ELE EXPLICA QUE O ATUAL
CONFLITO SÓ NÃO É PROPORCIONAL POR CAUSA DO SISTEMA ANTIMÍSSIL DE ISRAEL
O porta-voz do
Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, rebateu em
entrevista ao Jornal Nacional, exibida na noite desta quinta-feira (24), as
críticas feitas pelo governo brasileiro de uso "desproporcional" da
força israelense na Faixa de Gaza.
"A resposta de
Israel é perfeitamente proporcional de acordo com a lei internacional. Isso não
é futebol. No futebol, quando um jogo termina em empate, você acha proporcional
e quando é 7 a 1 é desproporcional. Lamento dizer, mas não é assim na vida real
e sob a lei internacional", disse Palmor.
Na quarta (23), em nota
oficial, o governo brasileiro classificou de "inaceitável" a escalada
da violência na Faixa de Gaza e informou que chamou o embaixador em Tel Aviv
"para consulta".
A medida diplomática de
convocar um embaixador é excepcional e tomada quando o governo quer demonstrar
o descontentamento e avalia que a situação no outro país é de extrema
gravidade.
Nesta quinta, o jornal
"The Jerusalem Post" publicou reportagem na qual Yigal Palmor
questiona a retirada do embaixador e chama o Brasil de "anão
diplomático".
Há muitos contatos
diplomáticos sendo feitos [sobre cessar-fogo]. Infelizmente o Brasil não faz
parte. O Brasil se afastou de todos os movimentos diplomáticos ao convocar seu
embaixador"
Em entrevista à TV
Globo, Yigal Palmor afirmou ainda que desproporcional seria deixar
"centenas de pessoas mortas nas ruas de Israel". O porta-voz destacou
que o que desequilibrou o número de mortos na guerra foi o sistema antimísseis
do país.
"A única razão
para não termos centenas de mortos nas ruas de Israel é termos desenvolvido um
sistema antimíssil e não vamos nos desculpar por isso. Se não tivéssemos esse
sistema haveria centenas de pessoas mortas nas ruas de Israel. Isso seria
considerado proporcional?", questionou.
"Há muitos contatos
diplomáticos sendo feitos. [...] Infelizmente o Brasil não faz parte. O Brasil
se afastou de todos os movimentos diplomáticos ao convocar seu embaixador. Mas
há outros países envolvidos. Um dia desses vai haver um cessar-fogo. A questão
é saber quantas pessoas vão pagar com suas vidas pela teimosia e extremismo do
Hamas."
Osvaldo Aires
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