Era mais uma fria manhã
de inverno em Buenos Aires. As manchetes dos principais jornais argentinos
alardeavam a vitória brasileira na Copa do Mundo. Desde as primeiras horas do
dia, os funcionários da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) chegavam a
seus escritórios no bairro portenho de Once para iniciar sua rotina diária.
Tudo parecia normal.
Pouco antes das 10 da
manhã, dois estrondos separados por poucos segundos interromperam o burburinho
habitual do bairro. O primeiro: a explosão. O segundo: o desmoronamento.
Um carro-bomba havia
entrado um metro pelo saguão da AMIA. A deflagração fez desabar a primeira laje
da edificação, afundando a segunda. Imediatamente, os dois primeiros andares se
elevaram e depois caíram, provocando o desabamento das plantas superiores. As
segundas lajes de cada andar sentiram a ausência das primeiras, inclinaram-se e
algumas também caíram. Em pouco tempo, os sete andares se transformaram em
escombros.
A nuvem de pó, os
gritos dos bombeiros, o som dos helicópteros que começavam a sobrevoar o local
e o lamento interminável de familiares e amigos das vítimas se transformaram em
uma massa uniforme que pulsava no ritmo do inferno.
“Explodiram a AMIA,
como foi na embaixada israelense. Estão retirando crianças ensanguentadas, mulheres,
há pessoas mutiladas. A tragédia volta a se repetir em Buenos Aires”.
Assim um cronista
narrava o que via, três minutos depois do desabamento do edifício e dois anos
depois de outro atentado terrorista, contra a embaixada israelense em Buenos
Aires, que havia deixado 29 mortos e 242 feridos.
O atentado contra a
AMIA ocorreu em uma segunda-feira, às 9:53 da manhã, em 18 de julho de 1994.
Uma van da marca Renault Traffic, carregada com 300 quilos de explosivos,
explodiu a emblemática sede social da comunidade judaica argentina. A vida de
85 pessoas foi sepultada sob os escombros na rua Pasteur, 633. Mais de 300
ficaram feridas.
HOJE EM TEMPOS DE HAMAS A ARGENTINA ESTA ASSIM
Pichação contra a
embaixada de Israel em Buenos Aires durante manifestação de apoio aos
palestinos. Note a enorme proteção de chapas metálicas e grade da edificação.
Osvaldo Aires
Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80
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