Jovens do grupo Black Blocs são levados para a delegacia Pablo Jacob / Agência O Globo
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Publicado:4/09/13 - 7h52
Atualizado:4/09/13 - 17h22
Black Blocs presos vão responder por formação de quadrilha armada. Eles também são acusados de crime de incitação à violência. Três pessoas foram presas e dois menores, apreendidos. Um dos integrantes também é suspeito de crime de pedofilia.
RIO - Uma operação deflagrada pela Delegacia de Repressão à Crimes de Informática (DRCI) para desarticular o grupo conhecido como Black Bloc terminou com três presos e dois menores apreendidos nesta quarta-feira. O grupo é acusado de promover baderna e atos de vandalismo durante as manifestações que vêm sendo realizadas desde junho. Os detidos assumiram na delegacia que administravam a página do grupo no Facebook. De acordo com a chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, eles responderão a inquérito por formação de quadrilha armada e incitação à violência. Um dos presos também foi autuado por pedofilia porque em seu computador foram encontradas fotografias de menores praticando atos sexuais. Os crimes são inafiançáveis.
Os presos foram transferidos durante a tarde para o presídio de Guaxindiba, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, e não para Bangu, como diz a última postagem na página do grupo no Facebook. "Essa será a ultima publicação. Os adms (sic) que foram presos, estão sendo levados para Bangu", diz a mensagem. Os menores foram encaminhados para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de onde serão apresentados à Vara da Infância e Juventude.
De acordo com a delegada Martha Rocha, o grupo foi autuado em formação de quadrilha armada porque com eles foram encontrados facas, e um artefato perfurante feito com pregos e cola durepox, que é chamado de “jacaré” ou “ouriço” e é utilizado para jogar polícia ou mesmo furar pneus de automóveis. Na página do Facebook, com data de 03 de julho, o grupo ensina como fabricar tal artefato.
— Acredito que eles utilizavam esse artefato de ação perfurante com múltiplas pontas conhecido como jacaré ou ouriço é feito de pregos nas pontas e pode ferir manifestantes, jornalistas, policiais. Há na internet uma postagem pedindo para que cadas um fizesse dez instrumentos desses. A Polícia Civil sustenta que as pessoas estão incitando violência. Por isso serão autuados em quadrilha armada. Eles também faziam convocação para o manifesto de 7 de setembro— explicou a chefe de Polícia Civil.
A operação para prender os integrantes do Black Bloc começou no final da madrugada. Cerca de 30 policiais da DRCI com o auxílio da Core e de outras especializadas participaram da ação que visava cumprir seis mandados de busca e apreensão. Equipes se dividiram e efetuaram buscas em Niterói, São Gonçalo, Cachambi, Abolição, Maricá e Tribobó.
Na casa dos jovens policiais apreenderam computadores, celulares, facas, jacarés, máscaras do Anonymous, máscaras de gás entre outros objetos. Os presos , de acordo com a chefe de polícia, fazem parte do grupo dos 21 manifestantes já identificados com nomes e endereços, conforme disse o delegado Ruchester Marreiros durante entrevista no Ministério Público.
Na delegacia, ao prestar depoimento todos os cinco confirmaram participar da página do Black Bloc na internet. Um deles, de 21 anos, assumiu que administrava a página do grupo na internet. Todos, segundo a polícia, são jovens de classe média. Dos maiores presos em flagrante dois tinham o nível médio completo e outro é universitário. O administrador do grupo, segundo policiais, tinha a intenção de ingressar no grupo de operações especiais do Exército.
O advogado da Comissão de Direitos Humanos da OAB que defende os jovens, Gustavo Proença disse ontem que a princípio a polícia só tinha mandado de busca e apreensão para levar computadores, celulares e laptops da casa dos jovens.
— Não havia mandado de prisão. Ainda vou ler o inquérito para ver o motivo da prisão em flagrante — disse.
A delegada Martha Rocha explicou que desde de julho um inquérito instaurado na Polícia Civil apura a atuação do grupo Black Bloc durante as manifestações populares. Ela acrescentou que as investigações continuarão na tentativa de prender outros integrantes do grupo. Na operação desta quarta a polícia não conseguiu prender um dos acusados porque o mesmo não estava em casa.
Página do MP fora do ar
Em nota oficial emitida na tarde desta quarta-feira, o Ministério Público do Rio afirmou que o grupo de ativistas Anonymous assumiu a autoria dos ataques a sua página oficial. O site está fora do ar desde as 9h, como medida de proteção, e a Secretaria de Tecnologia da Informação e de Comunicação (STIC) "está tomando as providências cabíveis para proteção e restabelecimento desses serviços", informou o MP. Não houve comprometimento do banco de dados da instituição.
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Osvaldo Aires Bade
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