Como fui um dos mais duros críticos da postura do Pastor Everaldo ao aceitar votar no plebiscito “fake” dos governistas que tentam dar um golpe, nada mais justo que eu publique aqui a nota de esclarecimento de sua equipe, publicada na Internet:
Sobre a participação do Pastor Everaldo na votação informal promovida por diversos partidos de esquerda, ONGs, confederações sindicais e estudantis, acerca da necessidade de um plebiscito constituinte para reforma política, viemos esclarecer os seguintes fatos:1 – Entendemos ser legítima a manifestação desses setores na luta pelos seus ideais, ainda que equivocados, em nossa opinião;2 – O Pastor Everaldo fez questão de MANIFESTAR-SE CONTRA, VOTANDO PELO NÃO, por entender que a Constituição Brasileira já é bastante flexível quanto a reformas, sendo certo que toda e qualquer reforma política poderia ser feita sem necessidade de Assembleia Constituinte. Só haveria necessidade de uma “miniconstituinte” se tivesse como objetivo acabar com a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes e os direitos e garantias individuais, cláusulas pétreas e inegociáveis de uma democracia.3 – O Pastor Everaldo e o PSC defendem uma reforma política que: (i) reduza custos de campanha; (ii) promova democracia e direitos individuais; (iii) implemente o voto facultativo; (iv) simplifique a burocracia e aumente a fiscalização do registro e prestação de contas de campanha; (v) impeça que dinheiro público seja destinado para campanha política, pois dinheiro público deve ser gasto com a população; (vi) acabe com as coligações proporcionais que confundem eleitores e descaracterizam ideologicamente os partidos; (vii) aumente a segurança da urna eletrônica; entre outras ações em defesa de uma democracia plena, segura e respeitadora do cidadão. E NENHUM PONTO DESSA REFORMA EXIGE “MINICONSTITUINTE”, apenas pontuais e necessárias emendas constitucionais, algumas das quais, inclusive, já apresentamos no Congresso, como a PEC 159/2012, que implementa o voto facultativo, de autoria do Dep. Filipe Pereira (PSC/RJ).4 – Entendemos perfeitamente a posição de alguns amigos e eleitores que prefeririam que não tivéssemos participado da votação, mas precisamos combater as más ideias com boas ideias, e esse combate se faz com participação e debate, e foi apenas esse o nosso objetivo: participar e debater, nos posicionando contra a medida em questão, e lamentamos caso alguém tenha entendido em contrário.Abraço,Equipe 20.
Ok, as explicações foram dadas. E de fato entende-se que há um (pequeno) atenuante para toda a situação. Porém, a questão não é se ele votou “sim” ou “não”, mas se aceitou participar ou não de um evento golpista.
Deixe-me explicar: imagine que você caminhe pela rua e veja um bando de sujeitos fazendo um plebiscito para avaliar se sua esposa ou namorada deve ser “usada” à revelia dela, por questões de “socialismo sexual”. Uma tese nova, que eles dizem ser inovadora e capaz de resolver muitos problemas de tensão sexual. O que você faria? Iria participar da votação ou tomar uma providência mais radical?
A coisa deve ser avaliada por este prisma. Quando aceitamos participar de um plebiscito assim, comunicamos duas coisas gravíssimas: (1) a questão sob discussão é legítima, (2) o próprio plebiscito é legitimo e válido. O problema é que em ambos os casos as asserções são falsas. Permitir que os outros discutam se sua esposa ou namorada deve ser “socializada à força” é abominável. Tanto quanto deixar que um grupo de sovietes fiquem simulando um plebiscito para dar um golpe.
Imagine-se chegando em casa e contando para sua esposa que você participou de um plebiscito onde queriam “socializá-la”. Depois, com a maior expressão orgulhosa, você diz: “mas olha… eu votei ‘não'”. Como você acha que ela reagiria?
A mensagem então é clara. O Pastor Everaldo deve ser elogiado por sua humildade e pela forma clara com a qual explicou-se perante o eleitorado, mas a verdade é que o problema não foi votar “sim” ou “não”, mas participar de um plebiscito “fake” com base em uma tentativa de golpe de estado. Aí vale aquele ditado agostiniano dizendo que não se deve tratar com dignidade aquilo que não tem dignidade. E esse foi o erro do Pastor Everaldo, não sua opção pelo “não” (com a qual todas pessoas honestas e decentes concordariam).
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)
Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook
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