sábado, 17 de março de 2012

ECONOMIA/NEGÓCIOS - Lidando com cidades superlotadas durante viagens de negócios

Por Martha C. White, The New York Times News Service/Syndicate
 
Lidando com cidades superlotadas durante viagens de negócios
Em maio, a reunião de cúpula da OTAN trará milhares de visitantes para Chicago. O prefeito Rahm Emanuel já pediu desculpas por eventuais problemas, mas todas as pessoas e o tráfego adicional certamente afetarão os viajantes que visitarão a cidade a negócios na mesma época.
E ainda que a reunião esteja a semanas de distância, alguns hotéis já começaram a se planejar.
"Isso vai ser um desafio enorme", disse Tim Benolken, vice-presidente sênior de operações do Hilton Worldwide na porção oeste da América do Norte.
Com zonas de segurança, fechamento de ruas e grupos de representantes enchendo os maiores hotéis executivos da cidade, Benolken afirmou que sua equipe já estava se preparando para garantir que os hóspedes regulares da empresa não se percam na confusão.
"Nós estamos tratando disso agora mesmo e já estamos falando com nossos clientes", afirmou. "O movimento por aqui vai ser tremendo."
Mas poderia ter sido pior. A reunião de cúpula do G8 _ um encontro que tende a atrair um grande número de manifestantes _ foi originalmente planejada para ocorrer em Chicago quase ao mesmo tempo em que a reunião da OTAN. Mas a Casa Branca anunciou recentemente que a reunião do G8 seria transferida para o retiro presidencial de Camp David, em Maryland.
Seja o Super Bowl ou uma reunião de cúpula, uma visita presidencial ou uma parada, qualquer grande evento pode acarretar situações inesperadas para quem viaja a negócios.
Viajantes e executivos dos hotéis dizem que o transporte é uma de suas maiores dores de cabeça, já que a combinação de mais carros no trânsito com o fechamento de ruas lhes dá menos opções para evitar os congestionamentos. No caso de um evento como os Jogos Olímpicos de Londres, neste verão, algumas ruas podem se tornar parte do evento, forçando os motoristas a procurar alternativas. Pessoas que querem um táxi para ir a uma reunião ou ao aeroporto podem se frustrar.
Lauren Domene, responsável pelo marketing de Shannon Miller, uma ginasta olímpica que se tornou autora e palestrante motivacional, não sabia que havia um encontro das Nações Unidas em Nova York quando as duas visitaram a cidade no ano passado para uma série de eventos motivacionais.
Como ela estava a apenas alguns quarteirões da sede da ONU, Domene contou que sair de lá de carro ou mesmo a pé às vezes era difícil.
"Havia simplesmente muitos bloqueios", afirmou.
Para um jantar formal, ela teve de andar com um vestido e sapatos de baile por vários quarteirões, já que não conseguiu pegar um táxi. O fechamento de ruas e o trânsito pesado atrapalharam a agenda de aparições públicas.
"Foi um pouco desesperador para todos", afirmou.
Tarde da noite, a polícia a impediu de caminhar de volta ao apartamento da amiga onde estava hospedada, dizendo que ela deveria tomar uma rota alternativa, embora ela tivesse dito que não estava familiarizada com a área.
"Eu precisei usar o GPS do meu celular à uma da manhã", contou. "Eu estava de salto alto e estava escuro."
Os hotéis trabalham para evitar que seus hóspedes passem por situações como essa.
"O segredo é ser capaz de permitir que os hóspedes regulares ainda consigam se locomover pela cidade sem nenhum problema", disse Thomas Segesta, gerente geral do Ritz-Carlton de Chicago, um hotel da rede Four Seasons.
Enquanto se preparava para a reunião da OTAN em maio, Segesta afirmou que já estava trabalhando com a empresa que fornece os táxis para o hotel a fim de determinar se teriam de ser trazidos veículos adicionais de outras cidades para acomodar a demanda.
Às vezes, o problema é o excesso de carros, não a falta deles. É nesse momento que os executivos de hotéis dizem procurar por meios alternativos de transporte. Segesta disse que certa vez procurou um triciclo para levar um convidado aonde ele precisava ir quando um jogo de futebol universitário fez o trânsito parar.
Thomas A. Klein, vice-presidente regional e gerente geral do hotel Fairmont San Francisco, disse que seu concierge-chefe chegou a usar sua própria moto para realizar tarefas importantes para hóspedes quando os eventos complicaram o trânsito em torno do hotel.
Segesta disse que o Ritz-Carlton estava considerando usar iPads para acompanhar as mudanças nos horários no transporte público, nos engarrafamentos e nos fechamentos de ruas quando a OTAN estiver na cidade, para que seus hóspedes _ e todos os motoristas que ligarem para o hotel _ possam obter informações atualizadas. Os funcionários da recepção e o concierge já utilizam iPads, afirmou Segesta, mas a magnitude do evento de maio pode levar o hotel a aumentar essa rede.
"Se pudermos utilizar a qualquer tecnologia a nosso favor, nós definitivamente iremos fazê-lo", afirmou.
Don Welsh, presidente e diretor executivo da Secretaria de Turismo e Convenções de Chicago, afirmou que o site da secretaria também será configurado para fornecer informações aos visitantes.
Klein afirma que alguns eventos, como a visita do presidente russo Dimitry Medvedev em 2010, interrompem o trânsito ao redor e dentro do hotel em função do tamanho da força de segurança com a qual um dignitário viaja e dos procedimentos de segurança que devem ser realizados.
"Basicamente, nós temos que fechar os pontos de acesso do hotel ao público em geral, pontos de acesso utilizados pelos próprios hóspedes", afirmou.
Durante a visita de Medvedev, os hóspedes eram analisados como se estivessem passando pela segurança de um aeroporto, com detectores de metal e scanners de mão.
Para evitar transtornos aos hóspedes, os executivos de hotéis afirmam que fazem de tudo para agradar, mesmo que alguns viajantes decidam que a viagem não vale a dor de cabeça.
"Eles normalmente tentam adiar a visita porque não querem ter que lidar com os problemas de segurança", afirmou Klein.
Benolken, do Hilton, afirmou que sua equipe de vendas de Chicago já está conversando com os hóspedes com visita agendada para o hotel do centro da cidade durante o encontro da OTAN, oferecendo-se para transferi-los para um dos hotéis Hilton no subúrbio, onde ainda há quartos vagos.
Outras convenções frequentemente mudam de data para evitar um confronto direto com algo como uma reunião da OTAN. Em Chicago, três feiras que normalmente ocorrem nas datas da reunião da OTAN foram mudadas para antes ou depois, afirmou Welsh.
Viajantes que não se planejam com antecedência quando sua viagem coincide com um grande evento podem ter dificuldades até mesmo para encontrar um quarto. Steve Silberberg, proprietário de uma empresa que realiza passeios em trilhas, chegou a Miami com alguns clientes em 2007 sem saber que o Super Bowl estava ocorrendo naquele fim de semana.
"Eu me lembro que fiquei preocupado: 'Não vai haver lugar para ficarmos", contou. "Parecia que a região inteira estava lotada."
Ele encontrou um quarto para um cliente por cerca de 300 dólares, o dobro do valor usual, enquanto outros tiveram que ficar na casa de um participante que morava na região. Já Silberberg ficou na casa da mãe.
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Olimpia Pinheiro
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