quinta-feira, 14 de junho de 2012


AS BELAS MULHERES, INCLUSIVE MODELOS E MISSES, QUE TRANSPORTAM DROGAS — E ACABAM NA CADEIA


24/01/2012 às 14:00 \ Vasto Mundo

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A colombiana Angie Sanclemente: das fotos de moda em revistas ... (Foto: Alejandro Amdam / EFE e Reuters)

 Drogas: Modelos e “mulas”
A nova tendência – e não estamos falando de moda – nos países da rota latino-americana do narcotráfico é o uso de belas jovens como “mulas”, ou seja, pessoas que transportam drogas para traficantes
Em espanhol, elas são guapashermosaspreciosas. Lindas, portanto. Ostentam o estereótipo da mulher sensual ao estilo latino: cabelos imensos, lábios voluptuo­sos, seios implantados. As roupas parecem esculpidas a laser sobre os corpos curvilíneos. Algumas ostentam títulos de miss em concursos provincianos de países como Colômbia ou México, onde a modalidade desperta paixões incontidas.
Mas o grande sonho de todas é conquistar a glória das passarelas, da TV e das capas de revista.
Um dia, o destino finalmente bate à sua porta, mas vestindo uniforme de polícia. Em lugar do rótulo “modelo e atriz”, vale a designação “modelo e mula” – uma nova e criativa categoria de atravessadoras recrutadas pelos chefes do tráfico de drogas.
Recentemente, a colombiana Angie Sanclemente, de 31 anos, Rainha Nacional do Café em 2000, foi condenada na Argentina a seis anos e oito meses de prisão por participação num esquema de contrabando de cocaína para a Espanha. Angie recrutava mulheres lindas, na maioria aspirantes a modelo, para levar as drogas escondidas, contando com um dos mais antigos princípios da humanidade: a beleza abre portas.

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... à triste realidade da condenação por tráfico de drogas na Argentina (Foto: Alejandro Amdam / EFE e Reuters)

O caso de Angie despertou atenções por causa da relativa importância dela, decorrente, como é comum, da relação amorosa com o traficante principal.
Mas já é possível falar numa nova “tendência” no mundo do crime. Em julho passado, a modelo argentina Daiana Antivero, de 18 anos, estrela de ousadas sessões de fotos em revistas masculinas, foi presa por ligação com o tráfico. Daiana era a encarregada de reservar hotéis onde outras “mulas” ingeriam invólucros de cocaína. Sem antecedentes, responde a processo em liberdade. Em 2006, duas modelos argentinas, Belén Tellez e Jésica Almada, foram detidas em Barcelona com cocaína. Ficaram presas por mais de um ano.

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A argentina Daiana Antivero, na saída do tribunal: vínculos criminosos (Foto: Editorial Perfil)

“Mulas”, como se sabe, é o nome que traficantes e policiais atribuíram às pessoas recrutadas para atravessar fronteiras com drogas escondidas no corpo ou na bagagem, em princípio pela aparência insuspeita. Na dura realidade do tráfico, costumam ser pobres, sem instrução e descartáveis do ponto de vista dos traficantes. (…) Quando bem-sucedidas, compensam plenamente os 5.000 dólares pagos, em média, para transportar entre 3 e 5 quilos de cocaína.
As modelos são, evidentemente, “mulas de luxo”. Qualquer pessoa que já tenha dividido a fila de chegada num aeroporto com uma mulher muito bonita sabe a reação despertada. “Em vez de cumprirem seu papel de fiscalizar, os policiais se distraem com o charme dessas mulheres e tentam ser simpáticos com elas”, constata Samuel González, ex-chefe da Unidade Especializada em Delinquência Organizada do México [um dos países do mundo mais afetados pela atividade de traficantes].
As belas são designadas em especial para países com sistemas de segurança mais avançados, como os da Europa Ocidental. Na volta, como qualquer “mula”, trazem ecstasy na bagagem.
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A colombiana Juliana Sossa Toro: atenção por sua beleza e pelos vínculos com o crime organizado (Foto: NewsCom)
Na periferia sem lei das grandes cidades latino-americanas, o processo é o mesmo: aos 14 ou 15 anos, meninas bonitas são selecionadas para o usufruto dos traficantes locais e acabam tendo alguma participação no crime.
O uso de modelos ou “modelos” é um aperfeiçoamento desse processo. O resultado, em qualquer nível, não tem nada de glamouroso. No Brasil e na Colômbia, o narcotráfico é o principal motivo da prisão de mulheres. No México, o número de presas ligadas ao tráfico aumentou 400% desde 2008. Certamente poucas com a estampa da colombiana Juliana Sossa Toro, de 25 anos, 1,73 metro de altura, olhos azuis, namorado traficante e título de Miss Turismo Antioquia de 2008, presa em janeiro no México.
Absolvida por falta de provas, voltou à Colômbia em três meses. Sua conterrânea Angie, condenada na Argentina, deve penar mais. Do sonho de estudar teatro em Los Angeles e se tornar atriz, restou a possibilidade dos concursos de miss penitenciária.
(Esta reportagem da jornalista Tatiana Gianini foi publicada na edição de VEJA de 16 de novembro de 2011)



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