Israel e os territórios ocupados durante a Guerra dos Seis Dias. Wikigraphists
Shalom amigos,
Quarenta e seis anos atrás, dia 5 de Junho de 1967, começou uma guerra. Uma guerra contra Israel que aconteceu em três importantes frentes de batalha: Síria no Norte, Jordânia no Leste e Egito no Sul. Esses países tinham o apoio de diversas nações Árabes e dos Soviéticos. A guerra e seus resultados ainda afetam a situação atual do Oriente Médio. Essa batalha é conhecida como a Guerra dos Seis Dias (מִלְחֶמֶת שֵׁשֶׁת הַיָּמִים,milxemet sheshet hayamim).
Como o jovem Estado de Israel chegou a esta situação? Primeiramente, o cessar-fogo de 1949 foi "quente" – houveram diversos ataques terroristas e infiltrações por terroristas Palestinos da Síria, Jordânia, Faixa de Gaza e Península do Sinai em território israelense. Esses ataques foram motivados e apoiados pelos países Árabes vizinhos. Além disso, a Síria estava bombardeando aldeias no Vale de Hulah. E para piorar, os Israelenses e o Sírios planejavam alterar o fluxo das suas fontes de água - um recurso vital escasso e importante na região.
A situação interna em Israel era problemática também. Israel estava em estado de recessão econômica. A liderança forte o primeiro Primeiro Ministro de Israel, David Ben Gurion, foi substituída pelo novo Primeiro Ministro, Levi Eshkol, que era considerado hesitante e relativamente fraco. Essa situação interna baixou a motivação dos israelenses, que piorava com a atitude agressiva e superior dos países Árabes vizinhos.
Na frente sul, o Egito, o maior estado Árabe com uma população de 31 milhões, posicionou tropas na sua fronteira com Israel. Eles bloquearam o Estreito de Tiran, que significava o bloqueio de todo o tráfego para o porto de Eilat, o porto ao sul de Israel. Israel declarou diversas vezes que esse bloqueio seria considerado “casus belli” (justificação para atos de guerra). Os EUA e diversos outros países também declararam que o Estreito deveria ser mantido aberto para passagem internacional. O Egito, no entanto, proclamou que qualquer tentativa de sabotar o bloqueio do Estreito será considerada um ato de guerra. Estas posições opostas foram mantidas, e nenhuma das partes buscou uma solução pacífica.
O presidente Egípcio Gamal Abdel Nasser incitou guerra contra Israel intencionalmente, declarando que o Egito era forte o suficiente para ser vitorioso e que destruiria Israel. Suasprovocações foram apoiadas por seus aliados Árabes, Jordânia e Iraque, bem como os Soviéticos, que aumentaram o fornecimento de armas para os Estados Árabes.
Na manhã do dia 5 de Junho de 1967, a guerra começou com um ataque preventivo conduzido pela Força Aérea Israelense contra a Força Aérea Egípcia, atacando todos os aeroportos militares no Egito e na Península do Sinai, destruindo centenas de aeronaves e neutralizando a Força Aérea Egípcia.
Na frente oriental, os Jordanianos começaram bombardeando e atacando pelo ar e a Força Aérea Israelense respondeu com ataques contra a Força Aérea Jordaniana.
Na frente norte, a Síria continuava bombardeando aldeias israelenses. A Força Aérea Israelense atacou aeroportos Sírios e destruiu a maior parte de suas aeronaves.
No primeiro dia de lutas, Israel surpreendeu as nações Árabes com sua Força Aérea superior e obteve controle aéreo absoluto. No entanto, o sucesso militar não pode ser garantido apenas pelo ar. Por isso, as forças do Exército de Defesa de Israel (EDI) foram enviadas para todas as frentes. A infantaria do EDI moveu para a Península do Sinai e conquistou ela. Após batalhas complicadas aos redores de Gaza, as Forças Blindadas Israelenses, acompanhadas por suporte aéreo, forçaram a rendição dos Egípcios. Finalmente, Sharm el- Sheikh, de onde o exército Egípcio operou o bloqueio nos Estreitos de Tiran, foi conquistada pelo mar.
Antes de continuarmos com a frente oriental, é importante lembrar que antes da guerra, Jerusalém estava dividida entre Israel e Jordânia. Durante a guerra, Israel enviou reforço militar para Jerusalém e pode conectar a parte Judaica que foi definida como área Jordaniana desde 1949. Após 36 horas de combate, Israel conseguiu tomar controle sobre as estradas que davam acesso à Cidade Velha e Jerusalém Oriental. A conquista da Cidade Velha foi completada no dia 7 de Junho, quando forças do EDI chegaram até o Muro das Lamentações e hastearam a bandeira de Israel lá pela primeira vez na história do estado moderno.
Ao final do terceiro dia de batalhas, Israel tinha completado a conquista da Península do Sinai, até o Canal de Suez e a maioria da Cisjordânia. Naquele momento, após diversos dias de negociação, o Conselho de Segurança da ONU pediu por um cessar-fogo (הַפְסָקַתאֵשׁ, hafsakat esh), em que Israel foi o primeiro a concordar. Depois da recusa Síria porcessar-fogo, o Exército de Israel concentrou forças para aniquilar com postos Sírios em caminho das Colinas do Golan. Uma larga faixa das Colinas do Golan foi conquistada após 20 horas de batalhas intensas. Um cessar-fogo em fronteiras Sírias foi estabelecido no dia10 de Junho.
Tanques israelenses avançando pelas Colinas do Golan, 10 de Junho, 1967
A guerra terminou com uma vitória Israelense clara. Mais de 4.000 aeronaves Árabes foram destruídas, 60 interceptadas durante voo. Mais de 500 tanques foram destruídos. Por volta de 70% de todas as máquinas pesadas usadas pelo Egito, Síria e Jordânia foram inutilizadas. Mais de 15.000 Egípcios foram mortos durante a guerra e 5.600 foram levados como prisioneiros. De acordo com o Rei Hussei, A Jordânia teve 6.000 mortos. A Síria teve 1.000 mortos e Israel teve mais de 700 mortos e 2.500 feridos.
O tamanho de Israel foi triplicado depois da guerra, além de ganharem soberania sob uma população Árabe de quase um milhão de cidadãos (além dos 300.000 Árabes Israelenses que já viviam em Israel naquele momento). O público estava muito animado e sentiu uma sensação de força como resultado da vitória rápida contra inimigos múltiplos e a captura da Cidade Velha. Um contraste muito grande com a ansiedade e confusão intensa que havia em Israel durante semanas antes do início da guerra.
A Guerra dos Seis Dias teve muitas implicações de largo prazo para a região. A curto prazo, subiu a moral dos israelenses, dando para o mundo uma nova perspectiva sobre o jovem Estado de Israel. No largo prazo, alguns dizem que é a raiz de diversas guerras posteriores, mas foi também a raiz dos acordos de paz com Egito e Jordânia.
Oremos juntos pela paz,
שירה כהן-רגב
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