Por Luíza Giovancarli em 23 de agosto de 2013
O sucesso de um
escritório depende da dedicação e da boa interação de toda a equipe. Quando um
funcionário se identifica com os valores e metas da empresa, sentindo-se
realizado profissionalmente, isso transparece positivamente no trabalho. Porém,
nem sempre as empresas notam quando um funcionário está desmotivado, o que é
ruim tanto para ele quanto para os negócios. Dados do Ipea (Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada) mostram que 40% dos trabalhadores com carteira
assinada deixam o emprego a cada ano.
Nos escritórios de
advocacia, muitas vezes os funcionários saem do emprego por falta de
perspectiva na carreira. O advogado entra no escritório e não sabe se tem
chances de evoluir na empresa. Isso se intensifica com os jovens recém-formados
que saem da faculdade com idealizações que nem sempre são correspondidas no
mercado de trabalho.
Segundo Mario Leandro
Campos Esequiel, gestor do escritório Mattos Filho Advogados e colunista
do Última Instância, uma das formas de reter um bom profissional é por
meio de um plano de carreira bem definido. “Quanto mais claro o plano, melhor.
Se o escritório tem isso, mas não deixa bem definido, gera ansiedade e o
profissional fica sem saber o que ele precisa fazer pra ascender na carreira. É
importante dizer abertamente para o funcionário o que se espera dele.
Como ele faz para chegar a sênior? E como chegar a sócio? Se isso é bem
definido cria uma relação de transparência que é importantíssima para motivar e
reter as pessoas”, afirma.
Objetivos pessoais
É importante também que
o próprio advogado reflita sobre sua carreira e sobre o que espera de sua vida
profissional. Uma boa maneira de fazer isso é pensar nos seguintes pontos:
definir os objetivos pessoais e profissionais, levando em conta onde se deseja
estar em um prazo de cinco anos, além de conhecer o mercado e quais as áreas
onde se quer atuar.
É muito comum o
funcionário entrar no escritório como estagiário, se formar, se tornar advogado
júnior, pleno, depois sênior e até virar sócio. Porém, nem sempre fica claro
para ele quais os caminhos necessários passar de uma fase a outra. Uma relação
de transparência, ou seja, deixar claro para o profissional o que se espera
dele e quais são as reais possibilidades de construir uma carreira no
escritório ajudam para que ele crie uma relação mais duradoura com seu
trabalho.
“Tem gente que pensa
“Ah, mas eu vou perder esse profissional!”. É melhor perdê-lo no começo porque
se o que você está oferecendo a ele não é o que ele deseja você vai perder ele
de qualquer jeito. Se não você ilude o advogado. Além disso, você investiu
nesse profissional, é ruim para o escritório e também para ele, que dedicou boa
parte do tempo numa expectativa e se frustrou”, diz Mário.
Osvaldo Aires Bade
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Por Luíza Giovancarli em 23 de agosto de 2013
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