NEGÓCIO/ECOLOGIA - As mulheres e seus empreendimentos sustentáveis
O empreendedorismo feminino está ganhando força no país. Segundo a 11ª edição da pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor), as brasileiras são as que mais empreendem em todo o mundo. E muitas delas fazem isso por vislumbrarem boas oportunidades de mercado.
É o caso da psicóloga Eliana Tiezzi, e sua instituição “Papel de Gente”, de São Paulo, que recicla papel com o trabalho de pacientes psiquiátricos e comercializa os produtos na empresa com foco social. Ou da “Retalhos Cariocas” que faz moda sustentável na comunidade de São Cristovão e promove a geração de renda com costureiras locais. São exemplos de empreendimentos que unem lucros com transformação social.
Por muitas características, as mulheres empreendedoras tem uma forma peculiar de lidar com negócios. São mais flexíveis, veem o trabalho de maneira holística a apostam na sustentabilidade como caminho para o crescimento e o desenvolvimento.
Em conversas, depoimentos ou entrevistas, elas contam que querem expandir suas empresas, mas também cuidar da criação dos filhos. O objetivo não é mudar o mundo, mas a realidade palpável que as cerca. Por isso, estas mulheres envolvem a comunidade e a família no trabalho e realizam revoluções cotidianas que fazem toda a diferença em longo prazo.
O empreendedorismo feminino emerge num momento de mudança de paradigmas, em que o mundo busca ações com sustentabilidade e as pessoas procuram solucionar problemas sociais e ambientais. É, portanto, uma época propícia para que a rigidez dos negócios se sensibilize com a atuação destas mulheres empreendedoras, empenhadas em deixar um legado sustentável para as próximas gerações.
A corrida verde já está em curso
As empresas precisam mudar o seu olhar sobre o tema da sustentabilidade para manter a competitividade no futuro. Essa é a avaliação da presidente executiva do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi. O Conselho é representante do World Business Council for Sustainable Development, que trabalha na versão mundial do Visão 2050, a agenda de negócios focada na economia verde.
Ser sustentável hoje é um diferencial ou uma condição para a sobrevivência nos negócios?
Sem dúvida é uma condição de sobrevivência. Já passamos dessa fase em que isso era percebido como um valor agregado para as empresas. Hoje, as empresas que estão à frente, que têm uma visão de futuro, têm clareza de que o tema deve entrar no core business.
Qual é a maior dificuldade enfrentada pelas empresas para se adaptar a essa nova realidade?
Talvez a maior dificuldade seja o fato das empresas estarem presas a velhos padrões – pensar que basta colocar um ingrediente a mais, usando os velhos critérios de lucro, ou que basta estar em conformidade legal ou ambiental. Ela não mudou o olhar e não percebeu que sustentabilidade é sistêmica, tem ramificações em todos os negócios e precisa ser vista de forma holística. O nosso desafio com sustentabilidade não é olhar para o lado, para o presente. É olhar para o futuro e perceber que os competidores estão lá.
E como alcançar esse futuro de forma competitiva?
Trilhamos um caminho que não está definido. Sustentabilidade pode ser traduzida por inovação, no seu completo entendimento. É preciso pensar tanto em inovação social quanto tecnológica. As empresas vão trocando experiências, práticas, consultando ONGs, governos, buscando consenso. Hoje, nenhuma empresa pode estar ausente da discussão do ambiente que ela está ocupando, do diálogo com os stakeholders desde o início do processo. Não cabe esperar. Cabe agir. Hoje, a corrida verde já está em curso.
Quais são os sinais e novidades dessa corrida?
A Bloomberg está lançando novos índices em relação à economia verde. A intenção é ter índices específicos para energia solar, eólica, eficiência energética, veículos elétricos, tudo principalmente na questão da energia. Hoje, no Brasil, em parceria com outras instituições, fomos pioneiros na adaptação do Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol) para a realidade brasileira. Os gases de efeito estufa já estão no processo de medição das empresas. Apesar da lentidão do processo globalmente, é impossível imaginar que as empresas que estão hoje reportando, competindo na bolsa, associando seus índices de desempenho a ações e projetos de sustentabilidade, voltem atrás. Esse processo é irreversível.
Em que setores as empresas estão mais avançadas?
A eficiência energética é uma questão mais fácil e divulgada em várias empresas são emissoras, especialmente as de energia, que têm isso desde o processo até o consumidor. No Brasil, há uma lei de resíduos sólidos que deve entrar em vigor em quatro anos. Isso vai levar a uma grande mudança no comportamento do consumidor e das empresas. É preciso se preparar.
“A empresa que pensa em sustentabilidade casa os seus desafios com os desafios do planeta”
Ser sustentável hoje é um diferencial ou uma condição para a sobrevivência nos negócios?
Sem dúvida é uma condição de sobrevivência. Já passamos dessa fase em que isso era percebido como um valor agregado para as empresas. Hoje, as empresas que estão à frente, que têm uma visão de futuro, têm clareza de que o tema deve entrar no core business.
Qual é a maior dificuldade enfrentada pelas empresas para se adaptar a essa nova realidade?
Talvez a maior dificuldade seja o fato das empresas estarem presas a velhos padrões – pensar que basta colocar um ingrediente a mais, usando os velhos critérios de lucro, ou que basta estar em conformidade legal ou ambiental. Ela não mudou o olhar e não percebeu que sustentabilidade é sistêmica, tem ramificações em todos os negócios e precisa ser vista de forma holística. O nosso desafio com sustentabilidade não é olhar para o lado, para o presente. É olhar para o futuro e perceber que os competidores estão lá.
E como alcançar esse futuro de forma competitiva?
Trilhamos um caminho que não está definido. Sustentabilidade pode ser traduzida por inovação, no seu completo entendimento. É preciso pensar tanto em inovação social quanto tecnológica. As empresas vão trocando experiências, práticas, consultando ONGs, governos, buscando consenso. Hoje, nenhuma empresa pode estar ausente da discussão do ambiente que ela está ocupando, do diálogo com os stakeholders desde o início do processo. Não cabe esperar. Cabe agir. Hoje, a corrida verde já está em curso.
Quais são os sinais e novidades dessa corrida?
A Bloomberg está lançando novos índices em relação à economia verde. A intenção é ter índices específicos para energia solar, eólica, eficiência energética, veículos elétricos, tudo principalmente na questão da energia. Hoje, no Brasil, em parceria com outras instituições, fomos pioneiros na adaptação do Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol) para a realidade brasileira. Os gases de efeito estufa já estão no processo de medição das empresas. Apesar da lentidão do processo globalmente, é impossível imaginar que as empresas que estão hoje reportando, competindo na bolsa, associando seus índices de desempenho a ações e projetos de sustentabilidade, voltem atrás. Esse processo é irreversível.
Em que setores as empresas estão mais avançadas?
A eficiência energética é uma questão mais fácil e divulgada em várias empresas são emissoras, especialmente as de energia, que têm isso desde o processo até o consumidor. No Brasil, há uma lei de resíduos sólidos que deve entrar em vigor em quatro anos. Isso vai levar a uma grande mudança no comportamento do consumidor e das empresas. É preciso se preparar.
“A empresa que pensa em sustentabilidade casa os seus desafios com os desafios do planeta”
Olimpia Pinheiro
Consultora Executiva
(91)8164-1073
CRA-PA/AP 3698
CRECI-PA/AP 6312
http://cinenegocioseimoveis.blogspot.com
cinenegocioseimoveis@gmail.com
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