sábado, 25 de fevereiro de 2012

GESTÃO - Trajetória Profissional

Nesta edição da newsletter, conversamos com Eduardo Shinyashiki, palestrante, consultor organizacional, escritor e especialista em desenvolvimento das competências de liderança e preparação de equipes.

Por Caio Lauer
 
Ele especializou-se em Desenvolvimento Humano nos Estados Unidos, Europa, América do Sul, México e Índia, e tem uma trajetória acadêmica dedicada ao estudo e à pesquisa dos aspectos emocionais, mentais e físicos do ser humano.
Na entrevista, Shinyashiki fala sobre sua trajetória profissional, realidade atual das corporações e liderança.
Boa leitura!
Qual sua formação acadêmica?
Fiz Educação Física e logo após fiz especialização em preparação psicológica de equipes de alto rendimento. Sou graduado também em Gestão de Pessoas, mas o foco maior foi na abordagem de técnicas de mudanças comportamentais.
Sua carreira sempre foi traçada com base em desenvolvimento de pessoas? Como foi no início?
Desde os 17 anos tive a ideia de trabalhar com algo que, na época, nem existia - a reabilitação psicofísica. Comecei a fazer Educação Física e Psicologia. Quando terminei o primeiro curso, estava no terceiro ano do segundo. Minha vontade era fazer um trabalho com um profissional Mexicano chamado Otavio Vieiras, que é um dos melhores terapeutas do mundo. Viajei e fui atrás dele no México. Antes disso, no Brasil, eu já tinha feito trabalhos com Roberto Crema e Roberto Shinyashiki, meu irmão, por exemplo, que eram grandes referências na psicologia naquele momento.
O Otavio, na época, era o preparador psicológico da seleção mexicana de futebol e, para mim, era uma grande referência. Sempre tive essa curiosidade de buscar os melhores profissionais e ir atrás deles para absorver conhecimento e saber como eles pensam.
Saí do México em 1982, passei um tempo curto no Brasil e fui para a Europa. Neste breve período aqui, desenvolvi uma técnica de linguagem não-verbal, o diagnóstico de interpretação, que é muito particular. Ao longo de 12 anos de pesquisa, desenvolvi esta abordagem que me permite contar a história emocional da pessoa pela estrutura física dela – sinais, expressões, etc. É entender a estrutura de crenças e de identidade.
E como foi esta oportunidade de ir para a Europa?
Apresentei este meu trabalho no Congresso Mundial, em Salvador, e fui convidado a participar de eventos na Itália. Foi quando, em 1989, comecei a trabalhar no país para o governo italiano. Comecei a aplicar técnicas de desenvolvimento humano para os profissionais da área da Saúde. Era entender o que estava emocionalmente por trás de certas doenças ou comportamentos destes profissionais.
Quando percebeu que poderia atuar no universo corporativo?
Essa abordagem de uma área médica começou a fazer sentido também para as organizações. Ajudava os executivos a entender como a comunicação não-verbal interfere na forma de liderar e criar diálogos eficientes de que apenas as influências ou motivação das pessoas que estivessem ao redor.
Quando eu dava treinamento focado apenas em pessoa física, muitos dos participantes começaram a requisitar meus trabalhos em suas equipes nas empresas. Foi uma transição muito natural, pois os executivos entendiam que não era a parte técnica que “emperrava” os planejamentos, e sim, fatores como a comunicação.
Esta transição da minha carreira para o mercado corporativo foi muito mais um demanda dos convites que recebi.
Você tem vasta experiência internacional com suas participações em congressos e realizando palestras. Hoje, se comparado com a realidade de fora, o que mais falta para os profissionais e empresas do Brasil?
Transito por todos os continentes e a comunicação é o fator de maior carência em todos os locais. A diferença é que na Europa, por exemplo, se você é mais duro e firme com uma pessoa no ambiente de trabalho, é mais compreendido do que se fosse no Brasil. O brasileiro, por ter um jeito mais afetivo, leva muitas situações para o lado pessoal.
Desenvolvimento de liderança é uma de suas especialidades. Porque este é um tema que ganha cada vez mais importância?
Um das coisas que posiciono é que, infelizmente, o paradigma que as empresas operam nos dias de hoje datam de 1790, quando o pai da economia moderna dizia que em um processo competitivo, o melhor resultado vem quando cada um faz o melhor para si. Áreas onde cada um funciona de modo independente e não de forma alinhada, orgânica.
Em 1994, houve um grande sinalização. O ganhador do prêmio Nobel da economia, John Nash, afirmou que o melhor resultado se conquista quando todos em um grupo fazem o que é melhor para si mas, principalmente, para a equipe. Neste momento, houve uma revolução e o conceito liderança entrou em voga. Era necessário ter líderes que pensassem individualmente e no grupo. Desta época para cá, criou-se uma maior consciência da alta administração das empresas com esta questão.
Você começará, em breve, a publicar artigos no Carreira & Sucesso. Qual serão os temas e assuntos que abordará?
Papel do líder, ação, atitude, comunicação e o fortalecimento da missão individual com o projeto da empresa. Acima de tudo, ter o compromisso de se tornar melhor do que foi no dia anterior.

Fonte: MSN Empregos

Olimpia Pinheiro
Consultora Executiva
(91)8164-1073
CRA-PA/AP 3698
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