quinta-feira, 6 de setembro de 2012

CAZAQUISTÃO, O NOVO MERCADO DO LUXO

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A impressão é a de que todo mundo está indo para o Cazaquistão. 
Por Catherine Blanchard- The New York Times News Service/Syndicate

O país, rico em petróleo, que faz fronteira com o Mar Cáspio e a Rússia, está atraindo uma porção de estilistas e grifes ansiosos para faturar em cima dos novos consumidores abastados. A Saks Fifth Avenue vai abrir uma loja ali até o fim do ano, enquanto nomes como Hermès, Louis Vuitton, Eskandar, Ralph Rucci, De Beers, Tiffany e Harry Winston já são comercializados ou têm lojas próprias. Até a Children's Place e a Steve Madden inauguraram lojas nesse que é o nono maior país do mundo em termos de área.
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Todas veem o Cazaquistão como um mercado tão fértil como China e Brasil. Segundo o índice GRDI (índice global de desenvolvimento de varejo, sigla em inglês) da consultoria A.T. Kearney, ele é o 19º mercado mais atraente para o desenvolvimento de negócios ‒ e embora tenha caído no ranking (em 2011 ficou em 14º), ainda está à frente da Rússia.
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Vista de Astana, capital do Cazaquistão
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'O Cazaquistão representa para as marcas hoje o que a Rússia foi há oito ou dez anos', diz Robert Burke, da Robert Burke Associates. 'Será um mercado excelente para as grifes de luxo.'

Segundo ele, apenas cinco por cento desse setor é gerado por turistas, o que significa que a maioria esmagadora das vendas é feita à clientela local. O consumidor cazaque viaja muito, por isso conhece as grifes exclusivas e está desenvolvendo um senso de moda cada vez mais sofisticado. 'Quando estive lá pela primeira vez, há 4 ou 5 anos, todas as grandes marcas já tinham representantes – e a Alexander McQueen, Giambattista Valli e outras já estavam chegando. Parecia uma verdadeira loja de departamentos norte-americana. A Kiton devia ter umas 250 ou 300 peças.'
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De acordo com a Agência Estatal de Estatísticas do Cazaquistão, em 2011, os salários subiram 7,5 por cento em termos reais em relação ao ano anterior, chegando a 77.464 tenge (US$ 532). Empregados dos setores financeiro, de seguros, científico, técnico e de mineração geralmente ganham mais que o dobro da média nacional (de 158.600 tenge para financistas a 142.900 tenge para mineiros).

Segundo Dana Akhtayeva, stylist de Karaganda, o crescimento econômico não é a única razão por que os cazaques estão gastando mais com moda. 'Além do desenvolvimento financeiro e apesar da crise, o povo do Cazaquistão começou a entender os aspectos psicológicos da autoimagem', explica.
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'O consumidor, e principalmente a consumidora, está aprendendo rápido tudo sobre tendências e marcas, cujos nomes ainda têm um peso muito grande. ... Muitas querem o nome bem na frente, bem visível, nas bolsas, camisetas, jeans etc.'

É possível comprar qualquer nome famoso nas boutiques multimarcas ao redor do país, mas Almaty continua sendo a capital da moda do Cazaquistão.

É também a maior cidade do país, com uma população de quase dois milhões de habitantes. Foi a capital oficial de 1929 a 1991, perdendo o posto para Astana, a segunda maior cidade, com 700 mil habitantes, mas ainda é considerada seu centro comercial e cultural. Aliás, segundo os especialistas locais, Almaty está para Astana assim como Istambul está para Ancara, na Turquia.
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O país tem inúmeras cidades onde se pode encontrar nomes famosos internacionalmente. Jack Geula, dono da Muschel GmbH & Co. KG, que tem mais de duas décadas de experiência representando estilistas europeus na antiga União Soviética, disse: 'Se analisarmos os outros países da região – Armênia, Geórgia, Uzbequistão, Mongólia – os negócios só acontecem nas capitais. O Cazaquistão começou a se desenvolver há dez anos, criou uma estrutura mais ampla'.

'Almaty ainda é líder', acrescenta Geula. 'Astana está quase lá, mas daí para diante, a diferença entre as cidades é grande.'
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Shymkent, capital da mineração, Aktobe, rica em petróleo, e o centro industrial Pavlodar são apenas alguns dos centros em que é possível adquirir as melhores marcas.

A J Brand, que distribui através de seu showroom em Milão, hoje vende em Almaty, Astana e Aktobe. O Cazaquistão é o terceiro país mais importante da Comunidade dos Estados Independentes em termos de movimento para o fabricante de denim norte-americano. A Muschel distribui marcas como Just Cavalli, Lagerfeld e Cerruti em várias cidades cazaques.
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Esta última, aliás, é uma das mais populares na boutique Cosmo, em Pavlodar, segundo sua dona, Natalia Russkih. 'Nossas clientes compram as grifes que anunciam nas revistas', ela explica. 'Se não há anúncios, o interesse é menor.'

Os cazaques, porém, têm um gosto diferente dos ocidentais. 'Embora na Europa seja de mau gosto exibir o nome, se o cazaque comprar Cerruti, por exemplo, vai querer a marca bem na frente, ali, para todo mundo ver', ela explica. A maioria das clientes da Cosmo é de mulheres entre 25 e 40 anos que gostam de moda e seguem tendências. 'Os homens ainda são conservadores, mas as mulheres são cheias de estilo e gostam de moda. Se uma cor estiver bombando, é exatamente ela que vão pedir.'
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Para os homens, as roupas de alfaiataria são mais importantes do que na Rússia e Europa de modo geral, já que a moda mais casual ainda não pegou. 'Ternos e paletós ainda são muito importantes por ali', diz Geula.

Para as mulheres, a religião e a cultura regem o comprimento dos vestidos. Na Cosmo, mesmo que as clientes fiquem longe das saias que arrastam no chão, também não se interessam pelas barras mais curtas. 'Aqui elas usam muito vestido, mas raramente se vê um acima do joelho. Preferem nessa medida ou até um pouco abaixo', diz Russkih.

Alguns estilistas, incluindo Rick Owens, fazem mais sucesso em Almaty que nas cidades menores. Luca Ruggeri, diretor comercial do estilista, disse que a empresa 'tentou vender em Astana, mas ali a coleção chamou menos a atenção'.
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Mesmo assim, a companhia encara o Cazaquistão como um mercado relevante, apesar de manter relações comerciais apenas com Rush e a futura Saks Fifth Avenue em Almaty.

Outras marcas que a Rush distribui incluem a Comme des Garçons, Jean Paul Gaultier, Vivienne Westwood e Miu Miu.

A Saks Fifth Avenue que será inaugurada no Esentai, o novo shopping center de Almaty, em meados de outubro, é a primeira na antiga União Soviética. Com mais de oito mil metros quadrados espalhados em três andares, a loja é realidade graças à parceria com a distribuidora de luxo Viled Group, que também é o maior varejista de joias e relógios do país e distribui nomes como Cartier e Christian Dior em Almaty e Astana.
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Desenvolvido pela Capital Partners e projetado pelos arquitetos da Skidmore, Owings & Merrill, o Esentai oferece uma nova experiência de compra na região. A diretora da Capital Partners, Sandrine Moreau, garante que o shopping é o primeiro do gênero na Ásia Central.

O Esentai é único em termos visuais – pisos de mármore negro, iluminação de última geração – e em relação às marcas que oferece. O primeiro andar é dedicado ao luxo, com Fendi, Gucci, Lanvin, Dolce & Gabbana, Burberry, Hugo Boss e Louis Vuitton.

Esta última, decorada por Peter Marino, é a sexta da empresa na região – há quatro na Rússia e uma na Ucrânia – e a primeira no Cazaquistão.
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'Estamos trazendo um lance muito moderno para o mercado e alguns dos melhores clientes estão no Cazaquistão, ao mesmo tempo ávidos por novidades e ligados à cultura. É um desafio interessante encontrar o equilíbrio aí', afirma Moreau.

A campanha publicitária do Esentai integra esse conceito, com os outdoors mostrando modelos em frente aos monumentos mais conhecidos de Almaty e nas estepes e montanhas do interior.
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Para as marcas que pretendem entrar no mercado, Almaty é sede da maior feira de moda da região, a Central Asia Fashion (CAF). A nona edição reuniu 105 expositores e 1.500 compradores. A ONG italiana Entre Moda Italia, ou EMI, que promove a feira de seu país ao redor do mundo, participou pela primeira vez em março.

'A economia da Ásia Central está crescendo; por isso, era importante encontrar uma feira que nos ajudasse a fazer os contatos certos', declara o presidente da EMI, Antonio Gavazzeni. Trinta empresas expuseram na CAF, versus 330 marcas do evento equivalente na Rússia, a Collection Premier Moscow.
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Ainda assim, para Gavazzeni, um mercado complementa o outro. 'Tradicionalmente, Moscou é o centro de distribuição para todos os países da CEI. A maioria das empresas italianas está bem estabelecida ali e o nível de competitividade está crescendo. Já no Cazaquistão ele é mais baixo', afirma. 'As empresas que decidem apostar nele são verdadeiras pioneiras.'

The New York Times News Service/Syndicate – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times.

DOCUMENTÁRIO SOBRE : CAZAQUISTÃO (NATGEO)


Sinopse:
Ele é o nono maior país do mundo, rico em petróleo e urânio, mas a maioria das pessoas não sabe muito sobre o Cazaquistão e o papel estratégico fundamental que ele desempenha tranquilamente no palco do mundo. 

Desde a sua independência da União Soviética, em 1991, tem havido uma corrida entre as superpotências mundiais para limpar sua capacidade nuclear, utilizar seus enorme recursos de petróleo, e limitar as possibilidades de extremismo islâmico dentro de suas fronteiras. Em Don't Tell My Mother I am In Kazakhstan, Diego visita uma paisagem que ainda está em recuperação dos estragos do regime soviético. Ele conhece pessoas cheias de esperança e uma cidade com os olhos firmes no futuro.

Informações Técnicas:
Título no Brasil: Cazaquistão
Título Original: -
País de Origem: EUA
Gênero: Documentário
Tempo de Duração: 45 minutos
Ano de Lançamento: 2011
Direção: National Geographic

Vegetarianas usam biquíni de alface no Cazaquistão

12 de dezembro de 2006 • 12h34 • atualizado às 19h33
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Ativistas usaram biquínis vegetarianas no Cazaquistão 12 de 
dezembro de 2006 Foto: Reuters


Usando apenas biquínis de folhas que imitam alface, duas ativistas britânicas pelo direito dos animais enfrentaram o frio na terça-feira para pedir aos moradores do Cazaquistão que parem de comer carne de cavalo e se tornem vegetarianos.

O Cazaquistão ganhou fama mundial nos últimos meses por ser a suposta terra natal do comediante Borat, um repórter fictício da TV britânica. A notoriedade acabou levando a entidade Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (Peta) a fazer a campanha contra o consumo de carne no país.

"Enquanto Borat ridiculariza o país, estamos tentando vir aqui com uma mensagem positiva", disse Yvonne Taylor, de 35 anos, à Reuters. "Estamos dizendo que virar vegetariano é a melhor coisa que as pessoas podem fazer pela saúde delas e para impedir o sofrimento de animais."
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A culinária cazaque é quase totalmente baseada na carne. A lingüiça de cavalo e a cabeça de ovelha são consideradas iguarias, além de a carne de cordeiro e miúdos fazerem parte da alimentação do dia-a-dia.

De salto alto e biquínis feitos de folhas de alface de plástico, Taylor e Lucy Groom, de 27 anos, tremiam de frio ao segurar seus cartazes em Almaty, com a temperatura pouco acima de zero.
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"Temos sistemas imunológicos mais fortes porque somos vegetarianas", disse Taylor aos repórteres, que vestiam casacos e sobretudos pesados.

Os transeuntes reagiram de formas diferentes à manifestação.

"Acho que elas estão incentivando as crianças a comer verduras, e aí tudo bem", disse Tursunai, uma professora.
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Mas a aposentada Maria Amantayeva não gostou. Para ela, o único problema da carne no Cazaquistão é que ficou cara demais. "Os cazaques comem carnes há gerações e gerações e muitos viveram até os 90 ou 100 anos", disse. "Por que os homens são tão fracos hoje em dia? É porque eles não comem carne suficiente."


Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook 

1º - A VERGONHOSA ATITUDE DA FAMÍLIA MARINHO, O SBT, O ISLAMISMO, O COMUNISMO, O PETISMO E CUBA (AQUI)

2º - GUERRA DOS SEIS DIAS (aqui)

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