(*) Ucho Haddad –
Imagino o quanto deve
ser difícil comandar um país com as dimensões e os problemas do Brasil, mas
você abusou da irresponsabilidade ao errar seguidas vezes e não pedir para
sair. Tivesse feito isso, com certeza teria entrado para a história. Mas não,
você precisava mostrar aos brasileiros a extensão da sua incompetência, que de
tão grande coloca na sua alça de mira até mesmo quem conta verdade sobre a
economia. Veja a situação do analista do Santander que decidiu revelar aos
clientes do banco o que mais da metade do planeta já sabia: que uma eventual
vitória sua nas urnas de outubro próximo provocará um desastre ainda maior na
economia.
Muito estranhamente,
Dilma, você é economista. E por isso sabe que o tal analista, agora
desempregado, não está errado. No máximo pode-se dizer que ele foi ousado, mas
o Brasil ainda é uma democracia. Ou será que estou enganado, Dilma? Ao invés de
rebater o conteúdo do comunicado estampado nos extratos bancários dos clientes
especiais do Santander, você trabalhou nos bastidores para que o sujeito fosse
demitido. Decisão típica de ditadores travestidos de democratas. O pior é que
você sequer teve coragem para pressionar o presidente do banco, pois se a
notícia vazasse seria o fim. Então surgiu a ideia esdrúxula de colocar em cena
o “doutor honoris causa” em besteiras e alucinações.
Jamais acreditei em uma
só palavra balbuciada por você, pois a política se confunde com a prática de
omitir a verdade. E nesse quesito você é especialista. Eis a primeira
oportunidade para me processar: afirmei que você esconde a verdade, o que não
significa que tem mentindo mais. Apenas deu uma repaginada na mitomania de
sempre. Quer dizer, Dilma, que aquele que fizer críticas à sua atuação genial
diante da economia tupiniquim está com dos dias contados?
Como não tenho medo de
cara feia e muito menos de ameaça, algo que seus “cumpanheros” fazem com
invejável maestria, continuarei criticando de forma contundente, ácida e dura
as barbaridades que você e seus estafetas cometeram e comentem na seara
econômica, a ponto de colocar o Brasil a um passo do despenhadeiro da crise.
Mesmo assim, você ousa dizer que o Brasil está prestes a entrar em um novo
ciclo. Só se for o ciclo final da máquina de triturar. O estrago que você
provocou na economia só tem uma explicação: a declaração de Lula, feita em
2010, de que você era, à época, a garantia de continuidade. Por isso reconheço
desde já que nesse quesito você se mostrou extremamente competente. Continuou a
lambança iniciada por Lula. Não contente, resolveu turbinar o estrago ao seu
modo.
Mesmo assim, confesso
que minha admiração por você é descomunal e crescente. Fato é, que tenho
pensado em lhe presentear, talvez com uma camisa de força, pois dizem as más
línguas palacianas que com você o jogo é duro e bruto. Entendo esse seu
comportamento, Wanda, quer dizer, Dilma, pois a clandestinidade embrutece. É o
que dizem os clandestinos de então, agora críticos contumazes do seu
desgoverno. Quem diria, a guerrilheira Estela acabando seus dias de suposta
glória na mira dos pretéritos companheiros de armas. Ou seja, lhe falta
competência até para convencer os mais próximos.
Não venha com a aquela
conversa melodramática de que foi torturada durante os plúmbeos anos, pois você
tem se mostrado uma direitista de mão cheia. Senti literalmente na pele o que
isso significa e sei o quão difícil é apagar esses momentos da memória. Talvez
você tenha aprendido nos porões da ditadura como se pede a cabeça de alguém,
como aconteceu, de forma covarde, em relação à pessoa do Santander que ousou afirmar
que sua vitória nas urnas provocaria uma débâcle na economia da nossa querida e
descontrolada Botocundia.
Um dia, não faz muito
tempo, quando seus companheiros de palácio surgiram com a ideia de que a
imprensa deveria ser controlada – sem contar aquela banda podre que passa no
caixa do governo –, você, sem me convencer, disse que preferia o ruído da
democracia ao silêncio da ditadura. Por sorte não me decepcionei, pois sempre
soube que o ácido desoxirribonucléico – o tal do DNA – que ocupa sua carcaça é
totalitarista. Fico imaginando o que acontecerá com os jornalistas que têm
criticado de maneira recorrente as insanidades que descem a rampa do Palácio do
Planalto dia após dia para destruir a nação e vilipendiar os direitos mais
básicos do cidadão.
Faltar com a verdade já
não é problema pra você, Dilma. Fico a imaginar o que pensará o seu neto, o
Gabriel, quando souber dos desvarios governamentais da avó. E discorro os
porquês. Você insiste em “vender” à população a ideia de que o Brasil é o País
de Alice, aquele das maravilhas. Provavelmente esse deve ser o seu endereço
oficial, pois não é possível que a presidente do Brasil desconheça a realidade
(dura) da economia local. Para você está tudo certo, maravilhoso, impecável,
apenas e tão somente porque o seu partido descobriu a fórmula mágica de
governar, transformando-se na derradeira salvação do universo.
Creio que há muito você
não vai ao supermercado ou sai em campo para as compras corriqueiras do
cotidiano. Por isso afirma, sem saber o que fala, que a inflação oficial está
perto do teto da meta, mas sob controle. Dilma, para adoçar nosso apimentado
colóquio cito alguns exemplos. Sou do tempo em que engordava-se os porcos com
abóbora. Hoje, sob o manto da genialidade petista, um quilo de doce de abóbora
custa R$ 35.
Tudo bem, você dirá que
isso é uma exceção. Vamos à outra ponta da doçaria. Na infância, quando aos
domingos saía para almoçar com a família, eu e meu pai, após o regabofe, nos
rendíamos à doçura de suculentas cocadas. Coisa de gordo, assunto que você não
desconhece, até porque sua cintura de pilão não deixa dúvidas a respeito.
Recentemente encontrei um cidadão, em dada feira-livre da Pauliceia Desvairada,
fazedor de cocadas. Por questões óbvias tornei-me cliente do sujeito. As
cocadinhas, deliciosas, é bom lembrar, custavam R$ 4 cada.
Um belo dia, numa
sexta-feira, saí em cima da hora para buscar as cocadas e descubro que os
trocados que carregava no bolso eram insuficientes para levar as costumeiras
doçuras para casa. O preço da cocada saltara de R$ 4 para R$ 5. Perguntei ao
“seu cocada”, assim o chamo, sobre a razão do aumento, e ele me respondeu:
pergunte à Dilma. Na sequência o “seu cocacada” disparou: INFLAÇÃO. Ou seja,
nesse país que você sequer conhece, o Brasil, a inflação que reina no tabuleiro
da baiana já está em 25% ao ano. Dilma, já passei da idade de sonhar com
determinadas coisas, mas admito que o meu sonho maior no momento é morar nesse
seu país. Que coisa bacana conviver com inflação de 6,5% ao ano!
Conhecida pela
humildade e também pela facilidade com que reconhece os próprios equívocos,
você há de dizer que no Brasil o responsável pela economia é um tremendo
cretino. E serei obrigado a concordar, Dilma. Que bando de incompetentes. O
pior é que esses alarifes costumam pedir a cabeça de quem os critica.
Definitivamente, os ditadores foram infectados pelo vírus da canalhice.
Diante da minha casa,
magnânima Dilma, tem uma daquelas máquinas de assar frango, as chamadas
“televisões de cachorro”. Nesse país chamado Brasil, minha terra natal e pela
qual luto diuturna e incansavelmente, já tem gente se juntando aos cachorros
que ficam a contemplar os frangos rodando debaixo das resistências
incandescentes. Isso porque cada frango assado custa R$ 30. Pasme, Dilma, que a
presidente do meu país crê que ter aumentado o salário mínimo em pouco mais de
R$ 40 foi um ganho enorme para o trabalhador. Ou seja, essa incompetente deu ao
trabalhador comum um aumento salarial que corresponde a um frango assado e um
punhado de cacarejos, mas acredita que está abafando.
Você também poderá
alegar que as penosas estão mesmo pela hora da morte. Tudo muito bem… Passo ao
pão de queijo, que você já deve ter ouvido falar. O danado do pão de queijo
custava, onde costuma saborear essa guloseima, R$ 4, mas agora está custando R$
5. De novo a inflação verdadeira, aquela que atormenta os brasileiros a todo
instante, está na casa de 25% ao ano. Ultimamente tenho pensado em procurar um
analista, não de economia, mas aquele de divã, porque ando dividido entre a
cocada e o pão de queijo. E não sei que caminho tomar. Do doce de abóbora já
desisti, pois está mais barato comer marrom glacê em uma daquelas charmosas
pâtisseries parisienses. Em relação ao frango, ainda não decidi a identidade
canina que adotarei de agora em diante.
Saindo do devaneio e
voltando à realidade, cheguei à conclusão, Dilma, que presenteá-la com apenas
uma camisa de força é pouco. O melhor é chegar na “loja” e pedir uma de cada
cor, assim você poderá combinar com seus enfadonhos terninhos. Não pense que
decifrei esse enigma sem uma inspiração de sua parte. Você despenca na minha
cidade, a Pauliceia Desvairada, onde sua reputação está abaixo da axila da
serpente, e como fosse um papagaio de pirata inovador diz que a “verdade vai
vencer o pessimismo”. Isso porque sua espantosa criatividade precisou se
escorar no besteirol de Lula, vociferado em 2002, quando a cantilena da ocasião
era “a esperança vai vencer o medo”.
Dilma, para finalizar e
não mais tomar o seu precioso tempo, até porque gênios têm a agenda repleta de
compromissos, a economia brasileira está uma grande porcaria. E se você for
reeleita a situação ficará muito pior. Você chama isso de pessimismo, mas eu
chamo de verdade.
Pedir a minha cabeça,
apenas porque afirmo e repito que você é incompetente, é um direito seu, mas
nesse caso o assunto deve ser tratado comigo mesmo. Como ainda não cheguei a um
grau de loucura que me leve a ensaiar harakiris, sugiro que você me processe.
Quanto ao Lula, o irresponsável que lhe inventou como presidenciável, você não
precisará acioná-lo para me intimidar. Faça isso sozinha, pois desse falso
“doutor honoris causa” cuido eu.
Como não consigo
desejar o mal ao próximo, despeço-me com a elegância de sempre e sem finalizar
com “PT saudações”, porque essas duas consoantes, quando juntas, provocam
gastura.
(*) Ucho Haddad é
jornalista político e investigativo, analista e comentarista político, cronista
esportivo, escritor e poeta.
Osvaldo Aires
Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80
milhões Me Adicione no Facebook
Não dá mais pra aguentar tanta mentira. É muita cara de pau. Se você se sente como eu, um cidadão honesto, trabalhador, e que continua sendo tratado por essa política, como se fosse um palhaço, como se ainda vivêssemos no século passado sem acesso a informação, então junte-se a mim, diverta-se com meus videos, e espalhe por ai. Espalhe a sua indignação, espalhe essa verdade. Mande para seus amigos, mande para seus familiares, vizinhos. Vamos desmarcarar essa mulher.
Coloque seus comentarios, suas ideias e suas sugestões. Eu vou tentar fazer mais alguns videos, que é o que sei fazer, pra deixar bem claro, que não somos um grupo de de palhaços inertes.
Fora Dilma. Fora Mentira!
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