Curto-circuito – Ainda
antes das primeiras pesquisas eleitorais, o ucho.info afirmava que a campanha de Aécio Neves, presidenciável do PSDB, não empolgaria o eleitorado.
Recebemos muitas críticas de simpatizantes do candidato, o que consideramos
normal, mas estava claro que o discurso tucano era complexo demais para ser
digerido pela fatia do eleitorado a ser alcançada. Fora isso, a forma como
Aécio passou a criticar seus adversários de então – Dilma Rousseff e Eduardo
Campos – era pouco convincente.
Este site jamais
desdenhou a capacidade eleitoral de Marina Silva, até porque o recall da
eleição de 2010 não deixa dúvidas a respeito, mas nem mesmo com Eduardo Campos
no páreo a missão seria exitosa para o candidato do PSDB. Isso porque Aécio
seria derrotado por Dilma Rousseff em eventual segundo turno, pois é difícil
vencer um candidato que tem a caneta e a máquina estatal nas mãos. Sem contar
que Dilma, como candidata, tem a facilidade de, como presidente da República,
angariar recursos. Algo comum para candidatos que estão no poder e buscam a
reeleição.
A grande questão em
relação à campanha de Aécio Neves é a maneira como a campanha vem sendo
conduzida. O comprometimento do PSDB com a campanha é tão questionável, que até
mesmo nos colégios eleitorais onde o PSDB domina a situação de Aécio não é
confortável.
Em São Paulo – mais
importante estado da federação, maior colégio eleitoral do País e reduto
principal do tucanato –, a campanha de Aécio Neves não empolga além da seara
dos eleitores cativos. Tanto é assim, que na mais recente pesquisa Datafolha o
candidato tucano aparece em terceiro lugar, com 16% das intenções de voto. Na
terra dos bandeirantes, Marina Silva lidera a corrida com 40%, seguida pela
petista Dilma, com 26%. Ou seja, há algo errado no principal ninho tucano.
Em Minas Gerais,
segundo maior colégio eleitoral do País, a situação é igualmente crítica, mas
com uma inversão de posições. Em sua terra natal e reduto político, o
ex-governador Aécio Neves aparece em segundo lugar na pesquisa Datafolha, com
26% das intenções de voto. Em terceiro, mas em empate técnico, está Marina
Silva (PSB), com 25%. Em Minas quem lidera a corrida presidencial, segundo o
Datafolha, é a candidata petista Dilma Rousseff, com 33%.
É verdade que pesquisa
eleitoral é uma fotografia estatística do momento, o que não significa que isso
se repetirá com plena certeza no dia seguinte, mas os números revelam a
tendência do eleitorado. A continuar assim, a derrota de Aécio Neves na disputa
pelo Palácio do Planalto é uma questão de semanas.
O quadro mostra que o
PSDB fracassou mais uma vez, pois a soberba de cada candidato impede que o
partido incense uma candidatura capaz de derrubar o status quo, que, é bom
lembrar, bambeia entre a incompetência e o crime.
O mais interessante
nesse enxadrismo eleitoral é que Marina Silva, passando ao segundo turno,
precisará do PSDB para enfrentar a adversária Dilma. De igual modo, se vencer a
eleição, Marina precisará se aliar ao PSDB para governar, apesar de todas as
críticas que há anos dispara, nos bastidores, na direção dos tucanos. O PSDB
tinha tudo na mão para voltar ao poder central, mas deixou a chance escapar
apenas porque ainda não aprendeu a falar para a camada mais pobre da população.
É fato que Marina Silva
é uma falsa promessa de mudança, mas o cavalo passou encilhado e os tucanos
demoraram a montar. Tudo muito bem, pois 2018 está logo aí!
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)
Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook
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