segunda-feira, 20 de abril de 2015

Contrariando líderes tucanos, FH diz que pedido de impeachment de Dilma é precipitado

PH fez palestra no 14º Fórum de Comandatuba, na Bahia - Divulgação

Ex-presidente diz que é a Justiça que dirá se deve haver impeachment e se coloca contra a redução da maioridade penal

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COMANDATUBA (BA) - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista coletiva na manhã deste domingo, após palestra no 14º Fórum de Comandatuba, na Bahia, contrariou as posições mais recentes de integrantes de seu partido em diversos assuntos, como impeachment da presidente Dilma Rousseff e redução da maioridade penal. Perguntado sobre a possível abertura de processo de impedimento contra a presidente, FH se mostrou contrário a especulações:

- Impeachment não pode ser tese. Ou houve razão objetiva (para abrir) ou não houve. Quem diz se houve é a Justiça, o Tribunal de Contas, a polícia. Você não pode se antecipar a isso, transformar o seu eventual desejo de por um outro governo (no poder) em algo fora das regras da democracia. Isso é precipitação. Os partidos têm que esperar - afirmou.
Ao longo da semana passada, havia ganhado força na bancada do PSDB na Câmara dos Deputados o desejo de encaminhar um pedido de processo de impedimento contra a presidente com base nas manobras fiscais do governo no ano passado, as chamadas pedaladas, identificadas pelo Tribunal de Contas da União.
FH respondeu também ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que afirmou neste domingo, também durante o 14º Fórum de Comandatuba, que as pedaladas acontecem há 15 anos, portanto, desde o governo FH.

- Eu não sei andar de bicicleta, como vou dar uma pedalada? - brincou, para depois complementar:

- Eu duvido que tenha sido feito algo dessa magnitude no meu governo, e se foi, foi errado. Um erro não justifica o outro.

FH ainda qualificou como "arriscada" a aprovação da lei que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, proposta defendida pelo então candidato tucano à presidência Aécio Neves, em 2014, e encampada pelo PSDB e partidos de oposição e de situação no Congresso.

- Porque aí você reduz (a maioridade) pra 16 anos, vão começar a usar criança de 15 (no crime), o bandido vai pegar criança de 15 anos para dizer que não é culpado. Não resolve - afirmou.

Para ele, melhor seria dar ao juiz de cada caso a possibilidade de determinar se o menor de idade infrator deveria ser mantido sob custódia do Estado por mais ou menos tempo:
- É uma coisa de bom-senso. E manter preso em condições específicas de menor - ressaltou.

FH chamou ainda de "jogada política" a decisão do PT de proibir doações de empresas a seus diretórios, na semana passada. Segundo ele, "depois de a porta arrombada, querem fechar a porta". O ex-presidente disse ainda que o PSDB estuda limitar doações de pessoas jurídicas mas que a discussão principal deveria ser sobre como tornar as campanhas políticas mais baratas.

- Tem que reduzir a gastança na campanha. Fazer distritos menores, acessos mais diretos à TV, sem tanto "marketismo". Se você não baixar o custo, as pessoas vão acabar achando dinheiro de alguma maneira ilegal.

O ex-presidente foi enfático em dizer que discorda da proposta de extinção do PT, defendida por oposicionistas mais radicais como Ronaldo Caiado, senador pelo DEM:
- Eu sou contra. O PT é um partido importante, que contribuiu em muitos momentos da vida brasileira. Como se faz democracia extinguindo partido? O PT tem que coibir os abusos que ele próprio fez, a sociedade tem que ser contra esses abusos, mas não tem sentido fechar o PT.

Nenhum representante do PT participa do 14º Fórum de Comandatuba. O organizador do evento, empresário João Doria Jr., criticou duramente os petistas, que não compareceram ao fórum. Disse que convidou 13 senadores e 15 deputados do PT, a quem chamou de "fujões". Nenhum petista compareceu ao evento que tem forte tom de crítica ao governo.

João Doria Jr é filiado ao PSDB desde 2000. Ele recebeu das mãos do presidente da Câmara Eduardo Cunha um diploma de deputado de seu pai, João Doria, cassado pela ditadura militar.

No decorrer do debate entre parlamentares, promovido pelo Fórum de Comandatuba, o senador tucano Cássio Cunha Lima discordou totalmente da opinião de FHC:
- Estamos fundamentando o pedido de impeachment. A jurisprudência do STJ já afastou inúmeros prefeitos em segundo mandato por atos do primeiro mandato, por ação continuada. Até porque senão a mensagem (da Justiça) seriam 'metam o pé na jaca e corram para tomar posse no segundo mandato - disse Cunha Lima.

Na ausência de petistas que pudessem defender a presidente, coube ao ministro do turismo Henrique Eduardo Alves falar contra o impeachment, curiosamente citando a palavras de FH:
- Uso aqui o argumento do tucano mais ilustre do país, o ex-presidente FHC: o impeachment não se discute nesse momento. É hora de maturidade. Não podemos ter terceiro turno eleitoral - disse

*A repórter viajou a convite do Fórum.


Publicado em 16 de abr de 2015 

Durante o maior evento comercial de Armamento, Defesa e Soberania Aeroespacial Marta Serrat colunista do www.ojornaldoestado.com.br participa da coletiva de imprensa com o Ministro da Defesa na presença dos tres comandantes das Forças Armadas e pergunta ao Ministro sobre a atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra(MST) liderado por João Pedro Stédile.


  
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)

Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook 

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