segunda-feira, 24 de setembro de 2012

RUSSIA ETERNA COMUNISTA, PORTANTO SEM LIBERDADE



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Yekaterina Samutsevich’s closing statement in the criminal case against the feminist punk group Pussy Riot.

"During the closing statement, the defendant is expected to repent or express regret for her deeds, or to enumerate attenuating circumstances. In my case, as in the case of my colleagues in the group, this is completely unnecessary. Instead, I want to express my views about the causes of wh
at has happened with us.

The fact that Christ the Savior Cathedral had become a significant symbol in the political strategy of our powers that be was already clear to many thinking people when Vladimir Putin’s former [KGB] colleague Kirill Gundyaev took over as head of the Russian Orthodox Church. After this happened, Christ the Savior Cathedral began to be used openly as a flashy setting for the politics of the security services, which are the main source of power [in Russia].

Why did Putin feel the need to exploit the Orthodox religion and its aesthetics? After all, he could have employed his own, far more secular tools of power—for example, national corporations, or his menacing police system, or his own obedient judiciary system. It may be that the tough, failed policies of Putin’s government, the incident with the submarine Kursk, the bombings of civilians in broad daylight, and other unpleasant moments in his political career forced him to ponder the fact that it was high time to resign; otherwise, the citizens of Russia would help him do this. Apparently, it was then that he felt the need for more convincing, transcendental guarantees of his long tenure at the helm. It was here that the need arose to make use of the aesthetics of the Orthodox religion, historically associated with the heyday of Imperial Russia, where power came not from earthly manifestations such as democratic elections and civil society, but from God Himself.

How did he succeed in doing this? After all, we still have a secular state, and shouldn’t any intersection of the religious and political spheres be dealt with severely by our vigilant and critically minded society? Here, apparently, the authorities took advantage of a certain deficit of Orthodox aesthetics in Soviet times, when the Orthodox religion had the aura of a lost history, of something crushed and damaged by the Soviet totalitarian regime, and was thus an opposition culture. The authorities decided to appropriate this historical effect of loss and present their new political project to restore Russia’s lost spiritual values, a project which has little to do with a genuine concern for preservation of Russian Orthodoxy’s history and culture.

It was also fairly logical that the Russian Orthodox Church, which has long had a mystical connection with power, emerged as this project’s principal executor in the media. Moreover, it was also agreed that the Russian Orthodox Church, unlike the Soviet era, when the church opposed, above all, the crudeness of the authorities towards history itself, should also confront all baleful manifestations of contemporary mass culture, with its concept of diversity and tolerance.

Implementing this thoroughly interesting political project has required considerable quantities of professional lighting and video equipment, air time on national TV channels for hours-long live broadcasts, and numerous background shoots for morally and ethically edifying news stories, where in fact the Patriarch’s well-constructed speeches would be pronounced, helping the faithful make the right political choice during the election campaign, a difficult time for Putin. Moreover, all shooting has to take place continuously; the necessary images must sink into the memory and be constantly updated, to create the impression of something natural, constant and compulsory.

Our sudden musical appearance in the Cathedral of Christ the Savior with the song “Mother of God, Drive Putin Out” violated the integrity of this media image, generated and maintained by the authorities for so long, and revealed its falsity. In our performance we dared, without the Patriarch’s blessing, to combine the visual image of Orthodox culture and protest culture, suggesting to smart people that Orthodox culture belongs not only to the Russian Orthodox Church, the Patriarch and Putin, that it might also take the side of civic rebellion and protest in Russia.

Perhaps such an unpleasant large-scale effect from our media intrusion into the cathedral was a surprise to the authorities themselves. First they tried to present our performance as the prank of heartless militant atheists. But they made a huge blunder, since by this time we were already known as an anti-Putin feminist punk band that carried out their media raids on the country’s major political symbols.

In the end, considering all the irreversible political and symbolic losses caused by our innocent creativity, the authorities decided to protect the public from us and our nonconformist thinking. Thus ended our complicated punk adventure in the Cathedral of Christ the Savior.

I now have mixed feelings about this trial. On the one hand, we now expect a guilty verdict. Compared to the judicial machine, we are nobodies, and we have lost. On the other hand, we have won. Now the whole world sees that the criminal case against us has been fabricated. The system cannot conceal the repressive nature of this trial. Once again, Russia looks different in the eyes of the world from the way Putin tries to present it at daily international meetings. All the steps toward a state governed by the rule of law that he promised have obviously not been made. And his statement that the court in our case will be objective and make a fair decision is another deception of the entire country and the international community. That is all. Thank you."

TRADUZIDO NA MARRA PARA O PORTUGUÊS

Declaração final Yekaterina Samutsevich no caso criminal contra o grupo feminista punk rock Pussy Riot.

"Durante o discurso de encerramento, o réu deve arrepender-se ou expressar arrependimento por seus atos, ou para enumerar as circunstâncias atenuantes. No meu caso, como no caso dos minhas colegas no grupo, isso é completamente desnecessário. Ao invés disso, eu quero expressar meus pontos de vista sobre as causas do que aconteceu com a gente”.

O fato de que Catedral Cristo Salvador tornou-se um símbolo importante na estratégia política dos nossos poderes que já estava muito claro para as pessoas que pensam quando o colega de Vladimir Putin [ex-KGB]  sr. Kirill Gundyaev assumiu como chefe da Igreja Ortodoxa Russa. Depois que isso aconteceu, Catedral Cristo Salvador começou a ser usado abertamente como um cenário chamativo para a política dos serviços de segurança, que são a principal fonte de poder [na Rússia].

Por que Putin se sentir a necessidade de explorar a religião ortodoxa e sua estética? Afinal, ele poderia ter utilizado suas próprias ferramentas, muito mais seculares do poder, por exemplo, empresas nacionais, ou o seu sistema policial ameaçador, ou o seu sistema judicial próprio obediente.

Pode ser que as duras situações acontecidas, as políticas fracassadas do governo de Putin, o incidente com o submarino Kursk, os bombardeamentos de civis em plena luz do dia, e outros momentos desagradáveis ​​em sua carreira política forçou-o a refletir sobre o fato de que já era tempo de se demitir; caso contrário, os cidadãos da Rússia iria ajudá-lo fazer isso. Aparentemente, foi então que ele sentiu a necessidade de mais convincentes, garantias transcendentais de seu longo mandato no comando.

Foi aqui que surgiu a necessidade de fazer uso da estética da religião ortodoxa, historicamente associadas com o apogeu da Rússia Imperial, onde o poder não veio de manifestações terrenas, como as eleições democráticas e da sociedade civil, mas do próprio Deus.

Como ele conseguiu fazer isso? Depois de tudo, ainda temos um Estado laico, e não deve qualquer intersecção das esferas políticas e religiosas ser tratados com severidade por nossa sociedade vigilante e crítico mente?

Aqui, aparentemente, as autoridades aproveitaram de um déficit de certa estética ortodoxos em tempos soviéticos, quando a religião ortodoxa tinha a aura de uma história perdida, de algo esmagado e danificado pelo regime totalitário soviético, e era assim uma cultura de oposição. As autoridades decidiram se apropriar deste efeito histórico de perda e apresentar o seu novo projeto político para restaurar perdidas Rússia valores espirituais, um projeto que tem pouco a ver com uma preocupação genuína para a preservação da história da Ortodoxia Russa e da cultura.

Foi também bastante lógico que a Igreja Ortodoxa Russa, que há muito tempo tem uma conexão mística com o poder, surgiu como principal executor deste projeto na mídia. Além disso, foi também acordado que a Igreja Ortodoxa Russa, ao contrário da era soviética, quando a igreja oposição, acima de tudo, a crueza das autoridades para com a própria história, também deve enfrentar todas as manifestações nefastas da cultura de massa contemporânea, com seu conceito de diversidade e tolerância.

A execução deste projecto bem interessante para a política exigiu quantidades consideráveis ​​de iluminação profissional e equipamentos de vídeo, tempo no ar nos canais de TV nacionais para horas de duração transmissões ao vivo, e atira fundo numerosas para moral e notícias eticamente edificantes, onde de fato do Patriarca bem construído discursos seria pronunciado, ajudando os fiéis a fazer a escolha certa político durante a campanha eleitoral, um momento difícil para Putin. Além disso, toda filmagem tem que ocorrer de forma contínua, as imagens necessárias devem afundar na memória e ser constantemente atualizado, para criar a impressão de algo natural, constante e obrigatória.


DEMOCRACIAS 
“Por Denis Lerrer Rosenfield” 24 de setembro de 2012 | 3h 08

O julgamento do mensalão e as reações partidárias estão expondo diferentes acepções da democracia. Uns e outros defendem ou reclamam de determinados procedimentos jurídicos e até de coberturas midiáticas e jornalísticas em nome da democracia. Não fica muito claro, contudo, de qual democracia se está falando.

De um lado, o Supremo Tribunal Federal (STF) está dando uma rara demonstração de instituição que não se curva nem ao Poder Executivo, nem ao Legislativo, nem, sobretudo, a injunções partidárias.
De outro, existem dirigentes partidários que não apenas haviam apostado tudo na impunidade, mas, principalmente, atribuíam às urnas uma espécie de poder divino, o de absolvê-los.

Duas concepções da democracia estão envolvidas. Uma encarnada pelo STF, é a reafirmação do Estado Democrático de Direito, que se situa acima de qualquer contenda partidária.


É a democracia representativa. A outra é a que se faz presente em declarações do presidente do PT, Rui Falcão, do deputado João Paulo Cunha e do ex-presidente Lula. É comum a todos eles o desprezo pelas instituições, a invenção de "golpes" e o recurso a uma suposta absolvição do povo mediante eleições.

É a democracia totalitária.

Vejamos alguns traços da democracia representativa: 


1) O Estado de Direito é central, baseado na impessoalidade, na imparcialidade e na universalidade das leis; 

2) as instituições sobrepõem-se a quaisquer processos eleitorais, pois eleições pressupõem instituições que as tornem possíveis; 

3) as condições de uma sociedade livre não podem, por constituírem princípios, ser submetidas a eleições, algo que foge ao escopo destas; 

4) os meios de comunicação e a imprensa em geral são livres; 

5) processos eleitorais são realizados regularmente, fazendo parte do funcionamento do Estado.

Agora, alguns traços da democracia totalitária: 

1) Considera a dita soberania do povo ilimitada, podendo, inclusive, alterar ou mesmo banir as condições de funcionamento de um Estado e de uma sociedade livres; 

2) normalmente, tal discurso é instrumentalizado por um grupo político que se utiliza desse tipo de demagogia para se instalar no poder; 3) essa liderança que se autointitula "popular" considera os meios de comunicação e a imprensa em geral como "inimigos"; 

4) a concepção de "democratização dos meios de comunicação" é uma forma de domínio da dita "elite popular", que procura o controle total da sociedade; 

5) o Judiciário é considerado um Poder subalterno que deve ser domesticado e controlado, de modo a se tornar um instrumento dos totalitários, que poderão, então, dizer que agem de acordo com a "lei"; 

6) uma característica de seu discurso é a criação de inimigos fictícios, que estariam sempre a persegui-los; sua forma ideológica reside na formulação de um "golpe de Estado" que estaria sendo urdido; 

7) na verdade, ao construírem essa ficção, procuram criar condições para eles mesmos abaterem os seus adversários políticos.

Exemplos claros de democracia totalitária encontraram nos países bolivarianos vizinhos, cujo estágio mais avançado é o da Venezuela, seguida pela Bolívia e pelo Equador. Os traços totalitários acima destacados encontram-se todos presentes, só o que varia, segundo as circunstâncias, é a intensidade.


Comum a todos eles é o projeto de "subverter a democracia por meios democráticos", em particular por meio de eleições.

Alguns desses traços totalitários se encontram em declarações de certos dirigentes petistas. O mais relevante deles é o de que "o povo julga" por intermédio das eleições. O povo, manifestando-se em eleições, teria um poder ilimitado, que não poderia, então, ser limitado por instituições, dentre as quais o Supremo.

Meliantes políticos teriam, dessa maneira, uma espécie de salvo-conduto para a criminalidade, comportando-se como se punições não os pudessem alcançar.

Outros traços totalitários se fazem presentes: 


1) A mentira, o negar os fatos, é um deles, particularmente presente no discurso de que o "mensalão não existiu"; 

2) a declaração do presidente do PT de que o julgamento do mensalão seria uma espécie de golpe urdida pela mídia conservadora e por um Supremo igualmente conservador; 

3) o menosprezo ao Judiciário como um Poder a serviço de conservadores bem mostra o quanto a independência da Justiça e o Estado de Direito são alvos que deveriam ser enfraquecidos; 

4) a "crítica" à "mídia conservadora" inscreve-se numa linhagem de setores do petismo que procura controlar os meios de comunicação via artifícios ideológicos como o da dita "democratização dos meios de comunicação".

Torna-se aqui necessário fazer a distinção entre os radicais do petismo e outros setores do partido, que não podem ser apresentados como se fossem um bloco monolítico, ideologicamente coeso. O governo petista atual tem se recusado a qualquer cerceamento da liberdade de imprensa e dos meios de comunicação em geral.

Outro exemplo: os ministros indicados pela presidente Dilma Rousseff no julgamento do mensalão têm-se, até agora, recusado a qualquer inflexão ideológica, obedecendo a critérios técnicos e jurídicos.

O atual governo, ademais, por seu silêncio, procura manter-se distante de qualquer contaminação política. Ou seja, o governo petista está seguindo as condições de uma democracia representativa, ao arrepio de setores de seu próprio partido.

O julgamento do mensalão põe-nos numa encruzilhada diante de distintas significações da democracia. O caminho que está sendo trilhado indica, contudo, um fortalecimento do Estado Democrático de Direito.

* PROFESSOR DE FILOSOFIA NA UFRGS

E-MAIL: DENISROSENFIELD@TERRA.COM.BR
POSTADO POR NELSON PEREIRA BIZERRA


E NOS EUA COMO É?

"Por Yoko Ono" IMAGINE PEACE 2012


Sexta-feira 21 de setembro de 2012 foi o Dia Internacional da Paz. Para comemorar, em conjunto com o Fundo de Produção de Arte, fiz três diferentes filmes de Paz Imagine, que foram mostradas na Times Square na MTV, Viacom e Outdoors American Eagle vídeo.

Eleições, no entanto, são apenas uma das características de um Estado livre, não esgotando sua significação. Eleições sem liberdade de imprensa e sem um Judiciário independente não podem ser consideradas, stricto sensu, democráticas.









Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook 


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