quinta-feira, 3 de julho de 2014

A CAMPANHA SECRETA DE FHC PRÓ-LULA




Para quem acha que Aécio é uma "esperança". PT e PSDB são plano A e plano B de um mesmo projeto de destruição do Brasil; quando um se desgasta junto ao público o outro sobe ao poder para fingir que há mudança e dar credibilidade a esta falsa "democracia".

RESUMO 

Livro de Matias Spektor narra, pela primeira vez, esforços de Fernando Henrique Cardoso e Lula para convencer George W. Bush e financistas dos EUA de que a vitória do petista em 2002 não levaria o Brasil ao caos econômico. Além de garantir governabilidade frente à potência, o empenho garantiu a estabilidade do real.
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Em junho de 2002, em pleno fragor da campanha eleitoral, George Soros, sinônimo mundial de megainvestidor (ou megaespeculador, como muitos preferem), solta o brado de guerra: o Brasil está condenado a eleger José Serra ou a mergulhar no caos, assim que um eventual governo Luiz Inácio Lula da Silva se instalar.


O caos viria, dizia Soros à Folha, por uma questão de "profecia que se autocumpre". Funcionaria assim: os mercados achavam que Lula daria o calote quando assumisse e tratavam de se prevenir, apostando contra o Brasil -ou, mais especificamente, contra o real.



A profecia do financista esteve na iminência de se cumprir. A conspiração contra o Brasil produziu os seguintes resultados:



1 - O dólar, no dia de junho em que foi publicada a reportagem com Soros, estava em R$ 2,636. Em dezembro, saltara para as imediações de R$ 3,55.

2 - O risco-país, que mede quanto um dado país tem de pagar a mais de juros sobre as taxas cobradas pelos Estados Unidos, estava nos 1.181 pontos quando Soros fez a afirmação. Em dezembro, saltara para 1.421 pontos.

3 - Os juros básicos estavam em 18,5% e foram para 25%.

4 - A inflação de maio, pelo IPCA (o índice que o governo usa para suas metas de inflação), fora de 0,21% e, no acumulado nos 12 meses até as vésperas do palpite de Soros, batera em 7,77%. Em novembro, último mês completo transcorrido desde então, o IPCA mensal foi para 3,02%, ou seja, multiplicou-se quase por 14, ao passo que o acumulado em 12 meses batia em 10,93%.


Em meio a esse quase caos, nasceu uma, digamos, conspiração do bem, tema do fascinante "18 Dias" [Objetiva, 288 págs., R$ 36,90], livro que está sendo lançado por Matias Spektor, professor adjunto de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas, colunista da Folha e um dos maiores especialistas atuais em política externa brasileira.



Trata-se de uma extraordinária e saborosa reportagem, na qual Spektor conta como se conjuraram personagens absolutamente insuspeitos de alinhamento político-ideológico, como Lula e os então presidentes Fernando Henrique Cardoso e George W. Bush, para evitar que se cumprisse a profecia do caos formulada por Soros.



OJERIZA



Se Soros falava pelos mercados, havia ainda uma conspiração política contra o presidente eleito do Brasil, ao qual a direita do Partido Republicano dos EUA "tinha ojeriza", relata o livro.



Mais que ojeriza, tinha horror, como se vê pela avaliação de Henry Hyde, então presidente da poderosa Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Deputados, para quem havia "uma chance real de que Fidel Castro, Hugo Chávez e Lula da Silva possam constituir um eixo do mal nas Américas".



Como todo bom trabalho do gênero, o livro é um "furo" de reportagem, ao detalhar "o cuidadoso trabalho de bastidores" para desmontar as expectativas negativas.

Conta Spektor:



"Lula despachou José Dirceu [que viria a ser o chefe de sua Casa Civil] para os Estados Unidos e acionou grupos de mídia e banqueiros brasileiros que tinham negócios com a família Bush. Disciplinou as mensagens de sua tropa e abriu um canal reservado com a embaixada americana em Brasília. Lula não fez isso sozinho. Operando junto a ele estava o presidente brasileiro em função -Fernando Henrique Cardoso. FHC enviou seu ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, em missão à Casa Branca para avalizar o futuro governo petista. O presidente também instruiu seu ministro da Fazenda, Pedro Malan, a construir uma mensagem comum junto ao homem forte de Lula, Antonio Palocci.



Eles fizeram uma dobradinha para dialogar com o Tesouro dos Estados Unidos, o Fundo Monetário Internacional e Wall Street. Fernando Henrique ainda orientou Rubens Barbosa, seu embaixador nos Estados Unidos, a prestar todo o apoio a Lula."



Entender os motivos de Lula para articular esse tipo de operação é muito fácil: não podia correr o risco de começar sua gestão com uma turbulência violenta nos mercados nem podia dar-se ao luxo de enfrentar uma Casa Branca que se revelasse hostil. Mais difícil é entender os motivos de Fernando Henrique Cardoso, que, afinal, fora derrotado, estava de saída e havia sido duramente criticado pelos petistas durante a campanha.



Explica Spektor no livro:


"FHC não agiu por benevolência ou simpatia pessoal por Lula, mas por puro cálculo político. A sobrevivência do real e do programa tucano de reformas sociais dependiam da aceitação, nos mercados internacionais, de um governo brasileiro de esquerda. FHC apelou para os Estados Unidos em nome de Lula porque a economia se encontrava na berlinda, e uma transição instável poderia destroçar seu maior legado: a moeda estável".



Para tão abrangente reportagem, Spektor entrevistou, entre muitos outros, os dois presidentes que se envolveram na "conspiração do bem", o que estava no Palácio do Planalto (FHC) e o que logo ocuparia seu lugar (Lula).

No lado norte-americano, o autor não chegou a George W. Bush, mas ouviu Condoleezza Rice, assessora de segurança nacional.



AMBIGUIDADE



A lista de entrevistados incluiu ainda diplomatas, congressistas, ministros, banqueiros, marqueteiros, jornalistas, acadêmicos, colunistas, agentes de inteligência e assessores presidenciais. Esse formidável elenco permitiu reconstituir o trajeto que Bush percorreu em relação ao presidente eleito no Brasil.



No princípio, diz o livro, "Bush sabia pouco a respeito de Lula". "A imagem que tinha do petista não era melhor nem pior do que aquela desenvolvida pelo establishment norte-americano ao longo dos anos. Acima de tudo, era ambígua."

Terminou chamando o então presidente brasileiro de "amigo", o que não é pouco para quem em tese estava na outra ponta do espectro ideológico. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, me contou, certa vez, ter ouvido de Bush: "Lula é de esquerda, mas é meu amigo".



Para Spektor, "a iniciativa conjunta de Lula e FHC teve uma consequência inesperada: levou a diplomacia norte-americana a reexaminar seu relacionamento com o Brasil e elevá-lo ao status de 'potência emergente' ainda em 2002, antes mesmo que a economia brasileira deslanchasse ou que a sigla Bric virasse moeda corrente" (a sigla ganharia um "s", o de South Africa, África do Sul, para somar-se a Brasil, Rússia, Índia e China).



O livro tem momentos de "thriller" político -como, por exemplo, quando narra o envolvimento de José Dirceu nos esforços para desmontar as desconfianças norte-americanas. Dirceu era o mais improvável dos interlocutores com os EUA: não falava inglês e, no início, não conhecia ninguém no país, como relata o livro.



Vale acrescentar que Dirceu se diz socialista, um palavrão feio para a direita republicana então no poder, fora guerrilheiro (outro anátema) e é amigo de Fidel Castro, o mais antigo inimigo dos EUA.



Ainda assim, o futuro chefe da Casa Civil de Lula "pousou nos EUA em julho de 2002" e, "em apenas quatro dias, teve encontros com bancos, empresas, agências de 'rating', a sociedade civil e o governo americano. Em Nova York, conversou com gente do JP Morgan, Citigroup, Morgan Stanley, Lehman Brothers, ABN Amro, Bear Stearns, Alcoa e Moody's. Em Washington, visitou a central sindical americana AFL-CIO, o Banco Interamericano, o Departamento de Estado, o Tesouro, o Conselho Econômico Nacional e o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca".



Tornou-se, diz ainda o livro, "o primeiro cacique petista na história do partido a abrir caminho nos Estados Unidos". Não foi o único contato heterodoxo do líder petista. Dirceu foi também o canal para FHC "aproximar-se de Lula a partir do início de 2002, quando as pesquisas começaram a apontar sua provável vitória". 



FHC convidou Dirceu "para uma bateria de encontros privados. Dirceu entrava nos palácios presidenciais pela porta dos fundos ou no meio da noite, para não ser visto pela imprensa. Esses encontros eram ocasiões de conhecimento mútuo".

Dirceu à parte, Spektor relata que "os presidentes mantiveram controle pessoal da iniciativa, colocando homens de confiança no comando e impedindo que seus subordinados se engalfinhassem em conflitos dos quais os chefes poderiam sair perdendo".


Vistos os fatos com a distância que o tempo permite, parece hoje inacreditável que tucanos e petistas pudessem ter colaborado tão intensamente em algum momento da história recente.

1º - A CAMPANHA SECRETA DE FHC PRÓ-LULA (aqui)
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2º - Diário do Olavo: Reinaldo Azevedo, vigarista e profissional da cegueira, e as mentiras contra o Cel. Ustra (aqui)
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3º - É MENTIRA DO PT - O PETISMO E SEUS ASSASSINATOS DE REPUTAÇÕES (DOSSIÊS). Quem mente rouba e quem rouba mata. (aqui)

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Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook 

Enéas Fala da Ligação de Lula, FHC Com George Soros, Elite Globalista - Eleições 2002 Publicado em 03/12/2012 Único candidato a presidente que teve coragem de falar sobre a ligação de Lula, Fernando Henrique Cardoso e Ciro Gomes com a Elite Globalista.
 

 O Aborto dos Outros

Apenas alguns links sobre o assunto:

1º - O MÉDICO ABORTISTA NORTE-AMERICANO É CONDENADO A PRISÃO PERPÉTUA PELO ASSASSINATO DE 3 BEBÊS. E OS DE CUBA, QUANDO SERÃO? (aqui)
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2º - DIREITOS HUMANOS TRATA ESTUPRADOR COM BALA (aqui)
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3º - CONTRATAÇÃO DOS MÉDICOS CUBANOS: O QUE HÁ POR TRÁS DISSO? (aqui)
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4º - CONFIRAM O CONTRATO DOS MÉDICOS CUBANOS NA BOLÍVIA (AQUI)
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5º - MULHER CONFESSA QUE SEQUESTROU BEBÊ PARA O TRÁFICO DE ÓRGÃOS, DIZ POLÍCIA (aqui)
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6º - PORQUE “MÉDICOS” CUBANOS? (aqui)
R: Aborto, o número de estupros no Brasil já ultrapassou o número de homicídios dolosos. Enquanto isso na América Latina! Tudo não passa de armação esquerdista para destruir a família, a igreja, a moral, a polícia e etc... dos países Livres Ocidentais.
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7º - Cuba, líder do tráfico humano (aqui)
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8º - FORO DE SÃO PAULO MANDA BRASIL IMPORTAR 6 MIL “MÉDICOS” CUBANOS PARA PROPAGANDEAR “SOCIALISMO” (aqui)
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9º - MÉDICOS CUBANOS FOGEM DA VENEZUELA PARA OS EUA (aqui)
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10º - VEJAM O UNIFORME DOS "MÉDICOS" CUBANOS: MEDICINA IDEOLÓGICA DO ATRASO E DA MORTE (aqui)
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11º - É BOM QUE SE DIGA, E PROVO NESTE LONGO TEXTO, PARA ONDE VAI TODA A TRAMA (AQUI)
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12º - O MINISTRO DA SAÚDE, ALEXANDRE PADILHA, INAUGUROU NESTE SÁBADO UM CENTRO MÉDICO NA CIDADE PALESTINA DE DURA, NO SUL DA CISJORDÂNIA (AQUI)
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13º - CAMPANHA “LIBERTE UM CUBANO”(aqui
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14º - EXCLUSIVO: CUBA MANDA ENFERMEIRO PARA TRABALHAR COMO MÉDICO NO BRASIL (aqui
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15º - MAIS MÉDICOS CUBANOS USADO PARA SUPERFATURAMENTO DE DESPESA (aqui
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16º - MONSTRUOSIDADES DA SEMANA DO "MAIS MÉDICOS" - CUBANA TRAZIDA PELO PADILHA DÁ REMÉDIO DE CAVALO PARA IDOSO COM OSTEOARTROSE (aqui
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17º - GOVERNO QUER DESFIGURAR O REVALIDA. MELHOR SERIA AMPLIÁ-LO (aqui
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18º - O GOVERNO SÓ SOUBE AGORA QUE OS JALECOS IMPORTADOS DE CUBA VÃO CUSTAR O DOBRO (aqui
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19º - CONTRATAÇÃO DOS MÉDICOS CUBANOS: O QUE HÁ POR TRÁS DISSO? (AQUI)
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20º - A CAMPANHA SECRETA DE FHC PRÓ-LULA (aqui)
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21º - Diário do Olavo: Reinaldo Azevedo, vigarista e profissional da cegueira, e as mentiras contra o Cel. Ustra (aqui)
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22º - É MENTIRA DO PT - O PETISMO E SEUS ASSASSINATOS DE REPUTAÇÕES (DOSSIÊS). Quem mente rouba e quem rouba mata. (aqui)
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23º - PARA QUE SERVEM OS MILITARES? (aqui)
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24º - O QUE REALMENTE ESTÁ POR TRÁS DAS MANIFESTAÇÕES NO BRASIL? (aqui)
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25º - FORO DE SÃO PAULO E SEU MAPA (aqui)
Basta pesquisar na internet para confirmar, dirigentes dos países participes desta inhaca não são flores que se cheirem, ditadores, corruptos, golpistas, que mantém vínculos estreitos de amizade e negócios espúrios!!! Que bela coisa não deve sair daí!!! Assista aos vídeos abaixo, as matérias, e tire suas próprias conclusões.

26º - A VERDADE SOBRE A NOVA CONSTITUIÇÃO E O FORO DE SÃO PAULO (aqui)

27º - O FASCISMO
Foi durante muitos anos, o mais sólido interlocutor do comunismo (aqui)
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28º - EXECUTIVO E LEGISLATIVO SE HOSTILIZAM FINGINDO QUE SE COMPLETAM. E O JUDICIÁRIO, ATENTO, PREPARADO PARA SURPREENDER COM A ÚLTIMA PALAVRA. COMPARAÇÃO CONSTITUCIONAL IMPORTANTE ENTRE BRASIL E EUA  (aqui)

29º - UM PAÍS À MATROCA (aqui)


A VERGONHOSA ATITUDE DA FAMÍLIA MARINHO, O SBT, O ISLAMISMO, O COMUNISMO, O PETISMO E CUBA (AQUI)

A RAAF NO VIETNÃ - O BEM CONTRA O MAL!



Publicado em 02/07/2014 por  em Militar
Muitos pensam que os EUA lutaram sozinhos na guerra do Vietnã.
Como um membro do SEATO (Organização do Tratado do Sudeste Asiático) e ANZUS (Aliança Militar defensiva no Pacífico Sul, formada por Austrália, Nova Zelândia e EUA), a Austrália começou o seu envolvimento na Guerra do Vietnã, em 1962, com o envio de um grupo de 30 conselheiros militares. Durante 13 longos anos, a Guerra do Vietnã se tornou o conflito mais polêmico da história da Austrália, que teve uma participação significativa ao lado dos EUA. Aproximadamente 61.000 australianos serviram na guerra; 521 foram mortos (14 da RAAF) e mais de 3.000 ficaram feridos.

A Real Força Aérea Australiana (RAAF) começou o seu envolvimento na guerra em 1964, quando, através de aeronaves DHC-4 Caribou, começou a voar operações de transporte para o Vietnã do Sul.
Em 06 de junho de 1966, oito helicópteros Bell UH-1 Iroquois do 9º Esquadrão da RAAF pousaram na Base Aérea Vung Tau, Vietnã do Sul. O Iroquois ou “Huey”, que são quase um sinônimo da Guerra do Vietnã, apoiariam as atividades da primeira Força-tarefa australiana (1ATF).
O 9º Esquadrão possuía experiência em conflitos, haja vista havia realizado operações marítimas durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1962, a unidade foi reformada, tendo sido relocada para Base Aérea de Fairbairn, em Canberra, capital da Austrália.
A RAAF possuía dois esquadrões de helicópteros, o outo, 5º Esquadrão, estava servindo na Malásia, desde 1964. Quando foi anunciado, em março em 1966, que um esquadrão de helicópteros seria enviado ao Vietnã, chegou-se a pensar que um novo grupo seria criando, entretanto a RAAF optou por enviar o 9º Esquadrão ao Vietnã, e o 5º Esquadrão voltaria para Austrália.
Chegada dos Huey da RAAF em Vung Tau, Vietnã, a bordo do HMAS Sydney
Chegada dos Huey da RAAF em Vung Tau, Vietnã, a bordo do HMAS Sydney
Os Huey realizaram diferentes tipos de missões: Pulverização de herbicidas e pesticidas, lançamento de folhetos, reconhecimento, infiltração e extração das tropas, ataque, escolta, assalto aerotransportado e salvamento em combate. O esquadrão, que apoiava as operações realizadas pelos australianos, acabou voando 237.424 missões. Entre julho de 1967 e novembro 1971, 16 oficiais da Royal New Zealand Air Force serviram junto ao grupo.
Helicópteros Huey da RAAF realizando extração de soldados australianos após a Oparação Ulmarra, em agosto de 1967.
Helicópteros Huey da RAAF realizando extração de soldados australianos após a Oparação Ulmarra, em agosto de 1967.
Em 1968, a frota foi aumentada para 16 helicópteros. O 9º Esquadrão voou sua última missão no Vietnã em 19 de novembro de 1971. Em dezembro daquele ano as aeronaves retornariam para Austrália à bordo do HMAS Sydney.
Em abril de 1967, um esquadrão composto por 8 bombardeiros Canberra chegou ao país, onde permaneceria até 1971.
Canberra aircrews on arrival at Phan Rang, 1967
Baseados na Base Aérea de Phan Rang, na provincia de Ninh Thuan, os Canberra da RAAF se integraram ao 35º Esquadrão de Aviação Tática da USAF (35º TFW), onde permaneceram até junho de 1971. Os Canberra executaram cerca de 12.000 missões; embora inicialmente o esquadrão tenha realizado ataques noturnos, a maioria de suas operações foi realizada à luz do dia, tendo conseguido uma elevada taxa de sucesso, equivalente a 16% de todos os danos causados pelo 35º TFW, mesmo voando apenas o equivalente a 5% das missões de todo o grupo. Segundo as estatísticas, 76.389 bombas foram lançadas, 786 soldados inimigos foram mortos instantaneamente em consequência direta dos bombardeios e mais 3.390 vieram a óbito em consequência dos ferimentos, além disso, foram destruídos 15.568 bunkers, 1.267 embarcações (sampans) e 74 pontes.
RAAF Canberra in action, Vietnam
Cinco tripulantes foram mortos durante a guerra, e dois Canberra foram derrubados em 1970 e 1971. O primeiro, abatido por um míssil terra-ar, porém o piloto conseguiu se ejetar e os demais membros da tripulação, através de uma escotilha, saltaram de paraquedas. Todos foram resgatados com segurança. A outra aeronave foi abatida durante uma sortida nos arredores de Danang (no centro do Vietnã), e os membros da tripulação não foram resgatados, tenso sido declarados “desaparecidos em ação”. Em 2009, os destroços da aeronave foram localizados e os restos mortais da tripulação encontrados e transladados para Austrália.
Entre 1965 e 1971, a RAAF e a USAF realizaram um extenso programa de treinamento de pilotos/tripulantes, na Carolina do Sul – EUA, onde os australianos aprenderam, não só a voar a aeronave, mas também técnicas de combate aéreo.

Pilotos australianos em treinamento nos EUA.
Pilotos australianos em treinamento nos EUA.
Durante o treinamento nos EUA, a guerra do Vietnã se tornara mais intensa; foi quando o governo australiano autorizou o envio de seu pessoal ao Vietnã do Sul (Tan Son Nhut Air Force Base), que era considerado um teatro de operações menos hostil (se comparado ao Vietnã do Norte, Camboja e Laos), a fim de se obter experiência real em combate, voando, basicamente (mas não unicamente), missões de reconhecimento tático a bordo dos RF-4C da USAF, tanto de dia, quanto à noite.
A alocação do pessoal da RAAF no Vietnã do Sul, nos Phantom, ocorreu em 1968. Pelos requerimentos, cada dupla (piloto/tripulante) voaria uma turnê (100 missões), após a qual, seria enviado de volta aos EUA, em rodízio. Algumas duplas, inclusive, retornaram à zona de conflito para novas turnês.
Apenas 6 pilotos da RAAF voariam em missões com os Phantom durante toda a guerra e a primeira sortida de um piloto australiano no Vietnã foi realizada pelo líder de esquadrão Lyall Klaffer. As aeronaves utilizadas nas missões de reconhecimento tático foram especialmente identificadas, com um canguru pintado em vermelho na parte frontal da aeronave, rodeada das seguintes palavras: “CAROLINA KANGAROO” / “HAVE CAMERA – WILL TRAVEL”.

O nome "Carolina Kangaroo" faz menção/homenagem tanto ao Estado da Carolina do Sul, quanto ao símbolo da Austrália. Observar o canguru pintado em vermelho no capacete do piloto.
O nome “Carolina Kangaroo” faz menção/homenagem tanto ao Estado da Carolina do Sul, quanto ao símbolo da Austrália. Observar o canguru pintado em vermelho no capacete do piloto.
Apesar de existir uma orientação explicita para que os australianos atuassem apenas no Vietnã do Sul, os imprevistos da guerra mudaram a regra do jogo e algumas missões com pessoal da RAAF também foram executadas no Vietnã do Norte.
Os tanques de combustíveis externos dos RF-4C também eram especialmente identificados.
Os tanques de combustíveis externos dos RF-4C também eram especialmente identificados.
As missões de reconhecimento tático com os RF-4C não seriam as únicas a serem realizadas pelos pilotos australianos, que também voaram com caças F-4D americanos em missões de combate, nesse caso, as aeronaves eram identificadas pelas insígnias tanto da USAF, quanto da RAAF.
A Austrália se mostrara um aliado fiel, entretanto, a partir de 1973 a participação dos australianos se limitou a missões humanitárias.
Duas ambulâncias do exército australiano na pista de pouso da Base Aérea de Vung Tau, no Vietnã do Sul,  descarregando pacientes para evacuação aérea a bordo de um C-130 da RAAF, para serem tratados na Austrália.
Duas ambulâncias do exército australiano na pista de pouso da Base Aérea de Vung Tau, no Vietnã do Sul,

descarregando pacientes para evacuação aérea a bordo de um C-130 da RAAF, para serem tratados na Austrália.
No final do conflito, com o cerco dos norte-vietnamitas e do vietcong, o caos se instalou. Para a população do Vietnã do Sul, a situação era catastrófica. Havia um verdadeiro êxodo de pessoas que tentavam sair da cidade de qualquer maneira. Milhares de órfãos, a maioria muito jovem para avaliar a gravidade da situação, eram reféns de um cenário apocalíptico. Alguns tinham sido escolhidos para adoção na Austrália, enquanto outros tinham casas esperando por eles nos EUA. No início de abril 1975, ambos os países começaram a transportá-los em uma série de voos conhecidos como “Operação Babylift”. 
Em 4 de abril, dois dias depois dos americanos anunciaram a operação, duas aeronaves C-130 da RAAF estavam no aeroporto de Saigon, juntamente com um Galaxy da USAF. Em cada aeronave australiana, carregada de crianças e bebês, as de maior estatura eram acomodadas em macas, e as menores em caixas de papelão espalhadas ao longo do assoalho, todas com mamadeiras com água entre os lábios, a fim de aliviar a dor causada pela mudança de pressão. Repletos de refugiados, a aeronave americana decolou primeiro, seguida, pouco depois, pelos Hércules da RAAF.
Poucos minutos após a decolagem, um desastre aconteceu. Com 243 crianças, seus acompanhantes, pessoal médico e tripulação a bordo, a porta de carga do Galaxy explodiu. Os pilotos tentaram retornar, mas a 2 km do aeroporto, a aeronave atingida bateu no chão, saltou sobre o rio Saigon e explodiu. 175 pessoas sobreviveram ao acidente, entretanto mais de 150 morreram, das quais, 78 eram crianças.
Do lado australiano, tudo correra bem e poucas horas depois, os dois Hércules pousaram no aeroporto de Don Mueang, em Bangkok, na Tailândia, e desembarcaram 194 crianças e bebês, bem como os três médicos e vinte enfermeiros que tinham cuidados dos bebês.
Em 26 de abril de 1975 a “Operação Babylift” terminaria com um saldo de mais de 3 mil órfãos resgatados. Durante todo o período, houve presença ativa das aeronaves da RAAF.
TEXTO: LaMarca
FONTE/IMAGENS:
Royal Australian Air Force Association
Department of Veteran’s Affairs
Australia and the Vietnam War
National Library of Australia (subject search: Vietnam War)
Australian War Memorial
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