Senhas de acesso ao
Infoseg, sistema federal responsável pela interligação dos bancos de dados de
todos os órgãos de segurança pública do país, são vendidas atualmente por
aproximadamente R$ 2.000 na região da rua Santa Ifigênia, no centro de São
Paulo.
A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e a Polícia Federal investigam quem vende e quem compra as senhas que, a partir de qualquer computador conectado à internet, permitem consultar dados cadastrais e sigilosos dos cidadãos.
A rede Infoseg é controlada pela Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), órgão do Ministério da Justiça. Além de guardar dados sigilosos sobre qualquer cidadão, a rede tem informações sobre todas as empresas com sede no território nacional -inclusive nomes e endereços de seus donos ou responsáveis.
Dados como CPF, RG, endereços residenciais e comerciais, e-mails, telefones, título de eleitor, carteira nacional de habilitação, placas de carros e até registros de armas estão disponíveis na rede.
O Ministério da Justiça, órgão responsável pela Senasp e pela Infoseg, as polícias Civil e Militar de todos os Estados, os Ministérios Públicos Estaduais e o Federal, a Receita Federal, o Judiciário, a Abin e a PF também usam a base de dados para realizar suas investigações.
Ontem, o telejornal "SBT Brasil" exibiu reportagem na qual mostrou como conseguiu comprar por R$ 2.000 uma senha da rede Infoseg. A negociação foi feita em um posto de gasolina, na esquina da avenida Rio Branco com a rua Aurora, bem ao lado do prédio onde funcionam o 3º DP (Santa Ifigênia) e a 1ª Seccional.
Com a senha, formada por um número de CPF para acesso e uma palavra-código, os repórteres do SBT teriam consultado informações confidenciais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dos ministros Tarso Genro (Justiça) e Dilma Rousseff (Casa Civil), do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), do secretário de Justiça do Estado de São Paulo, Luiz Antônio Marrey e do procurador-geral de Justiça de SP, Fernando Grella Vieira.
A senha foi criada para uso da Receita Federal e estava registrada com nome e CPF de uma mulher de Belém (PA).
Na investigação da Abin e da Polícia Federal, existem indicações de que algumas pessoas que se identificaram como policiais civis e militares de São Paulo compraram as senhas da rede Infoseg para fazer investigações clandestinas. Assim, evitariam deixar rastro sobre as possíveis consultas.
ANDRÉ CARAMANTE
FONTE: Folha de São Paulo
A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e a Polícia Federal investigam quem vende e quem compra as senhas que, a partir de qualquer computador conectado à internet, permitem consultar dados cadastrais e sigilosos dos cidadãos.
A rede Infoseg é controlada pela Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), órgão do Ministério da Justiça. Além de guardar dados sigilosos sobre qualquer cidadão, a rede tem informações sobre todas as empresas com sede no território nacional -inclusive nomes e endereços de seus donos ou responsáveis.
Dados como CPF, RG, endereços residenciais e comerciais, e-mails, telefones, título de eleitor, carteira nacional de habilitação, placas de carros e até registros de armas estão disponíveis na rede.
O Ministério da Justiça, órgão responsável pela Senasp e pela Infoseg, as polícias Civil e Militar de todos os Estados, os Ministérios Públicos Estaduais e o Federal, a Receita Federal, o Judiciário, a Abin e a PF também usam a base de dados para realizar suas investigações.
Ontem, o telejornal "SBT Brasil" exibiu reportagem na qual mostrou como conseguiu comprar por R$ 2.000 uma senha da rede Infoseg. A negociação foi feita em um posto de gasolina, na esquina da avenida Rio Branco com a rua Aurora, bem ao lado do prédio onde funcionam o 3º DP (Santa Ifigênia) e a 1ª Seccional.
Com a senha, formada por um número de CPF para acesso e uma palavra-código, os repórteres do SBT teriam consultado informações confidenciais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dos ministros Tarso Genro (Justiça) e Dilma Rousseff (Casa Civil), do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), do secretário de Justiça do Estado de São Paulo, Luiz Antônio Marrey e do procurador-geral de Justiça de SP, Fernando Grella Vieira.
A senha foi criada para uso da Receita Federal e estava registrada com nome e CPF de uma mulher de Belém (PA).
Na investigação da Abin e da Polícia Federal, existem indicações de que algumas pessoas que se identificaram como policiais civis e militares de São Paulo compraram as senhas da rede Infoseg para fazer investigações clandestinas. Assim, evitariam deixar rastro sobre as possíveis consultas.
ANDRÉ CARAMANTE
FONTE: Folha de São Paulo
Osvaldo Aires
Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80
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Sobre o vídeo do SBT: A reportagem é de Fábio Diamante e Thiago Bruniera e as imagens de Ronaldo Dias. (O SBT funciona no Bairro Jaraguá na cidade de Osasco às margens da Rodovia Anhanguera (SP-330)
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