quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Principal suspeita para ataque a ônibus é rixa entre torcidas, diz polícia






João morreu ao ser atingido por pedra na cabeça
(Foto: Reprodução/Facebook)


Homem de 27 anos morreu em Balneário Camboriú nesta quarta-feira.
Delegado solicitará novas imagens da BR-101 antes do apedrejamento.

Rixa entre torcidas é a principal linha de investigação da Polícia Civil para o ataque contra um micro-ônibus que provocou a morte de João Grah, torcedor do Avaí, após ser atingido na cabeça. O veículo foi apedrejado na madrugada desta quarta-feira (24), na BR-101, em Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense, quando retornava de um jogo entre Avaí e Paraná, em Curitiba (PR). Segundo o delegado Osnei Valdir de Oliveira, coordenador da Divisão de Investigação Criminal (DIC), não há características de tentativa de roubo.

"Pelo vídeo que verificamos hoje [quarta], não há indícios de que o grupo que estava no viaduto pretendia praticar um roubo. Além disso, não aparece nas imagens outro veículo acompanhando o micro-ônibus depois das pedradas, o que seria comum em se tratando de roubo", explicou o delegado.
João Grah, de 27 anos, estava dentro do micro-ônibus, ao lado do condutor, e foi atingido na cabeça por uma das pedras. Ele morreu na madrugada desta quarta no hospital. "Foi tenso. Foi terrível. A gente estava fazendo uma viagem tranquila. O João tinha acabado de trocar de lugar com um outro rapaz para sentar no banco da frente, do lado do motorista. A gente se revezava por ser uma viagem longa e manter o motorista atento", comentou um rapaz de 22 anos, que pediu para preservar sua identidade.

As imagens mostram um carro parando no viaduto no km 136 da rodovia por volta de 0h30. Quatro pessoas saem do veículo e outras cinco aparecem correndo. Elas param na beirada do viaduto, encostados no parapeito, e esperam pela passagem do micro-ônibus. Em seguida, jogam as pedras e correm. Uma parte do grupo sai do viaduto e, a outra, vai para o lado oposto da pista para ver o veículo seguir viagem.
Micro-ônibus foi atingido no vidro dianteiro em Balneário Camboriú. (Foto: PRF/Divulgação)
Micro-ônibus foi atingido no vidro dianteiro na
BR-101 (Foto: PRF/Divulgação)
Investigação

O coordenador da DIC informou que novas imagens foram solicitadas para a Autopista Litoral Sul. A polícia quer identificar o veículo e as pessoas envolvidas no ataque contra o micro-ônibus. Dois rapazes que estavam na excursão - e pediram para não ser identificados - disseram ao G1 que não havia integrantes de torcida organizada no grupo que voltava para a capital catarinense.

"Eu conhecia alguns amigos e montamos um grupo. Depois, entramos numa comunidade em uma rede social para completar o número de pessoas para a excursão. A maioria ali era jovem, com idade por volta dos 20 anos", disse a testemunha de 22 anos.
Um outro, de 19 anos, contou que o filho de um dos torcedores acompanhava o grupo. "Famílias de bem estavam ali. O mais novo passageiro tinha 18 anos. A maioria não se conhecia, a gente só queria ver o jogo e voltar pra casa", afirmou o torcedor avaiano.
O ataque

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ao menos três pedras, do tamanho de um sapato de número 42, atingiram o vidro dianteiro do micro-ônibus. João Grah estava ao lado do motorista no momento do ataque. O condutor do veículo não parou e seguiu até o posto da PRF em Itapema, no Litoral Norte, a pedido dos próprios torcedores que temiam novos ataques. Duas ambulâncias de atendimento emergencial da Autopista foram acionadas.

O rapaz foi levado para o Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. Conforme o Instituto Médico Legal (IML), João faleceu às 2h30. O corpo dele é velado na Câmara Municipal de Santo Amaro da Imperatriz e o enterro está marcado para a manhã de quinta-feira (25). A PRF afirmou que até a noite desta quarta, não havia identificado os suspeitos de terem jogado as pedras.
Testemunhas

Segundo um jovem de 22 anos, que preferiu não se identificar, o carro que aparece no vídeo, em cima do viaduto,  já estava seguindo o veículo há alguns quilômetros. "Nós viajamos com todas as cortinas fechadas, a maioria estava dormindo. Eu abri a janela em um momento e vi aquele Corsa branco. Ele estava com as luzes apagadas e passou ao lado do ônibus, na pista rápida. Não deu pra ver quem estava dentro, mas todas os vidros estavam abaixados".

Um outro jovem, de 19 anos, confirmou a versão. "Eu estava no último banco do ônibus e o meu colega avisou do carro. Disse que estava andando devagar do lado há muito tempo. Eu cheguei a ir na janela e só vi o carro passando rápido. Já estavam indo em direção ao viaduto", relatou.



  
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Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook 

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