do Sol Central Espiritual? É através do Ponto que poderíamos denominar de Ponto Zero ou Ponto Laya, localizado nas proximidades do Sol visível. Trata-se de um Ponto Magnético, e desconhecido da Ciência atual, que o confunde com o Sol visível. É através Dele que manifesta-se o Logos, e é por esse Ponto que a Natureza Primordial inicia sua descida para a materialização e consequentemente a criação do Sistema. Observe o leitor que conforme o relato acima, e face a Sabedoria Antiga, todos estão falando da mesma "Natureza Primordial", e o "Sol Oculto". Nosso objetivo aqui é demostrar que existe uma Força poderosa e criadora que entra constantemente em nosso Universo, chamada pelas religiões de Deus, essa Força está em todos os lugares ao mesmo tempo, tornando-se o Universo um Ponto vibrante infinito, sendo o nosso Sistema Solar, apenas um Ponto dentro desse Ponto vibrante Infinito.

Após a Criação, o Logos alimenta todo o Sistema, através do Sol visível, que é a sua manifestação, sendo que, cada partícula sua é decididamente parte dos seus veículos, e toda a matéria física do Sistema Solar tomado como totalidade constitui o Seu Corpo Físico; toda a matéria Astral; toda a matéria Mental, o seu Corpo Mental, e assim por diante.

A Primeira Emanação provém do seu Terceiro Aspecto, dando aos átomos previamente existentes o poder de se agruparem nos elementos químicos. Numa fase ulterior, os reinos da Natureza se estabelecem de maneira definitiva; chega a Segunda Emanação do Seu Segundo Aspecto, que forma as almas grupais de minerais, vegetais e animais. Isto é a descida do princípio de Cristo, ou princípio Buddhico na matéria, condição indispensável à sua existência. No reino humano, o próprio Ego, manifestação da Terceira Emanação, provém do Seu Primeiro Aspecto, o Pai Eterno e Onipresente.

Diga-se de passagem que antes que o Sistema Solar fosse levado a manifestar-se, o Logos formou-lhe todo o esquema em Sua Mente, e, ao fazê-lo existir simultaneamente em Seu Plano Mental. Imaginou-o assim, não só, como é agora, mas como foi em cada momento do passado e como será em cada momento do futuro.

Dito isto, atente o leitor para a figura 2, ela contém os Planos de Manifestação da Natureza. Como já foi dito acima, cada ínfima partícula, seja qual for o Plano, ali existe a presença do Logos, e consequentemente a Natureza Primordial, com seu incessante Fluxo e Refluxo.
Os Planos da Natureza


Imanifestado - Parabrahman, o Principio Eterno, a Única Realidade Absoluta.
Adi - O Primeiro, primitivo, Primordial.
Anupâdaka - "Sem Pais", Existentes por si mesmos.
Âtman Superior - ou Átmico Superior - O Espírito Universal ou a Mônada Divina, assim chamada a constituição Setenária do homem. Alma Suprema.
Âtman Inferior - Veículo de Buddhi.
Buddhi - Mente ou Alma Universal.
"A expansão e a contração da "Tela" - ou seja, do material ou dos átomos de que é feito o mundo - exprimem aqui o movimento de pulsação; porque é a contração e a expansão regular do Oceano infinito e sem praias daquilo que podemos chamar o número da Matéria, emanada de Svabhâvat, que constituem a causa da vibração universal dos átomos."(...) "Em todo átomo existe calor interno e calor externo, o Sopro do Pai (Espírito) e o Sopro (Calor) da Mãe (Matéria)." (Blavatsky, em A Doutrina Secreta, pg. 202)

* Mário J. B. Oliveira, Membro da Loja Teosófica São Paulo


Bibliografia: 
Blavatsky, H. P.; Ísis sem Véu, São Paulo, Pensamento.
Blavatsky, H. P.; A Doutrina Secreta; Rio de Janeiro, C. Brasileira S. A.
Blavatsky, H. P.; Glossário Teosófico, São Paulo, Ground Ltda.
Taimni, I. K.; O Homem, Deus e o Universo, São Paulo, Pensamento.
Powell, A. E.; O Sistema Solar, São Paulo, Pensamento.

A turma dos direitos humanos já viu as postagens do “estudante” morto pela polícia no Morro do Dendê?

Por: Felipe Moura Brasil  
Quando a polícia mata um adolescente durante uma operação na favela, a turma dos direitos humanos logo se aproveita do caso para demonizá-la, enquanto posa de defensora dos pobres.
É fácil fazer isso. Os jornais ajudam.
Gilson da Costa Silva, de 13 anos, foi morto na terça-feira durante operação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) que apreendeu pelo menos 200 máquinas caça-níqueis e 500 papelotes de maconha no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
Ele é tratado pelo Globo como um “estudante” que “cursava o 6º ano do ensino fundamental na Escola municipal Dunshee de Abranches, no bairro Bancários”.
A mãe de um colega dele diz:
“O Gilson era um menino bom e tranquilo. Ele não era nem de ficar na rua. A família dele é amiga da gente. Foi um absurdo o que aconteceu. Ele se assustou com a operação e correu. Morreu inocente.”
A foto do desespero da mãe de Gilson ao saber da morte do filho facilita ainda mais a exploração política da tragédia, que naturalmente resultou em confusão na Ilha.
Mas que tal conhecer o Gilson segundo ele mesmo?
A turma dos direitos humanos, incluindo aí os jornalistas, já viu as postagens dele no Facebook?
Eu mostro e traduzo:
“Tmj” é abreviação de “tamo junto”. Terceiro Comando Puro (TCP) é a facção criminosa que assumiu o Dendê ao destituir Noquinha (“Nokinha”, em internetês), ex-chefe do morro e membro da facção rival Amigos dos Amigos (ADA), também chamada de “Adelaide”.
Gilson assumia o lado do TCP, desafiando em público o traficante a reaparecer no morro e ser recebido por uma “xuva” de bala, quer dizer: “só rajadão”.
A foto de capa do Facebook de Gilson trazia ainda o “Tudo 3″, que significa justamente Terceiro Comando Puro.
Profissão de Gilson, segundo ele próprio: “vagabundagem”.



Pois é. Toda morte em confronto tem de ser investigada; e não quero, com essa mera exposição de postagens, justificar qualquer coisa antes das conclusões.
O que não dá para aceitar é que a polícia seja sempre presumivelmente culpada por supostas execuções sumárias, enquanto os mortos por ela são tidos de antemão como “estudantes” angelicais e insuspeitos, abatidos covardemente.
“Formou a paz”, parceiro? Então “tmj”.
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