quarta-feira, 6 de novembro de 2013

ESTUDANTE QUE CONVIDOU CESARE BATTISTI FALA SOBRE ORGANIZAÇÃO DO EVENTO NA UFSC


Cesare Battisti foi solto após decisão que cancelou sua extradição para a Itália. Foto: Evaristo Sá / AFP
Carolina Dantas carolina.dantas@diario.com.br

João Gabriel Almeida, 22 anos, é estudante de Letras da Universidade Federal de Santa Catarina
João Gabriel Almeida, 22 anos, é estudante de Letras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e foi responsável pelo convite a Cesare Battisti. A conversa entre os dois começou há cerca de um ano e três meses, quase sempre por e-mail. O estudante afirma que Battisti foi solícito a maior parte do tempo e que entende que, acima de tudo, o italiano é um escritor e que tem interesse em divulgar o trabalho realizado. 



João acredita que receber dinheiro público para convidar uma personalidade como é essa é encontrar uma maneira para que as pessoas possam ter acesso a novas discussões gratuitamente no ambiente universitário. O estudante concedeu entrevista por telefone à reportagem do Diário Catarinense no fim da noite de terça-feira.



Diário Catarinense – Como foram os contatos com o italiano?
João Gabriel Almeida – O que acontece é que a tradutora do Battisti é aluna da pós-graduação de estudos de tradução. Já tínhamos a vontade de lançar o último livro dele aqui através do contato dessa tradutora, mas foi negado na época porque a pós-graduação teve medo de perder os convênios com o governo italiano. Depois disso tive um contato com um dos filhos dessa tradutora, e propus para o meu programa, onde temos que elaborar ensino, pesquisa e extensão, de trazê-lo para essa palestra. Queríamos refletir sobre o direito de dizer, e qual o papel da literatura com a experiência do dizer. A maioria dos contatos até hoje havia sido por e-mail, e algumas raras mensagens por celular.
DC – Na internet houve grande repercussão, em parte negativa, sobre a vinda de Battisti. Como foi a receptividade no curso no primeiro momento?
Almeida – A gente recebeu muito apoio, principalmente de professores da área de literatura, alguns inclusive iriam participar do evento. Em geral foi um evento bem acolhido, uma proposta bem aceita, pela inovação apresentada.
DC – Por que você acha que o evento foi barrado?
Almeida – Tem um fator que é curioso. Se você for observar, as reclamações são muito mais por falta de educação e parece que é um desespero que se tem visto para evitar certas situações, lembrando das manifestações. Querem achar um grande bode expiatório para problemas brasileiros. E acho que essa história é a de trazer um vilão e de trazer a impressão de que ele caiu no atual cenário brasileiro. Porque existe uma relação de descontentamento. Para alguns, acho que se tornou muito mais cômodo encontrar culpados.
DC – Pessoas contrárias à vinda de Battisti questionaram o fato de os custos da viagem serem pagos com dinheiro público. Você não vê nenhum problema nisso?
Almeida – É uma política da universidade pagar a vinda de palestrantes quando é verificado o mérito acadêmico. Fizemos todos os procedimentos e foi averiguado o mérito acadêmico. Recebemos a quantia de R$ 900 porque ele estava vindo de São Paulo. Isso é um valor ínfimo comparado com outros projetos e eventos. Existem milhares de eventos com as mais diversas variedades teóricas e de posição, isso é uma prática de todas as universidades federais.


DC – Você acredita que as movimentações pelas redes sociais contra a palestra influenciaram no cancelamento?
Almeida – Olha, eu prefiro não ter um pronunciamento claro sobre isso. O que se pode ter certo é que foi uma decisão do governo federal brasileiro, representado pelo secretário de Relações Exteriores, Marcos Aurélio Garcia. E o resto seria especulação.


Parabéns às pessoas de bem!


IMA traz Cesare Battisti em Pelotas/RS

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Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook 

Um professor de história foi filmado agarrando uma aluna de 11 anos dentro da sala de aula. As imagens foram feitas por um aluno de uma escola na zona norte de São Paulo. Saiba mais.



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Com a repercussão da mídia pelo cancelamento de palestra do italiano Cesare Battisti, em uma Universidade Federal de Santa Catarina, e a declaração para um jornal local de um dos organizadores, de que a decisão tomada para não realizar a palestra foi feita pelo secretário de relações exteriores, Marco Aurélio Garcia, o deputado federal, Onyx Lorenzoni, comenta a falta de prioridades do governo federal.




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